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quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Imprensa marrom


IMPRENSA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA X DOAÇÃO ELEITORAL

Sempre falo aqui sobre a imunidade tributária de que goza a imprensa escrita. Jornais e revistas (ou periódicos e hebdomadários, como queiram) estão IMUNES de toda e qualquer tributação.

Ao contrário do que acontece com todas as demais categorias empresariais, eles não pagam imposto. Nem mesmo sobre o papel utilizado nos veículos. É a Constituição Federal que dá essa garantia.

Vejamos:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…)

VI - instituir impostos sobre: (…)

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”


Enfim, é isso aí: jornais e periódicos não são tributados; não pagam impostos nem mesmo sobre o papel. Essas empresas funcionam sem precisar recolher um dinheiro que iria aos cofres públicos (para o povo, ao menos em tese).

É isso que determina a Constituição, e OBVIAMENTE não há ilegalidade alguma nisso. Bem como não há ilegalidade alguma no fato de uma empresa de jornais ou revistas doar dinheiro para uma campanha eleitoral.

Mas será que não cabe uma reflexão ética aí?

Afinal, a imunidade tributária é nada menos do que um benefício concedido pela Constituição, pelo qual o povo deixa de receber um dinheiro em troca do funcionamento de um setor fundamental para a democracia (igrejas, sindicatos e partidos políticos também são imunes…).

Neste caso, trata-se da imprensa, que é obviamente necessária para o funcionamento do Estado Democrático de Direito. Isso tudo é muito lindo, sem dúvida, muito embora existam muitas editoras e empresas de comunicação bem grandiosas e cheias de dinheiro (ok, com algumas dívidas também…).

Ainda assim, como manda a Constituição, elas não pagam imposto algum; não recolhem nenhum dinheiro para o povo. Nadica de nada. Mas, vejam vocês, algumas editoras e empresas de comunicação doam dinheiro para campanhas eleitorais bem específicas.

Resumindo: a empresa, por Garantia Constitucional, não precisa recolher dinheiro para o povo, mas pode muito bem direcionar uma grana para a campanha deste ou daquele candidato a Deputado.

A Lei permite, não há ilegalidade alguma nisso. Mas será que não cabe pelo menos uma reflexão ética?

Aliás, não cabe essa reflexão até mesmo pelo fato de que os veículos deveriam ser isentos não somente em sua linha editorial, mas também no financiamento de campanhas?

E a última coisa que se pode alegar, nessa hora, é que “a lei permite”. Afinal, a lei também “permite” muitos casos de nepotismo, mas a imprensa é a primeira a cair de pau, falando sempre em nome da ética.

Ótimo, certíssimo. Apoiada nisso!

Mas e a doação jornalísticas - TSE revela que a empresa Folha da Manhã doou R$ 42.354,30 para a campanha de Paulo Renato Costa Souza (PSDB), em 27/10/2006:
- de dinheiro para a campanha de um deputado, que funciona sob imunidade tributária e - por sua função - deverá ou deveria fiscalizar o parlamentar? Como fica isso?

"Informações prestadas pelo doador FOLHA DA MANHÃ S/A CPF/CNPJ 60579703000148 para o(s) candidato(s) abaixo:
Valor total das receitas R$ 42.354,30
Candidato Partido - UF Data Valor Tipo
PAULO RENATO COSTA SOUZA PSDB - SP 27/10/2006 42.354,30 Recursos de pessoas jurídicas" Paulo Renato também declarou R$ 80.406,30 de despesas com a Folha de São Paulo, a título de "publicidade por jornais e revistas".

Basta uma consulta ao site (http://www.tse.gov.br/sadSPCE06F3/faces/careceitaByDoador.jsp ou http://www.tse.gov.br/sadSPCE06F3/faces/cadespRecList.jsp).

É, no mínimo, algo estranho. Mas vivemos em tempos estranhos, então talvez não isso destoe do resto das coisas que acontecem por aqui.

Helena

Vale a pena lembrar


Nada disso é investigado, nada disso é exposto pela mídia. O caso dossiê só serviu para detonar com a campanha de Lula e para que ele não fosse reeleito. Mas esse senhor que posa de honesto, que hoje é governador de SP, quer a Presidência do Brasil em 2010 e nós não podemos deixar que isso aconteça. Se a mídia não faz, fazemos nós... Repassem essa mensagem.

Parte do conteúdo do Dossiê Serra

1 -O nome José Serra aparece na condição de usuário de pelo menos uma conta que recebeu recursos do Banestado – a Tucano, com sede no JP Morgan, em Nova York –, sobre a qual pesam suspeitas de ter sido usada para movimentação de dinheiro ilegal.

2 -Existe um documento específico que indica que em novembro de 1999 este Serra ordenou uma movimentação de US$ 14 mil da Conta Tucana de Nova York em direção a uma outra conta em Miami, pertencente a uma empresa chamada Rabagi, cuja titularidade ainda não foi desvendada pela polícia.

3 -Dessa mesma Conta Tucanos em Nova York, usadas pelo ex-senador ou por um homônimo, teriam saído vários pagamentos para Valéria Monteiro, que trabalhou como apresentadora nos programas políticos de Serra durante a campanha eleitoral de 2002.

4 -Também chamou atenção da polícia que, da Conta Tucano tenha partido em 30 de março de 1999 um depósito para uma outra conta também batizada como Tucano, desta vez em Lugano, na Suíça. Valor: US$ 500 mil.

5 -Essa mesma movimentação repetiu-se 24 horas depois. Em 31 de março, outros US$ 500 mil saíram da Conta Tucano de Nova York para A Tucano da Suíça.

6 -Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Tudo isso e muito mais merecia ser investigado como foi investigado o PT, o governo Lula, mas eles fazem parte da direita, fazem parte da elite deste país, fazem parte do chamado grupo de "pessoas de bem".

CADÊ O DINHEIRO DO POVO?
O Sr.Paladino da Justiça, Raul Jungmann, quando foi denunciado disse que "era inocente" e que ia provar, sumiu desde então.Sr.Jungmann e os 33 milhões o povo pergunta:Sr.Onde está Jungmann e os 33 milhões o povo? CADÊ O DINHEIRO ROUBADO DOS COFRES PÚBLICOS?.E o Noblat? Vai mandar a esposa Rebeca ressarcir os cofres público? Estamos aguardando!.

Helena

Kassab faz piadinha com tragédia do buraco do metrô


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), aparece em um vídeo publicado no YouTube nesta semana comentando de forma jocosa um detalhe que lhe chamou atenção na tragédia da estação Pinheiros do metrô. [vídeo aqui]"Tem aquele motel ao lado do buraco do acidente do metrô que, quando veio o estrondo, imagina a zoeira que foi! Todo mundo saindo dos quartos...", narra o prefeito. Segundo ele, a cena teria sido uma comédia para quem estava lá, "apesar da tragicidade do momento".A declaração de Kassab foi ao ar no "Planeta Cidade", exibido no domingo (28) e na terça-feira (30) pela TV Cultura. Kassab aparece ao lado do Secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, e do apresentador do programa, César Giobbi. O trio está viajando a bordo do Fura-Fila, rebatizado de Expresso Tiradentes. O comentário de Kassab só é desferido após o secretário notar "algumas dezenas de motéis" no trecho pelo qual estão passando.O desabamento nas obras da estação Pinheiros (zona oeste de São Paulo) aconteceu no último dia 12. No total, sete pessoas morreram soterradas --quatro delas ocupavam um microônibus engolido pela cratera aberta no acidente.

Helena

Popularidade do Presidente Lula em alta


Com um cenário benigno para a evolução do emprego, da renda e da inflação, a expectativa é de que o consumo das famílias cresça a um ritmo significativo nos próximos dois anos, diz o economista-chefe do Credit Suisse, Nílson Teixeira. Para ele e para outros analistas, isso tende a se traduzir na manutenção da popularidade da administração do Presidente Lula em níveis elevados, ainda que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) fique pouco acima de 3%. Em dezembro, pesquisa CNI/Ibope mostrou que 57% dos eleitores consideravam o governo Lula ótimo ou bom, acima dos 49% registrados em setembro. O aumento da massa real de salários deve ser um dos principais motores do consumo neste ano, assim como já ocorreu em 2006. O Credit Suisse espera um avanço de 6% em 2007, apostando em crescimento de 3,5% do salário médio real (descontada a inflação) e de 2,5% da ocupação. Em 2006, a massa cresceu 6,6%.

A perspectiva de inflação sob controle também tende a ajudar a manter a popularidade do governo Lula nas alturas, por implicar a manutenção do poder de compra da moeda. O Credit Suisse tem uma das previsões mais otimistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estimando um indicador de apenas 3,2% neste ano, bem abaixo do centro da meta de inflação, de 4,5%. Em relatório, o banco avalia que "o resultado da eleição de 2006 e as pesquisas de opinião sugerem que os eleitores preferem a manutenção da estabilidade e da inflação baixa a uma aceleração do crescimento do PIB que ameace a estabilidade". Nílson Teixeira aposta que o consumo das famílias pode crescer 4,8% neste ano, uma aceleração forte em relação os 3,7% estimados para 2006. As perspectivas para o crédito também são favoráveis, diz Teixeira.

O estrategista-sênior para a América Latina do WestLB, Roberto Padovani, também acredita que a avaliação da administração Lula deve seguir favorável. "Quando se analisa a popularidade do governo, nota-se que ela é muito explicada pelas condições de renda." Roberto Padovani acredita numa expansão da massa real de salários de 5,1% neste ano, um número robusto. Ele é mais otimista quanto ao avanço do PIB em 2007. Com base num cenário formado por câmbio estável e juros em queda, ele aposta que a economia vai crescer 3,4% neste ano. As estimativas do mercado são de que o PIB tenha avançado algo como 2,8% em 2006.

O economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, vê o PAC com olhos menos céticos, Para ele, é verdade que não há no programa medidas fortes de contenção das despesas correntes (como aposentadoria, pessoal, custeio da máquina pública), mas a aposta em mais investimentos públicos é favorável ao crescimento. Borges espera um avanço de 3,7% para o PIB, e considera possível que a expansão média anual de 2007 a 2010 fique próxima a 4%. O economista Bráulio Borges também acredita que a popularidade do governo vai seguir elevada e diz Nada, deve prejudicar a aprovação do governo Lula.

Helena

Ministério assenta 381 mil famílias


O Governo anunciou ontem que assentou 381,4 mil famílias em 2,3 mil projetos ao longo dos quatro anos da gestão do Presidente Lula. Apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário como "o melhor desempenho da história" do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o resultado significa 95,4% da meta de 400 mil famílias estabelecida no primeiro mandato petista. "É bom. Fomos no limite da gestão. Essa é a capacidade do Incra", disse o ministro Guilherme Cassel. "Claro, gostaria de ter feito 500 ou 600 mil. Mas com a qualidade que fizemos até aqui."

Os dados divulgados pelo governo mostram também que o desempenho da gestão Lula supera os resultados obtidos nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, quando foram assentadas 287,9 mil famílias no período 1995-1998 e outras 252,7 mil até 2002. Neste primeiro mandato do Presidente Lula, o Incra utilizou mais terras para assentar as famílias. Foram 31,6 milhões de hectares no período. Em duas gestões, FHC dispôs de 19,8 milhões. A média de famílias assentadas nos quatro anos do Governo Lula chegou a 95,3 mil por ano. Na era FHC, a média anual foi de 67,6 mil. "Nestes quatro anos, passamos o orçamento da obtenção de terra de R$ 409 milhões para R$ 1,37 bilhão". Sob Lula, o Tesouro gastou R$ 4,1 bilhões nesse item. Em 2006, segundo dados do Incra, foram criados 717 projetos de assentamento em 9,4 milhões de hectares para instalar 136,3 mil famílias, o maior número desde 1995.

A qualificação dos assentamentos, segundo o ministro Cassel, teve prioridade nesse período. "Foram investidos mais de R$ 2 bilhões. Os recursos foram aplicados, por exemplo, na construção de estradas. Desde 2003, construímos ou reformamos mais de 32 mil quilômetros de estradas e pontes, o que beneficiou diretamente 197 mil assentados", disse o ministro.

Helena

Grupo quer construir no Brasil fábrica de peças para a Boeing


Empreendimento de US$ 750 milhões deve empregar 900 pessoas altamente qualificadas. O Presidente Lula foi procurado por um grupo de investidores estrangeiros interessado em construir no País uma fábrica de componentes para aviões de fabricação da Boeing, confirmaram fontes oficiais a este jornal. O empreendimento, que prevê US$ 750 milhões em investimentos, deverá empregar 900 pessoas "altamente qualificadas". O assunto já foi tratado pelo Itamaraty. Os investidores estrangeiros fizeram o primeiro contato com o governo por meio do Ministério das Relações Exteriores. Em seguida, o assunto passou a ser tratado de forma confidencial pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O grupo de investidores procurou o governo para prospectar potenciais lugares para a construção da fábrica. O empreendimento demanda um local com boas condições logísticas e de infra-estrutura. Deve estar próximo a um aeroporto de grande porte, por exemplo. Durante as conversas entre governo e investidores, as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro foram citadas como locais ideais que poderiam receber a fábrica. As instalações dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas, já foram inclusive visitadas pelos investidores.

O rumor de que o Brasil é sondado para abrigar uma nova fábrica de fornecedores da Boeing circula no mercado. Um dos mais notáveis executivos da aviação brasileira o escutou e consultou seus amigos na Boeing para verificar a veracidade da informação. Segundo relatou na semana passada um engenheiro aeronáutico, que prefere o anonimato, o assunto vazou ao mercado provavelmente por causa da pesquisa mundial feita periodicamente pela Boeing na busca de novos fornecedores. Como o parque aeronáutico nacional está em franco crescimento e dispõe de tecnologia altamente avançada, o Brasil foi incluído no levantamento.

Lobbies

A notícia de que a Boeing poderia investir no Brasil tem agitado prefeitos e deputados paulistas. Políticos e assessores já realizam lobbies junto ao governador José Serra para tentar atrair os recursos para suas cidades.

Helena

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

FOI SEM QUERER!


O tucano que usava trabalho escravo mandou assassinar os fiscais sem querer.
A TV Globo e o resto da mídia esuqecem de falar o partido do assassino, sem querer...
Mas, ah se fosse do PT...
O partido estaria sendo esquartejado em praça pública.
Esta é a TV mais popular que nós temos!
(Bira Dantas)

ACELERA, PRESIDENTE!!!!!!!!!!!!!!


Chinaglia estratégia para ir ao segundo turno


Falta de aviso não foi,Chinaglia foi avisado -e muito- que o PSDB estava blefando, quando oferecia apoio. Chinaglia não ouviu, achou que estava abafando...Chinaglia, que já foi chamado de rei dos ministérios, muda de estratégia para ir ao segundo turno ..O candidato petista à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia, agora ameaçado de perder a eleição, com os próprios desgastes e os verificados no partido, muda de estratégia. . Ele chegou a prometer o ministério de Transporte para três partidos e a 10 parlamentares. Agora, que essas ofertas caíram na galhofa política, Chignalia entra em desespero e passa a mirar diretamente em Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para inviabilizar o segundo turno com o atual presidente. Chinaglia, a qualquer preço, só pensa em evitar o duelo final com Aldo.

Helena

Caso Jungmann


O procurador-geral da República interino, Roberto Gurgel, pediu ao STF que assegure o prosseguimento de ação de improbidade administrativa contra o deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann (PPS-PE).
Jungmann é autor de uma reclamação no STF pela qual tenta barrar o prosseguimento da ação.Ele é acusado de integrar esquema de desvio de dinheiro do Incra para fazer pagamentos irregulares a agências de publicidade. Ele nega e argumenta que agentes políticos, como ministros de Estado, não podem responder por atos de improbidade administrativa, mas por crimes de responsabilidade.

Helena

Rastreamento indica que verba para campanhas do PSDB em 1998 veio dos cofres oficiais


A Polícia Federal (PF) deve encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) até amanhã o relatório com a conclusão de seu inquérito sobre o valerioduto mineiro. Ou seja, o esquema de distribuição de recursos a partir de empresas do publicitário Marcos Valério para financiar a campanha de políticos ligados ao PSDB de Minas em 1998 - incluindo a do atual senador Eduardo Azeredo, ex-presidente do partido, que naquele ano tentou a reeleição ao governo mineiro.Os investigadores conseguiram detalhar a origem do dinheiro que teria sido utilizado para pagar as campanhas eleitorais. Os elementos reunidos pela PF reforçam as evidências de que o dinheiro saiu dos cofres públicos mineiros.

Os resultados obtidos sobre a origem das movimentações financeiras abrem à Procuradoria da República espaço para o eventual enquadramento de parte dos envolvidos nos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.A CPI dos Correios revelou que, em 1998, Valério tomou dois empréstimos no Banco Rural, num total de R$ 11,3 milhões. O publicitário diz que as transações foram feitas a pedido do então tesoureiro de Azeredo, Cláudio Mourão. A CPI identificou R$ 1,6 milhão em repasses via DOC ou depósitos em dinheiro para 82 políticos ou pessoas ligadas à campanha da coligação tucana naquele ano.

Ao mesmo tempo, as empresas de Valério receberam dinheiro via contratos de publicidade com o governo mineiro. Estatais como a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e a Companhia de Saneamento de Minas (Copasa) pagaram pelo menos R$ 3 milhões à SMPB, agência de Valério, por conta de serviços de publicidade.A PF aprofundou as investigações sobre o destino das movimentações a partir da quitação dos dois empréstimos, feita por Valério em agosto de 1998 e abril de 2003. Com isso, foi possível fechar o circuito percorrido pelo dinheiro até o destino final. Mais de 200 depoimentos foram colhidos e o inquérito já soma cerca de 5 mil páginas.

MODELO

O esquema adotado pelo empresário na eleição de Minas teve o mesmo modus operandi reproduzido no valerioduto federal, a partir de 2003, em que predominaram os saques em espécie. Um dos saques, feito por um taxista usado como laranja, chegou a R$ 375 mil.A eventual responsabilização de Azeredo, todavia, dependerá de um exame jurídico. Diante da CPI e da Polícia Federal, o ex-tesoureiro Mourão assumiu as operações. Declarou que pediu “apoio” a Valério por iniciativa própria e acrescentou que o ex-presidente do PSDB não teria conhecimento sobre os empréstimos.

Em seu relatório final, a CPI sugeriu o indiciamento de Azeredo e Mourão por crime eleitoral. Já o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado arquivou a representação contra o ex-presidente do PSDB por uso de recursos de caixa 2 na campanha de 1998. A alegação é que o episódio ocorreu antes de sua eleição para o Senado.A PF não deve indiciar nenhum dos envolvidos. A decisão, em conjunto com o MP, tenta evitar mais demora na conclusão do inquérito, aberto em dezembro de 2005. Os indiciamentos consumiriam mais tempo, pois exigiriam que os acusados fossem ouvidos em depoimento, aumentando o risco de prescrição dos crimes. (Estadão)

Helena

Lula otimista sobre abertura comercial


O PresidenteLula interrompeu o programa de rádio Café com o Presidente em junho do ano passado por exigência da lei eleitoral. Um mês depois, empacaram as negociações da Rodada de Doha por divergências entre os países integrantes da Organização Mundial de Comércio (OMC). Ontem, quando Lula retomou o programa, pôde apresentar uma nova perspectiva para o fim dos entraves ao comércio de produtos agrícolas. O Presidente se disse otimista com a retomada das conversas na Rodada de Doha. Avisou que vai telefonar aos presidentes dos países envolvidos na negociação e acredita que haverá uma solução até abril.

“Eu estou otimista, acho que nós temos que fechar isso até abril, mas eu estou convencido de que nós estamos avançando bem. Eu, por esses dias, vou ligar para os presidentes que estão mais envolvidos nessa história da Rodada de Doha e vamos ver se a gente assume a responsabilidade”, analisou. “Eu estou convencido de que se nós não fizermos um acordo de comércio que permita aos países pobres ter acesso aos mercados agrícolas dos países ricos, nós vamos viver mais um século vendo os países mais pobres continuarem mais pobres.”

Para Lula, existe interesse dos presidentes dos países-membros da OMC de fazer as negociações andarem. “Todo mundo sabe que se não acontecer um acordo sobre o comércio agora, a OMC vai perder credibilidade, as pessoas vão se perguntar para que ela existe”, analisou.

Decisão política

Ao discursar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na semana passada, Lula cobrou dos países desenvolvidos a retomada das conversas, praticamente paralisadas desde julho. Ontem, ele voltou ao ponto. “Eu fiz questão de dizer que a decisão agora é eminentemente política e não mais econômica, é uma decisão em que os presidentes e os primeiros-ministros, as pessoas que têm a responsabilidade de tomar a decisão vão ter que dizer se querem ou não querem, não é mais um problema dos negociadores”, reforçou. No programa, Lula relatou o que disse no encontro na Suíça: “Como entrou pela primeira vez na discussão da Rodada de Doha a palavra desenvolvimento, isso é importante porque não adianta os países ricos acharem que vão ajudar os países pobres dando um pouquinho de dinheiro, não. É muito melhor a gente investir em projetos de desenvolvimento nos países mais pobres”, cobrou.

Para ele, o Brasil, além de ser um país importante nas negociações em torno dos subsídios agrícolas, pode apresentar ao mundo os programas do álcool e do biodiesel, como alternativa energética. A Rodada de Doha, realizada pelos países-membros da OMC, começou em Doha, no Qatar, em 2001, com o objetivo de diminuir as barreiras comerciais para os países em desenvolvimento. A redução dos subsídios agrícolas é o tema mais polêmico das negociações.

Helena

A asneira de Gabeira


O deputado federal Fernando Gabeira teve um daqueles surtos que por vezes acomete personalidades que não conhecem a realidade de Brasília. Em entrevista a uma revista, o parlamentar alertou os incautos: “Em Brasília, se você sair à noite, terá de ir a lugares onde só tem lobista, puta e deputado”.

A frase de Gabeira demonstra visão equivocada sobre Brasília. Sua Excelência precisa freqüentar outros ambientes. Em pouco tempo perceberá que a capital federal oferece muitos endereços onde é possível encontrar companhias além das citadas — lembrando que lobistas, prostitutas e deputados são profissões honestas, que por si só não seriam motivo para qualquer pensamento desabonador.

Talvez o alerta de Gabeira seja fruto do ofício de parlamentar. O Congresso Nacional, local de trabalho dos 513 deputados e 81 senadores, foi palco das mais vergonhosas demonstrações de caráter na capital federal. O mensalão e os sanguessugas foram marcos de uma das legislaturas mais abomináveis dos tempos democráticos. Curiosamente — seria por acaso? — o Rio de Janeiro a cidade de Gabeira é o estado com maior número de parlamentares envolvidos no escândalo das ambulâncias.

Brasília, essa cidade onde se misturam lobistas, prostitutas e deputados, é a mesma que está disposta a tirar o Rio da marginalidade. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), elaborado na Esplanada dos Ministérios freqüentada por Gabeira, é, como os próprios analistas cariocas anunciam, a oportunidade histórica para o estado interromper o período de decadência social e econômica. O suposto lado ruim de Brasília, o lado político, pode ajudar o Rio a sair de seu atoleiro.

A asneira de Gabeira me recorda outra frase dita recentemente por um político carioca — Luiz Paulo Conde —, secretário de Cultura do governador Sérgio Cabral. Pouco antes de assumir o cargo, Conde deu sua visão sobre cultura brasileira. Para ele, “cultura brasileira é Chico Buarque, Edu Lobo, Tom Jobim”. E emendou: “Tudo, menos Sula Miranda, Chitãozinho e Xororó”, em absurda deselegância com os músicos sertanejos.

Frases como essas ditas por homens públicos cariocas nos incitam a recorrer a velhos preconceitos. Dão-nos liberdade a considerar, por exemplo, que o carioca não gosta de trabalhar. Ou que o Rio de Janeiro é uma cidade terra de ninguém, terrível para se viver — a menos que se retrate apenas a beleza de folhetim descrita por Manoel Carlos. Mas os brasilienses — esses que Gabeira não conhece — não teriam comportamento tão deselegante.

Helena

Ataque


José Dirceu, desde que deixou de ser ministro e foi cassado na Câmara, tem exercido trabalho sorrateiro. Está botando as mangas de fora e ataca ferozmente a política econômica do governo Lula. Defende com unhas e dentes a renúncia de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central. E vai mais longe: fala na derrota de Aldo Rebelo para a Presidência da Câmara. Lula está vendo tudo.... de luneta na mão.

Refundação

Cresce no Palácio do Planalto a articulação para implodir o antigo campo majoritário e deslocar do centro de decisões do PT o grupo paulista liderado pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini, a ex-prefeita Marta Suplicy e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Os ministros das Relações Institucionais, Tarso Genro, e da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda, e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, estão na linha de frente do grupo que defende uma espécie de “refundação” do partido.

Helena

Nepotismo no Ceará


Manoel Lima Soares, procurador-geral de Justiça do Ceará, não aceita o comportamento tolerável e ataca o nepotismo no estado. A coisa pegou fogo quando o Ministério Público deu o prazo de 60 dias para o governador, a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Contas do Estado demitirem parentes até o terceiro grau, respeitando os concursados. A carapuça caiu diretamente na cabeça do governador Cid Gomes, que tem o irmão Ivo Gomes como chefe de gabinete. Esse é apenas um caso, mas o assunto se desenvolve em 12 cidades que estão sob a mira do MP. Nepotismo explícito preocupa os administradores. Não foi só o governador Cid Gomes quem recebeu a recomendação. Idêntica correspondência chegou às mãos de Marcos Cals, presidente da Assembléia, Ernesto Saboya, presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, e Valdomiro Távora, do Tribunal de Contas do Estado. O deputado Marcos Cals, reconhecendo a impropriedade do carinho com que os parentes são tratados, informou que espera decisão da Câmara dos Deputados, onde idêntica medida mofa nas gavetas dos relatores. É um jogo de empurra, mas o MP vai atacar no estado a luta contra o favoritismo de parentes. Há convulsão entre os ameaçados.

Helena

Toma-lá-dá-cá: governadores cobram R$ 15,5 bilhões para apoiar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)


Doze governadores se reuniram em Brasília, para pedir mudanças no PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento, anunciado na semana passada pelo governo federal. Eles querem 20% da CPMF para estados, em troca de apoio para o PAC dar certo. Caso contrário vão boicotar o programa do Governo Lula.

Para os governadores este é o momento ideal para a negociação.

“Nós não queremos queda de braço. Nós queremos uma contribuição para que o PAC seja de todo o Brasil, seja federativo, e não seja apenas da União”, disse o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda PFL.“O governo precisa reaprovar a CPMF, a própria DRU e terá que sentar à mesa conosco”, declarou o governador da Paraíba Cássio Cunha Lima(PSDB).Com a DRU, a Desvinculação das Receitas da União, o governo federal pode usar livremente ate 20% dos recursos do orçamento, disse ele.Querem ainda uma fatia maior da CIDE, o imposto dos combustíveis,hoje estados e municípios tem direito a 29% deste total. Querem 46%.

Sem estas e outras sugestões, que serão entregues ao ministro Tarso Genro, os governadores acham que o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, pode não ter os resultados que o presidente Lula espera. Ou seja, se o governo Lula não fizer extamente aquilo que eles pedem,(der dinheiro) não haverá ajuda da partes deles. No dia seis de marco, eles se encontram com o presidente e esperam ter uma resposta para os pedidos.

“O que nós queremos é participar deste esforço conduzido pelo governo federal de retomada do crescimento e se não houver alguma flexibilização(dinheiro) nas nossas condições para investir, esse esforço do governo federal será muito tímido. Agora, vamos colocar isso nos termos de aprova-se ou não aprova-se o programa. O que nós queremos e estamos aceitando um convite do presidente da república para discutir outras questões ”, afirmou governador de Minas Gerais Aécio Neves.

Helena

De quem é a culpa do buracão do Alckmin?

O Jornal Nacional de ontem, mostrou que recebeu com exclusividade, ao primeiro relatório de um engenheiro do metrô de São Paulo sobre o desmoronamento no canteiro de obras da linha quatro, que deixou sete mortos há pouco mais de duas semanas.Ele mostra que as empreiteiras - e o Jornal Nacional da Globo não dá os nomes das empreiteiras,[Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e OAS] - sabiam da instabilidade do terreno, mas não interromperam o trabalho e nem fizeram as obras de contenção a tempo.

Depois de 12 dias depois do desmoronamento, a comissão interna de prevenção de acidentes do metrô se reuniu neste canteiro de obras, no centro de São Paulo. Um dos presentes era o coordenador da Linha 4, o engenheiro do metrô Cyro Mourão Filho. Na reunião, ele apresentou um relatório, a primeira descrição oficial sobre o que aconteceu na Estação Pinheiros.“É uma sucessão, eu diria, uma sucessão de falhas de procedimento”, afirmou o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos.

A pedido da Globo, o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, membro da Sociedade Brasileira de Geologia, e o engenheiro Paulo Helene, presidente do Instituto Brasileiro do Concreto, decifraram os termos técnicos do relatório. Quinta-feira, 11 de janeiro, véspera do deslizamento: os engenheiros do metrô foram informados por um engenheiro do consórcio; as paredes do túnel estavam envergando, pressionadas pelo terreno. Ficou decidido que o túnel seria reforçado com tirantes, pinos de aço de três metros. No mesmo dia, começou a furação para a instalação dos pinos.

Quando a decisão de reforçar o túnel embaixo foi tomada, ainda não se sabia qual a causa da movimentação do terreno, o que não se sabe até hoje.Mesmo assim, a obra não parou. Enquanto uma equipe fortalecia o túnel, outra frente de trabalho continuava abrindo caminho na rocha com dinamite. Na sexta-feira, dia do deslizamento, às 11h, os fiscais do metrô souberam de uma detonação de explosivos, feita horas antes, a poucos metros de onde o túnel apresentava problemas. “Evidentemente que essa explosão causa vibrações na estrutura, um efeito dinâmico e isso pode ser um fator agravante. Isso é um fator agravante do colapso”, diz o presidente do Instituto Brasileiro do Concreto, Paulo Helene.

“Por uma precaução, os trabalhos de frente de obra deveriam ter sido interrompidos e a explosão não deveria ter sido feita”, acredita o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos.Ainda na sexta pela manhã, os fiscais constataram que a furação não estava pronta e os pinos de aço não tinham sido colocados. Poucos mais de três horas depois, o túnel ruiria. “O relatório diz claramente que não chegou a ser colocado nenhum tirante. Ou seja, no momento da ruptura, infelizmente, a operação de reforço não tinha sido realizada”, diz Paulo Helene.

Momentos antes do desmoronamento, placas de concreto se desprenderam do teto do túnel e, em seqüência, houve a ruptura do concreto que levaria o poço abaixo.Mas o relatório diz que naquela sexta-feira, nenhuma anomalia chamou a atenção dos fiscais do metrô. Não havia fissuras nas paredes, nem outros sinais de risco. “É muito difícil haver uma ruptura sem que nada antes se tenha percebido. As trincas nas casas, nós estamos numa área urbana, quer dizer, se fosse uma casa só. Foram várias casas que apresentaram essas trincas e, pelo relato dos moradores, essas trincas estavam aumentando”, conta Álvaro Rodrigues dos Santos.

Um operário do consórcio, ouvido no dia do desabamento, disse que na noite anterior recebeu ordem para maquiar rachaduras no túnel disse: "O túnel estava trincado e foi pedido para ter uma cobertura no túnel, na rachadura, para que a fiscalização não veja”, contou o operário.O problema começou antes da obra, diz o geólogo. O contrato prevê que o metrô pague um preço fixo e receba a linha pronta. “Do ponto de vista financeiro interessava ao consórcio, quanto mais correr, quanto mais encurtar esse cronograma ia aumentar sua margem de lucro, a margem de ganho. Isso tende a levar para a frente de obra, para a gestão de obra algumas atitudes que não são compatíveis com o reinado da segurança e da boa técnica”, afirma o geólogo.

Em nota, o metrô declarou que a comissão interna de prevenção de acidentes, a Cipa, não é competente para discutir o desabamento.O consórcio Via Amarela não quis fazer comentários porque não conhece o relatório que foi entregue para a Rede Globo.Mais de 20 pessoas já foram ouvidas no inquérito sobre as mortes e o Ministério Público investiga se houve negligência do metrô.Deputados da comissão de obras da Assembléia Legislativa esperavam ouvir, hoje, o presidente do metrô. Mas assessores da companhia informaram que ele não vai comparecer.

Helena

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Jornalismo alugado


O Jornalista Leonardo Attuch foi á Roma como enviado especial para a Revista Isto-É, para contar a história da Telecom Italia,Pirelli e TIM celulares. Na matéria desta Semana( Aqui matéria completa) Leonardo Attuch conta:(...)"Trata-se da investigação que já prendeu mais de 20 pessoas ligadas à Telecom Italia, dona da empresa de celulares TIM, a segunda maior no mercado brasileiro." ..."O que se discute agora é se foi ele, Tronchetti, quem ordenou a montagem de uma extensa rede de espionagem e de corrupção, que atuou em vários países – em especial no Brasil. Na quinta-feira 25, o jornal La Repubblica, um dos mais fortes da Itália, noticiou que os dossiês feitos pelos espiões dessa quadrilha eram encomendados pelo “vértice” da operadora telefônica, ou seja, por Tronchetti."..."Do que se apurou até agora, muito há sobre o Brasil."..." o grupo de espionagem da Telecom Italia, batizado de “tiger team”, foi fundado por Giuliano Tavaroli..."..."No Brasil, esse grupo contou com a participação de Marco Bonera, que foi sucedido pelo ex-tenente italiano Angelo Jannone. Cabia a Bernardini fazer os pagamentos escusos ordenados por essa gente – e o dinheiro jamais poderia sair diretamente dos cofres da Telecom Italia. Foi por isso que Bernardini criou nos Estados Unidos uma empresa chamada Business Security Agency, com conta no Barclay’s Bank. Os recursos italianos, antes de caírem em mãos brasileiras, passavam por lá." ..."O período em que o “tiger team” italiano atuou de forma mais intensa no Brasil foi durante os anos de 2004 e 2005. Naquele momento, a Telecom Italia disputava o controle da operadora telefônica Brasil Telecom com o grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. E o que disse Bernardini a esse respeito até agora? Que de sua empresa saíram recursos destinados ao pagamento ilegal de políticos, lobistas e jornalistas brasileiros – cerca de US$ 2 milhões ao todo.

Uma primeira parte do dinheiro teria sido direcionada ao lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, para pagamento de políticos. Uma segunda ao advogado Marcelo Elias, que é sócio de Luís Roberto Demarco, um ex-funcionário do Opportunity que movimentou várias peças na longa guerra pela Brasil Telecom. Outra fração teria sido destinada, segundo Bernardini, a alguns policiais – em 2004, no calor dessa disputa, a Polícia Federal deflagrou a Operação Chacal contra o grupo Opportunity. Nem todos os pagamentos ilegais, porém, saíram da Business Security Agency. No Brasil, a Telecom Italia teria feito diretamente um contrato de R$ 90 mil mensais com um consultor fluminense, cuja finalidade seria pagar jornalistas....[+]

Agora uma pergunta para os meus queridos leitores: Vocês lembram da matéria escrita pela minha amiga Morgana White do Jornalista sem fronteira- JIBRA (Jornalistas Independentes do Brasil)? Lembram que ela escrveu (aqui)?:

O jogo das contas bancárias milagrosas

* Ricardo Noblat, Fernando Rodrigues, Claudio Humberto, Augusto Nunes, Merval Pereira, Otavio Cabral, Lucia Hipolito, Luciano Dias, Lilian Witte Fibe, Mauro Calliari, Eurípedes Alcântara, Mario Sabino, André Petry, Diogo Mainardi, entre outros, não citados porque se beneficiam de nossas incertezas, figuram entre os alegres ganhadores da loteria do golpe. Cabe aos bons jornalistas, descobrir quem os tem premiado.

* Para facilitar o trabalho, apresentamos alguns dados fundamentais:
R$ 76 mil entre 10/2005 e 03/2006;
R$ 234 mil entre 07/2005 e 03/2006;
R$ 450 milentre 08/2005 e 03/2006;
R$ 34 mil entre 07/2005 e 03/2006;
R$ 906 mil entre06/2005 e 03/2006;
R$ 54 mil (em 10 parcelas) entre 05/2006 e 02/2006;
R$111 mil entre 08/2005 e 03/2006;
R$ 432 mil entre 10/2005 e 03/2006;
R$ 454mil entre 10/2005 e 03/2006;
R$ 32 mil entre 08/2005 e 03/2006;
R$ 321 milem 12/2005;
R$ 98 mil entre 07/2005 e 03/2006;
R$ 132 mil entre 10/2005 e03/2006;
R$ 42 mil entre 10/2005 e 03/2006.

O poderoso chefão

Uma nota publicada na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na última terça-feira (23/01), incomodou – e muito – o deputado federal Paulo Maluf. A nota dizia que o promotor Silvio Marques vem preparando uma ação civil pública, através da qual pretende recuperar mais de R$ 170 milhões da Eucatex – empresa de Maluf – por ter sido desviados dos cofres da Prefeitura para a empresa.

Como resposta,Maluf disse que vai processar não só o Promotor Silvio Marques, mas também o jornal Folha de São Paulo e mais o o jornalista Daniel Bergamasco interino da coluna de Mônica Bergamo na data da publicação da nota. Maluf disse ainda que nega que tenha roubado o cofre da prefeitura de São Paulo enquanto foi prefeito, e que, quando ele e seu filho estiveram presos foi "equivoco" da justiça. Ainda segundo Paulo Maluf, de tão honesto que é, o paulistano votou nele para deputado...Sem comentários!

Helena

Cadê o Raul Jungmann ?


Raul Jungmann , dia sim, e o outro também estava sob os holofotes das câmeras de TV, sumiu!.Teria ele caido no buracão do Serra e Alckmin?. Nos jornais nem uma palavra sobre a acusação de ter participar de um esquema de desvio de recursos públicos para pagamento de contratos de publicidade no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre 1998 e 2002. Também não se ouve falar no nome da mulher do blogueiro Ricardo Noblat, que participou do esquema de roubo dos cofres públicos.

Segundo o Ministério Público Federal,(Aqui) os contratos de publicidade firmados entre o Incra e as empresas Casablanca e Artplan causaram prejuízos de cerca de R$ 33 milhões aos cofres públicos. O esquema de desvio de verba acontecia, entre outras modalidades, por meio de subcontratações sucessivas e superfaturadas, sem qualquer procedimento licitatório ou fiscalização, segundo o MP..

Em em maio de 1996, o ministro de Fernando Henrique Cardoso Raul Jungmann (reforma fundiária) fez quatro "viagens de lazer" a Fernando de Noronha e não ressarciu os cofres públicos, já que usou aeronaves da FAB, para passear com a família. A única vantagem, no caso do Raul Jungmann, é que nós sabemos muito bem de onde veio o dinheiro que ele roubou: do povo!Mas, questiono: a mídia reacionária ('Veja', 'Folha', 'Estadão', 'Globo') dará tanto destaque para o caso do Raul Jungmann , como deu para os petistas acusados de envolvimento em irregularidades? e tal mídia irá linchá-lo, julgá-lo e condená-lo antes de qualquer pronunciamento oficial da Justiça, tal como fez com os petistas? Não fez e não vai fazer nunca! Jungmann, estrategicamente, saiu da mídia para que o caso cai no esquecimento. Aliás o caso caiu no esquecimento.

Helena

Tony Blair apóia Brasil no Conselho de Segurança


O primeiro-ministro inglês Tony Blair demonstrou, ontem, na sessão de encerramento do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, apoio ao Brasil para integrar o Conselho de Segurança da ONU, ao sugerir a ampliação do número de países participantes do órgão. Segundo nota oficial do fórum, Blair afirmou que "sem Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, sem falar nos países africanos ou nações islâmicas, o conselho irá, com o tempo, não apenas perder legitimidade aos olhos do mundo, mas seriamente inibir qualquer ação efetiva". Blair disse ainda que o futuro dos três principais assuntos da reunião ? comércio mundial, mudanças climáticas e África ? ainda não está definido, mas houve progresso em cada um deles.

Celebridades vão ao Fórum

Davos provoca encontros poucos prováveis entre os famosos que freqüentam o noticiário de política e economia, e os do mundo do entretenimento. Cláudia Schiffer e Simon Perez, o príncipe da Noruega e administradores de impérios financeiros.
O que faz diferença nesses encontros nos Alpes é que as celebridades tem sido porta-vozes eficientes de causas sociais. O mundo corporativo está cada mais interessado em iniciativas sociais de resultado.

E resultados é o que Bono Vox foi cobrar. Há dois anos, os ricos prometeram ajudar os paises africanos. Ao lado do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Bono disse que os políticos geralmente são bons em assinar cheques, mas não em descontá-los. “Temos que pensar na África mais como uma oportunidade e menos como um fardo”, disse Bono. Já o cantor Peter Gabriel promove uma ONG que distribui computadores e câmeras para organizações de direitos humanos ao redor do mundo. Uma iniciativa para botar na internet os depoimentos de vítimas de abusos. Uma causa que ele defende com a beleza poética de suas canções. “É chocante ver que as pessoas sofrem e depois suas histórias são esquecidas, enterradas e negadas. Temos um novo mundo de tecnologia que pode botar isso no passado. As pessoas vão poder escrever e contar suas histórias para serem vistas e ouvidas”, diz ele.

O escritor brasileiro Paulo Coelho, membro do conselho da Fundação Schwab para o Empreendimento Social e habitué do evento, chega a Davos após a recente publicação de "A Bruxa de Portobello", desta vez para participar nas conferências "Comunicar com uma história", quarta-feira, e "Eu e minha identidade", no dia seguinte.

A modelo alemã Claudia Schiffer discursará em uma conferência sobre as maneiras de reduzir as emissões de CO2.

Helena

Rentabilidade duplicou investimento estrangeiro no Brasil


Volume aplicado atingiu US$ 101 bilhões em 2006; ações ficaram com 82% do total. Os recursos de investidores estrangeiros no mercado de capitais deu um salto considerável em 2006 e as expectativas do mercado são de que o fluxo continuará crescendo este ano. Segundo balanço da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o total de recursos estrangeiros quase duplicou em 2006 em relação ao ano anterior e bateu um recorde histórico. Fechou em US$ 101,6 bilhões (R$ 217,22 bilhões), um aumento de 91% em relação a 2005. Só para se ter uma idéia da dimensão do aumento da atratividade do Brasil para os estrangeiros, basta olhar para os números de 1991, quando o saldo não chegava a US$ 1 bilhão. O investimento do ano passado foi equivalente a 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e ficou próximo do aplicado pelos fundos de pensão, um dos maiores investidores brasileiros que, no mesmo período, ficou em 17,5% do PIB.

As ações continuaram na frente na preferência dos estrangeiros no ano passado, abarcando 82% do total aplicado por esses investidores. Mas 2006 foi marcado por um aumento da aplicação em títulos de renda fixa privados, cujo percentual passou de 6,84% em 2005 para 16,9%, ou US$ 17,16 bilhões. O crescimento veio na esteira da isenção do Imposto de Renda que o governo concedeu para atrair estrangeiros para títulos públicos. O capital externo apostou na ampliação do benefício também para os papéis privados.

Helena

STJ nega punição à Veja e diz: “Se é verdade, pode publicar”


Não há como impedir ou punir meio de comunicação que divulgue fatos desagradáveis, mas verídicos. Com esse argumento, a Justiça paulista negou o pedido de apelação ao ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Luiz Vicente Cerciccharo, que queria in-denização por danos morais em razão de reportagem publicada na revista Veja. A informação é do site Consultor Jurídico.Luiz Vicente Cerciccharo entendeu que teve a imagem violada na reportagem “Ligações Perigosas – Ministro do STJ, grileiros e o advogado de Joaquim Roriz têm algo em comum: um instituto”. A revista informa que, na Justiça comum, o então governador do Distrito Federal era investigado pelo STJ por envolvimento com grileiros. Diz que, por causa disso, Roriz tinha a sua disposição um competente aparato de defesa.

A notícia trata do Instituto Nacional de Formação de Magistrados, que mudou o nome para Instituto de Preparação Jurídica. A revista revela que a entidade foi criada em Brasília para treinar magistrados e que três ministros do STJ, um desembargador e um juiz foram contratados para ministrar aulas.Depois se tornou público que grileiros eram os patrocinadores do instituto. Pagavam pelos serviços prestados por importantes figuras do Judiciário, quase todas ligadas de alguma forma a processos de interesse do governador. O ministro aposentado fazia a defesa de Márcio Passos, Pedro Passos e de Roriz

Helena

Antecedentes


Desde o início da construção da linha 4 do Metrô, técnicos da empresa estatal enviaram ao consórcio Via Amarela cerca de 150 relatórios pedindo explicações sobre possíveis irregularidades ou discrepâncias entre o projeto e as obras executadas. Dos questionamentos sobre as "não-conformidades", só 60 foram respondidos pelas empreiteiras. Depois de ver barrada a CPI para apurar o desabamento em Pinheiros, a oposição tenta pôr as mãos nos relatórios por meio da comissão de representação criada após o acidente. A partir deles, acreditam os deputados petistas, será possível detectar eventuais falhas não corrigidas pelo consórcio.

Helena

Gerente tucano


As vezes a Folha de São Paulo sai da linha editorial tucana e nos conta alguma coisa até que bem interessante. Como por exemplo a matéria de capa de hoje, co título;"Fiscal da linha 4 é acusado de ligação com empreiteira " a Folha conta que O gerente de construção da linha 4 do metrô de São Paulo, Marco Antonio Buoncompagno, é processado sob a acusação de ter participado de um esquema ilegal de contratações públicas em parceria com uma empreiteira do Consórcio Via Amarela --cujos trabalhos hoje ele é encarregado de fiscalizar.Nomeado na gestão Geraldo Alckmin (PSDB)e mantido na de José Serra (PSDB), para controlar a obra que provocou a maior tragédia da história do Metrô, Buoncompagno, para a Promotoria, foi "favorecido" pela Andrade Gutierrez nos anos 90.Continue lendo aqui

Helena

Veja que mentira!


A Revista Veja deste fim de semana, trás matéria que conta que o Jornal O Dia do Rio de Janeiro, bem como todos os meios de comunicações de O Dia, estão a venda. O dia, publica hoje, tanto em seu site e nas suas páginas impressa que a Veja mais uma mente. Em sua página na internet há um comunicado que diz:

"Ao contrário do que noticia a coluna Radar da revista Veja desta semana, assinada pelo jornalista Lauro Jardim, o Grupo O Dia de Comunicação - jornais diários, rádio e revistas - não esteve e nem está à venda. Não fomos procurados por grupos ligados a entidades religiosas, empresários ou aventureiros que atuam no ramo da imprensa. E, caso fôssemos, a nossa resposta seria não. O Grupo O Dia de Comunicação, de larga tradição, credibilidade e intensa atuação no mercado do Rio de Janeiro e estados vizinhos, continuará e avançará no seu processo de crescimento sob a direção dos atuais controladores, manterá a política de investimentos traçada em seu planejamento estratégico e buscará ampliar sua participação nos mercados de leitores e de anunciantes. Quanto ao equívoco da nota e seus efeitos, caberá ao Poder Judiciário se pronunciar. Já nesta segunda-feira, o Grupo O Dia ingressará na Justiça para que seja feito o devido reparo em todas as suas formas".

Gigi Carvalho,

diretora-presidente

Grupo O Dia de Comunicação
http://odia.terra.com.br/

Helena

domingo, 28 de janeiro de 2007

Sem trégua.


Serra dá entrevista no buraco do Alckmin
Sem oposição em São Paulo, o PSDB também vai ficar sem CPI na Assembléia paulista,a novidade é que o acidente no Metrô poderá ser investigado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, diga-se, aliados do José Serra e Geraldo Alckmin. O pedido de criação foi apresentado na semana passada por Ivan Valente (PSOL) e Luiza Erundina (PSB).

A imprensa diz “O Consórcio”, sem citar as empreiteiras [Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e OAS] e os seus digníssimos sócios e proprietários, está jogando mais poeira abstrata nas nossas fuças e nas apurações, ,Eles têm endereços fixos e sabidos ou eram os empreiteiros astronautas? . Por que ninguém foi ouvir o Geraldo, que usava e abusava das imagens da linha Amarela na sua campanha na televisão?

A nossa imprensa nem sempre destra nas questões vocabulares, criou-se uma saudável unanimidade em torno de “cratera”. É perfeita a adequação entre palavra e coisa, entre “cratera” e aquele buraco monstruoso que tragou um pedaço de São Paulo. Uma vez consagrada, a opção vocabular pode parecer apenas natural, mas sabemos que não é bem assim. Haveria outras possibilidades – para começar, buraco mesmo. Buracão. Ou cova, grotão, fosso, depressão, quem sabe cavidade, caverna. Tudo, como se vê, insuficiente para conjurar a necessária dose de espanto que “cratera” – do latim cratera, “vaso grande”, importado por sua vez do grego krater – conjura, com suas ressonâncias vulcânicas, lunares e, de agora em diante, para os tucanos, será só, metroviárias.

É impressionate! Quando a mídia quer manipular a notícia , consegue; É uma habilidade invejável, como está acontecendo com o acidente no METRÔ, São Paulo, governado pelo PSDB.Nos grandes jornais escritos e televisivos , não houve até hoje um comentário direto afirmando que um dos culpados, além da construtora responsável, é o governo estadual de Gerraldo Alckmim e o governo municipal de Serra, pois este já foi prefeito de São Paulo. Mesmo a construtora tendo autonomia pela obra, é necessário uma fiscalização do poder público. No Jornal da Globo, o presidente do Metrô se defendeu, falando “que existe uma fiscalização dos aspectos técnicos da construção, mas que, pelas regras do contrato, as cinco empresas responsáveis pela obra têm autonomia para tomar todas as decisões – inclusive sobre segurança.” Pergunta-se : Como é que a fiscalização não percebeu o erro da construtora e nem do vencimento da licença ambiental? Foi erro também do governo tucano.

O poder público tem a função de fiscalizar qualquer obra de ordem pública e regulamentar à de ordem privada. Por isso, não há mais como esconder : a culpa é da construtora e dos governos estadual e municipal de São Paulo. Agora é só encontrar os nomes dos responsáveis diretos, e os grandes jornais concordam com o Serra: a culpa é do consórcio. Cadê os comentários de Arnaldo Jabour, um dos comentaristas da Globo? Calou-se! Talvez, seja por isso, que ainda continua na emissora! Cadê a Record? Cadê a SBT? Cadê o Folha de São Paulo? Cadê Datena? Provavelmente estão pensando erm 2010.

Helena

sábado, 27 de janeiro de 2007

PF aponta o tucano Cícero Lucena como chefe de uma quadrilha que roubou R$ 20,4 milhões

Fraudes do novo senador

Escutas, depoimentos e documentos levam PF a apontar o tucano Cícero Lucena como chefe de uma quadrilha que roubou R$ 20,4 milhões da Prefeitura de João Pessoa. Detalhe: em fevereiro, ele toma posse no Senado

A Roma antiga inspirou a composição do Senado nos países do mundo ocidental. Em qualquer nação, é uma assembléia de nobres. No Brasil, o Senado acolhe ex-presidentes da República, ex-governadores. E ex-prefeitos. Um deles, de nome romano, desembarca em Brasília nos próximos dias para a posse no novo Senado: é Cícero de Lucena Filho (PSDB), ex-prefeito de João Pessoa (PB). Mas, ao contrário do filósofo que inspirou seu nome, Cícero assumirá tendo de dar explicações à Justiça e ao povo que o elegeu. Uma investigação da Polícia Federal concluiu que Cícero é o mentor de uma quadrilha especializada em fraudar a prefeitura. Ele comandou desvios, de acordo com as perícias do Instituto Nacional de Criminalística da PF, de pelo menos R$ 20,4 milhões. A composição da quadrilha está comprovada em depoimentos de ex-secretários de Cícero, documentos apreendidos nas residências de políticos, quebra de sigilo e escutas com autorização judicial. Escutas até de Cícero.

Os documentos que comprovam o envolvimento do ex-prefeito com a quadrilha estão sob segredo de Justiça. A PF produziu o relatório em fevereiro, depois de cruzar documentos apreendidos na Operação Confraria, de 2005, que levou Cícero para a cadeia por um dia. A PF identificou “pagamento de propina a Cícero Lucena”, fraudes em licitações, sobreposição de recursos federais para a mesma obra e doações para fins políticos. A Receita Federal detectou irregularidades entre a declaração de Imposto de Renda dos familiares de Cícero e as movimentações financeiras. Diversos bens utilizados por eles são frutos de “doações” de outros políticos, como um Audi A3 utilizado pela filha de Cícero. Os sócios das empresas em que participam os descendentes de Cícero são prováveis “laranjas”.

A fraude se dava nas licitações. Os secretários de infra-estrutura de Cícero faziam termos adulterados de cessão de licitações do início da década de 90, que eram utilizadas nas contratações da prefeitura na gestão Lucena, em 2000. Na lista de ex-secretários que participaram da fraude estão Potengi Holanda, Rúbria Beniz e Evandro de Almeida. Pelo menos R$ 58 milhões foram aplicados irregularmente. Na construção de uma rede de galerias e canais de drenagem, os serviços não realizados somam uma fraude de R$ 2,8 milhões. Numa obra de esgotamento sanitário, a PF detectou superfaturamento de R$ 3,6 milhões. Na obra de urbanização e infra-estrutura no Vale do Jaguaribe, a PF identificou superfaturamento de R$ 3 milhões. Tudo dinheiro do governo federal.

Os engenheiros da prefeitura atestavam medições falsas para possibilitar as fraudes. Em uma das escutas, Rúbria destaca um dos tipos de fraudes para validar as medições: “É fazer um relatoriozinho de 25 páginas... Nem que a montagem a gente faça”, diz ela. Para a PF, Cícero é o mentor intelectual das fraudes. Em uma das escutas, o próprio Cícero traça estratégia para intimidar engenheiros. “Nós vamos fazer uma cartorária, deixa eu lhe dizer por quê. Porque aí os engenheiros vão começar a ter medo de tá emitindo opinião, você tá me entendendo?”, diz Cícero. “Tá certo. Intimidação. Tudo bem”, responde um dos advogados do ex-prefeito. Evandro e Rúbria concordam em adotar uma matemática mentirosa para ludibriar o poder público ao descobrirem que adotaram preços superiores aos praticados pelo DER, que cobrava R$ 6,94 do “item meio-fio granito”, enquanto a prefeitura pagava R$ 14,24. “O preço do DER deu menor”, diz Evandro. “Tem que fazer uma composição mentirosa.”

Evandro confessou na PF sua participação no esquema e acusou Cícero Lucena de ser o chefe. “Havia na secretaria a prática de firmar cessões de direitos e obrigações contratuais, aproveitando antigas concorrências”, confirma Evandro. “Era informado verbalmente a qual empresa seria cedido o contrato, sendo tal informação prestada pessoalmente pelo prefeito Cícero Lucena.” O ex-secretário Potengi também confirmou as fraudes. “A informação de qual empresa deveria ser beneficiada lhe era trazida por Everaldo Sarmento ou por Cícero Lucena”, diz Potengi no depoimento. “O ex-prefeito Cícero Lucena teve conhecimento dessa anuência.” Em duas conversas gravadas pela PF, o próprio Cícero está convicto de que vai ser preso: “Rúbria, vamos nos encontrar, antes de a gente se encontrar na cadeia, Rúbria”, diz Cícero.

Para o Ministério Público na Paraíba, havia uma “máfia” na prefeitura. Em outubro, a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens de Cícero, para ressarcir danos ao erário. Só pela construção de um viaduto, Cícero e seus secretários terão de devolver R$ 1,6 milhão. Com a posse no Senado, o processo contra Cícero deve ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O destino do Cícero está nas mãos da Procuradoria Geral da República, que terá a chance de expulsar do poder público um homem que, para a polícia, diante dos fatos, é um corrupto rematado.

Helena- com informações da Isto-É (Aqui)

Apresentador rasga bandeira do Brasil


O apresentador de TV americano Christopher Antal — mais conhecido como ‘O Gambá’ — suscitou protestos da comunidade brasileira em Marlboro, no Estado de Massachussetts, ao rasgar uma bandeira do Brasil no ar. Na edição do programa, transmitido mensalmente pelo canal M8 da TV pública a cabo, Christopher fez críticas aos brasileiros que moram em Marlboro e arredores. Entre outras coisas, disse que os brasileiros são preguiçosos, ficam o tempo todo “em cima de seus traseiros” e vivem de subvenções do seguro social. Ele ainda pegou uma bandeira brasileira, rasgou-a e jogou-a no chão. Para Frank Kavanagh, presidente da Brazilian American Association, as imagens mostradas na TV não refletem a livre manifestação da opinião, garantida pela primeira emenda americana. “Estas coisas só são possíveis porque os políticos locais não se importam com imigrantes”, disse Frank. Já o diretor-executivo do canal de TV, Dan Guindon, defendeu a liberdade de expressão do apresentador: “Se alguém viesse aqui e queimasse uma bandeira americana, teríamos que mostrar”. Grupos de defesa dos imigrantes também protestaram contra a atitude do apresentador.

Helena

“Recall” para políticos


Um Congresso com “defeito de fabricação” poderá ser chamado de volta às urnas para trocar parlamentares que não “funcionem” adequadamente para o mandato ao qual foram eleitos. A proposta do chamado voto revogatório será encaminhada pelo Palácio do Planalto aos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro, como sugestão à reforma política. O mecanismo, já apelidado de “recall” – mesmo nome de dispositivo semelhante adotado nos Estados Unidos –, permitiria que a sociedade convocasse referendo para julgar se o congressista deve ou não continuar no cargo.

O envio do conjunto de sugestões ao Congresso foi confirmado ontem pelo ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro. Os itens foram pinçados de três documentos com propostas à reforma política elaborados separadamente pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e pelo Ministério da Justiça. Além do recall, o pacote de conselhos do Executivo inclui redução do mandato de senadores de 8 para 4 anos, redefinição dos critérios para a definição de suplentes ao Senado, bem como medidas proibitivas de infidelidade partidária e disputa de eleição durante o exercício do cargo.

Nada populares no âmbito do parlamento, as medidas são consideradas difíceis de vingar, segundo deputados e um especialista. A própria reação do deputado federal Rubens Otoni (PT) é um exemplo de como as sugestões do Ppresidente Lula vão repudiar os congressistas. “Primeiro, não cabe ao governo dar opinião ao Congresso sobre esse assunto. Reforma política não é tema do Executivo”, disse o petista em tom irritado.

Embora tenha sido o relator do projeto da reforma política (nº 2.679), o deputado sequer quis comentar a idéia do voto revogatório. “Quando chegar no Congresso, isso se chegar, dou minha opinião”, justificou, apesar de a proposta ter sido divulgada oficialmente em 19 de dezembro do ano passado pela OAB.

Sou a favor do “recall” dos deputados. Se o povo colocou, tem direito de revogar o mandato. Mas, sabe quando que isso vai passar na reforma? Nunquinha, porque o corporativismo entre eles é muito grande. O presidente Lula está tentando consertar o País (aliás, está de parabéns, o melhor presidente da história), mas o câncer do País que é o Congresso tenta atrapalhar.

Helena

“Aloprados” do PT são expulsos politicamente


O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, disse ontem que o ex-secretário do Ministério do Trabalho Osvaldo Bargas e o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, envolvidos na tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos, já estão politicamente expulsos do partido. Segundo ele, se os dois não se desfiliarem espontaneamente, serão abertos processos de expulsão na comissão de ética do PT. “Politicamente, ambos estão expulsos do PT. Foi esta a decisão que tomamos e que segue válida. Esperamos que ambos encaminhem a sua desfiliação do partido. Caso não o façam, haverá um processo formal de expulsão, para que a decisão política tenha respaldo legal”, explicou o secretário do partido.

Se o Partido dos Trabalhadores quiser recuperar sua trajetória política, compromissada com os valores da honestidade e da retidão, não pode manter políticos envolvidos em escândalos e corrupções. Esses dois membros do PT ainda têm a chance da desfiliação do partido de “modo espontâneo”. Talvez não saiam tão espontaneamente, porque a pressão é grande para a saída deles.

Helena

Entidades fazem manifesto a favor da reforma política


Um dia depois de o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, dizer que a reforma política não é essencial para a governabilidade, vinte entidades da sociedade civil, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Força Sindical e o Movimento dos Sem-Terra (MST), anunciam que vão encaminhar na segunda-feira aos três candidatos à presidência da Câmara o “Manifesto por uma reforma política ampla, séria e democrática”. O objetivo é reforçar a pressão da sociedade pela aprovação. No documento, as entidades afirmam que, diante da estagnação da economia, do acentuado endividamento público e do insuportável aumento da carga tributária, a sociedade cobra união nacional para realizar uma ampla e urgente reforma das instituições.

Helena

Bird desmente Alckmin sobre Metrô

O diretor do Bird (Banco Mundial) para o projeto da linha 4 do metrô de São Paulo, Jorge Rebelo, negou ontem que o banco tenha "exigido" ou "sugerido" ao governo paulista a contratação das obras da linha 4 por meio do modelo "turn key" (preço fechado).A declaração contradiz afirmação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)(Leia aqui). Na segunda-feira, questionado sobre as responsabilidades pelo acidente, Alckmin defendeu a contratação das empreiteiras, na sua gestão, pelo "turn key". Alckmin disse que o modelo foi adotado por "exigência do Banco Mundial". "Turn key" (chave na mão, na tradução livre) é uma operação em que a empresa contratada fica obrigada a entregar a obra em condições de pleno funcionamento. Preço do serviço e prazo para entrega são definidos no processo licitatório. O governo fica isento de pagamento por qualquer gasto extra. Porém, a empresa contratada tem autonomia para repassar tarefas a outras empreiteiras (e reduzir custos com isso) e fica responsável pela fiscalização de seu próprio serviço. Rebelo negou que o Bird tenha "exigido" ou mesmo "sugerido" ao Estado ou à direção do Metrô a adoção do método "turn key".

"O tipo de contrato usado em cada processo de licitação é definido em comum acordo entre o banco e o prestatário [aquele que toma o empréstimo, no caso o governo de São Paulo] durante a preparação e negociação do empréstimo", disse. "No caso do projeto da linha 4 do metrô, que vinha sendo estudado há mais de dez anos pelo Metrô em todos os aspectos, o contrato tipo "turn key" foi julgado o mais apropriado por todos os envolvidos", disse.

As obras da linha 4 são realizadas pelo consórcio Via Amarela, formado pelas empresas CBPO Engenharia (subsidiária da Odebrecht), Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.Segundo o site do Bird, as obras da linha 4 estão orçadas em cerca de R$ 2 bilhões. O projeto é financiado pelo Estado (58%), pelo Bird (22,5%) e por investimentos privados internacionais (19,5%). "Que raios de gerente é esse que não sabe nem o teor dos contratos que assina? Lembra muito uma outra acusação que fizeram a alguém que não sabia, mas com a diferente básica de que, desta vez, o assunto não se refere a terceiros, mas à própria gerência do Chuchu. Não é que ele não sabia o que outros faziam: ele não sabe o que ele mesmo assinou? Isso é que é grave: o cara não sabe o que faz! "

Helena

PF indicia parlamentares por crime de corrupção passiva


A Polícia Federal indiciou ontem o senador Ney Suassuna, do PMDB da Paraíba, e a deputada Celcita Pinheiro, do PFL de Mato Grosso, foram indiciados hoje pela Polícia Federal por envolvimento com a Máfia das Sanguessugas.O indiciamento é pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. No total, já são 16 os parlamentares indiciados.Os inquéritos serão encaminhados nas próximas semanas para o Supremo Tribunal Federal.

Em novembro do ano passado, Suassuna havia sido absolvido pelo Conselho de Ética do Senado, No caso de Suassuna, o conselho substituiu, por 12 votos a 2, a pena de cassação de mandato por uma censura verbal.Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial flagraram o então assessor de Suassuna, Marcelo de Carvalho, negociando com integrantes da máfia das ambulâncias. Foram levantadas provas de que Carvalho recebeu da quadrilha R$ 222,5 mil dos Vedoin, que chefiavam o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras com recursos públicos liberados por emendas parlamentares.

Também absolvida pelo Conselho de Ética da Câmara, a deputada Celcita Pinheiro teria recebido, segundo Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam (principal empresa da quadrilha), pelo menos R$ 50 mil para sua campanha eleitoral.
Os outros indiciados pela PF são:

os petebistas Jonival Lucas (BA),
Neuton Lima (SP),
Edna Macedo (SP)
e Nilton Capixaba (RO).

Do PL:

Almeida de Jesus (CE)
Júnior Betão (AC)
Amauri Gasques (SP)

Do PMDB:

João Correia (AC)
Teté Bezerra (MT).
Além de Reginaldo Germano (PP-BA),
João Grandão (PT-MS),
César Bandeira (sem partido, ex-PFL),
Vanderlei Assis (PP-RJ)
Paulo Feijó (PSDB-RJ).

Helena

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Google oferece a Lula apoio à inclusão digital

Lula e Eric Schmidt, executivo-chefe da Google, em Davos


A Google Inc., que se tornou aceleradamente quase um sinônimo de internet, se ofereceu ao Presidente Lula para colaborar com o governo em um maciço programa de inclusão digital, principalmente por meio do chamado computador de US$ 100, do qual a companhia americana é a maior financiadora. O compromisso foi assumido por Eric Schmidt, executivo-chefe da Google, em encontro com o presidente brasileiro na noite de ontem, em Davos, a cidadezinha dos Alpes suíços que abriga os encontros anuais do Fórum Econômico Mundial. Lula, por sua parte, mencionou a conectividade na área rural como a maneira pela qual a Google poderia colaborar com o governo, além, é claro, do computador mais barato (que custará, na verdade, US$ 160).

O programa-piloto do governo prevê distribuir 1 milhão desses computadores para crianças em idade escolar. As duas partes marcaram encontro para março. Schmidt se disse "muito entusiasmado com o Brasil", segundo o relato feito pelo ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento). Em algumas áreas, relatou o dirigente da Google, o crescimento dos negócios da empresa é maior do que nos EUA, caso, por exemplo, do Orkut, site de relacionamento. Lula recebeu também o presidente e executivo-chefe dos laboratórios Merck, Richard Clark. Foi anunciar que a empresa transferira para o Brasil seu quartel-general latino-americano e que pretendia utilizar o país também como plataforma de exportações de produtos farmacêuticos.

Aos jornalistas Clark disse que a Merck estava interessada em desenvolver inovações no Brasil e aproveitou para elogiar os funcionários brasileiros. "São tão competentes que poderiam trabalhar em qualquer lugar do mundo", afirmou. Lula chegou a Davos de helicóptero, vindo de Zurique. Foi direto para o Hotel Belvedere.

Lula disse ao chegar" Vim em 2003 [logo após a posse] mostrar como era possível criar uma política consistente para reduzir a miséria no Brasil" Acrescentou: "Hoje venho para mostrar que é possível cumprir as metas do milênio, se houver um mínimo de compreensão dos países ricos, não para ficar dando dinheiro para os países pobres, mas para investir em projetos que signifiquem o desenvolvimento dos países pobres". As metas do milênio foram fixadas há sete anos pela ONU e aceitas por praticamente todos os governos. Visam reduzir pobreza, analfabetismo e problemas mais básicos de saúde

Helena

Demorou... Dossiê requentado, segundo Gustavo Fruet, inaugura golpes baixos na eleição da Câmara

Debate dá o tom do nível da campanha
Denúncias vêm à tona e vão em época de eleição. Demorou, mas na disputa para ser o timoneiro da grande embarcação denominada Câmara não poderia ser diferente. Dossiê traz a acusação de que o candidato Gustavo Fruet (PSDB-PR) no perído de 1997 a 2003, então vereador e em seguida como deputado, teria se apossado de salários de servidores de gabinete. Fruet responde que a denúncia é antiga, surgiu na época da CPI dos Correios. "Vai ser daí para pior", comentou ele sobre o nível da campanha. De onde vem o dossiê??? Seria realmente fruto de uma politica de baixo nível local, lá no Paraná??? Não aguarde investigação. Leia mais aqui na matéria do Globo On Line. Nesta sexta-feira, 26, acontece o debate no auditório da Folha de S.Paulo, com os três candidatos.


Helena

Candidatos são favoráveis à reajuste para corrigir inflação. Debate morno, com pouco enfrentamento


O candidato à reeleição da presidência da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não acusou raríssimos golpes desferidos por parte de Arlindo Chinaglia (PT-SP) e de Gustavo Fruet (PSDB-PR). Todos defendem o reajuste de "subsídios" baseado na correção da inflação. E preferem o voto aberto. Aldo chegou a, em questões como a do Orçamento Impositivo, responder em tom professoral aos equivocos dos dois. Ele explicou que o orçamento não é do executivo e cabe ao Congresso promover as emendas e aprová-lo com independência. Deixando claro para os contendores que defenderá com unhas e dentes sua reeleição. Se houvesse um termômetro "debatedator" marcaria na maior parte do tempo do debate na faixa de temperatura bem morna.

Posição consensual favorável verificada entre os debatedores é quanto ao financiamento público de campanha, com reservas. Ah, também todos querem reformas para melhorar a imagem do Congresso perante à sociedade. Voto secreto todos são contra. No entanto, para a eleição à presidência da Câmara é muito bem provavel que não seja aberto. Entretanto, se já quiserem mudar a imagem da Casa para valer, seria uma grande oportunidade. E olhe que deveria ser aberto também na eventualidade de realização de um o segundo turno. Abramos um parênteses (Ah, se a deputada eleita Manuela D'Ávila (PCdoB-RG) tivesse três minutos em uma imaginária sessão extraordinária, poderia-se apostar todas as fichas que a musa daria nó em pingo d'água. Ou melhor daria um sopro de honradez, efetivo respeito ao eleitor-cidadão, responsabilidade no trato das questões sociais. Pelo menos a torcida é muito grande para que ela realmente dê uma injeção de ânimo com seu carisma e levante toda a poeira necessária. Entre outras qualidades, foram essas as que mais cativaram seus eleitores, certamente.)

Voltando ao debate. Como já era de se esperar Fruet mandou ver em um ataque a Chinaglia, utilizando como munição o fato de haver mensaleiros e investigados pelas CPIs em torno da candidatura petista. Chinaglia, tentando demonstrar tranqüilidade, defendeu-se com a premissa de que se o povo votou para que os não tão nobres parlamentares ocupassem cadeiras na Câmara, há que se ter respeito pelo resultado das urnas. A vontade do povo tem que ser respeitada, mesmo que o passado do parlamentar tenha ficado, digamos um pouco maculado. Lembrou que faz parte da democracia acolher o resultado do pleito. Afinal, que atire a primeira pedra quem..., melhor deixar para lá. Leia aqui na matéria da Folha On Line. E aqui na do Globo On Line. Próximo encontro marcado é na segunda-feira, 29, às 11h00, no debate organizado pela TV Câmara. Vamos conferir.

Helena

Reservas próximas dos US$ 90 bilhões


O aumento percentual do volume acumulado pelo Brasil só é menor que o da Rússia. As reservas internacionais do Brasil seguem em forte ritmo de expansão. Na próxima semana, quando ingressam na conta do País os US$ 500 milhões da última captação externa do Tesouro Nacional, as reservas vão ultrapassar os US$ 90 bilhões. No último dia 24, dado mais recente disponível, o País tinha US$ 89,74 bilhões em suas contas no exterior.

As reservas internacionais do País desde o ano passado vêm crescendo a um ritmo bastante forte. O recorde histórico foi alcançado no último dia 13 de outubro, quando o volume acumulado chegou a US$ 74,954 bilhões. Até então, o pico das reservas brasileiras havia sido alcançado em abril de 1998, com a marca de US$ 74,656 bilhões.

As reservas do País, uma espécie de seguro contra crises externas, são hoje a décima maior do mundo,está à frente de países como México (US$ 68 bilhões) e Turquia (US$ 60 bilhões). Entre as 20 maiores reservas do mundo, o crescimento do volume acumulado pelo País na comparação ano a ano, de 57%, só não é maior do que a expansão das reservas russas, que subiram 74% até o último dia 31 de dezembro, em comparação com dezembro de 2005.No ano passado, as emissões externas do Tesouro - uma das fontes de captação de recursos para as reservas - captaram em US$ 5,270 bilhões. A maior parte dos recursos que em 2006 elevaram as reservas em US$ 36 bilhões, ou 66% de alta, veio das compras do BC no mercado à vista, pagas a bom preço.

O BC para retirar os reais que injeta na economia ao comprar dólares emite títulos que pagam algo próximo da Selic, 13%, enquanto os recursos das reservas são remunerados a taxas bem mais modestas, em torno de 5% ao ano. O custo financeiro para o País é elevado. Além de engordar as reservas, o governo também tem reduzido seu endividamento externo e melhorado o perfil desta dívida. Desde julho de 2005, o governo realizou uma série de operações que encolheram o estoque da dívida externa em mais de US$ 36 bilhões. Entre as principais iniciativas do Tesouro para reduzir a dívida estão o pagamento do FMI e do Clube de Paris, a retirada dos bradies do mercado e o programa de recompra, que retirou do mercado papéis com vencimento em 2010, 2011 e 2012. No lugar, o Tesouro tem feito emissões consideradas qualitativas, ou seja, em papéis denominados em reais ou bônus com prazo de vencimento mais longo, como a última emissão do Global 2037. Segundo consta do Plano Anual da Financiamento (PAF), entre principal e juros vencem este ano US$ 10,6 bilhões, sendo que US$ 3,5 bilhões já foram adquiridos no mercado. Como o BC, ao menos neste começo de ano, se mantém firme comprando diariamente moeda, a tendência é de continuidade do movimento de engorda das reservas do País.

Helena

Arquivo vivo


A demissão a bem do serviço público do advogado Pedro Elói Soares, ex-procurador-geral do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) dos tempos de Ferando Henrique Cardoso, causou surpresa. Ao menos para o próprio. A decisão do advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, foi publicada pelo Diário Oficial da União . De acordo com o ex-procurador, demitido pela AGU por envolvimento no escândalo dos precatórios do DNER, que trouxe prejuízos de pelo menos R$ 122 milhões aos cofres públicos, o verdadeiro responsável por tudo que houve de irregularidade no DNER atende pelo nome do ex-ministro dos Transportes de FHC Eliseu Padilha”, afirma.

Hoje deputado federal pelo PMDB gaúcho,Eliseu Padilha sempre negou envolvimento no escândalo, que consistiu no pagamento de dívidas judiciais fora da ordem cronológica, uma irregularidade grave, de acordo com relatório da corregedoria da AGU de 1999. Mas há evidências fortes de que seu envolvimento no caso remontasse a 1999. Documentos atestam que Padilha orientou ao DNER, em 13 de janeiro de 1999, que fosse notificado de todas as propostas de acordo extrajudiciais fechadas a partir daquela data.

Arquivo vivo

Uma ação de improbidade administrativa foi movida pelo Ministério Público Federal contra Padilha, os ex-diretores do DNER Maurício Hasenclever Borges e Genésio Bernardino. Elói é um arquivo vivo do extinto DNER. Ele teme pela sua vida. Mas diz que não vai deixar seu nome ser achincalhado. Promete reagir e avisa: a verdade virá à tona, sei de muita coisa. Outro ex-servidor foi punido pela AGU: o também ex-procurador-geral Rômulo Fontenelle Morbach. Indicado ao cargo pelo PMDB do Pará — ele é primo do hoje deputado federal Jáder Barbalho, o advogado teve cassada sua aposentadoria da antiga autarquia, que deu lugar ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes.

Helena

A inocência poderá ser inútil em 2008


Por uma coincidência amarga, Geraldo Alckmin havia programado para ontem - dia do aniversário de São Paulo - o início de sua jornada de cinco meses em Harvard. A metrópole que o tucano deixa viveu um estranho feriado, em que o noticiário sobre as habituais pseudo-obras entregues neste dia (ontem foram reinaugurações de praças; há alguns anos, uma fonte luminosa), dividiu atenção com o corpo literalmente estendido no chão, como cantou João Bosco em "De frente pro crime". Até a noite de ontem, o último cadáver ainda não havia sido retirado do buraco que se abriu na linha 4 do metrô.

A discussão sobre a existência ou não de culpa da administração estadual passada no episódio concentra-se, até agora, no modelo do contrato adotado. Não é raro entre engenheiros o conceito de que a modalidade "turn key", usada na obra do metrô, desestimula a fiscalização. É quase certo que as investigações caminhem para isentar, do ponto de vista técnico e jurídico, o ex-governador de alguma responsabilidade, mesmo indireta, sobre a cratera. O contrário será absolutamente surpreendente. O problema para Alckmin será transpor o aval a ser recebido dos investigadores para o eleitorado. Pode-se perguntar como ficará sua imagem de bom gestor, cuidadosamente cultivada na campanha presidencial do ano passado, se o inimigo mostrar o abismo na rua Capri como símbolo de sua administração.

Divergências sobre saldo político do desastre

As avaliações dentro do próprio PSDB divergem. Há os que vêem com preocupação as conseqüências políticas do episódio. Há os que não vêem conseqüência alguma: apostam na capacidade da população de separar responsabilidade ou de achar normal o que aconteceu ou até mesmo até 2010 já tenham esquecido o fato. E assim, citando outra vez o samba, sem pressa cada um iria para o seu lado, pensando numa mulher ou num time. A resposta a esta questão não deve tardar. A princípio, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) só receberá o apoio dos tucanos no próximo ano se ganhar popularidade. Caso contrário, Geraldo Alckmin só não será candidato a prefeito de São Paulo se não quiser. A pronta presença de Kassab no cenário da tragédia e a vulnerabilidade a que Alckmin passa a ser exposto pode mudar os dados da equação.

Existem restrições na ala do PSDB ligada ao governador José Serra a respeito de Alckmin assumir a presidência do partido este ano, possibilidade que o manteria no cenário eleitoral de 2010. Sob reserva, comentam que falta consistência para o ex-candidato presidencial revitalizar o partido. Mas em relação à sucessão municipal em 2008, a ala serrista é absolutamente pragmática: o candidato do partido deve ser aquele que possuir, logo no início da corrida eleitoral, maiores condições de manter o governo municipal na esfera tucano-pefelista. Algo parecido com o critério que tentaram fazer valer na disputa pela candidatura presidencial do PSDB em 2006, sem sucesso. Kassab é uma incógnita e Alckmin teve no ano passado 53,8% dos votos paulistanos no primeiro turno e 54,4% na segunda rodada. Serra, para governador, conseguiu um resultado ligeiramente menor: 53,1%. Nos círculos próximos ao governador, a aposta é que o prefeito, um novato em eleições majoritárias, deve aparecer com menos de 10% nas primeiras pesquisas de opinião, e que Alckmin ficaria à frente da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). O trunfo do prefeito, além da importância para o PSDB em manter intacta a parceria com o PFL em 2010, está no interesse do governador: ao renunciar à prefeitura depois de prometer não fazê-lo, em março do ano passado, Serra tornou-se um fiador de seu vice. "Um fracasso administrativo em São Paulo nos atingiria de maneira mais profunda que o de Celso Pitta atingiu Paulo Maluf. Pitta foi eleito. Kassab é prefeito por vontade de Serra", afirmou um interlocutor do governador.

Helena

Telhado


Escolhido pelo presidente do PFL, senador Jorge Bonrhausen (SC), para sucedê-lo, dificilmente o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ) assumirá o comando da legenda. Sua candidatura subiu no telhado porque a reação contrária no Senado é quase unânime, muito mais por causa de um conflito de gerações do que por divergências políticas. O nome mais cotado para o posto é o do senador José Agripino (PFL-RN), se não for esmagado na disputa contra senador Renan Calheiros (PMDFB-AL) pela presidência do Senado.

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Condomínio


A disputa pela 4ª secretaria da Câmara, aquela que cuida dos apartamentos funcionais e outras mordomias, esquentou dentro do PR (ex-PL), para desespero do deputado Inocêncio de Oliveira (PP-PE). O ex-presidente da Câmara abandonou a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para apoiar Arlindo Chinaglia (PT-SP) de olho no cargo. A bancada do PP, porém, está se rebelando e ameaça indicar o deputado José Carlos Araújo (BA), que integra o grupo político do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Helena

Brasil S.A - Qual é a do BC?


Se até uma prestigiosa instituição financeira de Wall Street, o Morgan Stanley, esperava a queda da Selic de 13,25% ao ano para 12,75% — conforme bem fundamentada argumentação de seu economista-chefe para a América Latina, Gray Newman, distribuída na terça-feira —, foi muito estranho a diretoria do Banco Central frustrar as expectativas e baixar o ritmo de corte de 0,5 ponto percentual, que vinha seguindo, para o quase simbólico 0,25.

Aí tem coisa e não parece decorrente da inflação, que está mansa e com as previsões para o ano inferiores à meta de 4,5%, igual à de 2006, embora tenha fechado muito abaixo disso, a 3,14% — razão pela qual retardou a recuperação cíclica da economia, como se vai constatar quando o IBGE divulgar, no fim de fevereiro, a primeira prévia da variação do PIB no ano passado. Mais uma vez o Comitê de Política Monetária, vulgo Copom, codinome da diretoria do BC, não mostrou uma decisão consensual, mas mudou a relação de forças.

Agora, cinco em oito diretores votaram pelo corte menor, de 0,25 ponto percentual. Na última reunião, em novembro, deu-se o oposto: três em cinco defenderam o corte mirrado, mas prevaleceu a redução de 0,5 ponto. Dois destes cinco foram na quarta-feira convencidos pelos colegas mais assustadiços. Por quê? Mistério.

O que não mudou foram as variáveis consideradas por eles antes de decidirem em votação o tamanho dos juros que remuneram as reservas bancárias e, desse modo, ao influenciar o custo do dinheiro que os bancos transacionam entre si e com a clientela, expandir ou não o volume do crédito — o mais poderoso instrumento para determinar a evolução da economia. Juro é o grande preço básico da economia.

Juros menores implicam mais crédito e, portanto, mais consumo, negócios e crescimento do PIB. Se houver desequilíbrio da produção não suprida por importações, dado o aumento do consumo, a lei da oferta e procura põe em cena a inflação para fazer o “equilíbrio”.

O BC age preventivamente contra tal risco por meio da Selic. A meta de inflação, que é definida pelo governo ao BC, é o aviso ao mercado sobre a tolerância aos reajustes de preços. Tem a lógica do limite de velocidade nas estradas. Parece científico e preciso, tanto que muitos advogam a independência do BC, a exemplo do que ocorre em vários países, para livrá-lo de pressões políticas.

É pecado grave ao BC, reverenciado como “autoridade monetária” em reconhecimento aos poderes excepcionais de que dispõe para fazer o que for necessário para defender o valor da moeda, envolver-se com política. Suas decisões têm de ser técnicas e transparentes. Só o limite de inflação é uma escolha política, assumida no Brasil, sob o aval do presidente da República, por um colegiado composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do BC, cuja presença neste fórum constitui um equívoco que pede correção.

Motivações políticas

Este arrazoado didático se faz necessário porque parece que o BC votou motivado por considerações políticas, fruto do receio de que a orquestração pró-crescimento que o governo tenta criar com o PAC pudesse sugerir submissão de sua autonomia informal, se cortasse a Selic em 0,5 ponto. Isso nunca será admitido, mas as explicações para tanta timidez, dada a ausência de riscos visíveis, estão cada vez mais subjetivas. O IPCA fechou 2006 mais perto do piso da faixa de variação, 2,5%, que do centro da meta — e o presidente do BC, Henrique Meirelles, veio com graça dizendo que, “se a inflação abaixo da meta fosse erro, o centro da meta seria piso”. Ora...

No anúncio do PAC, o ministro Guido Mantega também fez sua graça. Dirigiu-se no meio de seu discurso ao presidente do BC, sentado à sua frente, e o provocou, falando de cenários: “Primeira conclusão é que o mercado está esperando a redução da Selic. A continuação! Viu, Meirelles?” O BC atendeu, mas com uma parcimônia de quem não tem pressa. Os motivos técnicos para isso não são consistentes.

Falta de argumentos

Como disse Gray Newman, do Morgan Stanley, agora “não é momento para reduzir a velocidade” de queda da Selic. O BC não concordou. Mas muito grave é o que ele revela: rumores de que alguns membros do Copom estariam mirando a variação de 4% ou 4,5% como novo teto da inflação, cujo intervalo legal vai de 2,5% a 6,5%, com a meta central em 4,5%. O BC não tem mandato para fazer tal revisão. Nem argumentos convincentes para explicar a freada do corte da Selic.

Primeiro, as previsões do mercado coletadas pelo próprio BC dão para o IPCA a variação de 4,03% este ano, abaixo da meta de 4,5%, como em 2006. Segundo, a recente alta do índice entre outubro e dezembro foi puxada pelos preços dos alimentos, mas tal efeito já se dissipou, assim como o reajuste de tarifas de ônibus no fim do ano. O segmento de bens não-exportáveis evoluiu acima da linha e fechou dezembro, em base anualizada, a 5,45%. Mas com peso de 35% no IPCA os bens exportáveis mais que compensaram esse aumento, com evolução anual de apenas 1,03%, e assim deverá continuar, devido ao real forte e à tendência deflacionária das commodities.

O pessoal do BC também se preocupa muito com descompassos entre a expansão do consumo vis-à-vis a oferta. Esta está correndo abaixo daquele, é fato, mas as vendas do varejo ganham impulso há meses e a inflação nem se mexeu. Além disso, as importações exercem efeito desinflacionário, e há sinais firmes de aumento dos investimentos na produção. O que falta mesmo é o BC se inflar de coragem.