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terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Lula otimista sobre abertura comercial


O PresidenteLula interrompeu o programa de rádio Café com o Presidente em junho do ano passado por exigência da lei eleitoral. Um mês depois, empacaram as negociações da Rodada de Doha por divergências entre os países integrantes da Organização Mundial de Comércio (OMC). Ontem, quando Lula retomou o programa, pôde apresentar uma nova perspectiva para o fim dos entraves ao comércio de produtos agrícolas. O Presidente se disse otimista com a retomada das conversas na Rodada de Doha. Avisou que vai telefonar aos presidentes dos países envolvidos na negociação e acredita que haverá uma solução até abril.

“Eu estou otimista, acho que nós temos que fechar isso até abril, mas eu estou convencido de que nós estamos avançando bem. Eu, por esses dias, vou ligar para os presidentes que estão mais envolvidos nessa história da Rodada de Doha e vamos ver se a gente assume a responsabilidade”, analisou. “Eu estou convencido de que se nós não fizermos um acordo de comércio que permita aos países pobres ter acesso aos mercados agrícolas dos países ricos, nós vamos viver mais um século vendo os países mais pobres continuarem mais pobres.”

Para Lula, existe interesse dos presidentes dos países-membros da OMC de fazer as negociações andarem. “Todo mundo sabe que se não acontecer um acordo sobre o comércio agora, a OMC vai perder credibilidade, as pessoas vão se perguntar para que ela existe”, analisou.

Decisão política

Ao discursar no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na semana passada, Lula cobrou dos países desenvolvidos a retomada das conversas, praticamente paralisadas desde julho. Ontem, ele voltou ao ponto. “Eu fiz questão de dizer que a decisão agora é eminentemente política e não mais econômica, é uma decisão em que os presidentes e os primeiros-ministros, as pessoas que têm a responsabilidade de tomar a decisão vão ter que dizer se querem ou não querem, não é mais um problema dos negociadores”, reforçou. No programa, Lula relatou o que disse no encontro na Suíça: “Como entrou pela primeira vez na discussão da Rodada de Doha a palavra desenvolvimento, isso é importante porque não adianta os países ricos acharem que vão ajudar os países pobres dando um pouquinho de dinheiro, não. É muito melhor a gente investir em projetos de desenvolvimento nos países mais pobres”, cobrou.

Para ele, o Brasil, além de ser um país importante nas negociações em torno dos subsídios agrícolas, pode apresentar ao mundo os programas do álcool e do biodiesel, como alternativa energética. A Rodada de Doha, realizada pelos países-membros da OMC, começou em Doha, no Qatar, em 2001, com o objetivo de diminuir as barreiras comerciais para os países em desenvolvimento. A redução dos subsídios agrícolas é o tema mais polêmico das negociações.

Helena

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