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terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Geraldo Alckmin sai do seu buraco e fala mentira

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu ontem a utilização do modelo de contratação "turn key" (chave na mão, em tradução livre) adotado em sua gestão para a construção da linha 4 do metrô.Esse tipo de contrato deu autonomia ao Consórcio Via Amarela de se autocontrolar na execução da obra. Para especialistas, a fragilidade na fiscalização pelo poder público pode ser uma das razões do acidente.

Ao ser questionado sobre as responsabilidades em torno da tragédia, disse: "É uma obra necessária, importante, que precisa ser avaliada. Geraldo Alckmin tentou se livrar de culpa dizendo "Deixei de ser governador vai fazer um ano e segurança de obra precisa ser feita 24 horas, todos os dias".Em entrevista antes de dar palestra na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), em São José dos Campos, defendeu esse tipo de contrato ao afirmar que ele assegura que não existam aditivos na obra encomendada pelo Estado.

No contrato "turn key", com preço fechado, a iniciativa privada recebe um valor fixo e assume eventuais imprevistos.Alckmin mentiu ao dizer que esse modo de se relacionar com as empreiteiras "foi exigência do Banco Mundial". Mais tarde, quando interrogado por jornalista sobre o que havia dito em entrevista, voltou atraz e disse não saber se era uma exigência ou recomendação do banco.O tucano Geraldo,que silenciou durante uma semana até falar ontem do acidente, também afirmou que na estação Pinheiros não poderia ser usado o "tatuzão" nas escavações. Disse que no local só é possível usar o método NATM de construção, mais barato, e que utiliza explosivos e retroescavadeiras.Sobre as avaliações já feitas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado e pelo vice-governador Alberto Goldman, de que houve falhas na obra, disse que não gostaria de se antecipar às investigações. "Prefiro aguardar os laudos."Depois de amanhã o tucano embarca para uma temporada de quatro meses de estudos em Harvard, nos Estados Unidos, para aprender como fazer política.

Geraldo Alckmin está minimizando o escândalo da cratera no metrô de São Paulo. A engenharia honesta deste país deve tomar a frente no caso para punir os responsáveis pelos erros técnicos. Tem sido difícil acontecer procedimento dessa forma, mas o país não pode depender de obras criminosas que paralisam a sua maior cidade

Helena

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