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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Reservas próximas dos US$ 90 bilhões


O aumento percentual do volume acumulado pelo Brasil só é menor que o da Rússia. As reservas internacionais do Brasil seguem em forte ritmo de expansão. Na próxima semana, quando ingressam na conta do País os US$ 500 milhões da última captação externa do Tesouro Nacional, as reservas vão ultrapassar os US$ 90 bilhões. No último dia 24, dado mais recente disponível, o País tinha US$ 89,74 bilhões em suas contas no exterior.

As reservas internacionais do País desde o ano passado vêm crescendo a um ritmo bastante forte. O recorde histórico foi alcançado no último dia 13 de outubro, quando o volume acumulado chegou a US$ 74,954 bilhões. Até então, o pico das reservas brasileiras havia sido alcançado em abril de 1998, com a marca de US$ 74,656 bilhões.

As reservas do País, uma espécie de seguro contra crises externas, são hoje a décima maior do mundo,está à frente de países como México (US$ 68 bilhões) e Turquia (US$ 60 bilhões). Entre as 20 maiores reservas do mundo, o crescimento do volume acumulado pelo País na comparação ano a ano, de 57%, só não é maior do que a expansão das reservas russas, que subiram 74% até o último dia 31 de dezembro, em comparação com dezembro de 2005.No ano passado, as emissões externas do Tesouro - uma das fontes de captação de recursos para as reservas - captaram em US$ 5,270 bilhões. A maior parte dos recursos que em 2006 elevaram as reservas em US$ 36 bilhões, ou 66% de alta, veio das compras do BC no mercado à vista, pagas a bom preço.

O BC para retirar os reais que injeta na economia ao comprar dólares emite títulos que pagam algo próximo da Selic, 13%, enquanto os recursos das reservas são remunerados a taxas bem mais modestas, em torno de 5% ao ano. O custo financeiro para o País é elevado. Além de engordar as reservas, o governo também tem reduzido seu endividamento externo e melhorado o perfil desta dívida. Desde julho de 2005, o governo realizou uma série de operações que encolheram o estoque da dívida externa em mais de US$ 36 bilhões. Entre as principais iniciativas do Tesouro para reduzir a dívida estão o pagamento do FMI e do Clube de Paris, a retirada dos bradies do mercado e o programa de recompra, que retirou do mercado papéis com vencimento em 2010, 2011 e 2012. No lugar, o Tesouro tem feito emissões consideradas qualitativas, ou seja, em papéis denominados em reais ou bônus com prazo de vencimento mais longo, como a última emissão do Global 2037. Segundo consta do Plano Anual da Financiamento (PAF), entre principal e juros vencem este ano US$ 10,6 bilhões, sendo que US$ 3,5 bilhões já foram adquiridos no mercado. Como o BC, ao menos neste começo de ano, se mantém firme comprando diariamente moeda, a tendência é de continuidade do movimento de engorda das reservas do País.

Helena

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