Lula mantém crescimento nas pesquisas, chega a 51,4% no primeiro turno e se distancia dos adversários na corrida ao Planalto
O Presidente Lula abriu 32 pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado, se as eleições fossem hoje, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT)/Instituto Sensus divulgada ontem. Na consulta estimulada, as intenções de voto em Lula cresceram de 47,9% , no início de agosto, para 51,4% entre os dias 22 e 25 de agosto. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, permaneceu estável: em agosto, as intenções de voto no candidato tucano somavam 19,7% do total; neste final de mês, somam 19,6%. A pesquisa foi realizada entre 22 e 25 de agosto, com 2 mil entrevistas. A margem de erro é de mais ou menos 3 pontos percentuais. Está registrada no TSE sob o nº 14.150/2006.
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, responsável pela pesquisa, afirma que a eleição está definida, pois Lula teria 62,3% dos votos válidos, contra 23,8% de Alckmin, vantagem quase impossível de ser revertida. “Essa era a posição de Lula no segundo turno das eleições de 2002, enquanto a de Alckmin corresponde à votação de Serra no primeiro turno”, compara Guedes. “Os ganhos macroeconômicos superam os problemas gerados no governo disse Guedes.
Aumento da geração de emprego, estabilidade da moeda, declínio de preços básicos, como cimento e alimentação, correção do salário mínimo acima da inflação e os programas sociais do governo dão vitória a Lula. Guedes informou que a pesquisa é feita de casa em casa, inclusive nas áreas rurais, com parâmetros técnicos recomendados. “Checamos inclusive a escolaridade”, garante. “O percentual de entrevistados nas áreas urbana e rural, por faixa etária e por nível educacional está correto”, afirma. No começo de agosto, ao antecipar o crescimento das intenções de voto de Lula, o instituto foi muito criticado por dirigentes do PSDB. Chegou a ser classificado de “piada” por Alckmin.
Rejeição
A pesquisa mostra o menor nível de rejeição do Presidente desde a crise do mensalão. Segundo o Instituto Sensus, 25,5% dos entrevistados afirmam que não votariam em Lula. A rejeição a Alckmin é de 42,0% e, a Heloísa, de 50,1%. Na pesquisa anterior, Lula tinha rejeição de 27%, Alckmin de 37,6% e Heloísa Helena, de 41,7%. “Quem tem 40% ou mais de rejeição está fora da disputa. Quem tem até 30% de rejeição está dentro”, aposta Guedes. Para chegar a essa conclusão ele considera uma margem de 20% de votos brancos e nulos e divide por dois os 80% restantes. Pelo cálculo, Alckmin e a candidata do PSol, Heloísa Helena, estariam fora da corrida presidencial.
Apenas 44,7% dos entrevistados, segundo o Instituto Sensus, assistiram a todos ou parte dos programas eleitorais divulgados no rádio e na televisão desde 15 de agosto. Desse percentual, 38,3% avaliaram o programa de Lula como o melhor, enquanto 30,8% preferiram o de Alckmin. O programa de Heloísa foi o preferido de 13,2% dos que o assistiram, enquanto 1,7% apenas consideraram o programa de Cristovam (PDT) o melhor.
“Não funciona”
Foi a primeira pesquisa realizada após os programas no horário eleitoral gratuito. Segundo o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, o programa de Alckmin “está bem avaliado, mas não funciona”. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte mostra também que subiu de 59,3%, na última pesquisa, feita no início de agosto, para 69,2% no fim o mês o número de pessoas que acreditam que o presidente Lula vai ganhar as eleições. Desse total, 47,3% acreditam que o presidente vai vencer já no primeiro turno.
Helena