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quarta-feira, 30 de agosto de 2006

O médico de araque


Geraldo, o mentiroso, foi eleito prefeito de Pindamonhangaba aos vinte e três anos de idade. Logo, não deve ter exercido a medicina. Tem um diploma. É diferente. Disse na tevê que está melhor preparado para resolver o problema da saúde.

É o bastante olhar São Paulo e ver como ele "resolveu" o problema por lá. O outro que acha que resolve tudo, José Serra, quando candidato a prefeito, assinou - repito, assinou - um documento comprometendo-se a cumprir o mandato inteiro e a não usá-lo como escada para outras disputas eleitorais.

Assinou sabendo que não seria assim.

Tucano não tem caráter, nem vergonha. Assinam qualquer papel.

Geraldo, o mentiroso, resolveu sim, o problema da sua vida na corrupção generalizada do seu governo e o de sua mulher, nos quatrocentos vestidos ganhos de um estilista à guisa de ajudar os pobres.

Pobres amigos dela, como o secretário de Educação, que pegou uma boa propina ao encomendar livros para as escolas do Estado de outro dileto amigo da dupla Geraldo e senhora.

O tal de Eymael, com as cores semelhantes às do tucanato, dá a impressão que tenta mostrar à "Globo" que pode ser um bom artista, quem sabe um substituto para Francisco Cuoco. Cumpre o papel periférico de fazer as críticas que Alckmin não faz por estratégia. Só vai fazer no momento que perceber que o barco está no fundo.

Cristóvam Buarque Cavalcanti, em qualquer lista de dez políticos sem caráter no Brasil, entra entre os cinco primeiros. Oportunista sem tamanho. O cara nem senso de ridículo tem. Brizola, que foi um homem sério, de atitudes, deve estar dando voltas no túmulo.

É outra linha auxiliar tucana.

Está faltando Enéias nesta eleição. "Meu nome é Enéias"; Pelo jeito o cara gostou de ser deputado. Dá menos trabalho, dá um dinheirinho razoável.

Eu me pergunto o que leva um sujeito como o tal Eymael a fazer aquela pantomima toda de mostrar cadeira vazia, de colocar a mão no peito e falar de faixa presidencial, quando ela lá "estiver?" Tudo bem, é um direito do dito cujo. Mas é um direito do cidadão também mandar o tal democrata cristão às favas.

Determinados candidatos deveriam sair da campanha direto para o consultório psiquiátrico. Ou para uma "igreja" do Edir Macedo.

O médico de araque, ou seja, só de diploma. O cara de pau do PDT. O "é comigo e os homens de bem deste País". O que vai acabar com os impostos. E vai por aí afora.

É o Brasil no século XXI e sua democracia de nem contra, nem a favor, muito antes pelo contrário, eu quero é o meu. Ou então, quinze minutos de glória na tevê


Laerte Braga é jornalista.
Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.

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