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quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Objetivo do PT era tirar da toca o ex-presidente


A mídia está em festa, nos meios jornalístico o clima é de alegria, dizem que soltaram fogos na redação dos jornais ontem a noite. O motivo? Fernando Henrique Cardoso e Alckmin começaram bater em Lula.

E quem ri por último ri melhor?

Os dirigentes do PT e do PCdoB que redigiram o programa de governo para o possível segundo mandato do presidente Lula decidiram, desde a primeira versão do texto, tratar de forma agressiva a questão da ética e da corrupção. Um dos objetivos da abordagem adotada era tirar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso da toca, obrigando-o a intervir no debate eleitoral e, com isso, reforçar a imagem que a campanha petista quer passar à opinião pública: que Geraldo Alckmin é o candidato de Fernando Henrique e que sua eleição representa a volta ao poder da turma do ex-presidente.

- Fernando Henrique reagiu de forma emocional, com a vaidade - disse um dirigente do PT, comemorando a reação do ex-presidente.

O programa de governo , que chegou a 11 versões, teve como seu principal redator o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República e coordenador da elaboração do programa de governo, Marco Aurélio Garcia. Foi ele quem incluiu no texto a afirmação "generalizaram a corrupção" e os parágrafos que questionam a autoridade moral e a credibilidade da oposição para falar em ética. O texto, no entanto, era ainda mais agressivo nas versões anteriores e foi amenizado.

- Nas primeiras versões o texto era mais forte, com adjetivos, e foi desidratado a pedido do presidente Lula - contou um integrante da comissão de programa de governo.

Abordagem não deveria ser de forma defensiva

Petistas e aliados do PCdoB tiveram vários debates sobre a forma como a questão deveria ser tratada e decidiram que a abordagem não deveria ser feita de forma defensiva. O programa de governo não deveria reproduzir o discurso da oposição, que, segundo eles, tentou vender a imagem de que a corrupção havia começado no atual governo.

- Não foi para nos antecipar à oposição nem por causa de pesquisas - disse Marco Aurélio.

Integrantes do comando da campanha de Lula pretendem ainda voltar ao tema na propaganda eleitoral na televisão.

- A oposição tem uma visão oportunista e eleitoral do problema da corrupção. Queremos fazer um debate sério. Este governo tem o desejo de varrer a corrupção - disse outro pettita.

Helena

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