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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Queridos Leitores obrigada por 2007







Quando eu penso que sou bastante forte, que nada consegue me emocionar o suficiente para me fazer perder o controle da emoção, surge a inesperada surpresa de vocês!

Quantas mensagem lindas vocês me enviaram! Foram centenas delas aqui no comentário, no livro de visitas do blog, por e-mail, os lindissímos cartões, muitos convites, e por celular lindas e inesqueciveis mensagens de carinho. Fiquei sensibilizada pelo carinho de todos.

Como foi bom saber que existem pessoas como vocês meus queridos leitores, que se preocupam em me fazer feliz. E olhe, vocês me fezeram feliz de verdade! Seu gesto de atenção e carinho me proporcionou um lindo momento de paz e de muita alegria.

Vocês realmente são mesmo pessoas muito especiais! obrigada não tenho palavras para agradecer a sua atenção e seu carinho. Muito obrigada por vocês terem me proporcionado um excelente ano de 2007. Feliz ano de 2008 para cada um de vocês. Muita saúde, amor, carinho e felicidade todos os dias de suas vidas. Eu espero, sinceramente, que tudo aquilo que você sonhou, possa se tornar realidade neste novo ano que se inicia.

Quero aproveitar esse espaço para AGRADECER a todos que tem feito o blog Os amigos do Presidnete Lula comigo, pois sem vocês que tem acessado, nada teria sentido e o blog não teria sido o sucesso que foi neste ano de 2007

Agradeço também pela divulgação que todos tem feito ao enviar as notícias do blog para toda sua lista de emails, aumentando cada vez mais nossa newsletter e os acessos, acrescentando novos leitores aos assíduos.


"Feliz Ano-Novo"

Alemão: Glückliches Neues Jahr -
Dinamarquês: Nytar -
Espanhol: Feliz Año Nuevo -
Esperanto: Feliĉigan Novan Jaron -
Francês: Heureuse Nouvelle Année -
Galego: Feliz Aninovo -
Hebraico: Shaná Tová -
Inglês: Happy New Year -
Italiano: Buon Anno - Felice Anno Nuovo -
Japonês:  明けましておめでとうございます (akemashite omedetou gozaimasu) -
Russo: Счастливого Нового Года {Schastlivovo Novovo Goda} -
Búlgaro: Честита Нова Година /Chestita Nova Godina/
Sueco: Gott nytt år -
Catalao: Bon any nou!! -

2007 foi um ano memorável
2008 há de ser ainda melhor ao lado de vocês!. Muito obrigada por 2007!

Cada uma de vocês mora no meu coração!

Desejo a todos o que tenho CERTEZA que vai acontecer:

Um feliz e próspero 2008.

E não é da boca pra fora. É do coração, mas não é só do coração. Esse ano é da cabeça também, porque é só olhar o que está acontecendo no Brasil.

O maior responsável pela nossa prosperidade e felicidade individual somos nós mesmos, independente do governo.
Mas tem governo que joga do nosso lado, do lado povo, e tem governo que joga contra. E felizmente desde 2002 temos um governo que joga do nosso lado.

E tem a felicidade coletiva também, que a gente se sente feliz com a felicidade dos outros. E quando se trata das pessoas mais abandonadas na história do Brasil, essa depende mais do governo.
É a felicidade daqueles mais humildes que moram depois do horizonte, de onde nossas vistas de classe média, nem pensam em alcançar pela janela, mas que sempre existiram, mas eram invísiveis para os governos demo-tucanos. Eram só estatísticas no IBGE.

Hoje elas são cidadãs, elas participam do vida nacional, elas não ligam para o que a Globo diz, elas não são apenas assistidas pelas políticas públicas, elas não tem só seus direitos reconhecidos, são elas quem estão mais colaborando para o crescimento do Brasil que estamos vendo, quando são incluídas no mercado de trabalho decente, na escola, na própria classe média, elas são o motor da prosperidade econômica.

Eu tenho certeza que até os cidadãos inteligentes que eram oposicionistas por preconceito, vão se tornar esse ano também amigos do presidente Lula, porque basta desligar a TV, fechar o jornal e andar nas ruas, conversar com gente diversa, para ver que o Brasil é outro.

Os cidadãos demo-tucanos que não conseguem ser inteligentes, que brigam com os fatos, com os números, e acreditam na TV Globo e na Revista Veja, mesmo fazendo o teste de São Thomé nas ruas, não acreditam no que vêem. Esses vão continuar ranzinzas. Mas fazer o quê? São brasileiros igual a alunos preguiçosos, que não fazem o dever de casa e querem "colar" a matéria da Globo e da Veja.
Então passarão 2008 de castigo no fundo da sala com um chapeuzinho de Burro (muito mais adequado do que o nariz de palhaço, porque os palhaços de verdade, talvez os mais importantes artistas, porque trabalham para a alegria das crianças, nunca mereceram essa citação nos protestos idiotas).

Quanto aos demo-tucanos profissionais, dentro dos partidos, da imprensa, e do poder econômico, vão amargar um ano de derrotas. Apostaram tudo o que tinham, igual em um cassino, e vão perder a aposta.

E a gente, vamos ter um ano de batalhas pela frente. Além do dia a dia do cotidiano, 2008 é ano de disputa nas prefeituras. E é nas prefeituras que o governo Lula está precisando de reforço, para que o dinheiro da saúde, educação, PAC do saneamento, cadastros do bolsa família, do pró-jovem, e tantos outros programas do governo Lula, não sejam desviados para bolsos demo-tucanos nas prefeituras, em vez de chegar ao povo. Enquanto a eleição não chega, dá-lhe Polícia Federal, e nós também temos que marcar sob pressão no município esses prefeitos e vereadores corruptos, denunciando e contando para todo mundo todas as maracutaias que ficarmos sabendo.

OAB quer meio bilhão de reais do governo


A seccional da OAB da Bahia reivindica o apoio do governador Jaques Wagner (PT) ao projeto para que Salvador venha a sediar a 8ª Região da Justiça Federal. Hoje subordinada ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, a nova jurisdição incluiria o Estado de Sergipe.

A proposta da OAB-BA colide com a alegação do TRF-1 para construir sua mega-sede de meio bilhão de reais: "as instalações não atendem mais às necessidades do tribunal, que tem jurisdição em 13 Estados e no DF". A obra foi ganha pelo consórcio da baiana OAS da família de ACM.

"Para distribuir Justiça, o que o Judiciário menos precisa é de sedes grandiosas, daquelas em que o povo é convidado a não entrar." De Marcelo Semer, ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia, sobre a construção de mega-sedes de tribunais, ameaçadas pelos cortes do governo no Orçamento para compensar o fim da CPMF.

Vereadores antecipam reajuste que vai valer em 2009 para evitar o desgaste de votar medida em ano eleitoral


No apagar das luzes do ano legislativo, dezenas de Câmaras Municipais do interior de São Paulo aprovaram aumentos de até 179% nos salários de vereadores e nos de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais. O reajuste antecipado, já que entrará em vigor só em janeiro de 2009, revela a preocupação dos políticos de evitar o desgaste de aumentar seus ganhos em ano eleitoral.

Pela lei, o prazo para definir os subsídios da próxima gestão vai até um mês antes das eleições municipais, que serão em 5 de outubro. A legislação permite que os vereadores fixem seus subsídios em até 75% do salário de deputado estadual, que em São Paulo é de R$ 12.480. O porcentual varia conforme a população de cada cidade: o menor teto é de municípios com até 10 mil habitantes, onde o vereador só pode receber até 20% do que ganha o deputado.

Em Jundiaí, a 60 quilômetros de São Paulo, o prefeito que vencer as eleições já tem garantido salário de R$ 17,8 mil mensais assim que assumir o cargo. O aumento foi votado em sessão extraordinária no dia 20 e assegurou também para os 16 vereadores um ganho mensal de R$ 7,4 mil. Hoje, eles recebem R$ 5,4 mil. O vice e os secretários receberão R$ 12,2 mil por mês. A cidade, de 350 mil habitantes, é uma das que melhor remuneram seus políticos.

São José dos Campos, a maior cidade do Vale do Paraíba, com 600 mil habitantes, pagará aos 20 vereadores eleitos em 2008 salários de R$ 8,3 mil. O reajuste de 85% foi aprovado em votação rápida, no fim da sessão de 13 de dezembro, a penúltima do ano. O valor corresponde a 67% do salário do deputado.

O vereador Cristiano Ferreira (PSDB), um dos que votaram a favor, o líder do PT na Câmara, Wagner Balieiro, votou contra por considerar o reajuste “abusivo”: “Outras classes operárias não têm aumento como esse.” O Sindicato dos Metalúrgicos distribuiu panfletos nas ruas contra o reajuste, que ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Os vereadores de Bauru, a 335 quilômetros de São Paulo, aprovaram um aumento de 54% nos salários na última sessão ordinária do ano, no dia 10. Eles ganham R$ 4.040 mensais e os eleitos em 2008 vão receber R$ 6.225, o equivalente a 50% do vencimento dos deputados. O projeto foi assinado pelos 15 vereadores e a maioria vai se candidatar à reeleição.

Mesmo longe das eleições e valendo só para os próximos vereadores, a votação enfrentou resistência. Manifestantes foram à sessão com faixas e cartazes e houve protestos no centro da cidade de 350 mil habitantes. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estuda a possibilidade de entrar com ação na Justiça contra o aumento.

O presidente da Câmara, Paulo Madureira (PP), garante que os vereadores não ganharão muito mais do que os atuais, pois deixarão de receber pelas sessões extras. A legislação atual permite o pagamento dessas sessões, mas os vereadores decidiram abrir mão da verba.

Em Capão Bonito, de 48 mil habitantes, a Câmara reajustou em 10% o salário dos vereadores, mesmo índice dado a seus funcionários. Cada vereador receberá R$ 2.734 e o salário do presidente irá para R$ 3.179.

Salto

A Câmara de Alfredo Marcondes é a recordista em porcentual de aumento: o salário do próximo presidente da Casa terá reajuste de 179%, passando para R$ 2,2 mil por mês. Os demais vereadores eleitos em 2008 vão receber R$ 1.240 - 116% a mais - para comparecer a duas sessões mensais. O novo prefeito vai ganhar R$ 5 mil, 42% mais do que o atual. O salário do vice dobrou para R$ 2 mil.

Alfredo Marcondes, que fica a 466 quilômetros da capital, tem apenas 3,8 mil habitantes. É um município pobre: segundo o Sistema Estadual de Análise de Dados e Estatística (Seade), a maioria dos trabalhadores recebe apenas 1 salário mínimo por mês. Apesar disso, o presidente da Câmara, Euclides Torquato (DEM), ainda acha baixo o reajuste. “O prefeito daqui deveria ganhar uns R$ 6 mil ou mais. Ele tem o trabalho de viajar toda semana para buscar verba em São Paulo.” Torquato não teme a reação dos moradores. “Foi o povo que colocou a gente aqui, se ele quiser, ele tira.” Dos 9 vereadores, 7 serão candidatos à reeleição, um a prefeito e o outro a vice.

Já a Câmara de Guararapes, na região de Araçatuba, teve pressa e aprovou reajuste em maio deste ano. Com o aumento de 123%, os salários saltaram de R$ 1,1 mil para R$ 2,5 mil. O presidente da Casa, Jaime Brantis (DEM), disse que o valor poderia ser até maior, pois a cidade de 30 mil habitantes teria direito a pagar o equivalente a 30% do salário dos deputados, mas ficou em 23%. “Fazia 20 anos que os vereadores não reajustavam os subsídios”, justificou.

Em Bady Bassit, a 450 quilômetros de São Paulo, o presidente da Câmara, Antonio Marques Mendonça (PMDB), se assustou com a reação popular e retirou da pauta o projeto que concedia aumentos de 66% para os vereadores, 116% para o prefeito e 150% para o vice. Agora, proposta que eleva para R$ 6,5 mil o ganho do prefeito e para R$ 1,2 mil o dos vereadores será discutida só em fevereiro.

Em Guapiara, de 21 mil habitantes, a 266 quilômetros da capital, uma sessão extraordinária fora marcada para o dia 15, para aprovar o reajuste de 15% nos salários dos vereadores. Desde o último aumento, em 2005, cada parlamentar recebe R$ 1.920. Preocupada com as críticas, porém, a Mesa da Câmara adiou a votação.

Lula fez balanço de ganhos na economia nesta manhã. Ano de 2007 foi "um dos melhores dos últimos tempos"


O Presidente Lula disse, nesta segunda-feira (31), em seu programa de rádio “Café com o Presidente”, que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com início previsto entre fevereiro e abril de 2008, devem gerar cerca de dois milhões de empregos. A previsão é de as obras consumam mais de R$ 13 milhões.

Na última edição do ano do programa, Lula fez um balanço de 2007, afirmando que o ano foi “um dos melhores anos dos últimos tempos” para o Brasil.O Presidente,ainda disse que o país encontrou seu caminho, com a estabilização da economia, o aumento de salários e a geração de empregos.

Lula festejou a redução dos índices de desmatamento no país e afirmou que a próxima fase do programa ambiental do governo é o mapeamento dos municípios onde ainda acontece corte ilegal de árvores e queimadas. A missão, confiada à ministra do Meio-Ambiente Marina Silva, deverá resultar numa reunião com os prefeitos e governadores das áreas mais atingidas para que seja definido um acordo para combater o desmatamento.

No fim do programa, Lula agradeceu ao povo brasileiro “pela compreensão e pelo apoio”. Segundo ele, “a única razão pela qual a gente se candidata a presidente da República é poder executar coisas que a gente sonhou durante toda a vida”.

Lula afirmou que já pensa em 2009. “Nós colhemos o que plantamos”, afirmou, destacando que o Brasil usou “boas sementes” e vai colher uma “boa lavoura”.

Buraco do Serra


Fiscal de ônibus sinaliza buraco de 1,6 m de diametro por 1,4 m de profundidade que se abriu ontem no cruzamento das ruas Eugênio de Medeiros e Pais Lemes, no bairro de Pinheiros, perto das obras da linha 4 do Metrô em São Paulo

'Los Angeles Times'. Brasil vive melhor periodo e futuro do 'Brasil é agora'


Depois de vários ciclos de altos e baixos nas últimas décadas, o Brasil está no meio de seu melhor período de crescimento econômico sustentado desde os anos 70, afirma uma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal americano 'Los Angeles Times'. Leia aqui página traduzida pelo Google, ou aqui em Inglês

"Durante anos, a piada era que a economia do Brasil seria a economia do futuro. A graça, é claro, estava no fato de que o futuro nunca chega. Mas finalmente, parece que o futuro é agora", afirma o diário 'Los Angeles Times'.

A reportagem destaca uma série de fatos que marcaram a economia brasileira no ano de 2007, como a expansão da produção de aviões da Embraer, a descoberta do campo petrolífero de Tupi, na Bacia de Santos, e o aumento do fluxo de investimentos estrangeiros no país, "que bateu os US$ 30 bilhões, um crescimento de 60% em relação a 2006".

"O otimismo está em alta e o País parece ter entrado na estrada com destino à estabilidade. E a emergência de empresas como Embraer, Odebrecht e Petrobras no palco mundial é um fator que muito contribuiu para a melhoria da saúde fiscal do Brasil", avalia o Los Angeles Times.

"A exportação de bens manufaturados e serviços deram equilíbrio à economia brasileira e ajudaram as reservas estrangeiras a crescerem para US$ 167 bilhões, o dobro do registrado em setembro 2006. O País diminuiu sua dívida, reduziu a taxa básica de juros e aumentou a cautela com os gastos", afirma o jornal.

O Brasil bombou em 2007

Foi um natal como há muito tempo não se via no Brasil. As vendas, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), foram 12% maiores que em 2006 e as melhores dos últimos dez anos. Em muitos setores, a farra natalina aconteceu o ano inteiro. O mercado imobiliário está em ebulição, impulsionado pelo crédito farto, com juros mais baixos e lançamentos a preços mais acessíveis. Em 2007, o volume de financiamentos dobrou, para R$ 18,6 bilhões, um novo recorde. No setor automobilístico, nunca se vendeu tanto. Os números do ano ainda não estão fechados, mas calcula-se que as vendas fiquem em 2,5 milhões de veículos, quase 30% a mais que em 2006. O mesmo aconteceu com computadores, produtos de higiene e beleza, celulares.

O índice de confiança do consumidor, que mede a segurança no emprego, está no maior nível desde o início da pesquisa, em 1996, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O desemprego, na faixa de 8,2% em novembro, está no nível mais baixo desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adotou uma nova metodologia de cálculo do índice. Também nunca se contratou tanta gente com carteira assinada. Em 2007, os trabalhadores recuperaram as perdas salariais que se arrastavam desde 2002. Até a distribuição de renda, um problema crônico, está melhorando.

Uma pesquisa recente realizada pelo instituto Datafolha apurou que 20 milhões de pessoas entraram na classe C, a classe média baixa brasileira, com renda familiar abaixo de R$ 4 mil por mês. “Quem está indo a algum lugar que se vende muito percebe que o povo pobre está comprando”, disse o Presidente Lula no programa de rádio Café com o Presidente, na véspera do Natal. “As coisas estão confluindo de forma positiva, como se tivéssemos uma energia dizendo: agora é a vez do Brasil.”

Há bons motivos para acreditar que o país esteja entrando num ciclo de crescimento econômico real e, para usar um adjetivo caro aos economistas, sustentado.

Com a consolidação da estabilidade e a entrada de uma massa de novos consumidores no mercado, o país cresceu 5,7% ao ano no terceiro trimestre (último dado disponível, do IBGE), em relação ao mesmo período de 2006.Algo que parecia impossível em 1993, há 14 anos, meses antes do Plano Real, quando a inflação roçava 2.500% ao ano.

Com uma política econômica consistente há mais de uma década e o recente dinamismo dos negócios, o Brasil caiu no gosto dos investidores internacionais em 2007. Em reportagem recente publicada pela revista Business Week, Jim O’Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, um dos maiores bancos americanos de investimento, fez uma verdadeira declaração de amor ao país. Ele cunhou o termo Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China), em 2003, e previu que os quatro países seriam as maiores economias do mundo em 2050. “Algumas pessoas dizem que o Brasil não deveria ter sido incluído no grupo dos Brics”, afirmou O’Neill. “Eu diria que, hoje, parece que o Brasil é o melhor dos quatro.”

No fim de outubro, a revista inglesa The Economist publicou uma reportagem semelhante, intitulada “Por que o Brasil parece em melhor forma que muitos outros mercados emergentes”. Pouco antes, já havia s publicado dois outros artigos na mesma linha. Um deles afirmava que “o Brasil é o exemplo mais claro da recém-descoberta estabilidade financeira da América Latina”. O segundo, que “Lula, o campeão da igualdade, tem sido bom para a Bolsa” – só em 2007, o índice Bovespa, que reflete o desempenho dos papéis mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 45%. Em dólar, segundo a empresa MSCI Barra, ligada ao Morgan Stanley, um dos maiores bancos americanos de investimento, foi a segunda maior alta do mercado acionário do mundo, atrás apenas do Peru.

Não por acaso, o volume de investimento estrangeiro na produção bateu recorde em 2007. Foram US$ 33,7 bilhões, mais que no auge da privatização, em 2000. No mercado de capitais, ocorreu a mesma coisa. Com empresas de primeira linha como Vale do Rio Doce, Embraer e Gerdau, o mercado acionário atraiu um volume recorde de dólares. Os estrangeiros investiram R$ 48 bilhões na compra de novas emissões de ações .No total, incluindo os negócios com novos papéis feitos por investidores nacionais, o Brasil movimentou R$ 75 bilhões em novas emissões de ações, o equivalente a 11% do mercado global. “O que está acontecendo no mercado de capitais do país é uma revolução”, diz o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações no governo FHC.

O cenário se mostra tão positivo que o Brasil está prestes a receber o almejado grau de investimento das agências internacionais de classificação de risco. Será um sinal verde para que um sem-número de fundos de pensão apliquem parte de seus recursos no país, algo que hoje estão impedidos de fazer. Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nem mesmo a crise no mercado de hipotecas americano poderá atrasar o “upgrade”. Meirelles afirma que, se o governo garantir a saúde das contas públicas e continuar a reduzir a proporção da dívida em relação ao PIB, a obtenção do grau de investimento será uma questão de tempo. “Estamos vivendo um ciclo virtuoso”, diz.

No mundo dos negócios, o bom momento da economia está fortalecendo as empresas nacionais. Segundo o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) de São Paulo, o faturamento dos negócios de menor porte é o maior dos últimos cinco anos. As grandes empresas vivem fenômeno semelhante. Uma pesquisa realizada com 220 empresas de capital aberto pela Economática, uma empresa de informações financeiras de São Paulo, revela que, nos primeiros três trimestres deste ano o lucro líquido alcançou R$ 39,2 bilhões, 45% a mais que no mesmo período de 2006. “Houve uma melhora geral. Nem a turbulência do mercado externo conseguiu perturbar a economia nacional”, diz o empresário Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim. “A gente sente que há crescimento econômico no país. No passado, sonhava com crescimento de até 2%. Era um horror. Agora, não há do que reclamar.”

Com a queda dos juros, os empresários estão investindo mais na produção e menos no mercado financeiro. Segundo dados do IBGE, o investimento em máquinas, equipamentos e imóveis em 2007 alcançou 17,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior nível em muitos anos. As fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras também bateram recorde. Foram US$ 37 bilhões até o fim de outubro, 93% a mais que no mesmo período de 2006, de acordo com a Thomson Financial, empresa internacional de informações financeiras. Em 2007, o Brasil ainda se tornou, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, o segundo maior investidor externo entre os países emergentes, atrás apenas de Hong Kong. Otimista, o Presidente Lula previu, ainda assim, uma taxa de crescimento de 6,5% em 2008, mesmo sem os R$ 40 bilhões da CPMF.

Meirelles ainda acredita que a força do mercado interno deverá aplacar eventuais retrações externas. “Hoje, o crescimento da economia brasileira é ancorado pela demanda doméstica que é incentivada pelo aumento da renda real, do emprego e do crédito. O Brasil vai crescer a taxas robustas também em 2008”, afirmou em seu depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na véspera do feriadão do Natal. “Será um Ano-Novo repleto de esperanças para o povo brasileiro.”


Revista Época num. 0502 de 31/12/2007

Supremo quer derrubar norma da Receita


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse ontem que, se for provocada, a corte derrubará “facilmente” a instrução normativa baixada na sexta-feira pela Receita Federal, segundo a qual, a partir de amanhã, os bancos ficam obrigados a repassar dados sobre as transações financeiras dos clientes que movimentem mais de R$ 833 mil por mês, no caso das pessoas físicas, e de R$ 1,6 mil por mês, no caso das jurídicas. “A Receita quer fazer justiça com as próprias mãos e essa medida fere a Constituição. Se eles querem caçar sonegadores, que botem fiscais nas ruas”, falou o tucano Marco Aurélio.

A instrução normativa baixada pela Receita tenta manter viva uma das funções desempenhadas pela Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a de fiscalização tributária. Isso porque, ao receber dos bancos o tributo recolhido de cada cliente, o Fisco conseguia estimar os valores movimentados nas contas. Essa informação era cruzada com as declarações de renda. As discrepâncias (pessoas com renda baixa movimentando muito dinheiro) geravam automaticamente uma auditoria fiscal. Com o fim da CPMF, essa forma de fiscalização ficou comprometida.

Acesso ampliado


A partir de amanhã, o trabalhador que possui conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço há pelo menos três anos passará a ter vantagens na hora de financiar um imóvel por meio de linhas de crédito com recursos do FGTS, que oferecem os juros mais baixos do mercado. É quando entram em vigor a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros e a possibilidade de compra de imóveis, novos ou usados, de até R$ 350 mil para quem recebe mais de R$ 4,9 mil por mês, integrantes da classe média que, até então, estavam excluídos desse tipo de financiamento. O montante financiado não pode ultrapassar 70% do valor do imóvel. Para quem não é cotista, nada muda. Os imóveis podem custar no máximo R$ 130 mil e a renda mensal não pode ultrapassar R$ 4,9 mil (veja quadro).

Aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS em novembro, as medidas ampliam o acesso da classe média aos financiamentos, que este ano terão volume recorde de recursos, em um total de R$ 9,4 bilhões. As mudanças podem beneficiar cerca de 26,5 milhões de cotistas do FGTS. Para 2008, a linha especial Pró-Cotista, destinada ao financiamento de apartamentos e casas de até R$ 350 mil, terá recursos da ordem de R$ 1 bilhão. O montante é suficiente para atender cerca de 11 mil cotistas, de acordo com estimativas da Caixa Econômica Federal.

No entanto, caso a demanda seja maior, o Conselho Curador poderá liberar mais recursos. Quem garante é o secretário-executivo substituto do conselho, Antônio Góes. “Havendo demanda qualificada, é muito provável que o conselho aprove mais recursos”, afirma. Nessa linha especial, os juros são de 8,66% ao ano mais TR. No mercado imobiliário, os juros giram entre 10% e 12%, mais TR. De acordo com simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), no financiamento de um imóvel de R$ 350 mil, num prazo de 30 anos, a economia pode ser superior a 18%. Nesse exemplo, o mutuário economizaria R$ 135,6 mil em relação a um financiamento oferecido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Taxa menor
Outra medida que entra em vigor amanhã é a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros cobrada nos financiamentos de imóveis de até R$ 130 mil. Até hoje, o mutuário, independentemente de ter ou não conta de FGTS, pagava juros de 8,16% ao ano mais TR. Com a mudança, essa taxa valerá apenas para quem não é cotista do FGTS. Quem tem conta vinculada ao fundo passará a pagar 7,66% ao ano, mais TR. Essa linha de crédito para habitação popular terá um orçamento de R$ 8,4 bilhões em 2008.

O benefício, no entanto, é limitado à compra de imóveis avaliados em até R$ 130 mil no Distrito Federal e Entorno, além das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Para ter esse desconto nos juros, a renda mensal familiar também não pode ultrapassar R$ 4,9 mil. Quem ganha acima desse valor ou pretende comprar imóveis mais caros, de até R$ 350 mil, precisa recorrer à linha Pró-Cotista, onde os juros são um pouco mais salgados, de 8,66% ao ano, mais TR — ainda assim, bem abaixo das taxas praticadas pelo SFH

Investimento público recorde este ano


O Presidente Lula vai encerrar o primeiro ano de seu novo mandato com o maior volume de investimentos já executados pelo governo federal desde 1999. Levantamento realizado junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostra que o Tesouro Nacional já tinha empenhado mais de R$ 27 bilhões e desembolsado (pago) R$ 19 bilhões para realização de obras, compras de equipamentos e contratação de serviços de infra-estrutura até o dia 27 de dezembro, a dois dias úteis do final do ano.


Somente em dezembro, por exemplo, o governo já pagou R$ 4,9 bilhões de projetos concluídos e empenhou mais R$ 9,7 bilhões para novos investimentos. O objetivo da equipe econômica é aproveitar a gordura fiscal que acumulou ao longo do ano.“A nossa estratégia é pagar tudo que estiver apto a pagar, para reduzir o volume de restos a pagar e aliviar o caixa de 2008”, diz o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Mas também vamos empenhar tudo que pudermos empenhar para entrar o próximo ano em condições de continuar executando investimentos, mesmo sem ter o novo Orçamento aprovado.”

De acordo com as projeções do Tesouro, o volume de investimentos empenhados até o dia 31 de dezembro deve chegar a R$ 30 bilhões. Desse total, pelo menos R$ 21 bilhões deverão ter sua execução iniciada ou concluída em 2008, sem contar os projetos incluídos na proposta orçamentária que está sendo discutida pelo Congresso.

De acordo com os integrantes da equipe econômica, os investimentos públicos realizados em 2007 já surtiram efeito no crescimento da economia, como mostram os números do PIB, e podem ajudar a suprir a lacuna apontada pelo Banco Central (BC) no seu último relatório de inflação: a falta de suficiente oferta para atender a demanda dos consumidores.

domingo, 30 de dezembro de 2007

O fim do ano e o fim de uma era

Estamos vivenciando o fim de uma era e o início de outra. Esse processo histórico começou com a eleição de Lula em 2002 e torna-se mais visível a cada ano que passa.

A última vez que presenciamos o fim de uma era foi no fim da ditadura, nos anos 80. Veio a democracia institucional, com eleições diretas, a constituinte cidadã e muitas outras conquistas.

Mas democracia de verdade é o governo do povo, para o povo e pelo povo.

A redemocratização só produziu governos eleitos pelo povo.

Não conseguiu produzir governos do povo, nem para o povo.

Então era uma semi-democracia, porque era apenas para alguns, e não para todos os brasileiros.

A rigor todos os brasileiros passaram a ter direito à voto, a eleger o governo da vontade da maioria. Mas quando passava a eleição, a vontade da maioria não era atendida durante o mandato.

Vinha a eleição seguinte e os melhores marqueteiros faziam nova propaganda enganosa, com a ajuda da imprensa. Faziam os candidatos das elites parecerem ser o candidato dos sonhos do eleitor, e denegriam os candidatos do povo.

Passava as eleições e nova decepção, as elites davam as cartas no governo, arrochando o salário mínimo, aposentadorias, concentrando renda, usando o dinheiro dos impostos apenas em proveito próprio, vendendo a riqueza nacional a preço de banana, mandanto dinheiro brasileiro, inclusive público, para contas secretas no exterior.

Democracia de verdade chegou a partir de 2002.

O Presidente Lula, além de SER DO POVO, fez e faz um governo PARA O POVO, e não para a elite.

Por isso a elite, dona da imprensa, ficou tão furiosa com nosso presidente.

Foi o início de uma nova era.

Para ilustrar vou contar uma estorinha, na nota abaixo.
É ficção, mas que existem milhões de "Seus Jucas" Brasil afora, existem.

A fábula da democracia do Seu Juca

Seu Juca vivia nos confins do sertão brasileiro, à beira de um rio, numa casinha rústica, onde não tinha nada, nem médico, nem escola para os filhos, nem luz, nem estrada. Plantava, criava cabras e galinhas, caçava e pescava quando dava, para dar de comer à família.

Em 1989 a democracia chegou a Seu Juca. Mesmo sem saber ler, pela constituição de 88 ele passou a poder votar.

Um candidato a deputado apareceu na casa de Seu Juca, de barco.
Disse que Seu Juca, a patroa e os "di maior" precisavam tirar o título de eleitor para votar nele. Assim ele poderia melhorar a casinha, colocar até luz elétrica, fazer um barco com médico e dentista passar de vez em sempre na casa do Seu Juca, levar os filhos para escola.
Prometeu até arranjar uma aposentadoria para a mãe do Seu Juca que já tinha 65 anos, e um emprego na cidade para seu filho mais velho.

Seu Juca tirou seu título de eleitor e da família inteira. Arranjou até para irmãos, primos e cunhados.

Desde então, de 4 em 4 anos, no dia das eleições, um barco passava na casa de seu Juca, com uma urna lá dentro, e Seu Juca copiava o santinho com a colinha que "um amigo" do deputado deixava dias antes , sempre renovando as mesmas promessas de que o barco com o médico e dentista viria depois da eleições, e que a aposentadoria da mãe já estava encaminhada, a escola estava "quase" pronta, a luz elétrica estava só "dependendo dos postes", e o emprego na cidade dependia do filho frequentar uns dias na escola, "assim que a escola estivesse pronta".

Uma eleição depois da outra, e a urna vinha até a casa de seu Juca, mas o médico, o dentista, a luz, a aposentadoria e o emprego não chegavam. Os anos passavam e a urna que chegava passou a ser eletrônica, com bateria, mas a luz não chegava.

Essa era a democracia do Seu Juca.

Um dia passou um barco com um monte de gente na casa de Seu Juca, chamada caravana da cidadania. Seu Juca conheceu um tal de Lula, que ele nunca tinha ouvido falar, porque não tinha TV, nem lia jornal. Viu só um sertanejo igual a ele. Depois de conversarem sobre a pesca, a caça, a plantação e a criação das cabras, ouvir umas histórias de Lula, ele contou a história da sua democracia, que só vinha a urna, mas faltava o resto.

Lula explicou que Seu Juca estava votando errado. Ele estava votando em quem não ligava para os problemas da família dele, senão a luz, o médico, a escola já teriam chegado. O deputado só queria o seu voto para cuidar só dos problemas dos amigos do próprio deputado.

Lula explicou que já tinha sido candidato a presidente da República. Seu Juca assustou-se. Ficou até desconfiado que era mentira. Um sertanejo candidato a presidente da República? Na casa do Seu Juca? Mas Lula explicou tudo. Que foi num pau-de-arara para São Paulo, trabalhou numa fábrica de automóveis e tornou-se um líder sindical, aquele que briga pelo melhor salário do trabalhador, e estava fazendo aquela Caravana, justamente para um presidente da República resolver os problemas de gente como o Seu Juca, olho no olho.

Aí Seu Juca acreditou, e pediu para ensinar a todos da sua família a votar no 13 do Lula. Aprendeu até a cantarolar o Lula-lá, ao som de uma viola que um compadre arranhava.

Desde então o "amigo" do deputado continuou passando nas vésperas das eleições com as mesmas promessas, as mesmas desculpas e deixando o santinho. Na hora de ir embora Seu Juca respondia com um sorriso matreiro no canto da boca:

- Pode contar com nosso voto, como nós contamos com o médico, a luz e a escola que o "Seu" deputado vai mandar.

Na caixinha dentro de casa, onde Seu Juca guardava as relíquias estava o santinho do Lula escrito de próprio punho pelo candidato a presidente da República, que Seu Juca usava em todas as eleições. Foi assim até que chegou 2002, e o candidato do Seu Juca ganhou a eleição.

Passou 2003, entrava 2004, Seu Juca já estava achando que o Presidente Lula também não ia mandar o médico, nem luz, nem o resto ... quando um barco parou à sua porta com uma doutora toda de branco. Era o médico de família que passou a atender a família de seu Juca. Pouco depois, queixando de dor de dente, foi levado a um posto do Brasil Sorridente. Ele queria arrancar o dente, como faziam os mais velhos, mas o dentista tratou em vez de arrancar.

Em outra visita da médica, seu Juca perguntou onde podia pedir a aposentadoria da mãe. A médica ensinou Seu Juca o caminho do posto do INSS mais próximo.

O filho mais velho do Seu Juca, conseguiu um emprego na cidade, mas não foi "dado" pelo deputado, foi num Supermercado que estava vendendo tanto que precisou contratar mais gente trabalhadora como o filho do Seu Juca. De noite o "menino" passou a estudar, para progredir na vida.

Um dia, cedo, Seu Juca viu um toco em cima do Morro destoando da paisagem. Foi lá em cima ver o que era aquilo. Era um poste de luz, do Luz para Todos. Uma semana depois a família toda fez uma festa para acender a primeira lâmpada da casa.

A essa altura a escola já estava funcionando no vilarejo mais próximo. E os filhos de Seu Juca chamaram o pai para receber um cartãozinho de plástico, chamado bolsa família, para não ter que tirar os filhos da escola na época do ano, quando tinha que levar os filhos para ajudar na roça a ganhar o dinheirinho da sobrevivência com a venda da colheita. Seu Juca e a esposa continuam colhendo, mas os filhos não arredam o pé da escola para ir p'ra roça mais, por que o Bolsa Família dá p'ra comprar o básico.

Chegou 2006, e em setembro o amigo do deputado passou de novo na casa de Seu Juca para deixar santinhos, prometendo que a luz viria ... quando Seu Juca interrompeu:

- Carece não. Agora o Presidente Lula já trouxe para nós com o Luz para todos.

Sem graça o amigo do deputado desconversou, mudou de assunto, fez outras promessas, e quando ia entregar os santinhos, dessa vez Seu Juca interrompeu de novo:

- Carece não. Eu já tenho candidato.

Essa é a democracia do Seu Juca, depois do governo Lula, onde não é só a urna que chega.

Estratégia política: PSDB e PFL/DEM, deixam cargo de prefeito para filha


Prefeito anunciou saída na última quarta-feira. Na sexta-feira, foi a vez do vice renunciar O prefeito e o vice-prefeito do município de Redenção da Serra, no Vale do Paraíba paulista, renunciaram ao cargo nesta semana.

Alegando problemas de saúde, como depressão e esgotamento, o prefeito Thomaz Dias (PSDB) foi o primeiro a desistir do comando da cidade, assinando a renúncia na quarta-feira. "Eu estou doente, não posso administrar assim, com depressão. Quero me cuidar para ser prefeito de novo", disse.

Dois dias depois, o vice-prefeito José Lélis da Silva (DEM), que teria de assumir o cargo, também renunciou. Em uma sessão extraordinária na Câmara na tarde desta sexta-feira (28), ele entregou uma carta em que informou que não tinha interesse em assumir a prefeitura por causa da situação financeira da administração.

"Esclareço que não fui consultado pelo prefeito para assumir a prefeitura, o que afasta qualquer compromisso moral em assumir a administração municipal", disse vice-prefeito José Lélis da Silva (DEM).

Para os vereadores de oposição, as renúncias fazem parte de uma estratégia política. A intenção de Thomaz Dias (PSDB), segundo as acusações, é que a filha dele, Edilene Gonçalves Dias Pereira, que é presidente da Câmara, assuma a administração municipal. "É meia dúzia de gato pingado que diz isso. Não há estratégia nenhuma. Se minha filha vai ser prefeita ou não é o povo e a Justiça que vão decidir, não mando em nada", justificou Dias, que aos 62 anos estava em seu quarto mandato.

Edilene vai comandar o município interinamente por 30 dias e depois desse período os vereadores participam de uma eleição interna para decidir quem fica no cargo do Executivo. A vereadora já acumula o cargo da chefia de gabinete.

A pergunta que fica. A decisão do prefeito e do vice é legal? Pode até ser que seja...Mas que é imoral, ah isso é!

Assunto: Carta de amor ao PSDB. De: Eliane Cantanhêde


Dê uma olhada aqui nesta coluna da Eliane Cantanhêde da Folha, ela implora para que o PSDB se acerte e ganhe as eleições. Chega a ser cômico.

Eliane Cantanhêde,-- para quem não sabe-- é a poderosa chefona da sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo, é mulher de Gilnei Rampazzo, um dos donos da GW, a produtora que cuidou das campanhas eleitorais de Geraldo Alckmin e de José Serra. Gilnei Rampazzo é sócio de Luiz Gonzales, o marqueteiro escolhido pelo PSDB para coordenar a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. Ele foi acusado pela Folha de S.Paulo de participar de um esquema de desvio de recursos da Nossa Caixa, mas, ficou tudo por isso mesmo.

Serra e Folha: Tudo a ver

O Serra, no início da carreira, trabalhou na Folha. O "seu" Frias, dono da Folha, dizia que "hei de viver para ver esse garoto consertar o Brasil". Não é o dedo do Serra na Folha. É a mão, o pé, o braço, etc. Infelizmente (para o "seu"Frias), o Vesgo do Pânico tem mais chances em 2010 do que o Serra. Quem sabe em uma outra encarnação o "seu" Frias consegue ver seu desejo realizado? Nessa, não vai dar não!...

OAB quer beneficiar sonegadores


Depois de ter lançado o fracassado movimento político "cansei", que cansou e caiu no esquecimento, a OAB não quer ter o mesmo fim. Para se manter no holofote da mídia, a OAB saiu com mais uma.Beneficiar sonegadores.

O mecanismo de fiscalização criado pela Receita Federal para suprir a falta da CPMF é inconstitucional. Essa é a afirmação é do vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Vladimir Rossi Lourenço. Para ele, a movimentação financeira de alto valores não é um elemento determinante para que algum contribuinte seja considerado um sonegador.

Receita Federal contesta OAB!

O coordenador-geral de fiscalização da Receita Federal, Marcelo Fisch descartou hoje que a nova norma de fiscalização que substituirá a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), possa abrir brechas para questionamentos judiciais.

A Instrução Normativa 802, publicada na edição do Diário Oficial da União, regulamenta o artigo 5º da Lei Complementar 105. A medida é alvo de diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) que alegam quebra de sigilo bancário, direito protegido pela Constituição.

Segundo o coordenador, os dados a serem fornecidos a partir de 1º de janeiro pelos bancos não conterão o extrato detalhado das transações. "A Receita Federal recebe informações sobre montantes globais movimentados pelos usuários dos serviços das instituições financeiras e utiliza esses dados para definir os contribuintes a serem fiscalizados", disse o coordenador.

Bola fora...de novo!

É publico e notório que, dentre as pessoas físicas que mais sonegam, segundo a Receita federal, estão os autônomos, principalmente advogados...(Leia e aqui)

Simples de entender o por que a OAB é contra

Quer dizer que para a OAB cassar possíveis sonegadores por parte da receita federal é ilegal?. Mais uma demonstração de que parte da OAB está claramente a serviço de alguns poderosos e teme que o governo cumpra sua obrigação constitucional de colocar as instituições públicas como a Receita Federal no sentido de cumprir seu papel de fiscalizar, multar e encaminhar a justiça possíveis sonegações de impostos de pessoas físicas ou jurídicas.

Mais uma bola fora da OAB, e essa passou muito longe do gol.

Blogs fazem jornalismo?


Analistas de imprensa aproveitaram o fiasco dos blogs de política nas eleições americanas para voltar a um velho debate (entenda-se "velho" segundo os padrões de tempo das novas mídias) que parece nunca terminar: blogs fazem jornalismo?

Teóricos de valor e sem valor já definiram de muitas formas o que é o jornalismo. Blogs também, mas talvez a definição mais instigante seja "ruído aleatório no isomorfismo do noticiário", como exposto no texto "O blogueiro de B@gdá" .Se a maioria dos profissionais de jornalismo responde não à pergunta do título, muitos jornalistas criaram blogs e muitos jornais incorporaram blogs a suas edições online.

Um publicitário americano, Steve Rubel, chega a propor em seu blog (micropersuasion.com) que a revista Time escolha para Personalidade do Ano os blogueiros, porque ninguém influenciou tanto a sociedade este ano como eles.
Então, o "ruído" dessa mídia alternativa é cada vez mais alto, atraindo especialmente leitores insatisfeitos com a grande imprensa. E aí parece estar o xis do debate. De que blogs estamos falando?

Informação e democracia

No dia 4/11, o jornalista canadense David Akin, comentarista de tecnologia que acha essa discussão entediante, deu boa contribuição ao velho debate, incorporando alguns conceitos. Ele disse em seu blog (http://davidakin.blogware.com/blog/) que os jornalistas não estão encarando a questão com honestidade. Para ele, tudo se resume a "controle do jornalismo". "Muitos jornalistas e muitos críticos de jornalistas querem controlar quem tem permissão para se autodenominar jornalista." Akin se queixa de que nas listas de jornalismo que assina há um tópico perene: alguns jornalistas canadenses querem formar organizações profissionais, como dos médicos ou advogados, estabelecendo padrões de admissão etc.

"Sou mortalmente contrário a esta ou a qualquer outra idéia que impeça quem quer que seja de fazer o que imagina ser jornalismo", diz Akin. Para ele, o jornalismo é importante demais no funcionamento da democracia para que se impeça alguém de praticá-lo.

Ele respondia a artigo de Jay Rosen, um dos diretores da New York University e professor de crítica da mídia, que fez uma lista de 10 paralelos entre blogs e jornalismo. Entre eles: o jornalismo tradicionalmente assume que democracia é o que temos e informação é o que buscamos; blogueiros assumem que informação é o que temos – está tudo aí à nossa volta – e democracia é o que buscamos.

Vá à luta

Akin defende que blog é um formato; e jornalismo um processo, ou um sistema. "Claro, blogs podem ser parte do sistema que chamamos jornalismo e, obviamente, nem todos os blogs são parte deste sistema (nem todos os blogueiros querem ser jornalistas)", diz ele, para quem há três coisas que distinguem o jornalismo:

** Um contrato, uma compreensão entre leitor e jornalista sobre quem paga as contas. Os leitores do jornal The Globe and Mail [onde Akin trabalha] sabem que as contas, inclusive os salários dos jornalistas, são pagas pela venda de anúncios. Um leitor precisa saber quem está pagando as contas, para determinar a validade das notícias apresentadas.

** Um leitor tem algum senso da existência institucional do sistema: ele sabe que na ausência de um jornalista alguém tomará seu lugar, mantendo o contrato. É jornalismo quando se tem um sistema que garanta a produção das informações. Então, o jornalismo precisa existir numa instituição? Sim.

** No jornalismo, o leitor pode contar com regularidade. Este é também um ponto do contrato entre jornalista e leitor. Enquanto jornalistas podem escrever esporadicamente, o sistema trabalha com um deadline – pode ser de ano em ano ou de hora em hora. O leitor procura e acha. Sabe que pode contar com aquela regularidade.

Se você acha que faz jornalismo, vá em frente e considere-se jornalista, convida Akin. "Lembre-se, eu não tenho que considerá-lo jornalista e você não precisa concordar em que eu seja", diz. "Mas se você quer ser um jornalista, vá à luta." Então, propõe ele, vamos parar de perguntar se blogs fazem jornalismo e começar a blogar, a falar de coisas realmente importantes, como: "Quando o Toronto Maple Leafs [time de hóquei canadense] vai afinal ganhar um jogo?"

Empresas jornalísticas

Steve Outing, editor do Poynter Institute for Media Studies (http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/www.poynter.org/), diz que "quando um blogueiro inteligente e com bom público dá uma informação exclusiva, ela se espalha como fogo no mato; outros blogs a reproduzem, eventualmente a grande mídia a desenvolve".

Mas isso não é o que fazem os colunistas pagos de jornal? Então, o que são os popularíssimos blogs de política dos Estados Unidos, esses que bateram cabeça no noticiário sobre o resultado da eleição do dia 2, e que ainda trocam acusações pelo fracasso? São realmente blogs? Ou já viraram miniorganizações midiáticas, com seus contratos com o leitor, sistemas, institucionalização, regularidade?

Até Matt Drudge (http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/www.drudgereport.com/) já foi chamado de blogueiro, com toda aquela estrutura de apuração de que seu site dispõe...
Tais "blogueiros" ostentam anúncios em seus sites, recebem doações de leitores, são hóspedes "de cortesia" de grandes provedores. Contratam ajudantes, montam pequenas (e até grandes) redações. Alguns têm a cara da grande imprensa online. São blogs? Dificilmente. Antes empresas jornalísticas, mesmo que em escala menor.


Pelo menos deveria

Em fevereiro de 2003, Phil Ringnalda, um dos programadores da Pyra Labs, a empresinha de São Francisco que criou o Blogger em 1999, vendida recentemente ao Google, resumiu as questões cruciais desse debate.

Cansado da pergunta "Blogs fazem jornalismo?", que considera imbecil, ele escreveu em seu blog (http://philringnalda.com/blog/): "Todo artigo de jornal e revista parece ter necessidade de perguntar isso, e geralmente responde ‘Não!’ (...) Diabos, sim! E o que é melhor, apenas com a parte divertida do jornalismo, que podemos fazer sentados, sem a parte chata."
Vejam o que ele considera a "parte chata":

** Ser dono de jornal é divertido, se você toma as grandes decisões, faz dinheiro e não precisa enfrentar sindicatos e congressistas gritalhões. Não temos problemas trabalhistas, e quando começam a gritar conosco deletamos seus e-mails e bloqueamos seu IP nos comentários. Não temos muito dinheiro – nem acionistas também.

** Ser editor é divertido, se você pode decidir que a matéria de fulano merece ir para o lixo – mas não é quando o jornal leva um baita furo. Azar, ninguém espera mesmo que tenhamos todas as matérias. Se temos, temos, se não, não temos.

** Ser redator é um sádico divertimento, corrigindo cada errinho na matéria dos outros. Mas não é quando você mesmo comete um grande erro óbvio ou deixa passar um ou 20 erros estúpidos. Nós corrigimos os dois primeiros erros do post, e depois consertamos algum outro que alguém nos aponte – normalmente sem deixar vestígios do erro. Para nós, não existe essa de publicar "Correção" na edição seguinte, por favor. Isso nos dá mais tempo para achar um erro novo entre os que o redator deixou passar no jornal.

** Ser repórter não é lá tão divertido, a não ser quando você se senta numa cadeira confortável e fica roubando idéias e parágrafos inteiros dos outros. Se você tem que se plantar ao telefone, ou, pior ainda, ir para rua caçar pessoas, já é chato à beça antes mesmo que elas se neguem a falar. Se temos algum amigo que sirva de fonte, ligamos para ele. Se não, o repórter pode ir em frente e bater perna por nós. Valeu!

** Assim, ter um blog jornalístico significa cumprir a parte boa de qualquer função do jornalismo, sem nenhuma das partes chatas. Não admira que vocês continuem perguntando se "blogs fazem jornalismo"!

O bom humor de Ringnalda ajuda afinal a entender o que é jornalismo: ralação, responsabilidade, trabalho em equipe (bem, pelo menos deveria ser). Ajuda afinal a entender o que é um blog no sentido tradicional, ou seja, páginas na internet de blogueiros solitários – que, é claro, não ficam apenas procurando erro em texto de jornal, mas estudam políticas, doutrinas, documentos, leis, o próprio discurso da mídia, para analisar e levar a seus leitores.

Não fazem jornalismo, é verdade, fazem outra coisa: trabalham pela cidadania.

Ringnalda não fala absolutamente desse novo modelo de imprensa, com cara de blog, jeito de blog, linguagem de blog, mas que, altamente financiado, infra-estruturado, faz jornalismo, sim, só que copiando a grande imprensa. E que ainda assim fez mau jornalismo na última eleição presidencial americana.

Enviado por nosso leitor César Mendes Alves - Goiânia - GO

sábado, 29 de dezembro de 2007

Folha:Força militar da Venezuela, com 45 soldados domina fronteira com Brasil


Aqui na Folha de hoje para assinante: "Força militar da Venezuela domina fronteira com Brasil" .E no Vi o Mundo aqui :A Folha foi à fronteira do Brasil com a Venezuela. Percorreu 500 quilômetros. Descobriu nove postos do exército venezuelano. Cada posto tem "ao menos cinco militares armados". Ainda bem que estavam armados. Já imaginaram militares desarmados? Ou seja, a Folha descobriu que a Venezuela tem 45 militares armados em 500 quilômetros de fronteira. Dá menos de um por quilômetro. Conclusão da Folha: "Força militar da Venezuela domina fronteira com o Brasil". É uma piada. E os outros 1.699 quilômetros da fronteira entre os dois países? A Folha não foi ver. Pode ser que a Venezuela tenha 45 soldados armados guardando 2.199 quilômetros de fronteira. A isso a Folha chama de "domínio":

Mais piada;

O ímpeto armamentista do presidente Hugo Chávez já preocupa as Forças Armadas brasileiras, que consideram o avanço militar chavista uma ameaça à estabilidade regional.

Que boas, excelentes reportagens... Isso é Folha. Bem-Vindo à mídia brasileira....

Real é a moeda que mais se valorizou em 2007, diz jornal argentino

Uma reportagem do diário econômico argentino "El Cronista Comercial" afirma que o real saiu vitorioso em relação ao dólar em 2007: foi a moeda que mais se valorizou ao longo do ano.

"Em um ano negro para o dólar, o real foi a moeda que mais saiu fortalecida", diz o jornal, afirmando que a moeda brasileira ganhou 20,58% em relação à americana nos últimos 12 meses. De acordo com a reportagem, o real encabeça uma lista de moedas de países que se beneficiaram dos altos preços de "commodities" (matérias-primas e mercadorias com baixo valor agregado) e do fluxo de recursos nos mercados internacionais.

Neste ano, o preço do petróleo subiu 50%; o da soja, 65%; o do ouro, 30%, informou o "Cronista". Depois do real, as moedas que mais subiram em relação ao dólar americano foram o dólar canadense (18,43%), a coroa norueguesa (12,71%), o dólar australiano (10,82%) e o euro (9,90%), afirmou o jornal. Um analista ouvido pela reportagem afirmou: "A demanda global por 'commodities' vai continuar, e isto dará força a essas economias e, por conseqüência, às suas moedas. O dólar pode fazer uma pausa, mas deve continuar caindo".

MP apura favorecimento de Tolentino a Azeredo


O advogado Rogério Tolentino, atuando como juiz eleitoral entre agosto e outubro de 1998, participou de pelo menos 21 julgamentos envolvendo a coligação e o então candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB) (Leia aqui). Junto com a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o chamado mensalão mineiro, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, solicitou que o Ministério Público Federal (MPF) em Minas apure o "pagamento de vantagem indevida" por parte do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios para Tolentino, "em troca de decisões favoráveis aos interesses eleitorais" de Azeredo.

No inquérito que investigou o esquema montado durante a campanha tucana, a Polícia Federal registrou que Tolentino recebeu R$ 302,3 mil no período de agosto a outubro daquele ano, por meio de depósitos na sua conta e de sua mulher, Vera Maria Tolentino. Os recursos, segundo a PF, teriam saído de empresas estatais mineiras "desviados para o caixa de coordenação financeira da campanha".

O próprio advogado solicitou no final de novembro ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cópia dos acórdãos dos julgamentos no período para sua defesa perante o MPF. Os documentos revelam que o então juiz eleitoral votou favorável a Azeredo ou à coligação "Construindo o Futuro de Minas" em pelo menos dez julgamentos, sendo voto vencido em quatro oportunidades.

Ele atua como relator em quatro votações. Em dois julgamentos dá razão aos recursos do candidato tucano e em outros dois é acompanhado pelo colegiado, negando provimento a medidas cautelares propostas por Azeredo e sua coligação. Nas votações restantes, Tolentino acompanha o colegiado a favor ou contra recursos apresentados pelo então governador, candidato à reeleição. Tolentino é réu no processo do mensalão e responde pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Lupi disse...


"Não servi a um presidente derrubado por corrupção e não sou conselheiro do Planalto e de uma empresa privada ao mesmo tempo."

Do ministro do trabalho e Emprego, Carlos Lupi sobre Marcílio Marques Moreira, ex-ministro de Fernando Collor hoje à frente do Conselho de Ética da Presidência; o órgão recomendou a demissão de Lupi pelo fato de ele acumular a pasta do Trabalho e a presidência do PDT.

Não tenho nada com isso...


Serra diz que HC é autônomo para administrar suas verbas

O governador José Serra (PSDB) afirmou ontem que, apesar de ser vinculado ao governo do Estado, o Hospital das Clínicas é autônomo para decidir como utilizar a sua verba.
"O dinheiro ficou para o HC utilizar, e a sua direção o distribuiu da melhor maneira", afirmou Serra, após um evento no Guarujá (a 87 km da capital).

Com isso, o governo tenta se eximir de responsabilidade pelo incidente da noite de Natal, quando uma subestação de energia do Prédio dos Ambulatórios pegou fogo. A unidade continua fechada e já prejudicou mais de 3.000 pacientes.
O HC é uma autarquia e, como tal, tem autonomia para gerir seus recursos. Porém, o superintendente é nomeado pelo governador e a coordenação administrativa cabe à Secretaria de Estado da Saúde.

Desde 2005 o HC sabia que havia um problema na parte elétrica do Prédio dos Ambulatórios, fez um projeto para a reforma, mas não as obras.
Desde então, o HC abriu três licitações para contratar obras de reforma no sistema de energia elétrica do Prédio dos Ambulatórios. Uma delas, que incluía a troca de todo o sistema em vários andares, foi aberta em setembro, mas não foi concluída. A única obra realizada foi uma troca de circuitos no centro cirúrgico, em 2006.

Brasil fecha 2007 com menor endividamento em 9 anos


A economia feita pelo setor público brasileiro para o pagamento de juros em novembro ficou abaixo do estimado por analistas, o resultado acumulado no ano é recorde e já supera a meta do governo para o ano em mais de R$ 17 bilhões, informou o Banco Central nesta sexta-feira.

O superávit primário elevado, aliado ao crescimento da economia e à inflação, contribuiu para reduzir o endividamento do país a 42,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no mês passado, menor patamar desde dezembro de 1998, quando a relação dívida/PIB estava em 38,9%. A expectativa do BC é que, em dezembro, o endividamento fique em, no mínimo, 43,5% do PIB, também menor valor anual desde 1998.

O superávit primário foi de R$ 6,817 bilhões em novembro, ante superávit de R$ 5,605 bilhões em igual mês do ano passado. Analistas consultados pela Reuters esperavam um superávit de R$ 8,2 bilhões, de acordo com as projeções de dez economistas.

Segundo o chefe de Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o que surpreendeu foi o resultado das estatais, que registraram no mês um superávit de apenas R$ 26 milhões. O governo central, em compensação, fez um superávit fiscal de R$ 4,784 bilhões, o maior para novembro da série do BC, iniciada em 1991. Estados e municípios registraram um superávit de R$ 2 bilhões.

No acumulado do ano, o resultado primário soma R$ 113,387 bilhões, frente a uma meta de R$ 95,9 bilhões. Em outubro, o endividamento havia fechado em 43,2% do PIB. Lopes afirmou que, em novembro, contribuiu para a redução da dívida a depreciação cambial de 2,28%, uma vez que o país é ativo em câmbio.

Nos últimos meses, a queda do endividamento tem sido reflexo do resultado primário e do crescimento do PIB. A inflação relativamente elevada medida pelo IGP-DI também tem contribuído para reduzir a relação. É que o indicador é usado para trazer os valores do PIB a preços correntes para efeitos de cálculo da relação dívida/PIB.

"A tendência de queda mostra a sustentabilidade da dívida. Isso reduz o risco e a percepção dos investidores e isso pode se refletir em um custo mais baixo da dívida", afirmou Lopes a jornalistas. Em 12 meses encerrados em novembro, o superávit primário ficou em patamar equivalente a 4,22% do Produto Interno Bruto (PIB).
( Agência Reuters)

Sonegadores, corruptos, traficantes tem más previsões para 2008

Além da Receita Federal ter criado mecanismos para fechar as portas à sonegação com o fim da CPMF, o Ministro da Justiça Tarso Genro confirmou a realização de concurso público para a contratação de mais 2 mil policiais federais e de mais 3 mil servidores administrativos no início de 2009.

Também serão contratados mais 410 colaboradores terceirizados para atuar nos principais aeroportos e pontos de fronteira do País. Segundo a PF, São Paulo e Rio serão os primeiros a receber o reforço já em janeiro de 2008.

Dos 740 servidores formados em 2007 pela Academia Nacional de Polícia, grande parte será enviada para região amazônica no combate a crimes contra o meio ambiente, tráfico de drogas e armas nas fronteiras.
O Amazonas receberá 50 novos servidores. O que representa um aumento de 25% no efetivo local. O reforço no Acre será de 31%, no Amapá de 38%, em Rondônia de 21%, e em Roraima de 20%.
Mato Grosso, no Paraná e Rio Grande do Sul, também serão os Estados com maior reforço no efetivo da PF, devido ao tráfico de drogas, armas e contrabando nas fronteiras.

Tarso Genro, avisou que o Governo reforçará em 2008 sua política de combate à corrupção, ao crime organizado e às quadrilhas de fraudadores do dinheiro público.
Neste ano, a PF realizou 188 operações especiais, 40 delas (mais de 20%) dedicadas ao combate à corrupção. Foram mandados para a cadeia 329 servidores públicos de todos os poderes, incluindo políticos de todos os partidos, magistrados e dirigentes do Executivo acusados de corrupção.

O ministro enfatizou que, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será intensificada em 2008 a integração da PF com os diversos órgãos fiscais de defesa do Estado, do erário público e da economia popular, entre os quais a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e a Receita. "Temos um objetivo: elevar ao grau máximo o saneamento do Estado, com o combate intenso ao crime organizado e à corrupção."

Conforme o balanço da PF, as investigações neste ano se concentraram também no combate à lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, com 29 operações – 592 pessoas foram presas. Os esquemas movimentaram mais de R$ 3 bilhões. Outras 33 operações tiveram como alvo o tráfico de drogas. Foram apreendidos 15 toneladas de cocaína, 173,7 toneladas de maconha e 209 mil comprimidos de ecstasy.

Tem muito demo-tucano que nem está dormindo direito com essas notícias.

Com informações do site Na Hora On-Line

Alegria dos sonegadores e corruptos durou pouco com o fim da CPMF

A Receita Federal não deu nem 1 dia de férias aos corruptos e sonegadores, estragando a "farra" que os demo-tucanos proporcionariam.

Dia 1º termina a CPMF, e no mesmo dia 1º os bancos e demais instituições financeiras estão obrigados a informar à Receita Federal a movimentação financeira de mais de R$ 5.000,00 por semestre por CPF (para pessoa física) e R$ 10.000,00 por semestre por CNPJ (para pessoas jurídicas).

A Receita Federal do governo Lula não dormiu em serviço, e publicou a instrução normativa no. 802 ainda no dia 27 último, com base na Lei complementar 105, já existente.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Fantástico bate mais um recorde de baixa audiência


Muitos leitores comemoram o que para eles é apenas o começo da quebra do império Global. E são esses leitores que pedem para eu publicar aqui, a matéria do Ricardo Feltrin da Uol News...Então...aqui está

Críticas e ibope tiraram Glória Maria do "Fantástico"

Glória Maria anunciou ontem sua saída do "Fantástico" e justificou que a medida foi tomada por "cansaço". Ela disse que vai entrar em "período sabático" de dois anos (para viajar, escrever, gravar um CD etc). Em seu lugar ficará Patrícia Poeta (mulher do diretor da Globo Internacional, Amauri Soares).

No entanto, Ooops! apurou que o motivo real que levou Glória Maria a deixar o programa após uma década foi outro tipo de "cansaço": cansaço de críticas, aliado ao mau momento que a revista dominical atravessa no ibope.

Nas últimas semanas Gloria Maria vinha dizendo a amigos que não suportava mais receber o que classificou como ataques "injustos" de telespectadores e internautas. Ela disse sentir também que estava sendo apontada --injustamente- como uma das responsáveis pela queda de ibope da atração.

Na verdade, cansados de sua presença quase opressiva na TV todos os domingos, cada vez mais telespectadores vinham escrevendo à Globo e em sites especializados pedindo a saída de Glória (e a de Zeca Camargo também, o que pode ocorrer em breve).

Por exemplo, no último dia 10, Ooops! abriu um fórum livre de discussões para que os internautas comentassem a queda de audiência do "Fantástico". Foram quase 1.000 mensagens. Dessas, cerca de 180 citavam Glória Maria diretamente como uma das causas.

Isso porque, um dia antes, o dominical da Globo registrara um dos piores ibopes de sua história (21,8 pontos). A média nos últimos meses tem ficado em torno dos 25 pontos --o que é muito pouco para o padrão de audiência do dia e horário. O "Fantástico" é um dos principais faturamentos da Globo.

A instabilidade do "Fantástico" vem de longa data. Há mais de três anos alguns diretores na Globo já defendiam mudanças profundas no programa. Na opinião deles, o "Fantástico" de fato criou um formato de sucesso, mas que hoje está desgastado --principalmente porque agora enfrenta uma cópia concorrente ("Domingo Espetacular"), que também é apresentado por ex-globais e que tem a vantagem de ir ao ar mais cedo.

A Record oficialmente nega ter feito qualquer convite a Glória Maria "no momento". Mas, no ano passado, fez.

Ricardo Feltrin
colunista do UOL News

Povo diz que fim da CPMF interessa aos ricos e à oposição para atrapalhar Lula

Pesquisa feita pelo Instituto Brasmarket, apenas na cidade de São Paulo, para o Jornal DCI confirmou o que já sabíamos:

30,8% disseram que o fim do "imposto sobre o cheque" foi uma manobra da oposição para prejudicar o Presidente Lula;

23,4% disseram que foi para beneficiar ricos e empresários;

Apenas 17,9% disseram que foi para o interesse do povo em geral;

11% disseram beneficiar os mais pobres;

17% não opinaram.

Detalhe: a pesquisa foi feita nos dias 20 e 21 de dezembro, antes do pronunciamento de ontem do Presidente Lula na TV, advertindo que algumas ações na saúde haviam sido prejudicadas pelo fim do imposto.

Por isso oposicionistas, como o Senador Álvaro UNIMED Dias, já começam a querer "limpar" sua imagem, apresentando projetos populistas relacionados à saúde.

Outro detalhe: a pesquisa foi realizada na cidade de São Paulo, que era considerada um reduto eleitoral demo-tucano. Kassab, Serra e Alckmin que se virem para explicar porque retiraram dinheiro da saúde pública.

Aliás, apesar de ser médico e saber da importância que a CPMF representava para a saúde pública, Alckmin já explicou: "Com a CPMF, Lula ficaria 20 anos no poder" (segundo palavras do tucano).

Em tempo: faltou agradecer a dica para essa nota, passada pelo nosso amigo

Ex-advogado de Valério julgou Azeredo no TRE


Tolentino atuou como juiz eleitoral em pelo menos 21 julgamentos e é suspeito de ter recebido ‘vantagem indevida’ por decisões favoráveis

O advogado Rogério Tolentino, atuando como juiz eleitoral entre agosto e outubro de 1998, participou de pelo menos 21 julgamentos envolvendo o então candidato à reeleição ao governo de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), e sua coligação. Junto com a denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o chamado tucanoduto mensalão tucano, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, solicitou que o Ministério Público Federal em Minas apure o “pagamento de vantagem indevida” por parte do publicitário Marcos Valério e seus ex-sócios a Tolentino, “em troca de decisões favoráveis aos interesses eleitorais” de Azeredo.

No inquérito que investigou o esquema montado durante a campanha tucana, a Polícia Federal registrou que Tolentino recebeu R$ 302,3 mil no período de agosto a outubro daquele ano, por meio de depósitos em sua conta e de sua mulher, Vera Maria Tolentino (Veja documentos). Os recursos, segundo a PF, teriam saído de empresas estatais mineiras “desviados para o caixa de coordenação financeira da campanha”.

O próprio advogado solicitou no fim de novembro ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cópia dos acórdãos dos julgamentos no período para sua defesa perante o Ministério Público Federal. Os documentos, aos quais o Estado teve acesso, revelam que o então juiz eleitoral votou favoravelmente a Azeredo ou à coligação Construindo o Futuro de Minas em pelo menos dez julgamentos e foi voto vencido em quatro oportunidades.

RELATOR

Ele atuou como relator em quatro votações. Em dois julgamentos, deu razão aos recursos do candidato tucano e em outros dois foi acompanhado pelo colegiado, negando provimento a medidas cautelares propostas por Azeredo e sua coligação. Nas votações restantes, Tolentino acompanhou a decisão do colegiado em relação aos recursos apresentados pelo então governador, candidato à reeleição.

A defesa de Tolentino nega favorecimento a Azeredo em sua atuação como juiz eleitoral. O advogado afirma que o montante recebido entre agosto e outubro de 1998 se refere a pagamento - de honorários atrasados por quatro anos - feitos pela agência SMPB, de Marcos Valério.

Um dos personagens mais próximos do publicitário - com quem divide escritório na zona sul de Belo Horizonte e para quem já atuou como advogado -, Tolentino é réu no processo do mensalão petista e responde pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

‘ESTRATÉGICA FUNÇÃO’

No pedido de investigação, o procurador-geral cita o elo entre Tolentino, Valério e seus ex-sócios na agência SMPB e diz que, “ocupando a estratégica função de juiz eleitoral”, ele “provavelmente pode ter recebido valores para beneficiar os candidatos que participaram da campanha em referência”.

O relatório da PF, assinado pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, afirma que o advogado possivelmente justificaria os pagamentos como “supostos serviços de consultoria jurídica”. O documento destaca que Tolentino “não faz parte do quadro societário das empresas diretamente evolvidas nas fraudes”.

Observa, porém, que as análises financeiras indicaram que ele “foi sistematicamente beneficiado com recursos públicos desviados, recebendo pagamentos em valores idênticos aos demais envolvidos em diversas operações ilícitas realizadas, a demonstrar sua participação direta nos fatos”.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Ao Tribunal Regional Eleitoral, o advogado solicitou também os nomes dos sete membros da corte no biênio 1998-2000, para reiterar a defesa de que não atuou como relator da prestação de contas de Azeredo.

Tolentino foi juiz-relator das contas do candidato vitorioso na disputa: o ex-presidente Itamar Franco. As prestações de contas de Azeredo e Itamar foram aprovadas. Tolentino foi nomeado para compor o tribunal pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em julho de 1998.


FRASES

Antônio Fernando de Souza
Procurador-geral

“Ele provavelmente pode ter recebido valores para beneficiar os candidatos que participaram da campanha em referência”

“Foi sistematicamente beneficiado com recursos públicos desviados, recebendo pagamentos em valores idênticos aos demais envolvidos em diversas operações ilícitas”

(Agência Estado)

Colômbia se prepara para liberação de reféns das Farc

As autoridades colombianas iniciaram uma operação de segurança para receber os aviões venezuelanos que devem resgatar reféns libertados pela guerrilha de esquerda Farc - policiais fazem bloqueio no aeroporto de Villavicencio, ao sul de Bogotá, onde os venezuelanos são esperados. Analistas dizem que, se os rebeldes realmente libertarem os prisioneiros nos próximos dias, aumentará a pressão para que o governo faça concessões no intuito de assegurar a libertação de 44 outros prisioneiros importantes das Farc. Entre essas concessões, cogita-se que os guerrilheiros vão exigir a troca dos reféns por centenas de membros do grupo rebelde que estão presos tanto na Colômbia quanto nos EUA. A liberação unilateral de três reféns foi anunciada pelas Farc como um gesto de boa vontade, mas analistas dizem que, politicamente, a ação servirá para isolar o presidente Alvaro Uribe, que defende a linha dura contra os rebeldes, e fortalecer o presidente venezuelano Hugo Chávez.

TSE erra e processo contra Jackson Lago


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, determinou a continuidade do processo contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), por suposta compra de votos nas eleições de 2006. A decisão do ministro indeferindo a liminar solicitada por Lago foi concedida no dia 21. "Ante a inexistência de risco, indefiro a liminar. Citem os réus", diz o despacho. Um erro da assessoria do ministro fez com que o TSE divulgasse na segunda-feira uma decisão inexistente de Marco Aurélio Mello - do dia 20 de dezembro - na qual ele havia concedido a liminar e suspendido o processo. Segundo a assessoria do TSE, a decisão do dia 20 deve "ser desconsiderada" .

Assassinato de Benazir abala o Paquistão


A líder oposicionista paquistanesa Benazir Bhutto foi morta ontem por um homem-bomba, fazendo o país mergulhar em uma das piores crises dos seus 60 anos de história independente. O atentado, ocorrido depois de um comício em Rawalpindi, desencadeou uma onda de violência, especialmente na província do Sindh, e deve provocar o adiamento da eleição parlamentar de 8 de janeiro, que marcaria a volta do país ao regime civil.

Bhutto, 54 anos, era imensamente popular entre os pobres do Paquistão e esperava chefiar o governo pela terceira vez. Ela morreu num hospital de Rawalpindi, cidade onde fica a sede do Exército e onde o pai dela, o ex-premiê e ex-presidente Zulfikar Ali Bhutto, foi enforcado em 1979, depois de ser deposto num golpe militar. A polícia disse que o homem-bomba ainda fez disparos contra Bhutto antes de se lançar sobre ela na hora da explosão, que matou pelo menos 16 outras pessoas, ferindo outras 60.

"É um ato dos que desejam que o Paquistão se desintegre", disse Farzana Raja, dirigente do Partido do Povo do Paquistão, de Bhutto. "Eles acabaram com a família Bhutto."O ex-premiê Nawaz Sharif, que era adversário dela, disse que seu partido decidiu boicotar as eleições e culpou o presidente Pervez Musharraf, que o depôs em 1999, por criar instabilidade."Eleições livres não são possíveis na presença de Musharraf", disse ele em entrevista coletiva em Islamabad. "Musharraf é a raiz de todos os problemas."

Líderes políticos

Ao mesmo tempo em que eclodiam protestos em todo o país, pela morte de Benazir, líderes políticos do mundo inteiro manifestaram indignação com o assassinato e afirmaram temer pelo futuro do país, que é uma potência nuclear.
O presidente dos EUA, George W. Bush, chamou o assassinato de um "ato covarde" e pediu aos paquistaneses que continuem pressionando por eleições. "Os EUA condenam veementemente esse ato covarde de extremistas assassinos que tentam destruir a democracia paquistanesa", disse ele.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chamou o crime de hediondo. "A França, assim como a União Européia, defende especialmente a estabilidade e a democracia no Paquistão", escreveu ele numa carta ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf.

Lula, "chocado"

O Presidente Lula ficou "chocado" com o assassinato de Bhutto, segundo o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. "Estive com o Presidente e ele está muito chocado. Evidentemente temos uma preocupação de que a situação no Paquistão não se deteriore. Nós vemos com pesar e ao mesmo tempo com preocupação", disse Garcia.

As eleições no Paquistão estão previstas para 8 de janeiro. Ontem, manifestantes revoltados com o atentado saíram às ruas de cidades, do Himalaia à costa sul. Como previsto, os protestos foram mais fortes na província de Sindh, onde Benazir nasceu, e sua capital, Karachi. "A polícia está em alerta vermelho em Sindh", disse um policial. "Aumentamos a mobilização e patrulhamos todas as cidades, já que há problemas em quase todo lugar."

Gasoduto da Petrobras


A Petrobras anunciou ontem que iniciará, no primeiro trimestre de 2008, a construção do terceiro trecho do Gasene, gasoduto que ligará Cacimbas (ES) a Catu (BA). O anúncio foi feito após a assinatura, junto a BNDES, de um financiamento no valor de R$ 4,51 bilhões. "A obra vai garantir a integração da malha de gasodutos das regiões Sudeste e Nordeste e é um meio fundamental para permitir a colocação no mercado brasileiro da produção de gás natural da Bacia do Espírito Santo", afirmou a estatal em nota divulgada ao mercado. A previsão é de que o trecho entre Cacimbas e Catu, com 946 km de extensão, seja concluído em dezembro de 2009. Para a execução da obra, a Petrobras contratou a empresa estatal chinesa Sinopec Group, a sexta maior companhia petrolífera do mundo.

Na TV. Lula: "Brasil será um canteiro de obras"


Durante pronunciamento, Lula diz que respeita decisão do Congresso, mas afirma: ausência da CPMF prejudicará investimentos

No último pronunciamento do ano, o Presidente Lula citou índices de crescimento econômico e atribuiu ao Congresso a culpa pelo pouco investimento na área da saúde previsto para o ano que vem. Em discurso sem críticas diretas, o Presidente disse que a rejeição do Senado ao projeto que prorrogava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) “truncou” as propostas e previsões governistas para investir na saúde.

“Infelizmente esse processo foi truncado com a derrubada da CPMF, responsável em boa medida pelos investimentos na saúde. Como democrata, respeito a decisão tomada pelo Congresso. E estou convencido de que o governo, o Congresso e a sociedade, juntos, encontrarão uma solução para o problema”, disse. Apesar de lamentar a derrubada da CPMF, o Presidente Lula agradeceu aos parlamentares dizendo que aliados e oposicionistas colaboraram para que o país encontrasse os melhores caminhos.

O pronunciamento de quase oito minutos do Presidente destacou os pontos positivos do governo e fez previsões otimistas para 2008. Lula disse que, o índice de desemprego registrado pelo IBGE, o menor dos últimos anos, mostra que aumentou o número de trabalhadores com carteira assinada. Ele disse ainda que é possível comemorar os reajustes salariais acima da inflação em muitas categorias profissionais. “A economia cresceu mais de 5% e vai começar 2008 em ritmo acelerado. Mais de 20 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a classe C. Cerca de 14 milhões ingressaram na classe média. Temos muito a comemorar”, avaliou.

Lula também citou os investimentos em educação e disse que até 2010 mais de R$12 bilhões serão repassados aos ensinos médio e fundamental das escolas brasileiras. A maior promessa do presidente para o próximo ano se refere às obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Em 2008 este país será um canteiro de obras.”

Aberto só para turistas


Em recesso parlamentar, o vaivém de senadores, deputados federais e assessores no Congresso deu lugar a curiosos turistas. Desde o início da semana, o que mais se vê na Câmara e no Senado são pessoas com trajes informais e câmeras fotográficas nas mãos. A família Milfont saiu de Fortaleza com destino ao Sul. Fez uma escala em Brasília e aproveitou para conhecer o Congresso. “Tudo é muito bonito, mas muito vazio”, afirma a comerciante Goreti Milfont. Ela não viu ontem nenhum parlamentar. Mas já esperava encontrar o plenário vazio e os corredores sem deputados e senadores. Mais sorte teve um grupo de turistas que acompanhou uma entrevista de José Pimentel (PT-CE), relator do Orçamento de 2008, no salão verde da Câmara. Pimentel embarcou ontem mesmo para Fortaleza e só volta no dia 8 de janeiro, para continuar os estudos que enquadrem o Orçamento à ausência da CPMF.

Jeitinho de encher o bolso no senado


Senado reedita mais uma vez a manobra de liberar dinheiro para funcionários da Casa em razão de “férias coletivas” (que foram suspensas). O valor recebido terá de ser descontado em 2008

O Senado encontrou uma fórmula de engordar o bolso dos servidores no fim de ano. A Direção Geral decretou férias coletivas na Casa a partir de 2 de janeiro, mas cancelou a decisão. O recuo garantiu uma “ajudinha extra” aos funcionários do Senado, às vésperas do Natal. Os que receberam o adicional de um terço referentes às férias foram dispensados de devolvê-lo. O dinheiro do contribuinte ficará creditado nas contas dos trabalhadores do Senado como antecipação do auxílio que deve se pago apenas quando o funcionário usar o período de descanso, o que pode ocorrer até o final de 2008.

A estratégia se transformou em tradição no Senado, que abriga cerca de 6,2 mil servidores. Desde 1997, o diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, assina atos decretando as férias coletivas e, em seguida, os cancela. Este ano, conforme indica o boletim administrativo de pessoal, o ato foi assinado em 22 de novembro. O diretor-geral concedeu férias coletivas entre 2 a 31 de janeiro. Na semana passada, ele reviu a medida. Mas permitiu que a verba extra repassada aos funcionários permaneça com eles. “O cancelamento de que trata este artigo não acarretará a devolução do adicional de férias já percebido pelos servidores”, descreve o ato nº 5.430, do dia 20 de dezembro.

A última sessão legislativa do ano ocorreu na véspera do Natal e os trabalhos serão retomados em 6 de fevereiro. A administração do Senado tenta conciliar as férias da maioria dos servidores com a dos 81 parlamentares. A Casa, porém, não pode interromper as atividades por completo. O Parlamento precisa manter em funcionamento serviços gráficos, na área de comunicação e de segurança. Eventualmente, senadores também mobilizam seus gabinetes.

Maia explica que o cancelamento das férias coletivas atende essas necessidades. “Nem todos os departamentos conseguem administrar o corte linear. O cancelamento permite que eles se programem e montem equipes mínimas para trabalhar no período”, justifica. O diretor-geral cita como exemplo a gráfica do Senado, que aproveita o recesso parlamentar de fim de ano para fazer manutenção do maquinário. Ou o setor administrativo, encarregado da folha de pagamento.

Manobra
Apesar do cancelamento das férias coletivas previstas para o próximo mês, Agaciel Maia prevê que entre 80% e 90% do quadro de funcionários do Senado fiquem em casa durante o mês de janeiro. Uma estimativa nesse patamar significa, na prática, férias coletivas — o que levanta a suspeita de que decretá-las e, logo em seguida, cancelá-las. Não tendo outro objetivo senão o de liberar o adicional de um terço a todos os servidores, tanto para quem descansa como para quem trabalha.

“Não podemos fechar as duas casas. É uma forma que o diretor do Senado encontrou de evitar que haja prejuízo para os servidores”, avalia Magno Mello, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis). Mello explica que funcionários da Câmara e do Senado recebem no final do ano gratificações extras — além do 13º salário — que asseguram um rendimento maior que o do restante do ano. Assim, a maioria pede férias em dezembro para receber um valor maior do abono pecuniário.

Para acabar com a prática, o presidente do Sindilegis anuncia que a Câmara estuda uma forma de diluir o pagamento desse abono durante o ano, e assim evitar manobras como essa. O procurador Lucas Furtado, que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), encara a estratégia como mais uma artimanha do Legislativo em encontrar, dentro da lei, uma solução vantajosa para o servidor. “O Congresso Nacional vive dessas práticas. Assim, é possível antecipar metade do 13º e um terço das férias que teoricamente só seriam pagos no ano seguinte”, observa Furtando, ponderando que a prática não é ilegal.

É uma forma que o diretor do Senado encontrou de evitar que haja prejuízo para os servidores

Magno Mello, presidente do Sindilegis

O número
6,2 mil
é o número de funcionários da Casa

Nova regra de ICMS pode elevar preços em SP


Um conjunto de dois decretos e quatro portarias da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo publicados na última sexta-feira colocou em polvorosa os segmentos de higiene pessoal, perfumaria e bebidas alcoólicas. As novas normas estaduais implantam, a partir de 1 de janeiro o sistema de substituição tributária para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nesses segmentos.

Na substituição tributária a indústria antecipa o recolhimento do ICMS de toda a cadeia comercial até a venda ao consumidor final. As empresas alegam que as margens de valor adicionado estimadas pela Secretaria da Fazenda para a antecipação do imposto são maiores que as de mercado ou que as praticadas em outros Estados. Os índices de valor adicionado estabelecidos para os três setores variaram de 125,54% e 165,55% . Essas margens devem ser acrescidas ao preço do produto para o cálculo do ICMS. A substituição também foi estabelecida para o setor de medicamentos, mas as margens ainda não causaram polêmica.

Em nota, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio da Silva, diz que as margens são "extremamente exageradas" quando comparadas aos índices aplicados em outros Estados. Em Minas, informa, a margem é de 34,87%. A margem estabelecida por São Paulo para diversos produtos de higiene pessoal é de 125,54%. A Secretaria da Fazenda de São Paulo, procurada, não se manifestou até o fechamento da edição.

Silva explica diz que a medida provocará aumento de preços e encolhimento no consumo de toda a cadeia dos produtos de higiene pessoal, causando desemprego, e aumento de inflação destes produtos. "Estimamos que os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos terão dentro do Estado de São Paulo os maiores preços no território nacional."

A Associação Brasileira de Alimentos e Bebidas (Abab) fez um pleito à Secretaria da Fazenda. Ela questiona a forma de cálculo da margem e pede que a nova norma vigore apenas a partir de 1 de abril de 2008. Segundo a Abab, a Fazenda dará uma resposta hoje.

A Adega Alentejana, especializada na importação de bebidas de Portugal, chegou a mudar seu calendário de atividades em função das novas normas. Ela informou aos clientes que o preço dos vinhos deverá aumentar 40% aproximadamente e que somente os pedidos entregues até hoje poderão ser atendidos com os preços da tabela atual. Em razão de dúvidas sobre os decretos, a adega suspendeu as vendas para o Estado de São Paulo entre os dias 2 e 5 de janeiro. A gerente comercial da adega, Vera Vilaça, diz que a agenda original da Alentejana era estar em atividade nesses dias. "Além das dúvidas, precisamos nos adaptar porque deverá haver mudanças nos documentos fiscais", acrescenta.

A importadora de bebidas Mistral acredita que a mudança no recolhimento do ICMS gere um impacto de cerca de 30% no preço dos vinhos, mas ainda não está definido se esse impacto será repassado aos consumidores.

As novas normas alteraram também o plano de vendas de fim de ano de algumas companhias. O advogado Luís Alexandre Barbosa, do Felsberg e Associados, foi tirado do descanso da véspera de Natal para orientar no próprio dia 24 de dezembro um fabricante de sabão em pedra que deverá ser afetado pelas medidas, pois o produto está classificado como higiene pessoal. "A margem para esse produto será de 125,54% quando a margem efetiva de mercado é de 20% a 35%." A empresa, diz, está tentando efetivar toda a saída de mercadorias possível até 31 de dezembro, antes que a antecipação entre em vigor. "O setor tenta questionar o assunto junto à Secretaria de Fazenda e também estuda a possibilidade de medidas judiciais."

Uma das possibilidades, diz Barbosa, é entrar com ação judicial para que a aplicação da nova margem respeite o prazo de noventa dias previsto para elevação de impostos. O receio, diz, é que a Justiça não considere a medida como elevação de imposto e sim como simples antecipação do tributo. "A escolha é entre o risco de uma ação judicial e a perda de mercado, ao menos num primeiro momento."

Martinho de Paiva Moreira, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), acredita que a mudança afetará bastante a cadeia de suprimento do setor supermercadista. Segundo ele, as margens de mercado são menores do que os percentuais atribuídos. "A simples fixação de uma margem de lucro comum para o varejo já é por si um equívoco." Martinho acredita que as indústrias poderão aumentar os preços.

Silva, presidente da Abihpec, também critica a aplicação de uma única margem a todo o segmento de higiene pessoal, inclusive a produtos com alíquotas diferentes de ICMS. Os protetores solares que são onerados com alíquotas de 18% terão as mesmas margens que produtos que pagam 25% e os cremes dentais, tributados a 12%. "É obvio que quanto maior a tributação, maior é a margem." A associação, diz ele, apóia a antecipação do ICMS, mas critica o que considera uma medida arbitrária para definição das margens. "As medidas pegaram as empresas de surpresa. Os segmentos ainda aguardam um estudo ainda a ser concluído pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que é uma referência na definição dos índices em vários Estados", diz o advogado Barbosa.

O advogado Antonio Carlos Salla, do Machado Associados, lembra que as margens podem tornar mais vantajosa a compra em fabricantes instalados em outros Estados. Para os setores de higiene pessoal, perfumaria e bebidas alcoólicas as novas normas estabelecem uma margem menor para as compras interestaduais. Os fabricantes paulistas de produtos de higiene pessoal, por exemplo, irão recolher antecipadamente o ICMS sobre uma margem de 125,54%. Para os produtos comprados de outros Estados, a margem será de 64,21%. "É verdade que atualmente os fabricantes do setor estão concentrados em São Paulo, mas isso sem dúvida é uma porta de saída dos investimentos para outros locais."




Condenados na Itália, procurados no mundo


As 11 autoridades brasileiras acusadas na Itália por suposto envolvimento com a Operação Condor correm o risco de prisão caso deixem o Brasil e sejam localizadas em qualquer país membro da Interpol (Polícia Internacional). Ao decidir formalmente o pedido de extradição ao Brasil e a outros países da América do Sul, a Justiça italiana também encaminhou a decisão judicial à Interpol, que incluiu os nomes na lista de procurados no mundo inteiro. Isso significa que fora do Brasil eles se encontrariam na mesma circunstâncias em que foi preso o banqueiro Salvatore Cacciola, apanhado no principado de Mônaco, que é um dos países membros da Interpol, mas também era protegido pelas leis italianas que, como no Brasil, não permitem a extradição de seus cidadãos.

Militares e policiais aposentados que trabalharam na Condor perderiam a imunidade fora do Brasil. Um dos 140 acusados no processo, o capitão de navio do Uruguai, Nestor Trocoli, acabou preso no último domingo pela Interpol, justamente na Itália, em Salermo, onde se escondia por conta de denúncias em seu país em outro caso.

O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Jair Kirschke, rebateu ontem as argumentações do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a inviabilidade da extradição dos brasileiros acusados por tortura e morte de dois italianos que passaram pelo Rio na época da Operação Condor, Horácio Campiglia e Lorenzo Viñas. Segundo ele, a Constituição brasileira e o Código Penal consideram a tortura crime imprescritível e os dois desapareceram entre os meses de março e junho de 1980, o que significa que os acusados não estão cobertos pela Lei de Anistia, editada em 1979. Consultor informal e principal colaborador brasileiro da justiça italiana nas investigações sobre a Operação Condor, Krischke lembra também que o Brasil, como signatário das convenções internacionais que tratam dos crimes de lesa-humanidade, também poderia se aliar ao entendimento jurídico italiano e considerar imprescritíveis os atos supostamente praticados pelas autoridades brasileiras.

O ativista acha, no entanto, que o tema vai seguir um longo trajeto até chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a competência para julgar os casos de extradição. Por essa razão, ele acha que Procuradoria Geral da República deveria abrir uma investigação para apurar a responsabilidade dos brasileiros na Operação Condor. O ministro da Justiça, Tarso Genro afirmou que há impedimento constitucional para a concessão de extradição, mas afirmou que se a justiça italiana pedir uma investigação, o governo pode avaliar a viabilidade e encaminhar a decisão para o STF. Os únicos pedidos de extradição atendidos até hoje envolveram mafiosos italianos presos no Brasil por tráfico.