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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Acesso ampliado


A partir de amanhã, o trabalhador que possui conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço há pelo menos três anos passará a ter vantagens na hora de financiar um imóvel por meio de linhas de crédito com recursos do FGTS, que oferecem os juros mais baixos do mercado. É quando entram em vigor a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros e a possibilidade de compra de imóveis, novos ou usados, de até R$ 350 mil para quem recebe mais de R$ 4,9 mil por mês, integrantes da classe média que, até então, estavam excluídos desse tipo de financiamento. O montante financiado não pode ultrapassar 70% do valor do imóvel. Para quem não é cotista, nada muda. Os imóveis podem custar no máximo R$ 130 mil e a renda mensal não pode ultrapassar R$ 4,9 mil (veja quadro).

Aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS em novembro, as medidas ampliam o acesso da classe média aos financiamentos, que este ano terão volume recorde de recursos, em um total de R$ 9,4 bilhões. As mudanças podem beneficiar cerca de 26,5 milhões de cotistas do FGTS. Para 2008, a linha especial Pró-Cotista, destinada ao financiamento de apartamentos e casas de até R$ 350 mil, terá recursos da ordem de R$ 1 bilhão. O montante é suficiente para atender cerca de 11 mil cotistas, de acordo com estimativas da Caixa Econômica Federal.

No entanto, caso a demanda seja maior, o Conselho Curador poderá liberar mais recursos. Quem garante é o secretário-executivo substituto do conselho, Antônio Góes. “Havendo demanda qualificada, é muito provável que o conselho aprove mais recursos”, afirma. Nessa linha especial, os juros são de 8,66% ao ano mais TR. No mercado imobiliário, os juros giram entre 10% e 12%, mais TR. De acordo com simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), no financiamento de um imóvel de R$ 350 mil, num prazo de 30 anos, a economia pode ser superior a 18%. Nesse exemplo, o mutuário economizaria R$ 135,6 mil em relação a um financiamento oferecido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Taxa menor
Outra medida que entra em vigor amanhã é a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros cobrada nos financiamentos de imóveis de até R$ 130 mil. Até hoje, o mutuário, independentemente de ter ou não conta de FGTS, pagava juros de 8,16% ao ano mais TR. Com a mudança, essa taxa valerá apenas para quem não é cotista do FGTS. Quem tem conta vinculada ao fundo passará a pagar 7,66% ao ano, mais TR. Essa linha de crédito para habitação popular terá um orçamento de R$ 8,4 bilhões em 2008.

O benefício, no entanto, é limitado à compra de imóveis avaliados em até R$ 130 mil no Distrito Federal e Entorno, além das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Para ter esse desconto nos juros, a renda mensal familiar também não pode ultrapassar R$ 4,9 mil. Quem ganha acima desse valor ou pretende comprar imóveis mais caros, de até R$ 350 mil, precisa recorrer à linha Pró-Cotista, onde os juros são um pouco mais salgados, de 8,66% ao ano, mais TR — ainda assim, bem abaixo das taxas praticadas pelo SFH

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