A taxa de desemprego anual de 2007 é a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, pela primeira vez, ficará em um dígito, informou o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Ontem, o instituto divulgou o índice de 8,2% nas seis principais regiões metropolitanas do País em novembro, o mais baixo da série, iniciada em março de 2002. Em outubro, havia sido de 8,7%.
Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foram contratados 717 mil trabalhadores, reduzindo para 8,2% a taxa de desemprego, a menor desde 2002. Renda foi maior, com alta de 1,3%
A principais regiões metropolitanas do país, caiu de 8,7% em outubro para 8,2% em novembro. De acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o menor índice já registrado desde 2002, quando a série histórica foi iniciada. Sinal de que a economia nacional vai muito bem. No mês passado, cresceram as admissões com carteira assinada e a renda do trabalhador.
A população ocupada nas metrópoles atingiu a marca de 21,4 milhões de pessoas. Em relação a novembro de 2006, houve um salto de 3,5%, ou seja, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre criaram cerca de 717 mil postos. O contingente de brasileiros desocupados caiu 5% frente a outubro e 12% na comparação com novembro do ano passado. Pela primeira vez, segundo o IBGE, em um mês de novembro, a população desocupada ficou abaixo de 2 milhões, em 1,922 milhão de pessoas.
Adriana Beringuy, economista do IBGE, explicou que o efeito sazonal do emprego nesta época do ano tem grande peso, mas não deve ser analisado de forma isolada. Para a especialista, a expansão econômica está repercutindo positivamente sobre os números do mercado de trabalho, tendência que deve se manter por um bom tempo. “O aumento do consumo das famílias e a queda dos juros, além de outros fatores, influenciam essa conta”, disse.
Entre as atividades que mais se destacaram na absorção de mão-de-obra está o segmento de prestação de serviços às empresas, como suporte de informática e infra-estrutura de comunicações. Setores como intermediação financeira, saúde, educação e a administração pública também contribuíram de modo decisivo para o recuo no nível de desemprego. O número de trabalhadores formais aumentou 1,5% em novembro, comparado a outubro. Das 148 mil vagas criadas entre um mês e outro, 137 mil foram com carteira assinada.
Mantida a expectativa do Natal de 2007 ser o melhor dos últimos 10 anos, segundo previsões do comércio varejista, é quase certo que os números de desemprego em dezembro sejam ainda menores. Caso isso se confirme, especialistas acreditam que durante o primeiro trimestre de 2008 um número recorde de trabalhadores temporários acabará sendo efetivado. Tradicionalmente, nos primeiros meses de cada novo ano, as demissões aumentam.
Renda
Conseqüência direta do aumento da formalização do emprego, o rendimento médio real recebido pelos trabalhadores das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE cresceu 1,3% em relação a outubro e 2,4% em relação a novembro de 2006. Em todas as categorias de ocupação houve ganhos — exceção feita aos profissionais sem carteira de trabalho assinada.
A massa de rendimento da população ocupada foi estimada em R$ 24,6 bilhões, alta de 1,9% no mês e 5,4% no ano. Conforme a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, 49,5% das pessoas ocupadas cumpriram, em novembro, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais. Cerca de 32,6%, por sua vez, se submeteram a uma rotina superior a 45 horas semanais.
Empregados confiantes
O medo do desemprego não assunta mais como antigamente. O brasileiro está otimista como nunca e se sente seguro no mercado de trabalho. Pelo menos é o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador, que mede o temor de ser demitido, atingiu no quarto trimestre deste ano 110,6 pontos, o maior valor desde o início da pesquisa, em maio de 1996.
Analistas acreditam que a segurança do trabalhador se deve, em boa parte, ao crescimento da economia nacional e também ao aumento das contratações com carteira assinada. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que, entre janeiro e novembro de 2007, 1,9 milhão de empregos formais foram criados. “As pessoas estão mais confiantes e julgam que, se perderem o emprego, têm chance de encontrar outro”, resumiu Marcelo Azevedo, economista da CNI. A entidade prevê para 2008 números mais favoráveis ainda. A projeção para o índice de desemprego anual é de 9%.
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