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domingo, 29 de abril de 2007

No governo do PSDB, PCC usa computador da Administração Penitenciária

Investigações do Ministério Público de São Paulo concluíram que líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) usaram computadores e papéis oficiais da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo para controlar a contabilidade dos lucros com o tráfico de drogas dentro e fora das prisões. A informação foi divulgada ontem pelo MP. A constatação está no processo em que os promotores paulistas pedem à Justiça a condenação de 117 integrantes da quadrilha, liderada por chefes do tráfico e líderes do PCC presos nas penitenciárias de Mirandópolis, Valparaíso e Lavínia, no interior do Estado.

Os principais chefes do bando, que foi desarticulado em 2004, eram Jair Carlos de Souza (Jajá), Mário Sérgio Costa (Esquerda), Edson José da Costa (Edinho), Marcos Roberto Ciconi (Marquinhos) e Anísio Pedro Gonçalves (Anisião), todos pertencentes ao PCC. Eles cumpriam penas em presídios de São Paulo e lá de dentro comandavam a rede de distribuição de drogas e venda de veículos roubados. Para isso, eles contavam com participação de donos de revendedoras de carros, traficantes e funcionários de cartório.

A contabilidade teria sido registrada em papéis oficiais com computador da SAP instalados na Penitenciária Nestor Canoas, em Mirandópolis. "É de causar espanto que documentos apreendidos na penitenciária Nestor Canoas, de Mirandópolis, revelem a contabilidade do tráfico, reproduzida em computador do referido estabelecimento", diz um dos documentos do Grupo de Atuação Especial de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Gaerco) .

Fome Zero :Lula, em estilo jovem, recebe o RDB e ganha guitarra


O Presidente Lula ofereceu ontem, no Palácio da Alvorada, um churrasco para o grupo mexicano RBD, fenômeno da música adolescente. Antes de um show que realizarão na capital, os integrantes do grupo doaram uma guitarra ao programa Fome Zero e ainda brincaram de bola com Lula no gramado da residência oficial. Tanto na chegada quanto na saída do Alvorada, o grupo não quis contato com os dezenas fãs que ficaram na portaria da residência oficial. As duas vans que transportavam os músicos entraram e saíram com os vidros fechados. Os adolescentes chegaram a se ajoelhar ao longo do acesso à portaria para comover os ídolos, que no entanto se limitaram a acenar.

A Presidência da República divulgou uma série de imagens de Lula com os músicos no gramado do Alvorada. O Presidente deu o pontapé de uma partida de futebol. Além dos músicos, participaram do jogo parentes e amigos de Lula. O grupo RBD permaneceu durante quatro horas no Alvorada.

O RBD está em turnê pelo Brasil e já fez apresentações em Porto Alegre e São Paulo com o show "Celestial". Em Brasília o grupo fez show neste sábado, antes de seguir para Santa Catarina neste domingo.

Oposição descontrolada

Enquanto a base aliada de Lula vai acertando um roteiro básico de atuação na CPI do Apagão Aéreo da Câmara, PSDB e DEM não se entendem em quase nada e a briga continua. A divergência da vez diz respeito ao que fazer diante da disposição dos governistas para monopolizar os dois postos-chave da comissão, dividindo presidência e relatoria entre PT e PMDB .Os ex-pefelistas encomendaram a técnicos do partido a elaboração, neste feriado, de uma ação direta de inconstitucionalidade na tentativa de derrubar judicialmente a "reserva de mercado". Já os tucanos dão de ombros para a estratégia dos parceiros. Alegam que podem influenciar os rumos da comissão mesmo instalados em cadeiras de menor importância.

No ofício em que pede à liderança do PSDB que reconsidere a decisão de colocá-lo apenas na suplência da CPI, Otávio Leite diz que deveria ter primazia por ser do Rio de Janeiro, onde "problemas do apagão aéreo produzem graves transtornos à população e à economia". O DEM garantiu vaga na CPI para Efraim Filho, 28, sob o argumento de que o deputado precisa "ser preparado para o futuro". O filho do senador Efraim Morais (RN) é uma das apostas dos ex-pefelistas no projeto de renovação de seus quadros. Já Armando Faria de Sá, ninguém quer na CPI, mas o deputado insiste e diz; "Se me vetarem, azar o deles. Vou participar dos depoimentos de qualquer jeito".

sábado, 28 de abril de 2007

Mensagem pra você

Os meus amigos do PT de Brasilia, me pedindem a divulgação do site "Mensagem ao Partido" . O grupo da "Mensagem ao Partido", corrente do PT liderada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, já inaugurou site na internet www.mensagemaopartido.org.br para divulgar as teses que levará ao congresso da legenda, em agosto.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Quanta diferença!

Depois de alguns dias de trégua o indignado repórter da Globo voltou a fazer plantão no aeroporto, para mostrar as filas no Santos Dumont (foto a baixo). Com o fechamento da pista devido a chuva, o saguão do aeroporto Santos Dumont começou a ficar lotado de passageiros em busca de informações sobre os vôos. Houve bate-boca entre passageiros e funcionários das companhias aéreas nos balcões de check-in.
Em São Paulo, cidade governada pelo PSDB e PFL, ônibus e metrô ficaram parados, durante toda manhã de segunda-feira. A Globo que faz plantão em aeroporto, não fez plantão nos pontos de ônibus, onde milhões de usuários ficaram sem transporte.Por quê?

Foto do povão esperando ônibus para o trabalho. Isso sim é lotado!

Foto dos usuários do metrô agurdando para seguirem ao trabalho

Veja a foto dos Passageiros nas escadas rolantes do metrô Corinthians-Itaquera, que ficou fechado por volta de duas horas no início da manhã desta segunda-feira Sem agressão física ou verbal, muito educadamente e pacientemente os usuários do metrô aguardavam o retorno dos trens para seguirem ao trabalho.

Banco tem relações perigosas com Eduardo Azeredo

Vamos mostrar os motivos do interesse do banco brasileiro, financiador de Azeredo, em projeto do senador tucano. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), não contente em entrar para a história como o criador do “valerioduto”, decidiu achar um caminho mais rápido para a imortalidade. O destino reservava-lhe papel mais grandioso, o de ser o senador que tentou aprovar um projeto que exige a identificação dos usuários antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros.

O projeto foi saudado como “demente, absurdo, inconstitucional, orwelliano, ditatorial”, e produto de uma massa encéfalica que não tem a menor idéia de como funciona a internet. O senador teve o financiamento de R$ 150 mil para sua campanha de 2002 da Scorpus Tecnologia S.A. Pois bem. Veja o que uma pesquisa de cinco minutos descobre sobre a terceira maior financiadora da campanha de Azeredo em 2002. No documento estratégico “Building an Information Society”, de janeiro de 2003, está escrito na página 221 que:

“Ao estabelecer links diretos com os provedores de Telecomunicações do Brasil (ao invés de comprar assinaturas de ISPs e distribuí-los entre os clientes do banco, embutindo os custos da assinatura na forma de tarifas mais altas), o Bradesco pôde evitar negociações com intermediários e estruturar o crescimento de uma rede de dados a um custo baixíssimo. Com sua base de usuários em crescimento, o Bradesco avançou em direção ao comércio on-line. O Scorpus é o braço eletrônico do banco e desenvolveu estrategicamente uma carteira on-line. Resumindo: onde ficam os dados de transações on-line, número de cartão de crédito, etc”.

Com os intermediários fora do caminho, adivinhe para quê vai servir ao Bradesco o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet nessa tungada na liberdade individual das pessoas, que consta no projeto do senador Azeredo. Está revelado o interesse do Bradesco, financiador de Azeredo, nesse projeto. Quando a Receita Federal decidiu ampliar seus serviços na internet, adivinhe qual empresa chamou para garantir os certificados digitais. Isso mesmo: o Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro – do qual Azeredo foi presidente. Desde 2001, com a criação da Infra-estrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), a empresa passou a emitir certificados para órgãos da Administração Pública Federal. O negócio foi tão lucrativo que a empresa apostou no novo negócio e começou a oferecer a certificação como um produto para seus clientes.

Barrado na festa

A Rede Globo inaugurou ontem - quinta-feira - o novo prédio da sede paulista da emissora, na zona sul de São Paulo. Entre os convidados, dois políticos foram flagrados pelas câmeras da Globo, tomando champanhe. José Serra(PSDB-SP) e Gilberto Kassab(PFL-SP).E ai, o leitor deve estar se perguntando; E dai?. E dai nada. Se não fosse o meu amigo jornalista da Globo, ter me contado que nenhum político do PT foi convidado para festa. Em outras palavras, a Globo já entrou em campanha 2010 com José Serra.

Conselho de Ética blinda Câmara contra cassações

O Conselho de Ética da Câmara deu ontem importante passo para evitar cassações futuras de deputados acusados de envolvimento em corrupção. Por 9 votos a 4, o órgão acatou consulta formulada por PT, PMDB, PP e PR e decidiu que parlamentares não podem ser processados por quebra de decoro parlamentar por atos praticados na legislatura anterior. A decisão levou à renúncia a uma vaga no Conselho de Ética da Casa, por discordância, de seu integrante mais experiente, o deputado Nelson Trad (PMDB-MS).

De imediato, esta decisão anistia os deputados Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Paulo Rocha (PT-PA). Acusados de envolvimento com o escândalo do mensalão, os dois renunciaram aos mandatos na legislatura passada antes que pudessem ser julgados pelos colegas. Outro beneficiado é João Magalhães (PMDB-MG), suspeito de ligações com a máfia das sanguessugas. O pemedebista não renunciou, mas seu processo foi arquivado em 2006 porque a legislatura terminou sem que ele fosse julgado. Eleitos, estão de volta à Câmara dos Deputados.

O relator do caso era o deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), mas quem articulou toda a votação e a tese da anistia foi o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que havia ganhado notoriedade e credibilidade por sua atuação na CPI que apurou o mensalão. Tanto Dagoberto Nogueira quanto José Eduardo Martins Cardozo entendem que os deputados acusados mas reeleitos foram "absolvidos pelas urnas". Nas duas últimas reuniões do Conselho de Ética, Dagoberto e Cardozo não esconderam o constrangimento pelo trabalho feito a favor dos denunciados da base aliada.

Os três processos estavam prestes a ser reabertos depois de o P-SOL apresentar representações contra eles. A decisão do Conselho revoltou o deputado Nelson Trad. "Este conselho está dirigido partidariamente", protestou o pemedebista, antes de anunciar sua renúncia ao posto dentro do colegiado. "Aqui existe uma confissão de autoria. Um crime que espanta a todos nós brasileiros", bradou, ao referir-se ao caso do mensalão, quando os acusados reconheceram o recebimento de dinheiro fruto de caixa 2. "Estou descendo a montanha da vida pública e não teria como permanecer neste Conselho", prosseguiu. "Se não existe mais direito de investigar, não tem sentido ficar no Conselho."

A decisão do conselho afronta jurisprudência antiga do Supremo Tribunal Federal (STF). Em mais de uma ocasião, os ministros da Suprema Corte se pronunciaram favoravelmente à abertura de processo contra atos cometidos em legislaturas anteriores. O P-SOL anunciou que recorrerá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e ao STF contra a decisão do Conselho de Ética.

Rhodia investe 30 mi euros para ampliar fábrica de Paulínia

Depois de voltar ao lucro, a Rhodia, fabricante de especialidades químicas, decidiu ampliar seus negócios e escolheu o Brasil como um dos destinos preferenciais para os novos investimentos. Jean-Pierre Clamadieu, principal executivo mundial da Rhodia, anunciou ontem investimento de 30 milhões de euros para expansão da capacidade de produção de intermediários químicos em seu complexo industrial em Paulínia, na região de Campinas, no interior paulista. A Rhodia ampliará a produção de fenol em 25%, que passará de 195 mil toneladas para 245 mil toneladas por ano, até o fim de 2008. Ao mesmo tempo, elevará a produção de ciclohexanol em 43%, para 100 mil toneladas por ano. "O Brasil tem grande importância nesta cadeia", disse Jean-Pierre Clamadieu. A fábrica de fenol, em Paulínia, é a única da América do Sul e também da companhia francesa no mundo, depois que uma unidade na França foi vendida no início da década. A Rhodia, segunda maior produtora de poliamida, rivaliza neste mercado com a líder americana Invista.

Empresa australiana investe no Brasil US$ 300 milhões em eólica

A Pacific Hydro pretende abastecer 40 mil casas com a energia gerada pela força dos ventos. A Austrália escolheu o Brasil para desenvolver um projeto de energia eólica (gerada pela força dos ventos) com investimentos totais de US$ 300 milhões. Lançado em fevereiro deste ano, o projeto, batizado de Millennium e pertence à empresa australiana Pacific Hydro, produzirá, a partir de outubro, inicialmente 10,2 megawatts (MW), para abastecer residências do município de Lagoa Nova, a 135 quilômetros de Natal (RN). A quantidade inicial de energia é pequena, porém, numa etapa seguinte será construído um outro parque eólico, também no Rio Grande do Norte - a região ainda não foi definida - com potência de 45 MW.

No total 40 mil casas poderão ser beneficiadas, juntando-se a primeira fase em Lagoa Nova mais a segunda estrutura de 45 MW, de acordo com informações do cônsul geral da Austrália no Brasil, Mark Argar. Dos US$ 300 milhões previstos para o projeto, US$ 25 milhões já foram aplicados. O restante dos recursos - R$ 275 milhões - serão investidos nos próximos quatro anos, em outras regiões do País. "O desenvolvimento dessa fonte na Austrália esta bem avançado, e, por isso, queremos expandir também esse tipo de geração no Brasil". Mesmo considerando que a energia eólica exige tecnologia avançada e, por conta disso, é mais cara, seus benefícios ambientais tornam viável o investimento, explica.

A transação entre os dois governos começou depois que o Consulado Geral da Austrália, em São Paulo, realizou uma pesquisa e conseguiu identificar áreas de prospecção para novos negócios, perfeitamente adequadas para o uso da energia eólica. "O papel do Consulado é intermediar essas transações entre as empresas australianas, que podem contribuir com tecnologia de ponta e know-how", afirma. "A Pacific Hydro atendeu esse desafio conforme as tendências mundiais de gerar energia renovável", ressalta Argar, completando que o mercado brasileiro está criando um ambiente amigável e confiável para investimentos em diversos setores.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Ele tem razão?

Estão falando por ai, que o presidente Arlindo Chinaglia anunciou hoje, em plenário, que a Câmara vai processar o comentarista Arnaldo Jabor. O motivo seria esse daqui , como conta a blogueira Juliana Weis com link aqui; Nos dois primeiros meses da atual legislatura, os deputados compraram combustível, com dinheiro da Câmara, suficiente para dar 255 voltas ao redor da Terra. Para comprovar, apresentaram notas fiscais - totalizando R$ 2,5 milhões, o que daria para comprar 1 milhão de litros de gasolina - e foram ressarcidos pela Casa. Isso é só parte dos R$ 11,2 milhões que o Legislativo reembolsou aos deputados entre fevereiro e março como verba indenizatória. As cifras engordam salários, alerta o Tribunal de Contas da União (TCU), sem o desgaste de aparecer no holerite dos parlamentares.

CCJ aprova redução da maioridade penal

Por 12 votos favoráveis contra 10, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quinta-feira a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em caso de crimes hediondos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda precisa passar pela votação em dois turnos no Plenário do Senado e depois segue para tramitação na Câmara.

Após muita discussão, o relator da matéria, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), aceitou abrandar o seu texto. De acordo com as mudanças, os maiores de 16 anos e menores de 18 que cometerem crimes graves serão presos separadamente dos maiores.

Os adolescentes também terão que passar por um exame psicológico para constatar se eles têm consciência do crime cometido. Caso o laudo médico aponte que não, o "criminoso" responderá como menor.Demóstenes, por sua vez, comemorou o resultado. "Não há porque deixar de punir esses 11 mil menores criminosos. Se as cadeias não recuperam, as ruas iriam recupera?", questionou o senador.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) argumentou que a maioridade penal aos 18 anos é cláusula pétrea da Constituição, ou seja, que não pode ser alterada. O senador também lembrou que a exigência da avaliação psicológica para jovens delinqüentes entre 16 e 18 anos, que consta no parecer de Demóstenes, vai contra a Constituição, que não prevê a redução em nenhuma hipótese.

Pacote de segurança

A redução da maioridade penal foi o assunto mais polêmico a ser votado pela CCJ do chamado "pacote de segurança". Entre as propostas aprovadas estão a que altera a legislação sobre o sigilo das operações financeiras e a que autoriza o Fundo Nacional de Segurança Pública a financiar projetos destinados a criar ou aperfeiçoar sistemas de investigação.

Além disso, foram aprovadas também alterações no Código Penal para ampliar o rol de aplicação de penas alternativas. O monitoramento eletrônico em presos que cumpram regime semi-aberto, tenham direito a saídas temporárias ou liberdade condicional também foi aprovado.

Outro ponto importante que passou na CCJ foi a separação dos presos que já foram condenados e o que ainda aguardam julgamento. Eles também serão subdivididos de acordo com o grau de periculosidade.

CPI Palanque

Na esteira das CPIs que inundam Brasília, um mar de citações e declamações. E o mais interessante neste show armado, televisionado e regurgitado é que o povo já percebe que os políticos estão transformando os trabalhos de investigação num tremendo palanque eleitoral. A imprensa também embarca na onda. Pois nesse vale-tudo mais jornais e revistas são vendidos. Mais denúncias aparecerão, alimentarão o tempo. Prorroga-se a cobertura, tudo transformado num imenso palanque eleitoral. Todos querem é ver o circo pegar fogo. "O espetáculo não pode parar..."Depois da baixaria, depois da acusação de roubo de CPI, a oposição entrou em acordo: Duas CPIs. Uma no senado para os dem e outra na câmara para os tucanos. As duas CPIs vão investigar o mesmo assunto. Nós vamos cuidar da nossa CPI - disse o líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio. - Reconhecemos todo o direito do PFL no Senado investigar o que bem entender.

Justiça autoriza comissões em São Paulo

Como já havia prometido, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Vaz de Lima (PSDB), vai apelar contra a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo que obriga a instalação de comissões parlamentares de inquérito. O acórdão da decisão foi publicado ontem. Na interpretação do presidente da Assembléia, o TJ não especificou qual CPI deve ser instalada e, portanto, é preciso seguir o trâmite regimental da Casa que extingue os pedidos de instalação de comissões de uma legislatura anterior - a que se encerrou em 14 de março, tinha na fila 70 pedidos de CPI não atendidas -, dando lugar aos pedidos recentes.

Pelos corredores da Assembléia paulista, o comentário é que a decisão da Justiça paulista caminhou em paralelo com a do Superior Tribunal Federal (STF) que ontem concedeu à oposição na Câmara Federal o direito de instalar a CPI do Apagão Aéreo. E mais. A decisão teria sofrido o peso da influência política do governador José Serra, desafeto do ex-governador também tucano, Geraldo Alckmin. Caso instaladas, as CPI requeridas pela oposição irão investigar o governo de Alckmin, não de Serra.

Mesmo conhecendo parcialmente a decisão da Justiça paulista, Vaz de Lima prometeu reagir. "Pretendo entrar com um embargo de declaração, não queremos instalação de CPI". E pela interpretação do departamento jurídico da Casa (Assembléia), eu posso recorrer sem ter que instalar a comissão imediatamente", afirmou o presidente da Assembléia paulista."Consideramos essa interpretação um grande erro, já que a Justiça estabeleceu que cabe à minoria, no caso a bancada de oposição ao governo José Serra, o direito ao pedido de CPI e nenhuma dos que estão na fila foi formalizado pela minoria", reclamou o líder da bancada do PT na Assembléia, o deputado Simão Pedro.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Festinha na pousada

No norte do Espírito Santo, um flagrante: um menor de idade, sem carteira de habilitação e drogado perdeu o controle do carro e capotou. O acidente chamou a atenção por outro motivo, o carro era oficial e emprestado pelo presidente da Câmara Municipal de Conceição da Barra(ES), Vereador Almir Maia Machado, mais conhecido como vereador Almir do (PP/ES).

Na delegacia o menor contou que estava usando drogas e bebendo quando pegou o carro oficial para comprar mais drogas. O presidente da Câmara Almir não estava no carro na hora do capotamento e esperava pelos jovens num quarto de pousada. O dono da pousada confirmou que o vereador e os dois adolescentes passaram uma noite lá. O parlamentar não foi encontrado para comentar o assunto. Dizem por ai que ele vai ser processado por corrupção de menores e pode perder o mandato.

Criação de emprego formal em março sobe 91% e bate recorde

A criação de empregos com carteira assinada (abertura de vagas, descontadas as demissões) atingiu 146,14 mil em março, recorde histórico para o mês, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O ministro do Trabalho, Carlos Lupi prevê que 2007 "pode até superar" o número recorde de empregos criados em 2004, principalmente se os juros continuarem a cair.

O acumulado no primeiro trimestre deste ano também é o melhor da série histórica do Caged, iniciada em 1992 para igual período. Foram 399.628 novas vagas, superando a soma de janeiro a março de 2004, de 347.392 postos de trabalho. No primeiro trimestre de 2006, a abertura de empregos formais totalizou 339.703 vagas. Em março deste ano, houve crescimento de 91% sobre as 76.455 vagas criadas no mesmo mês de 2006.

Com base nesse resultado e no acumulado de 12 meses, quando foram gerados 1, 28 milhão de empregos, Lupi prevê que este ano pode até ultrapassar as novas vagas registradas em 2004, que somaram o recorde de 1,52 milhão

Pelos dados do Caged, todos as atividades registraram maior contratação do que demissão em março. O setor de serviços liderou com 56.527 postos, a maior geração para o mês, com destaque para a área de administração de imóveis e serviços técnicos-profissionais, com 21.511. A indústria de transformação respondeu por 40.538 novos empregos, o segundo melhor resultado do período. A construção civil teve 17.253 ocupações, outro recorde para o mês de março. O comércio criou 12.868 postos e a agricultura, 11.346, também o melhor saldo da série histórica para março.

TSE inocenta Lula


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inocentou o Presidente Lula da acusação de uso de dinheiro de caixa 2 na campanha eleitoral, no caso do dossiê Vedoin. Por unanimidade, os ministros do TSE rejeitaram representação que pedia a cassação do diploma de Lula por abuso de poder econômico e político, movida pela coligação que apoiou a candidatura à Presidência do tucano Geraldo Alckmin. Na representação, os aliados de Alckmin vinculavam a apreensão do dinheiro de um dossiê com a campanha de Lula e argumentavam que o episódio trouxe prejuízos a Alckmin.

Para o relator do processo, ministro César Asfor Rocha, a oposição fez apenas ilações a partir do suposto interesse que cada um teria com a divulgação do dossiê. Mas, segundo ele, não haveria provas de que os acusados teriam se beneficiado eleitoralmente dos fatos. Pelo contrário, enfatizou o ministro. "O segundo turno foi atribuído à eclosão deste acontecimento", ressaltou. Logo, o Presidente Lula, então candidato à reeleição, não teve, segundo o ministro, vantagens no episódio. Para o ministro Carlos Ayres Britto, o episódio funcionou como uma "contrapropaganda", prejudicando o presidente.

Carlos Ayres Britto disse ainda que o episódio custou caro a Lula e ao PT. Ocorrido em setembro, às vésperas do 1º turno, acabou levando o Presidente a cair nas pesquisas e, segundo admitiram os ministros do TSE, levou ao segundo turno. A pergunta "De onde veio o dinheiro?" foi utilizada pela campanha de Alckmin durante todo o segundo turno das eleições e o Presidente Lula se viu investigado neste período."O que nós temos são apenas alegações visando a efeitos eleitorais", disse o ministro José Delgado.

Governo lança projeto Olhar Brasil para reduzir evasão escolar

Os ministérios da Saúde e da Educação (MEC) lançaram ontem, no Palácio do Planalto, em Brasília, o Projeto Olhar Brasil. O objetivo da iniciativa é reduzir a evasão escolar, oferecendo exames oftalmológicos e óculos (monofocais e bifocais) aos alunos portadores de problemas de visão matriculados na rede pública de ensino. Além dos alunos de 1 a 8 séries (ensino fundamental), cuja faixa etária varia entre 6 e 16 anos, os profissionais que atuam no projeto Olhar Brasil atenderão ainda a população assistida pelo programa Brasil Alfabetizado, do MEC, e pessoas com idade acima de 60 anos. O Brasil Alfabetizado abrange 4 mil municípios.Com duração de três anos, o Olhar Brasil envolve a aplicação de R$ 323,3 milhões e a assistência direta a 44 milhões de pessoas. Os pacientes assistidos receberão acompanhamento anual dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a evolução do problema diagnosticado.

Hora do mosquito

Na semana passada, uma moça bonita, com uma blusa branca, meio aberta, calça bem justa, esteve na sala de café dos deputados no início da noite conversando com um político. Provocou comentários. Ontem, a mesma moça voltou ao local reservado a autoridades e jornalistas credenciados. Calça muito justa, sapatos bem altos. Não tinha qualquer identificação. Seus interlocutores não foram os mesmos da outra vez. À boca miúda, alguns políticos mostravam-se curiosos em saber quem conduziu a moça àquele espaço restrito.

Um deputado que conhece o traçado fez o seguinte comentário: “Já tinha visto um pouco de tudo aqui, mas desse tipo, nesse espaço reservado, é a primeira vez”. Depois as excelências não sabem por que acabam em desgaste. Tem deputado jurando que, a partir de agora, só fala com quem estiver usando crachá de identificação, acessório de uso obrigatório para todos que transitam por ali.

Lula lança pacote e prevêR$ 8 bilhões em investimentos

O Presidente Lula lançou ontem o Plano de Desenvolvimento da Educação, que prevê investimentos de R$ 8 bilhões até 2010. Com 42 medidas, o pacote recebeu elogios dos especialistas. O "PAC da Educação" engloba projetos desde a alfabetização até a pós-graduação, inclui a adoção de um novo índice de avaliação do ensino que servirá de referência para investimentos na educação básica, promete dobrar o número de vagas nas universidades federais e prevê a implementação até 2010 de um piso salarial de R$ 850 para professores do nível básico.

O governo deve iniciar nas próximas semanas campanha de divulgação das medidas. "O plano vai tornar realidade todos os nossos compromissos de campanha na área de educação. Eu vejo no plano o início do novo século da educação no Brasil, capaz de assegurar a primazia do talento sobre a origem social e a prevalência do mérito sobre a riqueza familiar, um século de uma elite da competência e do saber, e não de uma elite do berço ou do sobrenome", prometeu Lula.

Um tripé de ações norteará os investimentos na educação básica. O novo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), baseado em escala de avaliação usada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), levará em conta o rendimento dos alunos e a taxa de repetência e de evasão escolar para avaliar as escolas. A Provinha Brasil, extensão do exame nacional de ensino que passa a abranger crianças de 1ª a 4ª série, será o instrumento para classificar as escolas dentro desse índice.

O volume de recursos repassados pela União às prefeituras inscritas no programa dependerá dos resultados alcançados nesse novo sistema de verificação de qualidade, declarou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo o ministro, o governo deve repassar recursos adicionais de R$ 1 bilhão às mil prefeituras com piores indicadores educacionais até 2008. "Levantamento do ministério mostra que não se encontra nenhuma cidade pobre do País entre aquelas que apresentaram bom desempenho de suas escolas. Isso demonstra o valor do investimento na educação e prova a necessidade de mais recursos para a área", justificou Haddad.

Além da ênfase no ensino técnico, com a abertura de 150 novas escolas, o programa também prevê investimentos para o nível superior. O Presidente Lula prometeu dobrar o número de vagas em universidades federais - hoje, cerca de 580 mil - como forma de ampliar o acesso ao ensino superior. As federais também poderão abrir concurso para professores com o aumento de 20% em recursos para pagamento de pessoal. Haddad defendeu a formação de "bancos de professores" para substituição imediata de docentes aposentados.As universidades federais também terão autonomia para a contratação de professores. "Essas ações atendem a reivindicações antigas dos reitores e vão permitir maior avanço das universidades na expansão do ensino superior"

terça-feira, 24 de abril de 2007

Ministro acusa jornais de conspiração

O ministro de Comunicação da Venezuela, William Lara, acusou ontem jornais de 11 países de conspirarem contra o governo do presidente Hugo Chávez. Em artigo publicado no diário El Nacional, Lara acusa jornais da Venezuela, Brasil (O Globo), Argentina, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, México, Peru, Porto Rico e Uruguai de articularem um "plano de comunicação contra a democracia venezuelana para desestabilizar o país".

Tudo errado

Principal partido da oposição, o PSDB vive um dilema. Tem dois candidatos à Presidência (José Serra e Aécio Neves), mas descobriu que o discurso do "tudo-Está errado" tem apoio de apenas 40% do eleitorado, insuficiente para ganhar a eleição. Para agravar, a popularidade de Lula está nas nuvens e a tendência da economia é de alta. Circunstâncias que dão chances reais em 2010 a um candidato com o apoio ostensivo do presidente. Aécio Neves avalia que o melhor que o PSDB pode fazer é "superar" Lula. "Nossa adversário em 2010 será o PT, não o Presidente. Temos de dialogar com os eleitores do Lula, dizer a eles que, sim, existem coisas boas neste governo e que muitas delas começaram lá atrás, com o FHC", diz Aécio. Aécio acredita que Lula não teria problemas em passar o governo a um tucano, desde que não fosse um inimigo

Jaime Campos será investigado pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) investigará o senador Jaime Campos (PFL- DEM-MT) por envolvimento em esquema fraudulento de venda de imóveis rurais em terras pertencentes à União, desmantelado pela Operação Lacraia, da Polícia Federal, na última sexta-feira. O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, autorizou o Ministério Público Federal no Estado a enviar ao Supremo –foro privilegiado para processar e julgar parlamentares –transcrições de interceptações telefônicas que deixariam o parlamentar em situação delicada.

Segundo o juiz, "efetivamente as transcrições das conversas telefônicas travadas entre as investigadas Lucélia e Lourdes são indícios de que o senador Jaime Campos teria patrocinado interesses da quadrilha sob investigação, notadamente da requerida Helena Jacarandá, junto ao Superior Tribunal de Justiça". Campos considera as denúncias "absurdas", já que, segundo ele, o único indício contra ele são as conversas entre as investigadas. Na Operação Lacraia, foram presas 30 pessoas. Entre elas, Helena da Costa Jacarandá, ex-tabeliã do cartório do 1º Ofício de Barra do Garças (MT), onde eram "legalizados" registros e títulos de propriedades, usados depois na obtenção de empréstimos e financiamentos.

Em crise, TSE julga dossiê

Este homem vai julgar Lula. Você confia nele?

Será em clima de conflagração o julgamento do processo no qual o presidente da República é réu, marcado para hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente da corte, ministro Marco Aurélio Mello, fez ontem uma forte reprimenda pública a Carlos Eduardo Caputo Bastos, também integrante do tribunal, por causa de declarações dadas na semana passada, num seminário no Rio. Além disso, o relator do processo, ministro César Asfor Rocha, anunciou que se afastará do TSE tão logo o caso seja apreciado pelo plenário.

O processo diz respeito ao episódio conhecido como “escândalo do dossiê”, ocorrido durante a campanha eleitoral do ano passado, vencida pelo Presidente Lula. O PSDB e o DEM (ex-PFL), derrotados no pleito, apresentaram representação ao TSE acusando o candidato Lula de ter cometido o crime de abuso de poder econômico. É esta representação que irá a julgamento. A pena prevista para a infração é a cassação do diploma do eleito e a decretação de sua inelegibilidade por três anos.

A querela entre Mello e Caputo brotou há 10 dias. Ao participar de um seminário sobre reforma política, no Rio de Janeiro, Caputo Bastos declarou que, no TSE, os políticos fingem prestar contas das campanhas e o tribunal finge aprová-las. Ontem, Marco Aurélio Mello contra-atacou, em declarações transmitidas pelas agências de notícias. “Se ele finge, está no local errado. Se ele finge, está claudicando na arte de proceder e esta não é a postura dos demais integrantes do tribunal”, atirou. Procurados, Mello e Caputo Bastos não responderam às ligações da reportagem.

No meio da tarde, com dois dos sete membros do Pleno do TSE duelando publicamente, Asfor Rocha anunciou sua saída da corte. Membro do TSE na cota do Superior Tribunal de Justiça, ele ocupa o cargo de corregedor eleitoral e relata o processo gerado com a representação da oposição. Passou os últimos meses estudando pormenores do assunto. Se, por algum motivo, o julgamento não acontecer hoje, outro relator será indicado e o assunto só voltará à pauta em alguns meses, até que o novo responsável se inteire dos fatos, das acusações e das versões da defesa.

Há, entre os advogados que freqüentam o tribunal eleitoral, quase certeza de que os magistrados jamais cassariam o mandato de um presidente eleito com mais de 50 milhões de votos, em eleição sem denúncias de fraude no processo de votação. Mas no dia do pleito, Marco Aurélio Mello disse que o TSE não hesitaria em tirar o mandato de quem quer que fosse, se o crime restasse atestado. “O fato consumado tem apelo relativo para a Justiça. O fato consumado não faz do branco, preto, ou do quadrado, redondo”, declarou, na ocasião

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Planalto enfrenta decisões em tribunais

Na quarta-feira, plenário STF decide sobre a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara. O governo enfrenta dois momentos importantes nesta semana. Amanhã, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga representação da coligação PSDB-PFL (atual DEM) contra o Presidente Lula e outros sobre suposto abuso de poder no episódio da tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos na última eleição.

Na quarta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decide sobre a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados, solicitada pela oposição, especialmente pelo PSDB e Democratas. Embora esperada, a decisão dos magistrados, se negativa, não deverá impedir que a oposição continue tentando instalar a CPI na Câmara e no Senado.

Dentre os principais eventos políticos previstos para a semana, um deles acontecerá amanhã no âmbito do Banco Central. Mario Gomes Torós, indicado para a diretoria do Banco Central, será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Também nesta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral julga ação movida pela oposição sobre o caso do dossiê. No episódio, durante a campanha eleitoral do ano passado, na suposta tentativa de compra de documentos que envolveriam tucanos com a chamada máfia dos "sanguessugas".

CPI do Apagão

Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal deve dar o parecer final sobre a instalação da CPI do Apagão Aéreo pela Câmara dos Deputados.

O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, realiza visita oficial ao Brasil entre quarta e sexta-feira. Faz parte da programação um encontro com o Presidente Lula.

Na quinta-feira, o presidente Lula faz visita de Estado ao Chile, onde encontra a presidente Michelle Bachelet. Visita também o escritório regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O Presidente Lula faz visita de trabalho à Argentina na sexta-feira, quando se reúne com o presidente do país vizinho , Néstor Kirchner, para tratar de temas bilaterais.

Na semana

A Câmara dos Deputados tem cinco medidas provisórias trancando a pauta, entre elas a que reajusta a tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas. Há ainda um projeto de lei com urgência constitucional que institui normas para licitações e contratos (inclui pregões eletrônicos) e que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Senado Federal tem uma medida provisória trancando a pauta, referente a crédito suplementar de R$ 1,457 bilhão para vários ministérios ampliarem o limite orçamentário de gastos previstos anteriormente.

domingo, 22 de abril de 2007

Cale-se!

O juiz Sérgio Jorge Domingos, da 22ª Vara Cível de Curitiba, concedeu liminar nesta sexta-feira (20/4) proibindo a circulação da revista IstoÉ. O pedido para impedir a circulação da semanal foi feito pelo ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi — hoje deputado federal pelo DEM e secretário de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal.O pedido, contudo, foi atendido com certo atraso. Parte das revistas já pode ser encontrada em bancas em São Paulo e já foi despachada para os assinantes. A capa de IstoÉ traz uma longa entrevista com a empresária Silvia Pfeiffer, na qual ela descreve um esquema complexo de corrupção na Infraero.

Na chamada de capa, a revista anuncia que a empresária “descreve em entrevista como os diretores da Infraero agiam para desviar dinheiro” e traz “os nomes, as cifras e os recibos de depósitos que mostram o esquema”.Na entrevista, a empresária cita o nome de diretores da empresa que controla os aeroportos no país, de políticos e pessoas próximas ao poder: entre eles, Duda Mendonça e Cássio Taniguchi, que obteve a liminar. Silvia Pfeiffer está sendo conhecida na redação jornalistica como a secretária Karina2 ...Leia a entrevista de IstoÉ aqui

Muitas interrogações

O que de fato o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, foi conversar com o Presidente Lula? O fim da reeleição, como dizem, seria muito pouco. Jereissati tem sido um dos mais ácidos críticos do lulismo, e de repente sai da reunião falando em amadurecimento político. Seguia comportadamente a cartilha de Fernando Henrique Cardoso, para quem o papel do PSDB é fazer oposição ao governo Lula, sem nenhuma aproximação ou qualquer gesto de boa vontade. A mudança foi bem rápida. A quantas pessoas o encontro desagradou? Do lado dos tucanos, ao próprio FHC. E de quebra ao DEM, isto é, aos integrantes dessa esdrúxula sigla que substitui o PFL, um fiel aliado do PSDB. O que não é pouco. E da banda do governo, também há muita gente que não suporta a tucanada. Será que o Presidente Lula tem tanto poder de sedução? Afinal ele já recebeu o senador ACM e o governador José Serra, o que é uma proeza. Mas há indícios de que trataram de coisas muito mais sérias. É verdade que a Tasso Jereissati interessa debater projetos da SUDENE, por exemplo, e outros assuntos relativos ao Nordeste. E quem sabe não há alguma coisa de natureza pessoal por parte do senador do Ceará? Tudo é possível. Lula falou bem de Mário Covas, de FHC, e coisa e tal. De fato há muitas interrogações.

Visita

Pelos corredores do Palácio do Planalto comenta-se que a visita do presidente nacional do PSDB Tasso Jereissati ao Presidente Lula foi para tratar dos reflexos que as investigações da Operação Furacão devem causar no Congresso Nacional.

Insônia

Muitos parlamentares eleitos no ano passado estão com dificuldade de dormir desde o primeiro dia da Operação Furacão da Polícia Federal. Já o Presidente Lula está preocupado que o escândalo atinja o Congresso Nacional e este fique paralisado sem votar os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outros.

Bingo

O PSDB e o PFL, atual DEM, no inicio de 2004 comemoraram a derrubada da Medida Provisória (MP) que acabava com os bingos e máquinas caça-níqueis no País, enviada ao Congresso pelo Presidente Lula. A MP foi uma resposta ao escândalo envolvendo o assessor do ex-ministro José Dirceu (PT) Waldomiro Diniz.O PSDB e o DEM vão continuar defendendo o funcionamento dos bingos e caça-níqueis?

No ano de 2006 Alckmin defendeu a legalização dos bingos. Por quê? Com que interesses?

A quem interessa a manutenção dos caça-níqueis? O ex-governador de São Paulo e então candidato a presidente, Geraldo Alckmin (PSDB), vetou o projeto – já aprovado pela Assembléia Legislativa– que proibia as máquinas de caça-níqueis em bares e restaurantes de todo o Estado(aqui). O veto parecereu estranho, já que tal medida iria bater de frente com o crime organizado. Afinal, não é novidade para ninguém que a contravenção é responsável por essas maquininhas que aliciam jovens para o mundo da criminalidade Alckmin, ao vetar o projeto, perdeu uma grande chance de dar um basta a essa porta de entrada no mundo do crime. Preferiu satisfazer aos lobbies de todos os interessados em explorar economicamente essas maquininhas. E esqueceu de que, do outro lado, existe uma população ávida em ver a proibição das máquinas de caça-níqueis, conforme pesquisa da época (aqui). Quanto Alckmin recebeu dos "bingueiros" na sua campanha eleitoral?

Literatura

Livro 1

O livro "Cabeças de Planilhas" do jornalista Luis Nassif, que traz denúncias de irregularidades ocorridas durante a implantação do Plano Real tem sido ignorado pela maioria da grande imprensa brasileira. No livro, Nassif explica tim-tim por tim-tim a sobrevalorização do Real e seus beneficiários.

Livro 2

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi entrevistado pelo jornalista sobre a valorização do real e afirmou que não soube nada e nem sequer chegou a ser consultado pelos economistas responsáveis pela implantação do plano econômico. Para quem se intitulou o criador do Plano Real é uma desculpa esfarrapada.

Roda Viva

O programa Roda Viva, da TV Cultura, apresentado por Paulo Markun, futuro presidente da emissora, entrevista na próxima segunda-feira (23/04), a partir 22h40, ao vivo, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins. O programa vai abordar o conceito de comunicação que o jornalista Franklin Martins pretende imprimir, a difícil relação entre o Presidente Lula e a mídia e os critérios para publicidade e seleção das agências, além da criação de uma TV Pública pelo governo federal

Governo lança bolsas para doutores recém-formados

Dentro de 50 dias, vai começar um esforço do Brasil para acabar com o movimento que se tornou conhecido, nos últimos anos, como "fuga de cérebros".O Brasil quase perdeu o cientista José Antônio Silva. Ele recebeu uma oferta de emprego na Alemanha com salário equivalente a R$ 14 mil por mês. Mas ficou aqui com uma bolsa de R$ 3 mil até encontrar vaga em uma universidade particular. Hoje, coordena pesquisas de tratamento de câncer. Bom para ele, bom para o Brasil.

O Brasil forma 10 mil doutores por ano. Muitos não conseguem colocação em instituições públicas ou particulares. O risco é de eles abandonarem a pesquisa ou se fixarem no exterior. E é para mantê-los no Brasil, como pesquisadores, que o Ministério da Educação lançou um novo plano de bolsas para doutores recém-formados. Prioridades: pesquisas para a indústria de ponta; inovação tecnológica e formação de professores. Os bolsistas vão receber R$ 3,3 mil por mês e mais R$ 12 mil por ano de ajuda de custo.As inscrições para as primeiras bolsas começarão em junho.

sábado, 21 de abril de 2007

A velha história: A Polícia prende e a Justiça solta!

O oficial de Justiça do Supremo Tribunal Federal foi à superintendência da Polícia Federal em Brasília na tarde deste sábado para determinar que sejam libertados os magistrados presos na Operação Furacão.O STF mandou que José Eduardo Carreira Alvim (Desembargador Federal), José Ricardo Siqueira Regueira (Desembargador), João Sérgio Leal Pereira (Procurador da República) e Ernesto da Luz Pinto Dória (Juiz TRT-SP) sejam soltos, mas, o pedido deve ser negado para Dória, que foi preso por porte ilegal de arma.

Divórcio entre DEM e PSDB

O presidente de honra dos Democratas, ex-senador Jorge Bornhausen (SC), considerou inoportuna a visita que o presidente do PSDB,Tasso Jereissati (CE), fez ao presidente Lula na quinta-feira. Livre para criticar e preocupado com o racha na oposição, Bornhausen tornou-se uma espécie de porta-voz oficioso do processo de divórcio que envolve tucanos e democratas. Os demais dirigentes do partido evitaram criticar o tucano. Não por concordarem com a sua visita a Lula, mas por entenderem que um atrito entre os representantes da oposição só interessa ao governo. O presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), acredita que o fato de o PSDB ter seis governadores foi determinante para Tasso aceitar o convite. Ambos se aliam a Bornhausen ao assegurar que não têm motivos para repetir o procedimento de Tasso.

Máfia do jogo em São Paulo

"Bingão da Justiça" foi o apelido que delegados da Polícia Federal deram a um esquema de pagamento de mesada a juízes que distribuíam liminares permitindo o funcionamento de casas de bingo. Mas desta vez a PF não pode realizar as prisões espetaculares que caracterizam várias de suas operações: a Justiça não autorizou a prisão temporária de juízes, desembargadores e procuradores.

A polícia e o Ministério Público Federal afirmam que existem provas suficientes para prender os suspeitos, mas nenhum dos 43 pedidos de prisão temporária foi aceito. "Ninguém segura essa. Prendeu dois, já deu esse bochicho todo. Imagina se prende mais três desembargadores, dois juízes federais, procurador da Fazenda Nacional? E policiais civis, militaresm, quase 20 advogados...", disse um policial que fez parte da operação.

A suspeita do envolvimento dessas pessoas com negócios ilegais deu nome à operação: "Têmis", a deusa grega da justiça. Juízes e desembargadores podem ter participado de um grande esquema de sonegação de impostos e venda de sentenças.

O dono de uma empresa simulava a operação de uma segunda companhia; a empresa fantasma emitia notas fiscais frias e recebia em troca créditos tributários da União. O dinheiro ia parar na conta da empresa de verdade através de leilões de compra, tudo de forma ilegal. Quando, por algum motivo, o esquema era investigado, contava com as vistas grossas de um juiz.

Mas foi um outro esquema que surpreendeu a polícia e o Ministério Público: juizes e desembargadores também são suspeitos de vender sentenças e liminares que garantiam o funcionamento de bingos em São Paulo; em troca, recebiam pagamentos mensais, que os investigadores batizaram de "bingão". “Havia bingos que pagavam de uma vez só R$ 100 mil a R$ 150 mil reais. E havia bingos que pagavam de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês”, afirmou o delegado Luiz Roberto Godoy.

A investigação começou há oito meses. Quatrocentos policiais foram convocados, metade deles de fora de São Paulo. Mesmo assim, o plano vazou. “Um funcionário da companhia telefônica envolvida na investigação – porque havia uma determinação judicial para que se fizesse o monitoramento – propiciou o vazamento através de um policial civil. A partir dele, chegou ao conhecimento dos próprios investigados. Então, o prejuízo é grande”, disse Geraldo José de Araújo, superintendente da Polícia Federal em São Paulo. Sem o sigilo, os investigadores esperam encontrar provas do esquema no material apreendido. Tudo vai passar por uma longa perícia.

Operação Furacão
Os 25 acusados de envolvimento com a máfia dos bingos no Rio de Janeiro podem ter a prisão preventiva decretada. A Polícia Federal segue agora o rastro do dinheiro. A PF concentrou as investigações na movimentação financeira da quadrilha dos caça-níqueis e espera receber, na próxima semana, relatórios dos serviços de inteligência do Uruguai, de Portugal e de outros países onde foram feitos depósitos por integrantes do esquema.

A pedido do governo brasileiro, as autoridades portuguesas já bloquearam quatro contas de uma empresa na Ilha da Madeira: ao todo, US$ 1,15 milhão em nome de uma empresa ligada ao esquema. O Coaf, conselho que controla atividades financeiras, também pediu bloqueio de contas no Panamá, em Hong Kong e nos Estados Unidos. Além disso, o Supremo Tribunal Federal mandou bloquear 40 contas de empresas e pessoas no Brasil depois que dois envolvidos tentaram sacar R$ 4 milhões. Na próxima segunda-feira, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Raphael de Barros, vai analisar o pedido de licença médica apresentado pelo ministro Paulo Medina. Ele pediu afastamento até 18 de maio.

Paulo Medina é suspeito de vender decisões judiciais, beneficiando donos de caça-níqueis. “O ministro está a tal ponto abalado que ele acaba de decidir por sair de licença médica disse seu advogado. O procurador-geral Antonio Fernando Souza pediu ao STF a prisão de 25 acusados; STJ vai decidir se abre uma investigação sobre Medina.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Justiça afasta prefeito tucano e bloqueia bens dos Vedoin

A 2ª Vara da Comarca de Januária, no norte de Minas, determinou hoje o afastamento do prefeito João Ferreira Lima (PSDB) e o bloqueio de bens de outras pessoas, entre elas os empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci José Vedoin, donos das empresas Planam Comércio e Representação e Frontal Ind. E Com. De Móveis Hospitalares. A informação foi dada pelo Ministério Público Estadual (MPE), autor da ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o atual prefeito, dois ex-prefeitos, um procurador jurídico e os empresários acusados de chefiar o esquema de venda superfaturada de ambulâncias, no escândalo batizado de "máfia das sanguessugas".

Escutas ligam senador do DEM-MT a bando de grileiros

Conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça apontam o envolvimento do senador Jaime Campos (DEM-MT) no envolvimento da quadrilha presa hoje acusada de grilagem de terras e corrupção. Duas das envolvidas presas, Lucélia Barros Lopes Parreira e Maria de Lourdes Dias Guimarães, citam o nome do senador em diálogos interceptados pela PF.

Segundo a gravação, Jaime Campos estaria exercendo tráfico de influência para atender interesses da quadrilha. Ele é citado como "o político forte que teria conseguido "restabelecer" a investigada Helena Jacarandá à frente do Cartório de Registro de Imóveis de Barra do Garças, considerada a sede da quadrilha.

No diálogo, colhido pela Polícia Federal, que compromete o parlamentar, Lourdes Guimarães responde para Lucélia Parreira. "Qual será o político forte que...(conversa é interrompida)?", pergunta Lucélia. Em seguida, Lourdes responde: "Ahn?". "O Jaime Campos, que ele é senador. Ele é senador agora, né? Aí, ele que conseguiu", conclui Lucélia.O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal, que decretou 33 prisões, encaminhou a cópia da transcrição e o áudio ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque Campos tem foro privilegiado
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Operação Temis em São Paulo

A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira, em São Paulo, a Operação Themis, nos mesmos moldes da Operação Furacão. A intenção é cumprir pelo menos 100 mandados de busca e apreensão de documentos que compravariam venda de sentenças no Estado. Pelo menos três desembargadores e dois juízes federais da 3ª Região (área que inclui SP) estão sob suspeita. Também há suspeitas de envolvimento com o jogo ilegal.

Foram feitos pedidos de prisão de magistrados, procurador da Fazenda Nacional, policiais civis e militares e de cerca de 20 advogados, mas os pedidos foram negados pelo ministro Felix Fischer, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).Nesta manhã,foram apreendidos documentos e computadores no Tribunal Regional Federal, na avenida Paulista. Os agentes estão recolhendo material nos gabinetes de magistrados.

Há buscas também na Procuradoria da Fazenda Nacional em São Paulo,na avenida Prestes Maia, região central da cidade. O alvo,segundo agentes da PF, seria um funcionário do alto escalão,cujo nome não foi revelado.Por volta das 13h, um malote com documentos chegou à sede da PF. Foram apreendidas também duas motos uma Harley Davidson e uma Falcon -, três carros e computadores

PF diz que "bingão da Justiça" pagava R$ 30 mil por mês a magistrados -Temis aqui

Sete políticos do Rio receberam doação de bicheiros

Sete candidatos do Rio que concorriam a vagas na Assembléia e na Câmara Federal teriam recebido doações de campanha ilegais, oriundas da contravenção. De acordo com documentos obtidos pela Operação Furacão da Polícia Federal, os candidatos envolvidos, eleitos para a Assembléia, seriam Marcus Abrahão (PSL), Domingos Brazão (PMDB), Álvaro Lins (PMDB) e João Pedro Figueira (DEM). Os políticos não eleitos, citados pela PF, são: Iranildo Campos, Alice Tamborindeguy e Pastor Paulo de Tarso.

O nome da inspetora da Polícia Civil, licenciada, Marina Maggessi (PPS), também é citado em conversas telefônicas. O policial civil Fernando, conhecido como "Salsicha", aparece em várias gravações pedindo ajuda para a campanha da candidata. A inspetora convocou ontem uma coletiva de imprensa para negar as acusações. A deputada confirmou que é amiga do policial Helinho, suspeito de participar do esquema de caça-níqueis que teria financiado a campanha do ex-chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins.

Relatório reservado do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informa que 17 dos 25 presos pela Polícia Federal na Operação Hurricane, desencadeada sexta-feira passada, fazem parte de um grupo que movimentou, aproximadamente, R$230 milhões em condições atípicas nos últimos seis anos. O documento sobre as transações foi encaminhado pelo Coaf ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, entre outras instituições, que tratam de investigações financeiras. O cerco às contas de integrantes da organização conseguiu impedir saques

Mamata na Câmara Federal: mais uma, é claro

"A Câmara oferece há pelo menos 15 anos uma espécie de "plano de saúde" gratuito para os jornalistas credenciados a fazer a cobertura noticiosa da Casa. Eles têm à disposição cerca de 20 das principais especialidades médicas, além de exames clínicos, benesse que é estendida aos seus dependentes e a pais e mães, caso eles não tenham "economia própria".?Só em 2006, jornalistas ou seus familiares usufruíram de 1.874 consultas ambulatoriais, uma média de sete por dia útil. Levando-se em conta que dificilmente uma consulta particular em Brasília sai por menos de R$ 100, a conta ficou em ao menos R$ 187 mil no ano passado.?Em dezembro, havia 476 jornalistas, repórteres-fotográficos, cinegrafistas e auxiliares de órgãos de comunicação privados e públicos credenciados pela Câmara para fazer a cobertura jornalística da Casa."

Porque os "jornalistas" nunca falaram disso?

Lula deu um nó nos tucanos

As xícaras de café que traziam estampado o Brasão da República e o garçom vestindo um summer alvinegro não lembravam em nada o último e mais longo encontro entre o ex-operário Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Tasso Jereissati, há 13 anos. Em 1994, Lula imaginava que poderia ser candidato a presidente tendo Tasso como vice e, assim, levariam ao mesmo tempo o PT e o PSDB, juntos, ao Palácio do Planalto. Os dois costumavam se reunir no escritório que Lula mantinha no bairro do Ipiranga, em São Paulo, e estavam acostumados a dividir pratos de salada verde com macarrão e almôndegas na Cantina do Mário, restaurante limitado mas correto que ficava nas cercanias do Instituto da Cidadania. Ontem, o Presidente Lula recebeu o senador Jereissati, presidente da maior legenda de oposição a seu governo, para a mais delicada das conversas políticas a que se impôs.

O senador disse também que o Presidente Lula pediu ajuda para aprovar a prorrogação da DRU, a Desvinculação das Receitas da União, e também da CPMF – o que seria fundamental para a governabilidade do país. O presidente do PSDB teria respondido que a oposição não vai apoiar o governo nesse caso, a menos que se faça um toma lá dá cá: A alíquota da CPMF seja reduzida e os recursos, compartilhados com estados e municípios. Tasso Jereissatti e o Presidente falaram sobre a importância da reforma política, e Lula reconheceu o direito da oposição de defender a CPI do Apagão Aéreo. Depois do encontro, o presidente do PSDB disse que Lula prometeu atender algumas reivindicações, como a instalação de uma siderúrgica no Ceará.

Mas o presidente Lula e o líder da oposição concordaram em pelo menos um ponto: vão voltar a conversar quando necessário. “Evidentemente, se em alguns pleitos que nós estamos colocando existe possibilidade de serem revertidos pelo diálogo, é sempre construtivo para o país. Aquilo em que nós não nos entendermos, nós vamos colocar como sempre nos colocamos, contra”, disse Tasso Jereissati. À saída do Planalto, às 21h25, o tucano revelava-se ameno: “Foi uma conversa institucional, foi muito boa”, elogiou. Segundo Tasso, ele e Lula não falaram nem de CPI do Apagão Aéreo nem de fim da reeleição. “Quando eu ia saindo, da porta, ele disse que não temia a CPI”, contou o senador.

Soa estranho para os leigos em política, mas ao receber Tasso com tanta cordialidade em seu gabinete de trabalho o presidente Lula fortaleceu as posições estratégicas do senador cearense dentro do próprio PSDB, legenda que preside. A retórica belicosa adotada por Tasso em 2005 e 2006, durante o longo inverno das CPIs e da campanha de reeleição, parecia ter inviabilizado qualquer possibilidade de entendimento entre os dois. Como não há vácuo em política e a atividade é arte de fabricar consensos, os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) tomaram a dianteira entre os tucanos na hora de estabelecer entendimentos pontuais com o governo federal a fim de “discutir o Brasil”. Restaurando a amizade com Lula, como fez ontem, Tasso também está novamente restaurando como interlocutor formal do PSDB para este debate. Tudo como nos velhos tempos em que a dupla dividia cervejas e refrigerantes dietéticos nos copos americanos da Cantina do Mário.

Inclusão digital: mais uma goleada do governo Lula

Uma redução de impostos e o dólar barato levaram o consumidor brasileiro à euforia que já passou há alguns anos por outros países, e ajudou a aumentar a produtividade em vários setores da economia. É a febre da compra do notebook - computador portátil, que antes era até um símbolo de status e de ostentação. Hoje, já pode ser comprado por menos de R$ 2 mil, algo inimaginável há um ano.Só no ano passado, as vendas de notebook no Brasil cresceram 100% - e devem repetir o número este ano, segundo projeção dos fabricantes de produtos eletrônicos. A queda do preço é o principal motivo para essa explosão de vendas. “O notebook mais barato que você encontrava há dois anos no varejo custava em torno de R$ 3.700. Hoje você consegue encontrar por um preço abaixo de R$ 2 mil”, afirma Ivair Rodriguesm da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.

A queda do dólar barateou o produto, já que quase todos os componentes são importados. Outro motivo foram os benefícios fiscais que o governo Lula deu para o setor: a isenção de PIS/Cofins diminuiu em 9,25% o preço final.

A inovação tecnológica também ajudou a reduzir o custo. Uma indústria de Curitiba registrou um aumento surpreendente na produção de notebooks: 908% a mais no ano passado do que em 2005. "A gente ficou bastante entusiasmado com o mercado crescente, que antes era incipiente. Todo o mercado vai se beneficiar desse novo boom que está acontecendo no Brasil", diz o presidente da empresa, Hélio Rotenberg.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Até tú excelência?

O juiz trabalhista Ernesto Dória tornou-se peça-chave e um desafio para as investigações da Polícia Federal. Preso pela PF na operação Furacão, Dória é descrito no inquérito, em determinado trecho, como contumaz no "uso do nome de autoridades do Poder Judiciário para obter vantagem indevida". Em um dos diálogos, de janeiro deste ano, no qual Dória fala com uma pessoa identificada pela PF como Paulo Salles, o juiz afirma que "ganhou" para um "conhecido dele", ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, uma causa de R$ 4 bilhões envolvendo o banco Bradesco. Segundo a PF, Dória diz que ele e mais quatro juízes receberiam de 2% a 3% dos R$ 4 bilhões.

O ministro Marco Aurélio Mello afirmou que a história é "absurda, caluniosa, uma injúria, uma difamação": "Nunca vi história mais absurda, mais estapafúrdia". Marco Aurélio disse que conhece Dória, mas que não mantém contato com ele. Hummmm! Para quem não sabe, Marco Aurélio é aquele que na época da eleição em 2006, disse que havia grampo em seu gabinete. Disse também que havia recebido ameaças de morte por e-mail. Lembram?

PSDB cuidando de gente

Escolas, creches e albergues de moradores de rua da capital paulista receberam da Prefeitura, entre dezembro e fevereiro, nove toneladas de arroz infestados por carunchos, um inseto que infesta farelos, farinhas e rações. O problema atingiu unidades de diferentes regiões da cidade e o arroz faz parte de um lote de 600 toneladas comprado no fim do ano passado.

O arroz seria usado na merenda escolar em escolas da rede municipal e em creches conveniadas. Também seria usado nas refeições dos abrigos parceiros que atendem idosos e moradores de rua. A creche Santo Dias, localizada no Parque São Rafael, na zona leste, foi uma das que receberam arroz infestado de insetos. A entidade é administrada pela Associação Comunitária e Beneficente Padre José Augusto Machado e desde 2002 recebe recursos da Prefeitura para atender 60 crianças com idades entre 2 a 4 anos.

A creche diz ter recebido no dia 28 de fevereiro 12 pacotes de cinco quilos do alimento com caruncho. A entidade informa ter enviado um ofício para reclamar do problema, mas até a tarde desta segunda-feira não havia recebido uma resposta. Para não tirar o arroz do cardápio da merenda servida aos alunos nos últimos dias, a CEI Santos Dias afirma ter comprado em supermercados quatro pacotes do produto com recursos próprios.

Reeleição: Lula é contra

Por meio do porta-voz Marcelo Baumbach, o Presidente Lula disse hoje que não vai priorizar o debate da proposta de fim da reeleição para cargos do Executivo. “O Presidente Lula historicamente tem se posicionado contra a reeleição e a favor do mandato de cinco anos”, disse Baumbach. “O Presidente não está preocupado com a reeleição.”

Baumbach ressaltou que o governo não vai tomar medidas a respeito da proposta, levantada pelo deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), um aliado do governador de São Paulo, José Serra. “Cabem aos políticos e ao Congresso deliberarem sobre o fim da reeleição”, afirmou o porta-voz. José Serra esteve à tarde com Lula no Planalto.

Presidente chama Mangabeira Unger

O professor de Direito da Universidade de Harvard, Mangabeira Unger, reúne-se hoje com o Presidente Lula para formalizar a aceitação do convite para assumir a Secretaria de Ações Especiais de Longo Prazo. Ainda não está definido qual será o formato da nova secretaria, mas há propostas para que ela reúna o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) - que já foi comandado pelo ex-ministro Luiz Gushiken - e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente no organograma do Planejamento. A Presidência não confirma ainda a transferência do Ipea.

Mangabeira Unger foi coordenador da campanha de Ciro Gomes à Presidência em 2002 e crítico do governo Lula. É o segundo político ligado a Ciro a ir para o Palácio do Planalto, o primeiro foi o ministro da Articulação Política, Walfrido dos Mares Guia (PTB). Os mais próximos a Lula dizem que o presidente também aprecia os textos e a conversa de Mangabeira. Ele funcionaria para o governo Lula, segundo informou um ministro, como Hélio Jaguaribe funcionou para o governo Fernando Henrique Cardoso. "Ninguém tem tempo para realizar estudos que projetem os problemas e as soluções para o futuro, os próximos 20, 30 anos, e a tarefa de Mangabeira Unger seria esta".

Só dois?

Setor de inteligência que atuou no caso Hurricane aponta contribuições para campanhas de políticos. Objetivo de contraventores é montar base no Congresso favorável ao jogo no país;escutas comprometem pelo menos 2 deputados federais.O inquérito sigiloso da Operação Hurricane (furacão) sustenta que há "indícios e provas" da existência de "pagamento rotineiro" de propinas a integrantes do Parlamento, que atuariam em um lobby para liberar a exploração do jogo no país. As informações constam em documento da Polícia Federal que solicitou a prisão dos 25 investigados pela operação. O grupo teria contribuído para a campanha eleitoral de alguns candidatos, bem como demonstrou que alguns integrantes mantêm contato direto com integrantes do Parlamento federal.

Na escuta da Polícia Federal consta os nomes dos deputados federais Marina Maggessi (PPS-RJ) e Simão Sessim (PP-RJ). Baseada em escutas telefônicas, a PF suspeita que Maggessi recebeu em 2006 doação de campanha por meio de caixa dois do bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães. Já Sessim, sempre de acordo com a PF, foi procurado pelo bicheiro Aniz Abrahão David, que é seu primo, com o objetivo de que o parlamentar trabalhasse na aprovação de um projeto pró-bingos.

A ONGs dos tucanos tem alunos fantasma

Da Folha de São Paulo para assinante, com texto reproduzido no blog Consciência Política- A Prefeitura de São Paulo pagou em 2006 R$ 6,4 milhões a ONGs contratadas para oferecer capacitação profissional a 6.600 jovens carentes, mas os cursos atenderam apenas 4.654 alunos. O valor pago a mais pelos ""fantasmas" chega a R$ 2 milhões, ou 29,5% do contrato.O desperdício de verba pública ocorreu no maior projeto de treinamento lançado pelo ex-prefeito e hoje governador, José Serra (PSDB), em 2005, o Capacita Sampa, criado para treinar e inserir jovens no mercado de trabalho. Parte do programa ocorreu na gestão Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL).A Secretaria do Trabalho, responsável pelo programa, só reconheceu que o número de alunos foi menor do que o estabelecido nos contratos... Será que vai ter a CPI da ONG em São Paulo?

Serra retoma o projeto de privatização da Cesp

O processo de privatização da geradora Cia. Energética de São Paulo (Cesp) voltou à pauta do governo do Estado de São Paulo, agora sob a gestão de José Serra. Pessoas dentro e fora do governo já trabalham para que a privatização, eventualmente, aconteça. Na próxima semana, uma série de reuniões marcadas pelo governo podem definir o cenário. Se levado a cabo, seria um negócio de alguns bilhões de reais. A participação detida pelo governo na empresa é de R$ 3,4 bilhões - sendo que R$ 2,5 bilhões estão diretamente nas mãos da Secretaria da Fazenda, segundo cálculos do Valor Data. Ontem, a Cesp tinha uma capitalização de mercado de R$ 8,4 bilhões.

Nas últimas semanas, teve início uma movimentação em torno de preparativos para levar a distribuidora à venda. Os mesmos assessores financeiros que trabalharam na venda da transmissora Cteep para a colombiana ISA no ano passado e que fizeram a reestruturação financeira da própria Cesp começaram a estudar qual seria o melhor formato para a privatização. São eles os bancos de investimento UBS e Morgan Stanley. Nesse contexto, potenciais interessados, entre empresas e fundos, foram procurados por eles para medir o apetite dos investidores.

No passado recente, companhias como Energias do Brasil, controlada pela portuguesa EDP, e Tractebel, do grupo franco-belga Suez, já declararam o interesse na empresa. Um decreto estadual publicado ontem no Diário Oficial também dá pistas da intenção do governo de vender a empresa. Foi transferido da Secretária de Planejamento para a da Fazenda a atribuição de coordenar a avaliação, modelagem e execução da venda de ativos do Estado. A mudança gerou a interpretação de que Serra estaria disposto a fazer caixa a partir da venda de empresas. A Secretaria de Saneamento e Energia afirmou que não falaria sobre o assunto.

Com capacidade de 7,5 mil megawatts (MW), distribuídos em seis hidrelétricas, a Cesp é a segunda maior estatal de geração do país (atrás da Eletrobrás). Ainda sob o governo de Geraldo Alckmin, a empresa passou por uma ampla reestruturação financeira com o objetivo de prepará-la para a venda. Após uma capitalização de R$ 5,5 bilhões, que incluiu emissão de ações, injeção de recursos pelo governo (obtidos com a venda da Cteep) e venda de debêntures, a companhia conseguiu reduzir sua dívida e adequá-la ao fluxo de caixa.

Nas últimas semanas, tem havido intensa especulação no mercado financeiro acerca da eventual privatização. "Muitos fundos estão colocando ações da Cesp em suas carteiras apostando nisso", disse o gestor de um grande fundo de pensão. A privatização da geradora poderia se dar de duas formas. A primeira e mais óbvia seria levá-la a leilão para venda para um comprador estratégico. Com a ebulição do mercado de ações, entretanto, também se considera a possibilidade de venda pulverizada de ações.

Nessa segunda hipótese, entretanto, seria necessária uma consulta à Aneel, a agência reguladora do setor elétrico, por se tratar de uma concessionária. No caso da tentativa de pulverização do controle da Telemar, a Anatel (agência de telecomunicações) chegou a dar o seu aval para a operação. No caso da venda pulverizada, dado o tamanho da empresa, talvez fosse necessário realizar a venda em mais de uma oferta. No passado, chegou-se a cogitar a venda da Cesp em fatias. Mas esse modelo foi abandonado porque não haveria como repartir a dívida e também concluiu-se que haveria perda de valor da empresa.

A decisão de venda da Cesp é considerada eminentemente política, na visão de analistas, uma vez que a companhia já foi saneada. Muitos avaliam que, dado às aspirações políticas do governador Serra, que poderia voltar a concorrer à presidência em 2010, essa não seria uma decisão fácil. Uma das causas apontadas para que Geraldo Alckmin perdesse a corrida presidencial em 2006 foi a imagem de era a favor de privatizações. Para pessoas que acompanham a discussão da venda da Cesp, no entanto, Serra estaria com uma visão mais pragmática. "Ele sabe que precisa fazer caixa para realizar seu plano de governo", diz uma dessas pessoas.

A venda da Cesp é considerada menos polêmica do que uma eventual privatização da Sabesp, por exemplo. Isso porque a Cesp já integra o PED há mais de uma década e teve vários de seus ativos vendidos antes. O controle da CPFL foi vendido em 1997, o da Elektro em 1998 e o da Comgás em 1999. Também em 1999 foram vendidas a Companhia de Geração de Energia Elétrica Tietê e a Paranapanema.

A pesada dívida da Cesp remanescente sempre foi um obstáculo à privatização. Agora, ele foi removido. Em junho de 2006, a estatal devia R$ 10,6 bilhões. Já em 30 de setembro do ano passado, o endividamento líquido diminuiu para R$ 7,4 bilhões. Com a reestruturação dos débitos, o desembolso para 2007 caiu de R$ 2,6 bilhões para R$ 1,5 bilhão. E o de 2009 foi de R$ 1,2 bilhão para R$ 750 milhões.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O choro dos inconformados

A oposição e a imprensa atacaram Lula e seu governo em todas as áreas, mas não conseguiu impedir a reeleição do Presidente. Com o apagão aéreo, imaginava que poderia atingir Lula. As pesquisas recentes não mostraram isso. O desconsolo dos oposicionistas é geral.

Mais índices

A oposição diz: "Estamos aniquilados". Talvez seja mesmo difícil fazer oposição no cenário atual. Os índices econômicos mostram a Bolsa de Valores batendo recordes diários, a queda do risco-país, a queda do dólar e aumento dos salários. E mais: empregos crescendo, embora aquém da expectativa, dificultam a vida dos adversários.

Perigo

Com a popularidade em alta o Presidente Lula corre sério riscos. Um deles é o erro por falta de oposição, dizem os oposicionistas . O outro é a adesão maciça de oposicionistas ao governo. As raposas felpudas do tucanato têm dito na imprensa que estão impotentes para reagir à aceitação do Lula na Presidência da República.

Recordando o ano de 2001: CPI da Corrupção é palanque eleitoral, diz FHC

Brasilia. 09/05/2001 - 18h23 : O presidente Fernando Henrique Cardoso, classificou hoje a CPI da Corrupção como um "palanque eleitoral, que só traria prejuízos ao país''.

Por meio do porta-voz da presidência, ministro Georges Lamazière, FHC disse que determinou hoje aos ministros que participaram da reunião no Palácio da Alvorada, que expliquem a sociedade as "fortes razões'' que tem o governo para considerar que a CPI seria prejudicial ao país.

"O governo está empenhado na luta contínua contra a corrupção e está avançando como nunca nesta história, em termos de transparência de processos e investigações, mas a proposta de CPI não é para isso'', disse FHC, por meio de seu porta-voz, explicando que a CPI seria utilizada para fins eleitorais. (Folha de S. Paulo)

Risível

Depois de um mês de proibir o grito dos feirantes em feiras livres paulistanas, o prefeito Gilberto Kassab (DEM- ex-PFL), vem a público esclarecer que a proibição era somente para alto-falantes e similares. Levou 30 dias para resolver a polêmica debatida diariamente na mídia com uma explicação sem pé nem cabeça evidenciando uma mentira de última hora para calar as críticas.

Exemplo dos ricos

Nada aterrorizou tanto o mundo como a morte de estudantes e professores na Universidade Tech, de Blaksburg, na Virginia. É uma escola superior que reúne gente do mundo inteiro. Trinta e dois estudantes e professores foram mortos a tiros, e o destruidor terminou por se suicidar. Existe no Brasil a triste preocupação com balas perdidas. Elas partem das favelas, que vivem sob a tutela do tráfico, jogo do bicho e outras contravenções. São pessoas que movimentam dinheiro e exploram a pobreza dos morros. Sofridas e sem escolaridade, as crianças se acostumaram à convivência com o crime. Hoje, com mais policiamento, elas avisam aos infratores sobre a presença dos homens da lei. Ora soltam pipas fazendo lanceios, ora atiram fogos de estampido como informação aos contraventores. Difícil criar ilação entre os dois fatos. O ocorrido nos Estados Unidos teve repercussão internacional. Trata-se de país rico, e o crime ocorreu exatamente no local onde a cultura é disseminada entre a população estudantil. No caso das nossas favelas, o contraventor usa o dinheiro fácil para dominar as populações. Como há deficiência de cultura, usam o dinheiro para impor vontades nem sempre condizentes com a honorabilidade da vida. Nós também temos casos tristes.

Democratas na internet

A renovação prometida no PFL, que incluiu a mudança do nome do partido para Democratas, DEM, dá mais um passo. Agora, a legenda é a segunda a ter um diretório virtual no jogo Second Life(O primeiro é o PSDB) - programa que oferece online a oportunidade de criar uma outra vida, mais ou menos interessante do que a primeira.

O partido justifica a criação do diretório virtual com uma frase patriótica: "Quer saber porquê (sic) os Democratas estão no Second Life? Porque nós estamos em todos os lugares onde há um brasileiro". A casa onde o Democratas criou seu diretório é um moderno prédio de dois andares na Ilha Jardins SP.

Há duas semanas, o site do Democratas conclamava os visitantes a impedirem o avanço do "populismo na América Latina". O chamado é ilustrado por uma animação pouco democrática. Hugo Chávez, Lula e Evo Morales passam diante do internauta como patos em um estande de tiro e são, um a um, abatidos por uma arma imaginária. Os destaques do endereço, hoje, são um link para uma "Homenagem a Jorge Bornhausen e a outros grandes Democratas" com a música, Coração de estudante, de Wagener Tiso e Milton Nascimento e o artigo "Ficção x Realidade", assinado por Eduardo Sciarra, deputado federal do partido pelo Paraná.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Da série “Coisas que o ócio impõe”


Na falta do que fazer, e por isso auto-investido nas funções de defensor ardoroso dos valores da família, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) saiu-se com essa pérola: “Hoje em dia, todo mundo casa, descasa, não casa. Todo mundo tem filho aqui, tem filho ali…” Está na revista Época desta semana.

Pelo menos disso o tucano entende. É dele o filho da jornalista Míriam Dutra, designada pela Rede Globo para a Espanha. O nome do menino é Tomás Dutra Schmidt. É exatamente isso: “Todo mundo tem filho aqui, tem filho ali…” FHC, inclusive.

Quem fala o que quer…

Diogo Mainardi (argh!) foi condenado hoje a pagar 30 mil reais pela Justiça do Rio de Janeiro ao hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, Franklin Martins, em processo por danos morais.

O articulista de “Veja” (argh! argh!) falou o que quis do Franklin. Entre outras coisas, acusou o ex-comentarista de política da Globo de ter beneficiado parentes na contratação pelo serviço público e de ter participado da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa - isso sem maiores preocupações de comprovar as acusações. Era a palavra dele contra a do Franklin.

Os representantes da “mídia conservadora (e golpista)”,precisam se emendar.Veja, Folha, Estadão e Globo, nem tocaram no assunto.

Outro que está pedindo um processo, por calúnia, difamação e injúria é o Claudio Diogo Humberto Mainardi

O que o Cláudio Humberto bate no governo Lula não tá escrito em nenhum blog.

Baixaria no congresso: PSDB acusa senadores do DEM de 'roubar' CPI

Até parece coisa de criança, mas é a mais pura verdade. O PSDB diz aos DEMOS: Isso era meu, você pegou, ahhh eu vou contar para minha mãe que você roubou !. Hummm! Roubou é? Quando eles falam de roubo, Sabem para quem estão falando, e sabem sobretudo de que estão falando. Disso eles entendem muito bem...Deputados tucanos dizem que idéia da CPI foi deles e pedem que bancada no Senado não apóie comissão.

A CPI do Apagão Aéreo pôs o PSDB e o DEM em pé de guerra. Enquanto os integrantes do DEM defendem a criação de uma comissão de inquérito sobre o assunto no Senado, os tucanos os acusam de tentar “roubar” a CPI, que nasceu por iniciativa do PSDB na Câmara.

A divisão da oposição é mais evidente na Câmara e ontem cresceu depois que o líder do governo, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), convidou líderes de DEM e PSDB para jantar. Em um primeiro momento, o líder tucano, Antonio Carlos Pannunzio (SP), confirmou presença; depois, desistiu de ir. “O jantar deu oportunidade para que fossem lançadas maldades contra o PSDB” disse ele. As maldades a que se refere o tucano é que “Estavam dizendo que o partido estaria acertando mais recursos para seus governadores no PAC em troca da CPI.”

O líder da minoria, Júlio Redecker (PSDB-RS), também desistiu do jantar, mas o DEM pretendia comparecer. “Não temos motivos para não ir. Todos sabem que não vamos negociar CPI.Há! Há! Há! “Temos uma posição firme e a obrigação da oposição é conversar com o governo”, disse o José Carlos Aleluia (BA), que iria ao jantar junto com Ronaldo Caiado (GO).“Vejo muito interesse do DEM de tomar a CPI para eles”, acusou Pannunzio. “Essa CPI nasceu do esforço e compreensão da bancada do PSDB na Câmara”, afirmou.

O senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, espera reunir mais seis assinaturas e apresentar o requerimento à Mesa amanhã. “A CPI no Senado tem mais força, mas não vou estabelecer um cabo-de-guerra”.

Agora...O leitor quer saber a verdade? . O presidente Lula antecipou a CPI do Apagão Aéreo, por ordem do Presidente Lula, a Polícia Federal entrou nas investigações sobre os possíveis desvios da Infraero. Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontaram dezenas de irregularidades. Quatro funcionários da estatal já foram afastados. O Serviço de inteligência da Polícia Federal vai analisar contratos da estatal que administra aeroportos do país..e já apareceu o primeiro nome:O ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi, do DEM.

Elogios a generais e torturadores...

Dois dos mais célebres torturadores que reinaram nos porões da ditadura militar (1964-85) — Sérgio Paranhos Fleury e Octávio Gonçalves Moreira Júnior — receberam tratamento de herói no livro secreto do Exército. Ambos são chamados de “doutores”.

Ao referir-se a Fleury, delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, o livro afirma que ele era um “incansável lutador contra o terrorismo no Brasil”.

Na década de 1960, ele se destacou como um dos líderes do Esquadrão da Morte no estado. Por sua capacidade de investigação e aplicação de métodos brutais de tortura, que incluíam pau-de-arara, choques e afogamento, Fleury foi requisitado para trabalhar no Destacamento de Operações de Informações (DOI), órgão criado no governo do general Emílio Garrastazu Médici cuja missão era investigar e aniquilar os grupos de oposição ao regime, sobretudo aqueles envolvidos com a luta armada. Durante mais de uma década, o delegado se tornou um dos símbolos da repressão, sendo protegido pelo serviço secreto da Marinha, o Cenimar.

Colega de Fleury no Dops e um torturador temido nos porões da repressão, o delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior, conhecido como Otavinho, foi tratado como mártir no livro secreto do Exército. Numa tarde de fevereiro de 1973, quando voltava da praia, no Rio, Otavinho foi fuzilado por guerrilheiros da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), Aliança Libertadora Nacional (ALN) e Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

Depois de descrever o episódio, o livro secreto se derrama em elogios ao delegado. “Na luta contra a subversão comunista, Otavinho havia demonstrado sua inabalável profissão de fé no regime de liberdade. Além disso, pela sua educação e afabilidade, (…) era muito estimado nos órgãos de segurança, constituindo-se, por tudo isso, num alvo compensador para o terror.”

Ditadores
O livro também não poupa elogios aos generais Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Pela dureza no combate aos opositores do regime militar, o período em que ambos estiveram à frente da Presidência da Republica (1967-74) é conhecido como “os anos de chumbo”.

A posse de Costa e Silva é descrita no livro do Exército como um “reencontro (do país) com a ordem constitucional e o estado de direito”. Com seu “tom franco”, sua “mensagem de renovação” e a “clareza com que encarnava a realidade vivida pelo país”, o general “abriu esperanças” no Brasil, afirma a obra. “Iniciava-se a volta à normalidade”, diz o livro.

Um mês depois de empossado, Costa e Silva criou o Centro de Informações do Exército, o serviço secreto da Força. Na ditadura, o CIE se destacou como vanguarda da repressão. Em 1986, um ano depois do término do regime militar, o órgão foi incumbido pelo então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, de tocar o Projeto Orvil (orvil é a palavra livro ao contrário), que produziu o Livro negro do terrorismo no Brasil.

Ao narrar os seqüestros de diplomatas estrangeiros na década de 1970 e a decisão do governo Médici de aceitar trocá-los por presos políticos, conforme exigiam os seqüestradores, o livro afirma que a postura do general representa o “respeito aos direitos humanos sem aspas”, que “se ajustava aos sentimentos humanitários da população”.

Especialista em questões militares, o cientista político Jorge Zaverucha, da Universidade Federal de Pernambuco, contesta a afirmação. “O livro não traz evidências sobre esta afirmação (‘respeito aos direitos humanos, sem aspas’). O que havia eram violações aos direitos humanos.”

... e pau na Igreja

Do início ao fim do livro secreto do Exército, está presente o rancor da linha-dura da Força com a Igreja, que durante a ditadura (1964-85) se colocou na linha de frente do combate à tortura, à eliminação de presos políticos e à falta de liberdades coletivas e individuais.

Já na introdução da obra, há uma menção indireta ao Brasil: nunca mais, livro lançado pela Arquidiocese de São Paulo, em maio de 1985, dois meses após o fim do regime militar, para denunciar tortura e morte de presos políticos. O Livro negro do terrorismo no Brasil foi de fato escrito como uma resposta ao Brasil: nunca mais.

“Violência, nunca mais”, brada o livro do Exército ao descrever o atentado terrorista desferido por guerrilheiros de esquerda no aeroporto do Recife, em 1966, que visava a morte do então presidente Arthur da Costa e Silva. O general saiu ileso do atentado, que acabou, no entanto, matando o jornalista Edson Regis de Carvalho e o vice-almirante Nelson Gomes Fernandes.

Ainda na introdução, o livro diz que as vítimas de ações de grupos armados de esquerda “não estão incluídas na categoria daquelas protegidas pelos ‘direitos humanos’ de certas sinecuras e nem partilham de uma ‘humanidade comum’ de certas igrejas”. Depois, conclui: “Nem parece que a imagem de Deus, estampada na pessoa humana, é sempre única”. A afirmação é uma menção velada a uma frase do então arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, escrita na abertura do Brasil: nunca mais (“A imagem de Deus, estampada na pessoa humana, é sempre única”).

A obra do serviço secreto do Exército faz um alerta: “Essa Igreja está sabidamente infiltrada (…) por agentes dessa mesma ideologia (comunista), como ficará documentado ao longo deste livro”. Um capítulo inteiro — “O projeto do clero dito progressista” — é dedicado a críticas à Igreja e a religiosos que se destacaram na oposição ao regime militar.

“Asneiras”
Os frades dominicanos de São Paulo são um alvo especial do livro, pelo apoio que deram ao ícone da guerrilha urbana no país, o guerrilheiro Carlos Marighella, da Aliança Libertadora Nacional (ALN). A ligação entre Marighella e os dominicanos foi desbaratada pela repressão em 1966. Numa ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, o guerrilheiro foi morto depois que vários dominicanos foram presos e torturados. Uma versão do episódio é narrada no livro Batismo de Sangue, de Frei Betto, que em breve chegará aos cinemas.

Citado no livro do Exército, o frei dominicano Osvaldo Resende Júnior rebate as críticas da obra. “Uma das missões da Igreja é defender a vida e a dignidade da pessoa humana, da qual eles (militares que escreveram o livro) fazem pouco caso. O que está ali é um amontoado de asneiras em relação à Igreja”, diz ele. “Esse grupo de oficias (que escreveu o livro), hoje aposentados, confunde o Brasil e o estado brasileiro com o grupo deles. É justamente contra isso que, durante a ditadura, se levantaram uma boa parte da opinião brasileira, da juventude e a Igreja. Com que direito os militares usaram as armas que lhe foram entregues para proteger a população para impedir essa mesma população de se manifestar? Nesse sentido, a Igreja fala muito mais em nome do Brasil que esses oficiais”, afirma frei Osvaldo.