O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inocentou o Presidente Lula da acusação de uso de dinheiro de caixa 2 na campanha eleitoral, no caso do dossiê Vedoin. Por unanimidade, os ministros do TSE rejeitaram representação que pedia a cassação do diploma de Lula por abuso de poder econômico e político, movida pela coligação que apoiou a candidatura à Presidência do tucano Geraldo Alckmin. Na representação, os aliados de Alckmin vinculavam a apreensão do dinheiro de um dossiê com a campanha de Lula e argumentavam que o episódio trouxe prejuízos a Alckmin.
Para o relator do processo, ministro César Asfor Rocha, a oposição fez apenas ilações a partir do suposto interesse que cada um teria com a divulgação do dossiê. Mas, segundo ele, não haveria provas de que os acusados teriam se beneficiado eleitoralmente dos fatos. Pelo contrário, enfatizou o ministro. "O segundo turno foi atribuído à eclosão deste acontecimento", ressaltou. Logo, o Presidente Lula, então candidato à reeleição, não teve, segundo o ministro, vantagens no episódio. Para o ministro Carlos Ayres Britto, o episódio funcionou como uma "contrapropaganda", prejudicando o presidente.
Carlos Ayres Britto disse ainda que o episódio custou caro a Lula e ao PT. Ocorrido em setembro, às vésperas do 1º turno, acabou levando o Presidente a cair nas pesquisas e, segundo admitiram os ministros do TSE, levou ao segundo turno. A pergunta "De onde veio o dinheiro?" foi utilizada pela campanha de Alckmin durante todo o segundo turno das eleições e o Presidente Lula se viu investigado neste período."O que nós temos são apenas alegações visando a efeitos eleitorais", disse o ministro José Delgado.
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