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domingo, 22 de abril de 2007

Muitas interrogações

O que de fato o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, foi conversar com o Presidente Lula? O fim da reeleição, como dizem, seria muito pouco. Jereissati tem sido um dos mais ácidos críticos do lulismo, e de repente sai da reunião falando em amadurecimento político. Seguia comportadamente a cartilha de Fernando Henrique Cardoso, para quem o papel do PSDB é fazer oposição ao governo Lula, sem nenhuma aproximação ou qualquer gesto de boa vontade. A mudança foi bem rápida. A quantas pessoas o encontro desagradou? Do lado dos tucanos, ao próprio FHC. E de quebra ao DEM, isto é, aos integrantes dessa esdrúxula sigla que substitui o PFL, um fiel aliado do PSDB. O que não é pouco. E da banda do governo, também há muita gente que não suporta a tucanada. Será que o Presidente Lula tem tanto poder de sedução? Afinal ele já recebeu o senador ACM e o governador José Serra, o que é uma proeza. Mas há indícios de que trataram de coisas muito mais sérias. É verdade que a Tasso Jereissati interessa debater projetos da SUDENE, por exemplo, e outros assuntos relativos ao Nordeste. E quem sabe não há alguma coisa de natureza pessoal por parte do senador do Ceará? Tudo é possível. Lula falou bem de Mário Covas, de FHC, e coisa e tal. De fato há muitas interrogações.

Visita

Pelos corredores do Palácio do Planalto comenta-se que a visita do presidente nacional do PSDB Tasso Jereissati ao Presidente Lula foi para tratar dos reflexos que as investigações da Operação Furacão devem causar no Congresso Nacional.

Insônia

Muitos parlamentares eleitos no ano passado estão com dificuldade de dormir desde o primeiro dia da Operação Furacão da Polícia Federal. Já o Presidente Lula está preocupado que o escândalo atinja o Congresso Nacional e este fique paralisado sem votar os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outros.

Bingo

O PSDB e o PFL, atual DEM, no inicio de 2004 comemoraram a derrubada da Medida Provisória (MP) que acabava com os bingos e máquinas caça-níqueis no País, enviada ao Congresso pelo Presidente Lula. A MP foi uma resposta ao escândalo envolvendo o assessor do ex-ministro José Dirceu (PT) Waldomiro Diniz.O PSDB e o DEM vão continuar defendendo o funcionamento dos bingos e caça-níqueis?

No ano de 2006 Alckmin defendeu a legalização dos bingos. Por quê? Com que interesses?

A quem interessa a manutenção dos caça-níqueis? O ex-governador de São Paulo e então candidato a presidente, Geraldo Alckmin (PSDB), vetou o projeto – já aprovado pela Assembléia Legislativa– que proibia as máquinas de caça-níqueis em bares e restaurantes de todo o Estado(aqui). O veto parecereu estranho, já que tal medida iria bater de frente com o crime organizado. Afinal, não é novidade para ninguém que a contravenção é responsável por essas maquininhas que aliciam jovens para o mundo da criminalidade Alckmin, ao vetar o projeto, perdeu uma grande chance de dar um basta a essa porta de entrada no mundo do crime. Preferiu satisfazer aos lobbies de todos os interessados em explorar economicamente essas maquininhas. E esqueceu de que, do outro lado, existe uma população ávida em ver a proibição das máquinas de caça-níqueis, conforme pesquisa da época (aqui). Quanto Alckmin recebeu dos "bingueiros" na sua campanha eleitoral?

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