Passados quatro meses de a CPI dos Sanguessugas acusar 72 deputados de envolvimento com as máfia das ambulâncias, o Conselho de Ética da Câmara começará a votar processos por quebra de decoro parlamentar. O primeiro da fila, relatado pela deputada Ann Pontes (PDMB-PA) e previsto para entrar na pauta do próximo dia 6, recomendará a absolvição de Celcita Pinheiro (PFL-MT). Além do caso da peefelista, estimam técnicos do conselho, somente mais cinco processos devem ser analisados até o fim da atual legislatura, em 1º de fevereiro, e outros cinco reabertos na próxima, referentes a deputados reeleitos. O restante, no total de 56, deverá ir para o arquivo — o que beneficiará os processados, que manterão os direitos políticos e possibilidade de disputar novas eleições em 2008 e 2010.
A CPI apontou Celcita Pinheiro como beneficiária de R$ 50 mil que foi repassados a ela por Luiz Antônio Trevisan Vedoin, em troca de emendas ao Orçamento que pudessem beneficiar a Planam, empresa da qual é sócio, no fornecimento de ambulâncias superfaturadas para prefeituras. Segundo o empresário, o acordo entre eles foi fechado em 2002, quando Celcita concorria a uma vaga na Câmara dos Deputados. Os recursos, acusou o dono da Planam, foram transferidos a título de adiantamento para que Celcita, se eleita, fizesse a compensação com as emendas.
Ann Pontes, relatora do processo e colega da Celcita Pinheiro do Mato Grosso, concluiu que não há comprovação do pagamento de propina. No relatório, em que pedirá a absolvição da deputada do Mato Grosso, ela argumentará que os dois cheques recebidos na Planam, no valor de R$ 25 mil cada, que teriam sido repassados por Luiz Antônio não tinham fundos, como o próprio empresário declarou posteriormente ao Conselho de Ética, recuando da primeira acusação feita à Justiça Federal. A relatora analisou o sigilo bancário de Celcita e chegou à conclusão de que não houve qualquer pagamento por parte da família Vedoin ao longo do mandato da parlamentar. “Não ficou comprovada ajuda nem antes nem depois do mandato”, disse Ann Pontes a assessores. Procurada pelo Correio, a relatora não quis comentar o teor do parecer. Mas para a CPI, Celcita quebrou o decoro parlamentar ao receber os cheques.
Deputados sanguessugas que serão inocentados:
Os 72 parlamentares acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias desviaram dos cofres públicos mais de R$ 100 milhões. O campeão é o deputado Lino Rossi (PP-MT) que recebeu R$ 3,04 milhões do esquema. O deputado é apontado pelo sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin como um dos que ajudavam a quadrilha a cooptar colegas. Em comum, os deputados e senadores beneficiados pelo esquema têm o fato de receberem dinheiro na própria conta ou na de assessores. O fato permitiu aos chefes do esquema, os donos da Planam --Luiz Antonio e Darci Vedoin-- documentarem o escândalo.
Foi a partir dessas provas que a CPI chegou hoje aos nomes de 72 envolvidos. Todos deveriam perder os mandatos acusados de quebra de decoro parlamentar. Mas ficou decidido que todos vão ser inocentados. A seguir o que pesa contra cada uma dos denunciados.
Adelor Vieira (PMDB-SC) - O deputado recebeu R$ 40 mil da Planam por ter apresentado uma emenda no valor de R$ 560 mil para a compra de ambulância. Também ajudou a direcionar a licitação para beneficiar a Planam. Do valor que recebeu, R$ 26 mil foi na própria conta.
Agnaldo Muniz (PP-RO) - O deputado recebeu R$ 12 mil de uma empresa laranja da Planam por ter apresentado emenda para a compra de ambulância. O valor corresponde a 10% da emenda apresentada e liberada.
Alceste Almeida (PTB-RR) - Teria recebeu R$ 65 mil do esquema da Planam por ter apresentado e liberado emendas para ambulâncias. A maior parte do dinheiro - R$ 48 mil - foi entregue no gabinete da deputada em espécie.
Almeida de Jesus (PL-CE) - A deputada recebeu R$ 20 mil da Planam. O dinheiro foi depositado em conta de assessores indicado a Luiz Antonio Trevisan Vedoin pela própria deputada.
Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ) - A deputada apresentou seis emendas parlamentares para a compra de ambulâncias em acordo com a Planam. Não há o valor de quanto ela recebeu, embora o relatório indique que a propina era de 10% sobre cada emendas.
Almir Moura (PFL-RJ) - O deputado recebeu R$ 80 mil em dinheiro vivo do esquema por ter apresentado e liberado emenda para ambulância. O dinheiro foi entregue ao chefe de gabinete do parlamentar. Outros R$ 20 mil foram adiantados ao deputado por ele ter apresentado uma emenda.
Amauri Gasques (PL-SP) - O deputado recebeu R$ 46 mil do esquema. O valor foi depositado em contas da esposa e de assessores do parlamentar e parte entregue em dinheiro vivo.
Benedito Dias (PP-AP) - O deputado recebeu R$ 44 mil do esquema. Todo o valor foi depositado na conta do deputado. A CPI identificou que todas as emendas do deputado foram liberadas para empresas da quadrilha.
Benjamin Maranhão (PMDB-PB) - O deputado recebeu R$ 40 mil do esquema. A CPI identificou que o próprio parlamentar teria feito contato com os prefeitos para acertar os detalhes das licitações direcionadas. O dinheiro da propina foi repassado em espécie e depositado na conta do parlamentar.
Cabo Júlio (PMDB-MG) - O deputado recebeu R$ 331.736,00 da quadrilha. A CPI identificou depósitos na conta do próprio parlamentar. O deputado também recebeu um presente de aniversário da quadrilha no valor de R$ 2 mil.
Carlos Dunga (PTB-PB) - O deputado recebeu R$ 23.500,00 da quadrilha referente a apresentação de emendas que não teriam sido liberadas 'por falta de empenho do parlamentar', conforme disse o sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin.
Carlos Nader (PL-RJ) - O deputado recebeu R$ 93 mil do esquema.A maior parte do dinheiro foi entregue ao deputado em espécie no gabinete dele na Câmara.
Celcita Pinheiro (PFL-MT) - A deputada recebeu R$ 50 mil do esquema. O pagamento foi feito por cheque. O dinheiro foi repassado como ajuda financeira para a campanha da deputada com o compromisso de que se fosse eleita apresentaria emendas que beneficiariam a quadrilha. A promessa foi paga em 2004.
César Bandeira (PFL-MA) - O deputado recebeu R$ 20 mil do esquema pela apresentação de emenda para ambulância. O assessor do deputado procurou a prefeitura de Lago da Pedra para acertar detalhes do direcionamento da licitação. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor do deputado.
Cleonâncio Fonseca (PP-SE) - O deputado recebeu R$ 24 mil do esquema. Foi o parlamentar quem tratou com a prefeitura para direcionar a licitação beneficiando a quadrilha.
Cleuber Carneiro (PFL-MG) - O deputado recebeu R$ 56.400,00 do esquema por emendas apresentadas. O deputado também ajudou os prefeitos a fraudar as licitações para beneficiar a quadrilha. Parte do dinheiro foi depositado na conta do próprio deputado, mas ele também recebeu em espécie R$ 42 mil.
Coriolano Sales (PFL-BA) - O deputado recebeu R$ 172.438,00 do esquema. A maior parte do valor, R$ 120 mil, não foi repassado em dinheiro. O deputado recebeu uma 'máquina de jornal' que, segundo a CPI, está em poder do parlamentar.
Coronel Alves (PL-AP) - O deputado recebeu R$ 25 mil do esquema em dinheiro. O deputado também recebeu um ônibus da Planam que estaria registrado no nome dele.
Edir de Oliveira (PTB-RS) - O deputado recebeu R$ 30 mil do esquema. O deputado entrou em contato com prefeitos para acertar detalhes do direcionamento das emendas.
Edna Macedo (PTB-SP) - A deputada recebeu R$ 60 mil do esquema. A maior parte do dinheiro - R$ 50 mil - foi em espécie; o restante depositado na conta do filho da deputada.
Eduardo Seabra (PTB-AP) - O deputado recebeu R$ 44 mil do esquema por empresas apresentadas e liberadas. Os contatos eram feitos com um assessor do deputado.
Elaine Costa (PTB-RJ) - A deputada recebeu R$ 440.212,00 do esquema por emendas apresentadas e liberadas. O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin denunciou que vendeu um veículo para a APAE de São Gonçalo, reduto eleitoral da deputada, entre 2005 e 2006, com recursos de emenda da deputada, mas a a entidade não recebeu o veículo.
Enivaldo Ribeiro (PP-PB) - O deputado recebeu R$ 48 mil do esquema por emendas apresentadas e liberadas. R$ 20 mil foram depositados na própria conta do deputado; o restante na de um assessor.
Érico Ribeiro (PP-RS) - O deputado recebeu R$ 10 mil do esquema. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor. O deputado recebeu o dinheiro de antecipação, mas a emenda dele não chegou a ser liberada. O deputado não devolveu o valor para a quadrilha.
Nilton Capixaba (PTB-RO) - O deputado recebeu do esquema mais de R$ 1 milhão. O relatório parcial da CPI apresenta duas tabelas de valores que teriam sido repassados para o deputado. A primeira soma R$ 646.600,00 e a segunda, R$ 413.827,50. A CPI identificou depósito na conta do deputado, de assessores e familiares.
João Caldas (PL-AL) - O deputado recebeu R$ 70 da Planam pela apresentação e liberação de emendas para o grupo. João Caldas também se reuniu com prefeitos para tratar do direcionamento das licitações para beneficiar a Planam. Os valores foram repassados em cheque entregues ao próprio deputado.
Lino Rossi (PP-MT) - O deputado recebeu R$ 3,04 milhões do esquema da Planam. Rossi é apontado como quem ajudava a Planam a cooptar parlamentares para entrar no esquema. O dinheiro foi depositado em contas bancárias. Nos anos de 2000 a 2003 todas as emendas individuais do deputado foram destinadas à compra de ambulâncias.
Fernando Gonçalves (PTB-RJ) - O deputado recebeu R$ 411.500,00 do esquema. A maior parte do dinheiro foi entregue ao deputado no gabinete dele em Brasília. Fernando Gonçalves é suplente do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado pelo seu envolvimento com o escândalo do mensalão. O deputado Fernando Gonçalves ajudou as prefeituras no direcionamento das licitações.
Heleno Silva (PL-SE) - O deputado recebeu R$ 50 mil do esquema. O dinheiro foi entregue em várias parcelas no gabinete do parlamentar. Há recibos da Planam comprovando o recebimento. Luiz Antonio Trevisan Vedoin contou no depoimento à Justiça de Mato Grosso que o valor pago foi de adiantamento por emendas que seriam apresentadas, mas não chegaram a ser liberadas. Vedoin disse que o deputado fugia dele no Congresso por causa da promessa não cumprida.
Ildeo Araújo (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 19.200,00 do esquema. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor do parlamentar. Luiz Antonio Vedoin disse no depoimento à Justiça que como foi eleito por apenas 200 votos, no rastro do deputado Enéas Carneiro (PRONA-SP), Ildeo disse a ele que não tinha compromisso com o mandato e 'literalmente vendeu a emenda'. Em 2005, o deputado pediu R$ 50 mil antecipado, mas não recebeu.
Professor Irapuan Teixeira (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 111.500,00 do esquema. Parte do valor foi entregue pessoalmente ao parlamentar. R$ 80 mil teriam sido transferidos para a conta dele. O próprio deputado fez contato com a instituição para a qual destinou emenda para direcionar a licitação para a Planam.
Íris Simões (PTB-PR) - O deputado recebeu R$ 251.490,00 do esquema. A maior parte do dinheiro foi depositada na conta de uma assessora do deputado. O sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin disse que do valor repassado, de R$ 80 mil a R$ 90 mil foram de adiantamento de emendas que acabaram não sendo liberadas.
Isaías Silvestre (PSB-MG) - O deputado recebeu R$ 82 mil do esquema. O dinheiro foi repassado em espécie.
João Batista (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 22 mil do esquema. O dinheiro foi repassado para contas do deputado ou da esposa dele.
João Correia (PMDB-AC) - O deputado recebeu R$ 12 mil do esquema por ter apresentado emenda para a compra de ambulância. O valor da propina seria de R$ 24 mil, mas somente metade foi repassado porque o esquema foi descoberto.
João Grandão (PT-MS) - O deputado recebeu R$ 25 mil do esquema. O petista também teria atuado para que as prefeituras indicadas para o recebimento das emendas fraudassem as licitações para contemplar o esquema da Planam.
João Magalhães (PMDB-MG) - O deputado recebeu R$ 42 mil em espécie, de propina, num hotel em Brasília do grupo Planam.
João Mendes de Jesus (PSB-RJ) - O deputado recebeu R$ 157 mil do esquema. O deputado teria recebido propina não só por emendas para ambulâncias, mas também por ter destinado recursos para a compra de ônibus do programa de Inclusão Digital, do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Jonival Lucas (PTB-BA) - O deputado recebeu R$ 7.300,00 do esquema. O valor é referente a 10% da emenda apresentada pelo parlamentar para a compra de ambulância. O próprio deputado entrou em contato com o prefeito para acertar detalhes da licitação beneficiando a Planam.
Jorge Pinheiro (PL-DF) - O deputado recebeu R$ 75 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil foram depositados na conta de um assessor e o restante pagos em espécie ao próprio deputado.
José Divino (PMR-RJ) - O deputado recebeu R$ 60 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil foram entregues ao próprio deputado no gabinete em Brasília. O restante foi depositado na conta pessoal do deputado.
José Militão (PTB-MG) - O deputado recebeu R$ 10 mil. O dinheiro foi depositado na conta de assessores. No depoimento à Justiça, Luiz Antonio Vedoin disse que o valor era destinado ao parlamentar.
Júnior Betão (PL-AC) - O deputado recebeu R$ 170 mil do esquema. O petista queria receber R$ 230 mil, mas não conseguiu um acordo com os donos da Planam. O dinheiro foi entregue em espécie para o sogro do deputado, num hotel de Brasília.
Laura Carneira (PFL-RJ) - O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin disse no depoimento à Justiça de Cuiabá que não efetivou pagamento de qualquer comissão à parlamentar. A pefelista foi incluída na lista porque assessores e prefeitos ligados a ela foram flagrados em conversa telefônica dizendo que R$ 80 mil deveriam ser repassados à 'mulher'. Especula-se que a 'mulher' seria Laura Carneiro.
Marcelino Fraga (PMDB-ES) - O deputado recebeu R$ 32.600,00 de propina da Planam por apresentar emendas para ambulâncias e ônibus do programa de Inclusão Digital. Um assessor do deputado também teria recebido outros R$ 10 mil. O relatório não esclarece se esse valor também foi repassado ao peemedebista.
Marcondes Gadelha (PSB-PB) - O deputado recebeu R$ 15 mil pela apresentação de emendas para ambulâncias. O prefeito aliado de Gadelha recebeu R$ 14 mil de propina. O valor destinado ao deputado pode ter sido maior, pois o relatório cita pagamento a um assessor de Gadelha, mas não indica o valor.
Marcos Abramo (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 54 mil do esquema. O dinheiro foi repassado em espécie para o parlamentar num flat em Brasília. Segundo Luiz Antonio Vedoin há testemunhas. O próprio deputado fez o contato com entidades e o prefeito de Poá para direcionar a licitação das emendas.
Marcos de Jesus (PFL-PE) - O deputado recebeu R$ 24 mil do esquema. O pagamento foi efetuado em duas parcelas: R$ 12 mil em cheque e o restante em espécie. O valor foi entregue ao deputado no gabinete dele em Brasília.
Neuton Lima (PTB-SP) - O deputado recebeu R$ 152 mil do esquema. A maior parte dos recursos foram transferidos para contas do deputado ou pessoas próximas. O deputado também recebeu um microônibus no valor de R$ 67 mil.
Ney Suassuna (PMDB-PB) - O senador recebeu R$ 222,5 mil do esquema. O dinheiro foi entregue em espécie para assessores do senador e também via transferência bancária. Luiz Vedoin disse que nunca conversou pessoalmente com o senador.
Osmânio Pereira (PTB-MG) - O deputado recebeu entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, em espécie, mas Luiz Antônio Vedoin, que tratava das emendas diretamente com o deputado, não soube precisar a quantia. O valor foi de adiantamento por uma emenda apresentada, mas que não chegou a ser liberada.
Pastor Amarildo (PSC-TO) - O deputado recebeu R$ 90 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil é referente ao valor de um micro-ônibus que foi repassado ao deputado. Outros R$ 50 mil foram pagos a uma mulher que não foi identificada pelo dono da Planam. Luiz Vedoin disse apenas que foi o deputado quem mandou fazer o depósito na conta dela.
Paulo Baltazar (PSB-RJ) - O deputado recebeu do esquema R$ 63.500,00. O valor foi depositado na conta de assessores do deputado.
Pedro Henry (PP-MT) - O deputado recebeu do esquema R$ 140 mil. O dinheiro foi repassado por cheque na conta de assessores do parlamentar. O deputado também ganhou uma caminhonete Blazer DLX, no valor de R$ 48 mil.
Raimundo Santos (PL-PA) - O deputado recebeu R$ 47 mil do esquema. O dinheiro foi repassado na conta de um assessor que trabalha no gabinete do deputado em Brasília. Os assessores do parlamentar também teriam entrado em contato com prefeitos para tratar das licitações que eram fraudadas para beneficiar a Planam.
Reginaldo Germano (PP-BA) - O deputado recebeu R$ 129 mil do esquema. Do total, R$ 50 mil foram repassados em dinheiro vivo para o parlamentar; o restante foi depositado na conta pessoal e de assessores do deputado.
Reinaldo Betão (PL-RJ) - O deputado recebeu um carro do esquema no valor de R$ 40 mil. A quadrilha repassou para Betão um Fiat Fiorino O KM. O carro já estaria no nome do deputado.
Reinaldo Gripp (PL-RJ) - O deputado recebeu R$197 mil do esquema. O deputado chegou a receber um cheque no valor de R$ 100 mil, mas o valor foi resgatado porque a emenda não chegou a ser liberada.
Ricarte de Freitas (PTB-MT) - O deputado recebeu R$ 953.456,60. O valor foi repassado em várias parcelas em contas bancárias de assessores. O dinheiro foi usado para pagamento de factoring, compra de passagens aéreas e compra de veículo.
Josué Bengston (PTB-PA) - O deputado recebeu R$ 93.992 mil do esquema. O valor foi repassado em várias parcelas por meio de depósito em contas. O relatório não indica se o deputado recebeu o valor na própria conta ou na de assessores.
Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) - O genro da senadora recebeu R$ 35 mil do esquema. A CPI considerou que o dinheiro foi para a senadora. A conversa entre o genro e a família Vedoin era que ela necessitava do recurso para pagar dívida de campanha. A senadora em troca do dinheiro apresentou uma emenda de R$ 700 mil para ambulância. As emendas foram liberadas.
Vanderlei Assis (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 60.000,00 do esquema. Um assessor do deputado também foi beneficiado com R$ 2.500,00. O dinheiro para o parlamentar foi repassado por meio da conta corrente de assessores e também em pessoalmente.
Vieira Reis (PSB-RJ) - O deputado recebeu R$ 66.500,00 mil do esquema. O valor foi depositado em contas via transferência bancária. Não está especificado se na conta do próprio parlamentar ou na de assessores.
Bispo Wanderval Santos (PL-SP) - O deputado recebeu R$ 50 mil do esquema como parte do pagamento de uma BMW. Ele também recebeu em espécie mais R$ 19.272,96 em dinheiro vivo no gabinete.
Wellington Fagundes (PL-MT) - O deputado recebeu R$ 100 mil em espécie do esquema. Segundo os donos da Planam o dinheiro foi repassado em várias parcelas.
Wellington Roberto (PL-PB) - O deputado recebeu R$ 9.500,00 em dinheiro repassado a um assessor. O pagamento foi feito no gabinete do deputado
Robério Nunes (PFL-BA) - O deputado recebeu R$ 10 mil na conta de uma pessoa indicada pelo parlamentar. Outros R$ 15 mil foram pagos diretamente ao parlamentar em dinheiro vivo.
Ricardo Rique (PL-PB) - O deputado recebeu R$ 34 mil, parte em espécie e a outra em depósito nas contas de assessores.
Maurício Rabelo (PL-TO) - O deputado recebeu R$ 100 mil do esquema. Todo dinheiro - pago em parcelas - foi repassado em espécie para o parlamentar. A Planam tem recibos dos pagamentos.
Senador Magno Malta (PL-ES) - O senador recebeu do esquema um carro Fiat Ducat no valor de R$ 50 mil. O pagamento foi referente a uma emenda apresentada pelo senador para a compra de ambulância. A emenda, no entanto, não foi aprovada, mas o senador ficou com o carro.
Paulo Gouvêa (PL-RS) - O deputado recebeu R$ 30 mil do esquema. O valor foi depositado na conta de um assessor do deputado Valdeci Paiva e repassado para Paulo Gouvêa. O deputado também atuava cooptando outros parlamentares para o esquema.
Paulo Feijó (PSDB-RJ) - O deputado recebeu R$ 182.840,00. O dinheiro foi depositado em contas de assessores e familiares. O deputado também recebeu em espécie no gabinete em Brasília.
Helena