Depois de resistir por algumas semanas, Lula se dobrou ontem às pressões políticas dos próprios aliados no Congresso e decidiu corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), fez um acordo com a equipe econômica para reajustar a tabela em 3% a partir de janeiro do ano que vem e outros 3% em 2008, totalizando uma correção de 6,09% . O entendimento foi confirmado por uma qualificada fonte da Receita Federal — o órgão arrecadador de impostos no país era contrário à medida, mas perdeu a disputa. A correção será incluída no pacote de medidas que o governo está preparando para fazer a economia crescer 5% a partir do ano que vem.
A faixa de isenção do IRPF passará dos atuais R$ 1.257,12 de renda mensal para R$ 1.294,84. Quem tiver rendimentos abaixo desse piso não recolherá mais imposto na fonte. Hoje, a alíquota de 15% atinge a faixa de renda entre R$ 1.257,13 e 2.512,08. Na nova sistemática, passará a incidir no intervalo que vai de R$ 1.294,84 a R$ 2.587,46. A taxação maior, de 27,5%,que hoje pega quem ganha mais de R$ 2.512,09, vai valer a partir de R$ 2.587,46. O desconto por dependente sobe de R$ 126,36 para R$ 130,15. Segundo a fonte da Receita, o governo vai deixar de arrecadar cerca de R$ 840 milhões com a concessão do benefício no ano que vem. Ainda não se sabe se essa renúncia fiscal já fazia parte o número divulgado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimou em R$ 12 bilhões a queda de arrecadação com as medidas de incentivo à economia.
MÍNIMO SERÁ DE R$ 375
O salário mínimo será reajustado em 7,14% em 2007, passando dos atuais R$ 350 para R$ 375, segundo informou o relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O aumento é superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo INPC, e é fruto de um acordo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega e Raupp. Segundo o relator, Mantega autorizou a manutenção dos R$ 375 no projeto de Orçamento, em substituição aos R$ 367 defendidos pela equipe econômica, depois da revisão nas projeções de inflação e do PIB para este ano. “Resolvemos manter porque já tínhamos anunciado para a sociedade”, afirmou Raupp. Segundo ele, o impacto nas contas da Previdência será de R$ 1,5 bilhões.
Helena
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