Depois que Banco do Brasil e Caixa Econômica passaram a estimular o esporte e a cultura, o Brasil vai aparecendo aos poucos lá fora. Estamos deixando de ser noticiário policial. Aparecemos no esporte e na cultura. Outro dia o Voley do Brasil ganhou de um país importante por três sets a zero. O locutor foi crítico. Preferiu o comentário acre ao elogio ao trabalho dos jogadores. O que acontece com o vôlei é coisa bela. Não se vê a bola. É tal a velocidade que só na repetição é possível saber o que aconteceu. É a tecnologia, a modernidade, pilotando o que outrora era esporte para desenvolver músculos. Hoje, a força é criada para vencer a partida. Há coisas inacreditáveis na quadra. Se o técnico morde os dedos, os jogadores põem a cintura acima da rede, e o que chamávamos de corte, é uma martelada. Ontem vencemos pelos mesmos 3 x 0 e ninguém reclamou. Do outro lado estava a Itália com a disposição esmagadora com que um país rico vê e sente o outro, que vive dificuldades. No esporte é diferente. Competimos em igualdade. Hoje o Brasil superou Bulgária e briga e está na semifinais. Esses jogos têm sido bons principalmente para que o povo esqueça as agruras políticas. Assim podemos entender que há coisas boas dentro do nosso povo.
Helena
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