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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Lula vai vetar supersálario do judiciário


O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que o governo poderá vetar emendas ao projeto que aumenta o salário dos servidores do Judiciário. Segundo o ministro, ainda não foi feito o cálculo sobre o impacto dessas emendas, mas disse que uma delas, a que estende gratificação a todos os servidores do Poder Judiciário gera um acréscimo de R$ 300 milhões nas despesas públicas.O reajuste, segundo Paulo Bernardo, pode ter um impacto nas despesas de R$ 5,1 bilhões até 2008. O ministro disse que a extensão da gratificação a todos os servidores do Judiciário poderá ser considerada inconstitucional, embora ainda esteja sendo avaliada pelo governo.

A repercussão negativa das propostas de aumentar os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e criar um jetom para os integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fez com que os dois projetos saíssem da pauta de votação da Câmara nesta semana. O do STF prevê um aumento dos atuais R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil. E o do CNJ proporcionaria aos 14 membros do conselho um aumento de R$ 23,2 mil para R$ 28,8 mil, por conta da incorporação de gratificações aos salários. Já Ellen Gracie, presidente do CNJ e do STF, passaria a ganhar R$ 30,3 mil.

Helena

Telefonia


DF já limita cobrança

Pelo menos uma das novas regras que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende implantar em breve para proteger o consumidor contra cobranças abusivas já está em vigor no Distrito Federal desde 2004. Uma lei de autoria do deputado distrital Chico Leite (PT) impede que as empresas telefônicas cobrem ligações realizadas há mais de 90 dias pelo usuário.Como a lei está em vigor, o consumidor que se sentir lesado com faturas assim pode recorrer na Justiça para não pagar. A Anatel quer impor o limite de 90 dias para cobrança em todo o território nacional.

Helena

Casal trambiqueiro

Família ladrãozinho
A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, e o marido dela, o presidente do PMDB fluminense e ex-governador, Anthony Garotinho, foram acusados novamente de abuso de poder político. De acordo com representação do Ministério Público Federal ao Tribunal Regional Eleitoral, foram autorizadas obras de pavimentação de ruas em Sapucaia, na Região Centro-Sul, em troca de apoio de lideranças locais à candidatura de Geraldo Pudim para deputado federal.

O procurador Artur Gueiros pede punição para o casal, Pudim, e o presidente do Departamento de Estradas e Rodagem, Henrique Alberto Ribeiro, este por ter autorizado as obras. O suposto acordo veio à tona em discurso do vereador Fabrício Baião, na Câmara Municipal, em 17 de agosto, em que ele conta que teve encontro “muito produtivo” para Sapucaia com Garotinho, a quem se refere como “governador”. “E o governador falou: ‘Se eu der para você o que eu dei para eles, você apóia o meu candidato?’ Eu falei: ‘eu ligo agora para o Josias Quintal e falo para ele que eu vou apoiar o seu candidato’”.

Helena

Congresso dispõe de R$ 12,6 bi para emendas


O Congresso dispõe de R$ 12,6 bilhões para emendar o projeto de lei orçamentária para 2007. Desse valor, R$ 3,5 bilhões referem-se às emendas individuais, cujo montante já está garantido na reserva de contingência. O restante - R$ 9,07 bilhões - refere-se à reestimativa de receitas. A informação foi dada há pouco pelo relator-geral do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Raupp explicou que, dos R$ 9,07 bilhões somados pela reestimativa de receitas, R$ 1,1 bilhão será utilizado em despesas estruturais: R$ 400 milhões para repor as perdas dos estados exportadores com a Lei Kandir; R$ 500 milhões para a Saúde; e R$ 200 milhões para o Ministério da Defesa. O restante será destinado às emendas coletivas.

Helena

Câmara recria Sudam


O Plenário aprovou ontem, por unanimidade (314 votos), o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei Complementar 22/03, do Poder Executivo, que recria a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em substituição à Agência de Desenvolvimento da Amazônia (Ada). A matéria foi aprovada na forma de parecer da comissão especial na Câmara. O projeto irá agora à sanção presidencial. Entre as atribuições da nova Sudam, estão apoiar investimentos públicos e privados nas áreas de infra-estrutura econômica e social.

Helena

Má fé


Ontem a Folha de São Paulo mentiu ao publicar a manchete “Setor bancário deu maior doação à campanha de Lula”, enquanto o Jornal Valor Econônico e o Site de Notícias IG desmentiam a Folha publicando os valores recebidos por Lula e Geraldo Alckmin. Provando que, quem recebeu mais dos bancos foi Alckmin e não Lula. Hoje o Jornal O Globo confirma, na manchete “ Bancos foram os maiores doadores de Alckmin” a mentira da Folha e ainda reafirma que Valor Econômico e IG estavam corretos. Por outro lado, O Globo diz: Quem mais doou para Lula foram as empreiteiras . Epa! como assim? Afinal onde está a verdade? Quem foi o maior doador ? Não que isso venha ao caso ou seja relevante mas, que tal entrar em acordo? Quanto a folha,não teve moral, nem mesmo para publicar um “ Erramos”

Helena

Direto do forno para a mesa


Na seqüência da pizza servida no Conselho de Ética do Senado, o congênere da Câmara já prepara a sua massa, mas deve optar por uma receita mista.
Nas próximas semanas, pelo menos três deputados incluídos no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas devem ter os pedidos de cassação arquivados por alegada falta de provas: Laura Carneiro (PFL-RJ), Jonival Lucas (PTB-BA), Wellington Roberto (PL-PB). Os demais processos estão atrasados. Relatores de cinco deles dizem que pedirão a cassação dos investigados: Lino Rossi (PP-MT), Cabo Júlio (PMDB-MG), Nilton Capixaba (PTB-RO), João Caldas (PL-AL) e José Divino (sem partido-RJ). Mas ninguém acredita que haja tempo para votar os pareceres neste ano.

Helena

Briga e baixaria no barraco tucano


A coisa anda feia lá para as bandas do tucanato. Bate boca e barraco tornou-se banalidade no cotidiano para “a grande Ave Emplumada”. A briga agora, é por conta do TRE que divulgou em seu site os valores e nomes dos doadores de campanha para os candidatos á presidência. Lá os tucanos ficaram sabendo que, entre os doadores da campanha de Lula aparece Carlos Jereissati Filho, sobrinho do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, e filho de Carlos Jereissati, acionista da Telemar e testa de ferro do CORRUPTasso por sua vez sócia da empresa de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente. A doação, de R$ 2 mil, deu-se num jantar de arrecadação de fundos. Geraldo Alckmin nada recebeu da família.E ai virou barraco e bate boca. Os tucanos entenderam isso como afronta e dizem que não vão engolir calado essa desfeita. E tudo virou uma grande crise, com direito a xingos de traidor e outras palavras impublicáveis .

Helena

Curtas


Cortes

Aldo Rebelo preside a Câmara com austeridade. Reduziu quase à metade as horas extras. Mais de mil que ocupavam cargos de confiança foram demitidos. Está tecendo com calma explicações para dizer que não defende aumento de salário dos parlamentares. Estão confundindo com estudo pedido pela Câmara à Fundação Getúlio Vargas para enquadrar os gastos do Legislativo.

Reeleição

Deverá começar pelo fim da reeleição a reforma política no Brasil. O Senado espera votar iniciativa do senador Sibá Machado, PT do Acre. Propõe um mandato apenas para presidente da República, governadores e prefeitos. Havia previsão para mandato de cinco anos, mas caiu pelas mãos do relator senador Tasso Jereissati.

Progresso

Daspu é grife sugerida pelas prostitutas cariocas, da ONG Davida. Começou a produzir por gaiatice. Hoje, está exportando para a Galeria Lafayette, de Paris, levando a picardia da mulher do Rio. Detalhe à parte são as calcinhas com a inscrição “à derrière”, que causa furor entre parisienses.

Carochinha

Nem boi consegue dormir com a história de Gedimar Passos, torturado com água no joelho. Piadinha nos corredores da CPI é que ele foi impedido de usar o toalete da Polícia Federal. Pior é que não pode falar mais nada porque já está com a corda no pescoço. Aí, sim, o PT é quem o tortura.

E agora?

A CPI dos Sanguessugas vai pedir uma manifestação formal da Polícia Federal sobre a acusação de Gedimar Passos, que diz ter sido torturado. Os parlamentares esperam que a PF, atacada, acelere a investigação e trate de indiciar os "aloprados", que dizem nunca ter visto o R$ 1,7 mi do dossiê.


Helena

Imposto de renda cai, salário mínino sobe


Depois de resistir por algumas semanas, Lula se dobrou ontem às pressões políticas dos próprios aliados no Congresso e decidiu corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), fez um acordo com a equipe econômica para reajustar a tabela em 3% a partir de janeiro do ano que vem e outros 3% em 2008, totalizando uma correção de 6,09% . O entendimento foi confirmado por uma qualificada fonte da Receita Federal — o órgão arrecadador de impostos no país era contrário à medida, mas perdeu a disputa. A correção será incluída no pacote de medidas que o governo está preparando para fazer a economia crescer 5% a partir do ano que vem.

A faixa de isenção do IRPF passará dos atuais R$ 1.257,12 de renda mensal para R$ 1.294,84. Quem tiver rendimentos abaixo desse piso não recolherá mais imposto na fonte. Hoje, a alíquota de 15% atinge a faixa de renda entre R$ 1.257,13 e 2.512,08. Na nova sistemática, passará a incidir no intervalo que vai de R$ 1.294,84 a R$ 2.587,46. A taxação maior, de 27,5%,que hoje pega quem ganha mais de R$ 2.512,09, vai valer a partir de R$ 2.587,46. O desconto por dependente sobe de R$ 126,36 para R$ 130,15. Segundo a fonte da Receita, o governo vai deixar de arrecadar cerca de R$ 840 milhões com a concessão do benefício no ano que vem. Ainda não se sabe se essa renúncia fiscal já fazia parte o número divulgado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimou em R$ 12 bilhões a queda de arrecadação com as medidas de incentivo à economia.


MÍNIMO SERÁ DE R$ 375

O salário mínimo será reajustado em 7,14% em 2007, passando dos atuais R$ 350 para R$ 375, segundo informou o relator do Orçamento, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O aumento é superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo INPC, e é fruto de um acordo entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega e Raupp. Segundo o relator, Mantega autorizou a manutenção dos R$ 375 no projeto de Orçamento, em substituição aos R$ 367 defendidos pela equipe econômica, depois da revisão nas projeções de inflação e do PIB para este ano. “Resolvemos manter porque já tínhamos anunciado para a sociedade”, afirmou Raupp. Segundo ele, o impacto nas contas da Previdência será de R$ 1,5 bilhões.

Helena

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Tucano do TSE leva “puxão de orelha”


O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Scherer considerou "inadequada" e não foi feliz ao fazer a comparação com o compromisso de pobreza a expressão usada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello para justificar o supersalário dos magistrados. Hoje, Mello afirmou que ministros do Supremo "haviam feito voto de pobreza", sobretudo diante do volume de trabalho que enfrentam e da importância da função exercida. "Está certo que juízes devem ganhar um salário digno. Mas não acima da lei", afirmou d. Odilo. O presidente em execercício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristóteles Ateniense, preferiu não se manifestar sobre a comparação do ministro Marco Aurélio. "Muitas vezes não consigo compreender o que o ministro quer dizer. Prefiro não criar polêmica", disse ele.

Helena

Barraco no PSDB.Penas voando


Um bate-boca entre o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o líder do partido na Câmara, Jutahy Júnior (BA),virou barraco na reunião de ontem da Executiva Nacional explicitou o racha entre os tucanos que vem crescendo desde a eleição presidencial e abriu uma nova crise interna. Tasso chamou o líder de "traidor", que retribuiu com acusação de falta de comando do senador. A discussão começou quanto Tasso Jereissati tentou votar uma resolução interna proibindo a participação ou apoio do partido nos Estados que serão governados por aliados do Presidente Lula

Ao perceber que a resolução seria contra o PSDB da Bahia, que está apoiando o governo do Jaques Wagner, o líder reagiu: "Tem uma expressão popular que diz que jabuti não sobe em árvore. Se estiver no alto é enchente ou é mão de gente. Vamos deixar claro, então, que esta resolução é específica para a Bahia." O deputado aproveitou para fazer um relato detalhado do processo político baiano e que o PSDB deveria ajudar o governador eleito, já que considerava salutar o fim da oligarquia carlista (seguidores do senador Antonio Carlos Magalhães) e a perspectiva de modernização agora do Estado."Você está se sentindo melindrado", emendou Tasso, ao que Jutahy Júnior respondeu: "O que me estranha é que isso tudo é do interesse de ACM." O PSDB baiano é adversário histórico de ACM e não vê com satisfação a relação estreita do senador pefelista com Tasso Jereissati.


Criador de caso


"Eu não agüento mais isso no partido. Esse Jutahy é um criador de casos e já deveria ter saído do PSDB. Ele traiu Fernando Henrique em 1994", rebateu Tasso, esquentando ainda mais a discussão, presenciada por todos os integrantes da Executiva. Antes disso, o senador já havia sido acusado pelo deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) e pelo próprio Jutahy da falta de comando e de diretriz do PSDB no segundo turno da campanha presidencial.Irritado, Jutahy Júnior reagiu de pronto e lembrou que Tasso traiu José Serra quando, mesmo depois de participar da convenção que indicou seu nome à presidência da República, em 2002, deixou a campanha no meio para apoiar Ciro Gomes. "Eu nunca trai ninguém", respondeu Jutahy diante da acusação de Tasso. "Fiz uma dissidência e comuniquei na época ao próprio Fernando Henrique. Posso ter errado, mas traidor nesta sala a gente sabe quem é."

"Você é incoerente e vem de uma oligarquia", disse Tasso, numa alusão à família de políticos de Jutahy, especificamente seu avô Juracy Magalhães e o pai Jutahy Magalhães, ambos falecidos. O deputado não se conteve e acusou Tasso de não ter "vocação democrática, não tem capacidade para presidir o partido". O bate-boca entre os dois tucanos teve repercussão na bancada que passou o dia de hoje em conversas de bastidores. "Agora você está virando meu herói", brincou o deputado Xico Graziano ao abraçar Jutahy. A cena revela a insatisfação de setores do PSDB a Tasso Jereissati, principalmente a ala vinculada a José Serra.

Helena

A Folha de São Paulo mente mais uma vez.


A capa do jornalão paulista "Folha de São Paulo" ataca mais uma vez com manchete mentirosa:O Jornal Folha de São Paulo mostra hoje na matéria (aqui)" Setor bancário deu maior doação à campanha de Lula" E fala;Os bancos foram os principais financiadores da campanha de reeleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com doações que somam R$ 10,5 milhões.--Mentiu. A campanha de Lula recebeu: Total :8.500.000.00

Mas preste atenção na matéria de capa do Jornal Valor Econômico(aqui) "Vale foi maior doadora à reeleição" A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi a maior doadora à campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mineradora, privatizada em 1997, doou R$ 4,05 milhões (....) As doações legais foram feitas por meio de duas empresas controladas pela Vale do Rio Doce.

A imprensa continua deturpando notícias sobre Lula, louca para provocar o que eles chamam, em off, de "terceiro turno". Esse povo ainda não assimilou a derrota nas urnas e creio que vai jogar sujo, até que alguém tome alguma providência. Qual? Não sei! Mas é preciso parar essa "fábrica de meias-verdades", quando não de mentiras completas e deslavadas.Note que Geraldo Alckmin recebeu mais e de mais bancos. Por que enfatizar no título somente as doações para a campanha do Lula? É querer forçar a barra, não é mesmo? A notícia é verdadeira, mas a edição dela é que é um tanto maliciosa.
Agora veja (aqui) a manchete do site de noticias último Segundo do IG: "A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi a maior doadora à campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."

A lista dos doadores das campanhas de Alckmin e Lula, divulgado pelo site IG,(aqui) e o Jornal Valor Econômico, provam que a Folha de São Paulo mentiu.

"Veja os financiadores das campanhas de Alckmin e Lula"

Selecionei somente os "Bancos" das duas campanhas e suas [posições] nos valores doados. Confira:


Campanha de Lula:

[2] BANCO ITAU S/A
3.500.000,00

[5] BANCO ALVORADA S.A.
2.500.000,00

[14] BANCO ABN AMRO REAL S.A.
1.500.000,00

[23] UNIBANCO S/A
1.000.000,00

Total recebido por Lula:8.500.000.00

Campanha de Alckmin:

[1] BANCO ITAÚ S/A
3.500.000,00

[4]BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO S/A
2.000.000,00

[7] BANCO ABN AMRO REAL S/A
1.500.000,00

[9] BANCO ALVORADA S.A.
1.200.000,00

[15] UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S.A.
1.000.000,00

[18] BANCO SAFRA S/A
750.000,00

Total recebido por Alckmin:9.950.000.00

Como se vê, não só mais "Bancos" doaram a campanha de Alckmin como também "lideram" mais nos valores das doações do que comparado a campanha de Lula. Mais um exemplo de jornalismo marrom por parte da "Folha". Precisamos urgentemente descobrir os anunciantes deste jornal, e pressioná-los.

Helena

Oh! dó!

Lula com o tornozelo machucado
participa da cúpula da Nigéria
O Presidente Lula e o chefe de Estado paraguaio, Nicanor Duarte, chegaram nesta quarta (29) a Abuja para participar da primeira cúpula entre a América do Sul e a África, que será realizada na quinta-feira. Lula chegou por volta das 11h (8h, em Brasília) ao hotel onde ficará hospedado e onde serão realizadas as sessões. Com uma leve torção no pé, o presidente precisou do auxílio de uma cadeira de rodas Nicanor Duarte viajou no mesmo avião de Lula, mas não estava com a comitiva brasileira na chegada ao hotel. Lula, Duarte e o presidente do Equador, Alfredo Palacio, são os únicos líderes sul-americanos que chegaram até o momento a Abuja.

O presidente boliviano, Evo Morales, deverá ser o último líder sul-americano a chegar. Segundo fontes da sua delegação, a chegada do governante está programada para as 19h (16h, em Brasília). Segundo a organização da cúpula, os presidentes do Suriname, Ronald Venetiaan, e da Guiana, Bharrat Jagdeo, também estarão presentes. Não foram divulgadas informações sobre quais os líderes africanos confirmaram presença na cúpula.

O Presidente Lula teve uma torção no tornozelo direito na noite de segunda-feira (27) ao descer do carro. Durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça (28), ele demonstrou incômodo com a lesão.Lula confirmou o episódio aos fotógrafos que fizeram imagens da audiência com Dom Cláudio Hummes e disse que se esqueceu de colocar gelo no local logo após a lesão. Segundo o presidente, o pé teve de ser imobilizado devido ao inchaço do tornozelo.

Helena

Já vai tarde


Tirar sete meses de férias e de licença foi a saída do secretário da Segurança Pública, Saulo Abreu, para não ter de voltar ao seu trabalho no Ministério Público Estadual (MPE), onde devia exercer a função de promotor de Justiça do Fórum Regional da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Sem espaço no futuro governo de José Serra, se voltasse a trabalhar no MPE, Saulo ficaria subordinado ao procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, que o denunciou duas vezes pelos crimes de abuso de autoridade e de desacato.(Leia mais aqui) .Sua gestão foi marcada pelo alto de índices de criminalidade, como os atentados cometidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado e por denúncias de execução envolvendo o Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância (Gradi).A Secretaria da Segurança Pública não se manifestou sobre o pedido de Saulo. No Palácio dos Bandeirantes, especula-se que o secretário pode tentar em 2008 uma candidatura a vereador em São Paulo pelo PSDB, partido ao qual o secretário é filiado.

Helena

Correa no Brasil antes da posse

O economista de esquerda Rafael Correa, presidente eleito do Equador, anunciou que viajará ao Brasil, à Colômbia e à Bolívia antes de sua posse, em 15 de janeiro, e acrescentou que também poderia responder positivamente a um convite da presidenta chilena, Michelle Bachelet. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ontem ao esquerdista para fazer o convite e parabenizá-lo pela vitória. Correa disse ainda que reduzirá os lucros das multinacionais de petróleo no país. As empresas transferem atualmente ao Estado 50% da receita. “Já houve uma melhoria na divisão do excedente do lucro com o petróleo por preços e acreditamos que este 50 por 50 para cada um ainda é baixo”, manifestou o presidente eleito no domingo passado. A Petrobras atua no país andino.

Cúpula começa na Nigéria

O Presidente Lula , e o boliviano Evo Morales chegarão na manhã de hoje a Abuja, na Nigéria, para participar da primeira Cúpula África-América do Sul, que começa amanhã na capital nigeriana. O encontro terá a presença do presidente da Líbia, Muamar Kadafi, que desembarcou ontem em Abuja e deve se reunir com Lula. Serão discutidas na cúpula as relações comerciais entre as duas regiões e medidas para o desenvolvimento conjunto. O líder brasileiro viajou com o paraguaio Nicanor Duarte. Outros sul-americanos presentes são o equatoriano Alfredo Palacio, Bharrat Jagdeo, da Guiana, e Ronald Venetiaan, do Suriname.

Helena

Lula veta jeton para MP


O Presidente Lula vetou ontem à noite o pedido de gratificação para os membros do Ministério Público. A medida deve ser adotada também para o Judiciário. Na semana passada, a presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministra Ellen Gracie, rechaçou críticas ao projeto de lei enviado ao Congresso -pelo próprio CNJ- que dá direito a uma "gratificação" (jeton) de R$ 2.784 por sessão, até o máximo de duas sessões por mês, aos conselheiros representantes da magistratura e do Ministério Público. Com isso, esses conselheiros passariam a receber R$ 28.843 mensais, ou seja, R$ 4.343 acima do teto do funcionalismo.

Quem não gostou nada do veto foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello que saiu em defesa da atualização do teto dos magistrados afirmando que a medida não beneficia ministros, mas grande parte dos servidores do Judiciário. "Ministros do Supremo já fizeram voto de pobreza", afirmou. Marco Aurélio disse ainda que"A polêmica é uma injustiça, sobretudo com a ministra Ellen Gracie". Ele argumentou, ainda, que ministros do STF decidem sobre assuntos de alta relevância para o País, por isso merece ganhar bem. Afirmou , ainda, que há excesso de trabalho e não execesso de salários.

Helena

Vai que é nossa Brasil


Depois que Banco do Brasil e Caixa Econômica passaram a estimular o esporte e a cultura, o Brasil vai aparecendo aos poucos lá fora. Estamos deixando de ser noticiário policial. Aparecemos no esporte e na cultura. Outro dia o Voley do Brasil ganhou de um país importante por três sets a zero. O locutor foi crítico. Preferiu o comentário acre ao elogio ao trabalho dos jogadores. O que acontece com o vôlei é coisa bela. Não se vê a bola. É tal a velocidade que só na repetição é possível saber o que aconteceu. É a tecnologia, a modernidade, pilotando o que outrora era esporte para desenvolver músculos. Hoje, a força é criada para vencer a partida. Há coisas inacreditáveis na quadra. Se o técnico morde os dedos, os jogadores põem a cintura acima da rede, e o que chamávamos de corte, é uma martelada. Ontem vencemos pelos mesmos 3 x 0 e ninguém reclamou. Do outro lado estava a Itália com a disposição esmagadora com que um país rico vê e sente o outro, que vive dificuldades. No esporte é diferente. Competimos em igualdade. Hoje o Brasil superou Bulgária e briga e está na semifinais. Esses jogos têm sido bons principalmente para que o povo esqueça as agruras políticas. Assim podemos entender que há coisas boas dentro do nosso povo.

Helena

Geraldo e as aulas na “Daslusp”


Ontem eu disse aqui no Blog que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) derrotado por Lula, vai virar “professor” no início de 2007. O tucano já acertou três “aulas” na Casa do Saber, instituição que oferece cursos extra-acadêmicos em São Paulo e no Rio. Pois bem. Um tucano, de bico afiado, entrou em contato comigo para contar mais mais detalhes sobre a Casa do Saber, onde Geraldo Alckmin vai dar aulas, inéditas: "Como se eleger numa campanha" .

A Casa do Saber (link aqui) tem como diretor Gabriel Chalita, esse nome quer dizer alguma coisa para você?. Pois é ele mesmo, o Genro de Geraldo Alckmin. O patrocinador principal vitalício é o Banco Real, também lhe diz alguma coisa? Pois é. Esse é o banco do Jorge Konder Bornhausen (PFL - SC)., que tem como testa de ferro o irmão, Paulo Konder Bornhausen. O curador Conselheiro da Casa: Caio Túlio Costa, ex- presidente da Brasil Telecom, é conselheiro do Instituto DNA Brasil, também é professor de Ética Jornalística na Faculdade Cásper Líbero. Trabalhou no Grupo Folha durante 21 anos como secretário de redação, criador da Revista da Folha e da função de ombudsman. Ainda no grupo, fundou o UOL (Universo Online do qual foi diretor-geral de 1996 a 2002. No final dos anos 70 dirigiu o Leia Livros. (escritor)

Não é à toa que o poderoso Alckmin está lá na Casa do Saber – conhecida como Daslusp, por misturar professores da USP e socialites que assistem às aulas sentadas em poltronas e pufes, bebem vinho nos intervalos e pagam até 600 reais por curso.A casa conta de dois ou três nomes de professores razoavelmente conhecidos que atuam ali, os quais têm sua imagem colada à USP (foram ou são professores desta universidade). A casa do saber é uma grife de mercado, ou porque a tal “Casa do Saber” já nasceu como grife, para atrair as “socialites”, as únicas que podem pagar o preço cobrado ali pelo “saber”.Da arrogância do nome ao aglomerado de satélites sem brilho próprio que forma seu corpo “docente”, a “Casa do Saber” é uma coisa esdrúxula, que se define como um “centro extra-acadêmico de debates e disseminação do conhecimento”, vive nas colunas sociais dos jornalões, é patrocinada por um banco e tem entre os membros de seu conselho ninguém mais, ninguém menos que Gabriel Chalita... genro de Geraldo Alckmin atual secretário de Educação do Estado de São Paulo, mais novo guardião da farsa que tem sido o ensino público estadual sob o comando nocivo do PSDB. Gabriel Chalita é um populista midiático. Em vez de envidar esforços por uma educação pública de qualidade – que colocasse nas universidades públicas os jovens pobres do Estado –, participa da “disseminação” do saber para ricos e ajuda na construção do templo da Renovação Carismática católica, do padre Marcelo Rossi.

Helena

Curtas


Governo prevê R$ 56 bilhões em transportes

A ministra Dilma Rousseff disse que o governo prevê investimentos de R$ 56 bilhões em transportes nos próximos 4 anos, sendo a maior parte do setor privado. Isso inclui o Porto Barnabé-Bagres, de US$ 650 milhões, extensão do Porto de Santos.


Juiz de SP recebe o maior salário do Judiciário

Exatos 2.857 magistrados, servidores e pensionistas de 19 tribunais de Justiça ganham mais do que o teto salarial do funcionalismo público nos estados, fixado em R$ 22.111. O maior número de casos irregulares - 1.208 - foi detectado no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde também foi identificada a maior remuneração: R$ 34.814,61. No Tribunal de Justiça do Rio, há 219 ocorrências e a maior remuneração é de R$ 28.744,63. "A pesquisa acabou com a lenda urbana de que havia salários astronômicos no Judiciário", disse a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie.


Helena

Servida a pizza


Houve lágrimas, desabafo, profissão de fé e até um pouco de Machado de Assis na sessão de ontem do Conselho de Ética do Senado, na qual três senadores envolvidos no caso dos sanguessugas — Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) — acabaram inocentados pelos pares. Do trio, só Suassuna terá uma ligeira contrariedade. Receberá uma advertência verbal, a ser lida pelo presidente João Alberto de Souza (PMDB-MA) na próxima vez que o próprio Conselho de Ética se reunir. Ainda não há data marcada. Os outros processos foram arquivados.

A sessão foi rápida e sem polêmicas renhidas. João Alberto de Souza pôs o processo contra Suassuna, seu companheiro de partido, no primeiro item da pauta. Nos bastidores, dizia-se que a escolha era uma espécie de senha. Se algo saísse errado, Malta e Serys, julgados em seguida, iriam para a guilhotina. Todos os senadores negaram tal possibilidade. Disseram que os processos andaram dentro dos parâmetros e que as absolvições decorreram da falta de provas.

O relator do processo contra Ney Suassuna, senador Jefferson Péres (PDT-AM), admitiu em seu voto não ter encontrado provas cabais de que dinheiro sujo da máfia das ambulâncias abasteceu contas do peemedebista. Mas pediu a cassação do mandato assim mesmo. Nos autos, há provas do pagamento de R$ 225 mil da família Vedoin a Marcelo de Carvalho, assessor de Suassuna. Chamado a depor, Carvalho negou fazer parte do esquema e, curiosamente, disse com todas as letras que não dava um passo no gabinete sem que seu chefe soubesse. Há mais.

Ofícios oriundos do gabinete de Suassuna para o Ministério da Saúde faziam gestões para resolver assuntos de interesse da máfia. As assinaturas do senador eram feitas por uma funcionária do gabinete. Na investigação da Polícia Federal antes de deflagrar a Operação Sanguessuga, foram gravadas conversas telefônicas de Marcelo de Carvalho e Darci Vedoin, chefe da máfia, no qual o assessor cobra parcelas de propina. Os integrantes do esquema se referiam ao senador como “tio Ney”.

Péres apresentou o pedido de cassação, mas foi logo enfrentado pelo atual líder do PMDB, senador Wellington Salgado (MG). Ele cumpriu a promessa feita há meses, apresentou um voto em separado e propôs a advertência verbal a Ney Suassuna. Por ele ter permitido que assessores falsificassem sua assinatura. “Isso não é um comportamento adequado para um senador”, disse Salgado ao Correio, em defesa de sua idéia.

O próprio Suassuna foi à mesa e discursou, defendendo-se. “Fui injustamente acusado nestes últimos 140 dias de agonia. Não desejava isso a ninguém”, desabafou. O parecer de Péres acabou derrotado. O de Salgado, vitorioso. Por 12 votos a dois — o próprio Péres e Demóstenes Torres (PFL-GO) queriam a cassação do mandato.

Absolvido o peemedebista, João Alberto de Souza pôs o caso da petista Serys Slhessarenko para andar. Desta vez, o relator, senador Paulo Octávio (PFL-DF), pediu o arquivamento do processo por falta de provas. Há cópia de cheque dos Vedoin entregue a um genro da senadora. Mas os senadores não viram nisso motivo suficiente para puni-la. Absolveram-na por unanimidade. Até o adversário local, Antero Paes de Barros (PSDB-MT), votou em favor dela, que chorou.

Por fim, veio o romance. Ao ler seu relatório sobre Magno Malta, Demóstenes Torres explicou-se, ao pedir o arquivamento: “Como Bentinho, tenho acompanhado o caso intrigante, que postumamente a Machado, rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar, com 100% de certeza, que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas”.

Era uma referência a Dom Casmurro, clássico da literatura brasileira. Ele trata da relação entre Bentinho e Capitu. Seu ponto alto é a desconfiança do protagonista, estendida pelo autor aos leitores, de que sua esposa o traiu com o melhor amigo, Escobar. A dúvida eternizou-se. Assim como a de Demóstenes Torres sobre o envolvimento de Magno Malta, que admite ter usado, sem saber, um carro pertencente a Planam. “Foram quatro meses de sexta-feira da Paixão, mas hoje foi meu domingo de Páscoa”, benzeu-se o senador, que é evangélico.

CRÍTICAS À IMPUNIDADE

O presidente em exercício do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, criticou ontem a decisão do Conselho de Ética do Senado de aprovar uma simples censura verbal ao senador Ney Suassuna (PMDB-PB). “É um estímulo para que outros parlamentares que se vejam em uma situação como essa se tornem ainda mais audaciosos e audazes do que já são”.

Mais um deputado falta a depoimento

Enquanto os senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas se livraram da cassação, a Câmara enfrenta dificuldades para ouvir os deputados processados por quebra de decoro. Ontem, o Conselho de Ética da Casa cancelou o depoimento do deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), depois que ele alegou problemas de saúde e enviou um atestado médico para justificar o não-comparecimento. Além de Cabo Júlio, outros cinco deputados já apresentaram atestado médico para não serem ouvidos pelo órgão. São eles Carlos Nader (PL-RJ), César Bandeira (PFL-MA), Coronel Alves (PL-AP), Lino Rossi (PP-MT) e Vieira Reis (sem partido-RJ).

Embora a falta de defesa oral dos deputados não comprometa os processos, uma vez que os acusados apresentaram a defesa escrita, o presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), avalia que a ausência nos depoimentos dificulta o andamento dos trabalhos. O prazo é curto para julgar todos os 67 casos até o fim desta legislatura. "Apesar do prazo exíguo e da entrega das representações em pleno período eleitoral, os processos estão andando", afirmou.

Explicações

Ainda nesta semana, o Conselho tentará ouvir outros três deputados acusados de apresentar emendas ao Orçamento para beneficiar licitações superfaturadas para compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares por prefeituras. Em troca, os parlamentares teriam recebido da empresa Planam, que coordenava o esquema, uma comissão de 10% sobre o valor de cada emenda executada. Hoje está previsto o depoimento do deputado Érico Ribeiro (PP-RS). Amanhã, devem ser ouvidos os deputados Maurício Rabelo (PL-TO) e Pedro Henry (PP-MT).

Helena

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Vetado o trem da alegria

O Presidente Lula vetou a criação de uma gratificação para integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público. A lei, que tinha sido aprovada pelo Congresso, autorizava o pagamento extra de cerca de R$ 5 mil para os 15 integrantes do conselho. Lula vetou também a criação de 58 novos cargos no órgão.O Presidente Lula não poupou críticas à oposição no Congresso Nacional, Lula disse que o Brasil não conseguirá crescer se os políticos continuarem sendo "volúveis" e não tiverem "responsabilidade". "É preciso responsabilidade dos políticos brasileiros. Outro dia aprovaram o 13º da Bolsa-Família e o reajuste de 17% para os aposentados acima do salário mínimo. Não é possível que o Brasil dê certo, se os políticos continuarem volúveis e se não aumentarem a sua responsabilidade", disse Lula.

O Presidente aproveitou para mandar um recado aos governadores. "Não me venham os governadores dizer que tem que mudar a lei de responsabilidade fiscal, porque eu não aceito isso. Não vamos voltar à época da irresponsabilidade". Lula disse que sua principal preocupação agora é encontrar maneiras de fazer o Brasil crescer. "Vamos fazer o País crescer sem bulir, como diria um bom nordestino, na lei de responsabilidade fiscal. Não queremos vender ilusões". Lula reiterou que não temerá vetar medidas que aumentem o gasto público. "Não haverá vacilação. Vocês podem ter certeza. O governo não vai gastar mais do que arrecada. Não deixarei de vetar alguma medida que comprometa ou coloque em risco a estabilidade econômica brasileira". Em seguida , Lula vetou dois artigos do projeto de lei que regulamenta a criação do Conselho Nacional do Ministério Público e impediu a criação de 58 novos cargos e pagamento de Getom de 12% sobre os salários dos integrantes do Conselho.

Helena

Vereadora do PP recebe do Bolsa-Família

Mais um vez surgem denúncias sobre o cadastramento do Bolsa Família. Nem todo mundo que recebe a ajuda do governo precisa do dinheiro.E mais uma vez políticos estão recebendo ajuda sem precisar. Mas desta vez, na cidade de Engenho Velho, no interior do Rio Grande do Sul, o caso pode ser considerado inusitado. Uma das beneficiárias do programa é a presidente da Câmara dos vereadores. Gersi Soares Floriano, do PP, mora com o marido e os dois filhos. A renda da família é de R$ 1.600, contando o salário de vereadora, que é de R$ 600. Mesmo assim, a vereadora se cadastrou no programa do governo federal. Gersi chegou a negar que recebesse o benefício, mas depois mostrou o cartão e confirmou que desde junho deste ano saca R$ 15 todos os meses, sempre no dia 4.

O dinheiro que a vereadora recebe é para um dos filhos, de 13 anos, e vem do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, um dos benefícios pagos pelo Bolsa-Família (Peti), destinado às famílias com renda per capita de até R$ 120 reais. A vereadora declarou que ela, junto com o marido e os dois filhos, recebem 400 reais por mês. No município de 2 mil habitantes, 183 pessoas estão cadastradas no Bolsa-Família. O responsável pelo programa na cidade, Elio Tomazini, afirmou que não sabe por que a presidente da Câmara esta incluída entre os beneficiários. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome já bloqueou o pagamento e vai pedir à prefeitura de Engenho Velho que investigue o caso. Se a irregularidade for comprovada, o benefício será cancelado e a vereadora terá que devolver o dinheiro.

Helena

A Folha sensacionalista omitiu


Gedimar Passos foi interrogado hoje na CPI, contou uma longa história, cheias de detalhes. aqui no site do Terra. Em determinado momento Gedimar contou aos membros da CPI que, no momento da sua prisão, o delegado Edmilson Bruno, fez duas ligações, provavelmente uma para seus superiores e outra para alguém da imprensa. Logo após os telefonemas, uma equipe de campanha dos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra chegou ao local para fazer imagens do episódio.Na Folha de São Paulo, nem uma palavra sobre o assunto. Aqui no site da Uol , Só um pequeno comentário de que Gedimar encontrou com o Vedoim. O resto não interessou a folha, isto por que vai contra o ídolo dos jornalistas. O Geraldo que voltou a se chamar Alckmin.

Helena

Maldade

Panificadores decidiram que o pãozinho deveria ser pago por quilo, não por unidade. Começam as multas às padarias com irregularidades na venda.O consumidor reclama. O pãozinho nosso de cada dia ficou mais caro.Há quem diga que levava para casa todas as manhãs cinco, agora leva quatro. Faltou respeito ao público. Preferiram a defesa do lucro, ainda que se colocando contra os consumidores. Abastecimento não pode ser caixa registradora. Deve dar lucro, mas não em detrimento do consumidor.

Helena

Candidato derrotado vai dar palestra sobre eleição

Dick Vigarista ...
Sem cargo público após a derrota à Presidência e sem exercer a profissão de médico; muitos dizem que ele não possue CRM, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) avisa que vai montar governo paralelo para cobrar Lula e virar “professor” no início de 2007. O tucano já acertou três “aulas” na Casa do Saber, instituição que oferece cursos extra-acadêmicos em São Paulo e no Rio. O tema dos encontros, que ocorrerão entre o final de fevereiro e o início de março, será “Eleição e Gestão Pública”: Como se eleger em uma disputa eleitoral.

Alckmin deve falar sobre a campanha presidencial e também sobre sua passagem no governo do Estado, o qual comandou de 2001 ao início de 2006. Alckmin não vai falar em suas aulas que deixou em São Paulo, um rombo de 1.2 bilhões, e 69 CPIS engavetadas e depois renunciou para disputar o Planalto.

Como cada aula da Casa do Saber deve custar R$ 90 em 2007 curso ministrado pelo ex-governador deve custar R$ 270. A instituição informou ontem que seus professores podem receber um valor fixo (em caso de cursos contínuos) ou remunerações à parte, mas não revela quanto o tucano deve receber pelas aulas.

Helena

Aberta a inscrição para o ProUni

Os estudantes que desejam concorrer a bolsas de estudos integrais ou parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni ) do Ministério da Educação (MEC ) podem preparar os documentos. As inscrições serão abertas nesta quarta-feira (29) e estendem-se até 16 de dezembro. A inscrição deve ser feita na (página eletrônica do ProUni). O MEC divulgará os nomes dos selecionados em 20 de dezembro, (pela internet)

Para concorrer às bolsas, os candidatos devem atender a uma série de exigências. Entre elas, ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem ) em 2006 e obtido, na prova escrita e na redação, nota média igual ou maior a 45; ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou em escola privada na condição de bolsista integral.

Para concorrer à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda per capita familiar de até um salário mínimo e meio (R$ 525, em valores de hoje). Para a bolsa parcial, de 50% do valor da mensalidade, renda per capita familiar de até três salários mínimos (R$ 1.050). Aos alunos autodeclarados negros, indígenas ou com deficiência, o ProUni reserva cotas que obedecem à porcentagem dessas populações por estado, segundo pesquisa de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os professores da educação básica concursados, no exercício da atividade e que não tenham cursado licenciatura, normal, superior ou pedagogia não precisam comprovar rendimento para concorrer à bolsa. Criado em 2004, o ProUni começou a operar no primeiro semestre de 2005. Naquele ano, foram oferecidas 112.275 bolsas e, em 2006, nos processos seletivos do primeiro e do segundo semestres, 138.668.

Helena

Torturador fala de Dilma

O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que chefiou o Destacamento de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), de São Paulo, entre 1970 e 1974, quando houve 502 denúncias de torturas, chamou ontem a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de “terrorista”. A declaração foi dada durante almoço em Belo Horizonte, em que Ustra, que enfrenta processo sob acusação de praticar tortura, recebeu o desagravo de 60 militares da reserva e simpatizantes. “O que eles querem é acabar com a Lei da Anistia, vão conseguir”, reclamou ele, que também participou de almoço de desagravo na semana passada em Brasília. Para Ustra, Dilma Rousseff é uma das principais culpadas do que considera “revanchismo”. Ele desafiou a ministra a abrir todos os arquivos e não só aqueles que têm provas contra os militares. “Ela (Dilma) e eles não querem abrir todos os arquivos, porque os documentos provam todos os atos criminosos que eles cometeram”, acusou. Conhecendo a Dilma como eu conheço, ela deve estar rindo da cara desse imbecil

Helena

Marina Silva recebe prêmio da Forbes


A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, recebe hoje, às 20 h, no Terraço Daslu, em São Paulo, o prêmio Mulheres Mais Influentes Forbes Brasil na categoria Destaque Nacional. Em sua 3ª edição, o prêmio será entregue também a Zilda Arns, Dorina Nowill e a representantes de Tomie Otake e Zuzu Angel, pelas atividades dessas mulheres excepcionais. "Ao escolher mulheres de áreas de atuação tão diferentes, a organização do prêmio pretende estender a sua homenagem a todas as mulheres do País", afirma Francisco Britto, publisher da Forbes Brasil. Além dessas cinco personalidades, recebem também o prêmio Mulheres Mais Influentes as mais votadas em 15 áreas de atividades. Essas 20 mulheres, de origens e com histórias de vida tão diferentes encontram um ponto em comum - a força e a garra que demonstraram para atingir os seus objetivos.

Essa determinação as mulheres mostram desde a Revolução Industrial, quando, para sobreviver, enfrentavam as longas e terríveis jornadas de trabalho. Britto lembra que o Prêmio foi lançado há três anos, no dia e no Ano Internacional da Mulher. Entre as indicadas deste ano, encontram-se veteranas como Zélia Gattai e Clara Steinberg (a fundadora da Servenco) que aos 90 anos continuam ativas, liderando e influenciando o destino das pessoas e também as esportistas; médicas; economistas; educadoras; empreendedoras; arquitetas; mulheres comandando agronegócios, na comunicação, design, na prestação de serviços, no setor público e no terceiro setor. Todas elas têm uma história especial; todas elas, cada uma de uma maneira diferente, deixaram sua marca e hoje à noite recebem homenagem da Forbes Brasil.

Helena

Kassab diz: Não há solução para enchente


Em São Paulo, uma nova onda de temporais devastou muitos bairros. Carros foram arrastados e rios transbordaram. Avenidas estão com muita lama.Moradores de bairros da periferia perderam seus móveis e estão desabrigadas.De acordo com a Defesa Civil, barracos desabaram em Paraisópolis e os muros de casas não resistiram na região de Campo Limpo. Só ontem foram registrados 44 pontos de alagamento na capital.Ontem, o temporal chegou à tarde e durou cerca de uma hora, mas deixou grandes estragos . Hoje técnicos da Prefeitura de São Paulo e o próprio prefeito Gilberto Kassab (PFL) disseram que não há solução para enchente.Kassab diz "Todos sabem que a cidade de São Paulo é uma cidade de altos e baixos. Desde a época de Anchieta, nos seus escritos, tem relatos das áreas da cidade inundadas", afirmou o prefeito.. Kassab disse ainda que, o que resta à prefeitura é tentar minimizar os transtornos à população.Ou seja: não há mais nada a ser feito. O negócio é sentar e esperar acontecer tragédias...Isso por quê o prefeito Kassab, o governador José Serra e o picareta Geraldo Alckmin, não moram nestes bairros que foram alagados. Caso contrário, já teriam encontrado rápidamente soluções para esses e outros problemas. Espero que o Paulistano lembre-se desses fatos antes de votar no PFL e PSDB, daqui a dois anos.

Helena

Curtas & Boas


A economia deverá crescer este ano mais que em 2005, . Diante deste cenário, 66% dos 246 empresários que participaram, ontem, de almoço do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) consideram melhor a situação dos negócios de sua empresa na comparação com o ano anterior. Do total, 25% disseram acreditar que nada mudou e apenas 9% julgaram que a situação piorou. Em outubro passado, para apenas 53% os negócios iam bem. O resultado é o mais otimista desde março de 2005. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ligado a grupos do PSDB de Fernando Henrique Cardoso e que apoiou Geraldo Alckmin, encampou novamente o discurso em prol da obsessão pelo crescimento e fez críticas indiretas à política monetária.

Sai hoje o pacote de estímulo à microempresa

O governo Lula quer fortalecer as micro e pequenas empresas e, por isso, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, anuncia hoje medidas de apoio ao segmento. Entre elas estão financiamentos pelos bancos oficiais com juros mais baixos e tarifas mais baratas de serviços. O pacote será apresentado, em Brasília, no "Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte".

Dívida cai ao menor nível desde fevereiro de 2001

Em outubro, o superávit primário acumulado em 12 meses ficou em 4,34% do PIB, acima da meta de 4,25%. Com a melhora dos números e ajuste da projeção de inflação, a relação entre a dívida e o PIB caiu para menos de 50% e fechou em 49,5%, menor nível desde fevereiro de 2001.

Helena

Veja que sacanagem


A Folha de São Paulo, deu uma pausa para os controlodarores de vôo, decidiu ajudar a Veja. Requentou a velha e batida notícia do "Filho de Lula" Tá lá, na capa da Folha On Line, "Verbas de estatais ajudam a bancar TV de filho de Lula(aqui)" .Como sempre o jornal usa da velha canalhice. Na manchete de página inteira ,para que todos possam ler, a Folha on line detona o Lulinha filho do Lula. Depois, em matéria de texto curto, e apenas para assinante a Folha mostra com o título " Emissora de TV vai à Justiça contra revista"(A manchete não fala o nome da revista Veja) [+] E conta: "A aquisição de conteúdos produzidos pela Gamecorp se deu de forma lícita", afirmam os advogados Walter Vieira Ceneviva e Ruth Carolina Sgrignolli, em ação cível de indenização contra a Editora Abril e três jornalistas da revista "Veja". O processo tramita na 1ª Vara Cível do Fórum de Pinheiros.

A Rede 21 afirma que aquela editora "se vale do denuncismo para obter vantagem comercial estratégica". Por tal motivo, alegou que o contrato "não se destina ao conhecimento da ré (Abril), de quem deve ser preservado". Argumentou ainda que o objetivo da editora, em notificação ao Ministério Público, seria "saber o teor do contrato, para balizar sua posição no competitivo mercado brasileiro de televisão". Nos autos, Ceneviva e Sgrignolli contestam afirmações atribuídas à "Veja" de que teria havido "arrendamento" e "uma arbitrariedade política".

Depois no final a Folha conta o outro lado. Mais uma matéria curta e para assinates "Governo diz não ter ingerência em acordo"(leia) . Ah mas o melhor vem no final. Em outra matéria, bem escondida. Só para o leitor assinante e bem etento, está a conclusão da matéria com o título: "Contrato como o assinado pela Rede 21 com a Gamecorp é comum no mercado" (Aqui) e ainda diz: " Contratos como o da Rede 21 com a Gamecorp são comuns na TV, embora de legalidade questionável. A Gamecorp banca a produção dessa programação e tem a obrigação de buscar anúncios no mercado publicitário. Fora isso, ambas dividem as receitas advindas dos 20 maiores anunciantes da Rede 21 em 2005, entre eles estatais e governo federal. O grupo é formado por: Banco do Brasil, Renault do Brasil, Petróleo Ipiranga, Bunge Alimentos, Casas Bahia, Telet e Grupo Claro, Caixa Econômica Federal, Telesp Celular e Grupo Vivo, Transitions Optical do Brasil, Intelig, Perdigão, Secretaria de Administração -Presidência da República, Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - Visa, Schimar Propaganda e Publicidade, Ministério da Saúde, Química Amparo, Kimberly-Clark, Grupo Telefónica, Cervejaria Kaiser e Philips. Quer ler mais? Aqui se for assinante .A impressão que passa é de que, a Folha está medindo forças com o governo. Ou será apenas impressão?
Helena

Ela recuou. Temporariamente


A pressão do governo e de entidades representativas da sociedade civil detonou o jetom que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, desejava ver criado para aumentar seu próprio salário e de mais 14 integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante da repercussão negativa da proposta de aumentar também o salário dos ministros do Supremo (R$ 24,5 mim para R$ 25,7 mil), Ellen cancelou o encontro que teria hoje com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e os líderes dos partidos, justamente para fazer lobby em defesa do reajuste e do jetom. Os dois projetos e mais o que cria cargos no STF foram retirados da pauta de votação prevista para esta semana, na Câmara.

O projeto que prevê o pagamento de jetons aos integrantes do CNJ e aos juízes auxiliares, retirado ontem da pauta da Câmara, beneficia diretamente a ministra. Pela proposta, Ellen Gracie e os 14 integrantes do CNJ terão um aumento em mais de R$ 5 mil em seus salários. Caso o jetom seja criado, os conselheiros vão receber acima do teto salarial.

Se aprovada a proposta, o salário de Ellen Gracie poderá subir dos atuais R$ 24,5 mil para R$ 30,3 mil e os salários dos outros 14 integrantes do CNJ deverão passar de R$ 23,2 mil para R$ 28,8 mil. O outro projeto aumenta o salário dos ministros do Supremo dos atuais R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil e provoca aumento salarial em cascata para todo o Judiciário e, caso seja aprovado, provocará um impacto anual de cerca de R$ 100 milhões com os reajustes dos magistrados.

Comparação feita pelo economista gaúcho Júlio Brunet, da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, dados oficiais do governo norte-americano cruzados com os brasileiros mostram que o salário da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, é 79% maior do que o do seu par nos Estados Unidos, o chefe da Suprema Corte.

Helena

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Crise de credibilidade atinge em cheio a grande mídia


A Veja teria perdido entre 160 mil e 180 mil assinantes. O jornal O Globo, 70 mil. É a resposta que os leitores estão dando ao que lhes é oferecido. Pior: a crise está longe do fim. Ao contrário, está apenas começando. E a resposta que os grandes veículos estão encontrando é a pior possível: a radicalização. Não estão entendendo nada do que está acontecendo.

O jornalista Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, externou muito bem essa perplexidade em seu artigo de ontem, quando se despediu dos leitores para entrar de férias. Sob o sugestivo título " Férias, as últimas?", Rossi escreve:

Hoje em dia, todas as notícias que estão prontas para publicação aparecem antes que os jornais comecem a rodar - ou na TV, ou na internet, ou no rádio.
Logo, a rigor, não há mais notícias "fit to print" que sobrevivam até o dia seguinte, quando os jornais começam a circular. É claro que sempre sobra alguma rebarba de informação exclusiva, mas é pouco para uma indústria tão cara.

Você, meu arguto leitor, que vive se informando na internet, ao folhear um jornalão não tem a nítida impressão de que está lendo o jornal de ontem ou anteontem? O pior é que esses jornais "antigos" são utilizados pelos pauteiros nas emissoras de TV. Os repórteres têm que sair às ruas para requentar o requentado. Isso é servido aos leitores, telespectadores como novidade... Daí a preocupação com a embalagem, o visual moderno e arrojado. É para esconder o mofo.

Por isso, é bobagem essa discussão na internet, que coloca de um lado a mídia tradicional e seus ícones - Kamel, Mainardi - e de outro o novo leitor/espectador. Mainardi e Kamel são empregados. Quando a relação custo-benefício dos processos que a Veja responde com Mainardi começarem a entrar no vermelho, ele roda. O mesmo acontece com Kamel. Afirmam que o chamado Ratzinger da Globo estaria estendendo seus tentáculos a todos os veículos das Organizações. Pior para ele. Quando a corda roer, ele dança. Tiram o bode da sala - no caso, o camelo. E vida que segue. Do blog do Mello

Vereadores ladrões de gado


As polícias Militar e Civil prenderam dois vereadores acusados de roubo e receptação de gado e formação de quadrilha, na região de Palmital, a 380 quilômetros de Curitiba, no centro-oeste do Paraná. Os presos são os vereadores Josmar Moreira Pereira,(PPS) de Laranjal, e José Rodrigues de Assis,(PPS) de Altamira do Paraná. Também foram apreendidos seis armas e vários animais.

Os pedidos para a prisão foram feitos pela Promotoria de Justiça de Palmital, após relatório da polícia, disse o delegado Eduardo Mady Barbosa. Segundo ele, o vereador de Altamira do Paraná já esteve preso, sob acusação de furto de gado.O delegado afirmou que há muita dificuldade de locomoção no interior do município para recolher o gado roubado. "Mas já foram feitas fotos e muitos animais estão remarcados", disse. De acordo com ele, há um mês foram roubadas cerca de cem cabeças de uma única fazenda.

Helena

O Jornal do Amazonino. Comprado com dinheiro público


O procurador Tiago Carneiro, do Ministério Público Federal do Amazonas, investiga os anos de 1996 e 2002, quando foi usado dinheiro de repasses federais para o governo do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL).O governador usou a verba para comprar a gráfica Novo Tempo, que editava o jornal Correio Amazonense.Ainda segundo denúncia apuradas pelo MPF, Carlos Guedes que editava o jornal Correio Amazonense, seria apenas o testa-de-ferro de Amazonino .O procurador-geral do MPF no Amazonas, Ageu Florêncio, informou que foi feita duas ação desmembramento este ano: uma delas está no MPF e a outra seguiu para a Justiça Eleitoral, por uso eleitoral do jornal Correio Amazonense durante a eleição deste ano, em prol da campanha de Amazonino, derrotado ao governo do Estado pelo governador reeleito Eduardo Braga (PMDB). Segundo a assessoria do TRE, a ação foi encaminhada ao Ministério Público Estadual, onde ainda não há promotor destacado para a investigação.

Hoje cerca de 50 funcionários do jornal Correio Amazonense, entre jornalistas e funcionários do departamento comercial e distribuição, foram surpreendidos com o anúncio, feito pelo porteiro, que estavam todos demitidos e iriam, um a um, acompanhados por seguranças, entrar no prédio para esvaziar suas gavetas e assinar cartas de aviso prévio. De acordo com a diretora de redação Monica Santaella, ela e o diretor comercial do jornal também não sabiam que o jornal estaria fechado hoje ou os motivos para o fechamento de forma "tão abrupta".

"O que é certo é que Amazonino Mendes, durante pouco mais de um ano que o Correio durou (foi fundado em junho de 2005), vinha para nossas reuniões de pauta, atuava como um chefe de redação. O que nos fez acreditar que o jornal só tinha sido aberto por interesses políticos e provavelmente iria fechar se Amazonino perdesse a eleição, o que acabou acontecendo", contou uma editora do jornal que não quis se identificar. Amazonino, segundo funcionários, tinha também uma sala no prédio do jornal. No expediente do jornal, até junho deste ano, o nome de Amazonino aparecia como membro do Conselho Editorial.


Helena

Radical PSol tem futuro incerto


Legenda que nasceu de uma dissidência do PT e como opção de uma esquerda mais radical, o Partido Socialismo e Liberdade, o PSol, tem um futuro incerto. As urnas mostraram que sua real sobrevivência é uma incógnita. O partido viveu um bom momento na campanha eleitoral, com o crescimento da candidatura presidencial da senadora Heloísa Helena (AL), que terminou a disputa em terceiro lulgar. Os dirigentes do PSol chegaram a acreditar que a bancada na Câmara, hoje de sete deputados, poderia dobrar. Bem longe disso, o número reduziu à metade: só três deles foram eleitos.

O PSol não atingiu os 5% dos votos para a Câmara, que lhe garantiriam cumprir a cláusula de barreira. Nem chegou aos 2% em nove Estados, como exige a cláusula. Assim, o partido sequer sabe se terá direito ao tempo de TV em programas eleitorais e se vai continuar recebendo o pífio recurso de fundo partidário. Este ano, o PSol recebeu apenas R$ 28 mil.Heloísa Helena, diz que vai deixar para pensar no assunto depois. Agora vai pensar no convite para sair candidata a prefeitura do Rio De Janeiro.

Helena

A folha de São Paulo mentiu e nem ficou sem graça


A Polícia Federal entrega hoje ao juiz da 3ª Vara Federal de Cuiabá, Jeferson Schneider, relatório parcial do inquérito sobre o dossiê Vedoin, com pedido de mais 30 dias de prazo para concluir as investigações. Com mais de mil páginas produzidas em dois meses, o relatório vai sustentar que a trama para compra e divulgação do dossiê partiu de um grupo de dirigentes do PT nacional e regional de São Paulo, com o objetivo de prejudicar candidaturas do PSDB nas últimas eleições. Também deve descrever indícios de vários crimes na trama, entre os quais, fraude financeira, formação de quadrilha e estelionato. O relatório não deve apontar, porém, o mandante da operação, nem desvendar a origem do dinheiro – R$ 1,75 milhão – apreendido em poder de Gedimar Passos e Valdebran Padilha num hotel de São Paulo, no dia 15 de setembro, supostamente destinado à compra do dossiê. Segundo a PF, não existe ainda nenhuma prova ou confissão que incrimine o presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini. Ainda segundo um Polícial Federal, não é verdadeira a notícia publicada ontem no Jornal Folha de São Paulo, na qual informava que a PF afirmava que Ricardo Berzoini tem culpa comprovada. A matéria é mentirosa, disse ele.

Ainda segundo o Policial o delegado responsável pela investigação, Diógenes Curado, ficou surpreso com a matéria da edição de domingo da Folha de S.Paulo(Aqui para assinates) em que afirma que a Polícia Federal incriminaria o presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini, de chefiar o dossiê.A afirmação foi feita por um policial federal que preferiu não se identificar. De acordo com o policial, Curado Ligou para a redação do jornal Folha, afirmando não ter conhecimentos da acusação. .A assessoria da PF afirmou que não tem informações a respeito do dossiê, que está sobre segredo de Justiça. Ontem, a assessoria entrou em contato com Curado, que afirmou que o novo relatório não teria nenhuma novidade marcante.De acordo com a PF, mesmo que Berzoini estivesse sendo investigado como participante no escândalo, o relatório não divulgaria tais informações até que fosse comprovada a participação do deputado. ”Uma observação minha: Eu não estou defendendo Ricardo Berzoini, estou apenas informando a mentira da Folha de São Paulo.


Helena

Vamos aguardar para ver


O Presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, negou hoje que o partido já tenha definido um candidato próprio para disputar a presidência da Câmara dos Deputados em 2007. Segundo Garcia, o assunto sequer foi discutido na reunião do Diretório Nacional do PT, realizada no final de semana em São Paulo. Ele ponderou, no entanto, que o partido tem nomes de “alta qualidade” para ocupar a presidência da Câmara e que, por esse motivo, teria condições de reivindicar a cadeira. “Essa é uma decisão que o PT vai tomar consultando os outros partidos que integram a base de sustentação do governo. Esse é um problema que tem de ser resolvido no marco de uma política de coalizão”, disse. Garcia admitiu que a bancada do PT na Câmara dos Deputados manifestou intenção em ter um candidato, o que, em sua avaliação, é uma “disposição legítima”, mas que precisa ser consultada junto às outras forças aliadas. “A bancada não tomou nenhuma decisão. Ela só poderia tomar uma decisão dessa natureza se tivesse efetivamente todos os votos”, disse.

Helena

Prioridade para o Cone Sul


O desafio da política externa do Presidente Lula em seu segundo mandato será demonstrar na prática a sua “prioridade ainda mais elevada para a América do Sul”. Trata-se da premissa expressa na última quinta-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, dado como um dos raros sobreviventes na equipe de governo a partir de 2007. Com um superávit de US$ 5,9 bilhões no comércio com seus vizinhos entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil reconhece ter contabilizado poucos pontos positivos na sua agenda sul-americana no primeiro mandato de Lula e continua pressionado a assumir seu papel de liderança, sobretudo pelos sócios menores do Mercosul. Na semana passada, Amorim começou a cerzir essas relações fragilizadas em uma estratégica jornada pelo Cone Sul. A iniciativa começou há menos de um mês da reeleição de Lula, a poucas semanas de dois encontros de cúpula relevantes para essa política externa – da América do Sul e África, no dia 30, e da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa), nos dias 8 e 9 de dezembro.

Helena

Marajá


R$ 666 mil é quanto recebeu um único desembargador de Justiça a título de "diferenças salariais". Washington Luiz Damasceno Freitas, de Piranhas, sertão de Alagoas, é corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Estado. Damasceno, de 48 anos, ex-vereador e ex-deputado, foi contemplado com a soma por decisão dele próprio, quando exercia o cargo de presidente do TJ alagoano, em 2004.O caso chegou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem a missão de punir abusos e desleixos da toga, e também a malversação de recursos dos tribunais. O CNJ abriu investigação para descobrir como o desembargador foi merecedor de tanto - qual a base de cálculos e quais os índices de correção aplicados à conta que somou exatamente R$ 666.587,53.A representação ao CNJ foi apresentada por Antônio Sapucaia da Silva, um dos 11 desembargadores do TJ de Alagoas. O ponto central da apuração é o fato de Damasceno ter autorizado a liberação de parte da verba quando ocupava o cargo máximo na corte. Outro detalhe é que mais da metade da bolada não teria relação com o Judiciário, dinheiro de uma época em que ele ainda não era juiz.


Currículo


Juiz de carreira Damasceno não é. Chegou ao TJ por força do quinto constitucional - mecanismo que garante 20% das vagas dos tribunais a procuradores do Ministério Público e à OAB. Foi professor e advogado. Em 1982 ingressou em primeiro lugar no concurso para promotor do Ministério Público Estadual.Em 1988 tornou-se presidente do Diretório Municipal do PMDB de Piranhas, onde foi vereador e presidente da Câmara. Foi deputado por dois mandatos consecutivos, por quatro anos líder do governo na Assembléia. A 3 de fevereiro de 1998 foi nomeado desembargador.O CNJ dispõe de informações de que o dinheiro de Damasceno é relativo a diferenças de vencimentos que não teriam sido pagas em dois períodos - de 1995 a 1998 e de fevereiro de 2000 a dezembro de 2002. Naquele primeiro período, ele ainda estava no Legislativo, como guardião dos interesses do governo de Alagoas. Em 2004, chegou à presidência do TJ. Assumiu por cinco meses a cadeira do desembargador Geraldo Tenório, que se aposentou. O juiz Paulo Zacarias, presidente da Associação dos Magistrados Alagoanos, disse que "com uma canetada o desembargador pagou a ele mesmo quanto quis, como quis". Damasceno não se manifestou sobre os R$ 666 mil.


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Disputa entre civis e militares


Criado em 1990 sob denúncias de irregularidades, o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é motivo de uma disputa silenciosa e milionária entre civis e militares. A briga é para saber quem é o dono de um cada equipamento e até dos imóveis comprados pelo Sipam. Só para a compra das máquinas, foram gastos US$ 1,4 bilhão. Por envolver uma briga jurídica e até de poder, a Casa Civil criou este ano um grupo de trabalho para decidir quem ficará com os bens ou como será feita a partilha.

Apesar de ter produzido um intenso relatório, o grupo de trabalho não apresentou resultados concretos. Após meses de discussões, os técnicos não chegaram a um consenso sobre a partilha dos bens. Cada uma das duas equipes manteve a sua posição. Os militares não abrem mão dos equipamentos, uma moderna parafernália de controle e monitoramento da Amazônia. E os civis querem ter mais controle sobre o patrimônio que consideram ser uma ferramenta para gestão das políticas do governo na região.

Juridicamente, os equipamentos pertencem a uma “entidade” governamental chamada Sivam. Mas, esse órgão, foi extinto. Deu lugar ao Sipam. Para gerir a máquina, foi criado um braço civil: o Centro Gestor e Operacional Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). A sede é em Brasília, no Setor Policial Sul.

Apesar de ser responsável pela administração do sistema, o Censipam não é dono dos equipamentos. Ou seja, os radares e, principalmente, os caças de alta potência não fazem parte do patrimônio do órgão. Uma dessas aeronaves, o R-99, por exemplo, foi utilizada para localizar os destroços do Boeing da Gol, que caiu na Floresta Amazônica, em 29 de setembro. No acidente, 154 pessoas morreram.

A aeronave funciona como uma espécie de imã, pode detectar qualquer tipo de mineral existente no solo. A briga dos civis é para ter mais controle sobre os equipamentos. Essa aeronave, por exemplo, tem capacidade para realizar sobrevôos por toda a Amazônia e fazer medições sobre o índice de desmatamento.

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Sem perdão


Em sessão encerrada na madrugada de domingo, a Câmara Municipal de Santa Rita do Pardo, em Mato Grosso do Sul, cassou os mandatos de cinco de seus vereadores. Oziel Dias Leal (PDT), Zenilda Gregório (PL), Marcelo Goulart (PT), Ana Ruthi Faustino (PL) e Antônio Castelo Branco (PL) foram acusados de formar um grupo para tentar extorquir dinheiro da prefeita Eledir Barcelo de Souza (PT), em troca da aprovação de projetos.

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Para novo membro da cúpula do Vaticano, Bolsa-Família não é "vício", como diz CNBB


Cerca de 5 mil pessoas lotaram ontem à tarde a Catedral da Sé na missa de despedida do cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo. No próximo domingo, dom Cláudio embarcará para Roma, onde assumirá, a convite do Papa Bento XVI, a Congregação do Clero, no Vaticano. Não há previsão para o anúncio do novo arcebispo de São Paulo, a ser indicado por Bento XVI. O Presidente Lula foi convidado, mas mandou carta a dom Cláudio, que deve ser recebido amanhã no Planalto.

Em entrevista, dom Cláudio não endossou a opinião da direção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que chamou o Bolsa Família do governo Lula de "vício" para os pobres do país. - Quando converso sobre o Bolsa Família com Lula, com o Patrus (Ananias), que é o ministro (do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) que cuida disso, ou com outros colegas bispos, vejo que todos percebem que este programa é necessário, porque temos imensa pobreza. São 30 milhões de pessoas que passam necessidades. Enquanto o país não é capaz de se estruturar para dar trabalho a todos, a sociedade tem que, de alguma forma, dar apoio.


Na missa, dom Pedro Luiz Stringhini, um dos seis bispos auxiliares de São Paulo, leu a carta de Lula. "Dom Cláudio, ouso dizer que mais importante do que todas as suas pregações (...) têm sido seus gestos proféticos, desde os tempos das greves do ABC, até sua presença de pai e pastor nos momentos dolorosos vividos por nosso povo", disse o presidente na carta.

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Trem da alegria para 1,3 mil na Câmara


Os deputados federais estão empenhados em montar um robusto trem da alegria na Câmara. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) prevê a efetivação, sem concurso, de funcionários que atuam em cargos de confiança ou como secretários parlamentares do Legislativo Federal. A medida beneficiaria mais de 1,3 mil servidores, que passariam a integrar o quadro efetivo da Casa, com salários que ultrapassam os R$ 10 mil. O lobby feito pelos funcionários requisitados, oriundos de prefeituras ou câmaras municipais, já tem o apoio de 137 congressistas. Está para ser votado na Câmara um trem da alegria que pode efetivar cargos de confiança e secretários parlamentares requisitados. Os salários superam R$ 10 mil

Uma intensa e discreta articulação de servidores concursados cedidos para outros órgãos poderá resultar num “trem da alegria” para mais de 1,3 mil funcionários da Câmara dos Deputados. Pelo menos 378 ocupantes de cargos de natureza especial (CNEs) e cerca de mil secretários parlamentares seriam efetivados nos quadros da Câmara por intermédio de uma emenda constitucional. O grupo de servidores interessados na medida já conseguiu apoio explícito de 137 deputados, que assinaram requerimento solicitando a inclusão na ordem do dia da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 02/2003, que efetiva os servidores cedidos há mais de três anos.A medida terá reflexo ainda maior na Justiça Eleitoral, que conta com cerca de seis mil servidores cedidos de outros órgãos, segundo informações prestadas ao Correio pelo presidente da Associação dos Servidores Requisitados da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte, Franklin de Azevedo, integrante do Conselho Nacional dos Requisitados. De acordo com ele, apenas 180 dos 580 servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) são integrantes do quadro permanente. Os outros 400 são cedidos.

Na comissão especial da Câmara, o substitutivo do relator, Philemon Rodrigues (PTB-PB), especificou que o servidor cedido será efetivado em cargo de atribuições semelhantes e do mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional do posto que ocupava no órgão de origem. Isso significa que um servidor aprovado em concurso para uma câmara de vereadores ou para a prefeitura de uma cidade do interior seria efetivado num cargo de carreira da Câmara ou do Senado, com salário superior a R$ 10 mil em muitos casos.O autor da PEC, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), argumenta que os funcionários que ocupam cargo de confiança na Câmara ou no Senado não seriam beneficiados. Na Câmara, seria o caso dos secretários parlamentares, que trabalham nos gabinetes dos deputados, e os CNEs, lotados nas lideranças partidárias e cargos da Mesa Diretora. Mas a área técnica da Câmara interpreta que esses funcionários serão sim beneficiados, porque pertencem ao mesmo regime jurídico dos servidores efetivos da Casa.

Mobilização

Representantes dos servidores requisitados passaram a semana em articulações na CâmaraInformaram a seus interlocutores que já entregaram uma cópia da PEC 02/2003 . Embora tenha reflexos na folha da pagamento dos três poderes, a emenda constitucional não depende da assinatura do Presidente da República. Após aprovada na Câmara e no Senado, ela seria promulgada pelo presidente do Congresso Nacional. Antes disso, eles trataram de conseguir o apoio de deputados. O primeiro requerimento solicitando a inclusão da matéria na ordem do dia foi apresentado por Sandes Júnior (PP-GO) em 11 de abril deste ano. Depois, foram mais 29 requerimentos em maio, 27 em junho, 40 em julho, até completar 137 na última sexta-feira. Os requerimentos foram assinados por parlamentares dos mais diversos partidos, como Nilton Capixaba (PTB-RO), Luciana Genro (PSol-RS), Sigmaringa Seixas (PT-DF) e Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) — os dois últimos ex-presidentes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), órgão responsável pela definição da constitucionalidade dos projetos em tramitação na Casa.

O Conselho Nacional dos Requisitados contesta a tese de que os servidores cedidos seriam beneficiados por um “trem da alegria”, porque ingressaram na sua carreira de origem mediante aprovação em concurso público. Franklin de Azevedo diz que alguns servidores estão cedidos a 10, 20, 30 anos, estando já próximos da aposentadoria. Hoje com 45 anos, ele trabalhou por 17 anos cedido à Justiça Eleitoral pela prefeitura de Lagoa Salgada (RN). Ao ser devolvido aos quadros da prefeitura neste ano, teve uma redução salarial de R$ 853 para R$ 300. A Secretaria Geral da Câmara informa que não está prevista para a próxima semana a votação da PEC 02/2003. Em outubro do ano passado, os integrantes do Conselho dos Requisitados conseguiram a assinatura de apoio de líderes de 11 dos 12 maiores partidos da Casa. Mesmo assim, o presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP) não aceitou incluir a proposta na pauta de votações.

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Pizzaria da câmara reabre dia 6


Passados quatro meses de a CPI dos Sanguessugas acusar 72 deputados de envolvimento com as máfia das ambulâncias, o Conselho de Ética da Câmara começará a votar processos por quebra de decoro parlamentar. O primeiro da fila, relatado pela deputada Ann Pontes (PDMB-PA) e previsto para entrar na pauta do próximo dia 6, recomendará a absolvição de Celcita Pinheiro (PFL-MT). Além do caso da peefelista, estimam técnicos do conselho, somente mais cinco processos devem ser analisados até o fim da atual legislatura, em 1º de fevereiro, e outros cinco reabertos na próxima, referentes a deputados reeleitos. O restante, no total de 56, deverá ir para o arquivo — o que beneficiará os processados, que manterão os direitos políticos e possibilidade de disputar novas eleições em 2008 e 2010.

A CPI apontou Celcita Pinheiro como beneficiária de R$ 50 mil que foi repassados a ela por Luiz Antônio Trevisan Vedoin, em troca de emendas ao Orçamento que pudessem beneficiar a Planam, empresa da qual é sócio, no fornecimento de ambulâncias superfaturadas para prefeituras. Segundo o empresário, o acordo entre eles foi fechado em 2002, quando Celcita concorria a uma vaga na Câmara dos Deputados. Os recursos, acusou o dono da Planam, foram transferidos a título de adiantamento para que Celcita, se eleita, fizesse a compensação com as emendas.

Ann Pontes, relatora do processo e colega da Celcita Pinheiro do Mato Grosso, concluiu que não há comprovação do pagamento de propina. No relatório, em que pedirá a absolvição da deputada do Mato Grosso, ela argumentará que os dois cheques recebidos na Planam, no valor de R$ 25 mil cada, que teriam sido repassados por Luiz Antônio não tinham fundos, como o próprio empresário declarou posteriormente ao Conselho de Ética, recuando da primeira acusação feita à Justiça Federal. A relatora analisou o sigilo bancário de Celcita e chegou à conclusão de que não houve qualquer pagamento por parte da família Vedoin ao longo do mandato da parlamentar. “Não ficou comprovada ajuda nem antes nem depois do mandato”, disse Ann Pontes a assessores. Procurada pelo Correio, a relatora não quis comentar o teor do parecer. Mas para a CPI, Celcita quebrou o decoro parlamentar ao receber os cheques.

Deputados sanguessugas que serão inocentados:


Os 72 parlamentares acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias desviaram dos cofres públicos mais de R$ 100 milhões. O campeão é o deputado Lino Rossi (PP-MT) que recebeu R$ 3,04 milhões do esquema. O deputado é apontado pelo sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin como um dos que ajudavam a quadrilha a cooptar colegas. Em comum, os deputados e senadores beneficiados pelo esquema têm o fato de receberem dinheiro na própria conta ou na de assessores. O fato permitiu aos chefes do esquema, os donos da Planam --Luiz Antonio e Darci Vedoin-- documentarem o escândalo.

Foi a partir dessas provas que a CPI chegou hoje aos nomes de 72 envolvidos. Todos deveriam perder os mandatos acusados de quebra de decoro parlamentar. Mas ficou decidido que todos vão ser inocentados. A seguir o que pesa contra cada uma dos denunciados.

Adelor Vieira (PMDB-SC) - O deputado recebeu R$ 40 mil da Planam por ter apresentado uma emenda no valor de R$ 560 mil para a compra de ambulância. Também ajudou a direcionar a licitação para beneficiar a Planam. Do valor que recebeu, R$ 26 mil foi na própria conta.

Agnaldo Muniz (PP-RO) - O deputado recebeu R$ 12 mil de uma empresa laranja da Planam por ter apresentado emenda para a compra de ambulância. O valor corresponde a 10% da emenda apresentada e liberada.

Alceste Almeida (PTB-RR) - Teria recebeu R$ 65 mil do esquema da Planam por ter apresentado e liberado emendas para ambulâncias. A maior parte do dinheiro - R$ 48 mil - foi entregue no gabinete da deputada em espécie.

Almeida de Jesus (PL-CE) - A deputada recebeu R$ 20 mil da Planam. O dinheiro foi depositado em conta de assessores indicado a Luiz Antonio Trevisan Vedoin pela própria deputada.

Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ) - A deputada apresentou seis emendas parlamentares para a compra de ambulâncias em acordo com a Planam. Não há o valor de quanto ela recebeu, embora o relatório indique que a propina era de 10% sobre cada emendas.

Almir Moura (PFL-RJ) - O deputado recebeu R$ 80 mil em dinheiro vivo do esquema por ter apresentado e liberado emenda para ambulância. O dinheiro foi entregue ao chefe de gabinete do parlamentar. Outros R$ 20 mil foram adiantados ao deputado por ele ter apresentado uma emenda.

Amauri Gasques (PL-SP) - O deputado recebeu R$ 46 mil do esquema. O valor foi depositado em contas da esposa e de assessores do parlamentar e parte entregue em dinheiro vivo.

Benedito Dias (PP-AP) - O deputado recebeu R$ 44 mil do esquema. Todo o valor foi depositado na conta do deputado. A CPI identificou que todas as emendas do deputado foram liberadas para empresas da quadrilha.

Benjamin Maranhão (PMDB-PB) - O deputado recebeu R$ 40 mil do esquema. A CPI identificou que o próprio parlamentar teria feito contato com os prefeitos para acertar os detalhes das licitações direcionadas. O dinheiro da propina foi repassado em espécie e depositado na conta do parlamentar.

Cabo Júlio (PMDB-MG) - O deputado recebeu R$ 331.736,00 da quadrilha. A CPI identificou depósitos na conta do próprio parlamentar. O deputado também recebeu um presente de aniversário da quadrilha no valor de R$ 2 mil.

Carlos Dunga (PTB-PB) - O deputado recebeu R$ 23.500,00 da quadrilha referente a apresentação de emendas que não teriam sido liberadas 'por falta de empenho do parlamentar', conforme disse o sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin.

Carlos Nader (PL-RJ) - O deputado recebeu R$ 93 mil do esquema.A maior parte do dinheiro foi entregue ao deputado em espécie no gabinete dele na Câmara.

Celcita Pinheiro (PFL-MT) - A deputada recebeu R$ 50 mil do esquema. O pagamento foi feito por cheque. O dinheiro foi repassado como ajuda financeira para a campanha da deputada com o compromisso de que se fosse eleita apresentaria emendas que beneficiariam a quadrilha. A promessa foi paga em 2004.

César Bandeira (PFL-MA) - O deputado recebeu R$ 20 mil do esquema pela apresentação de emenda para ambulância. O assessor do deputado procurou a prefeitura de Lago da Pedra para acertar detalhes do direcionamento da licitação. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor do deputado.

Cleonâncio Fonseca (PP-SE) - O deputado recebeu R$ 24 mil do esquema. Foi o parlamentar quem tratou com a prefeitura para direcionar a licitação beneficiando a quadrilha.

Cleuber Carneiro (PFL-MG) - O deputado recebeu R$ 56.400,00 do esquema por emendas apresentadas. O deputado também ajudou os prefeitos a fraudar as licitações para beneficiar a quadrilha. Parte do dinheiro foi depositado na conta do próprio deputado, mas ele também recebeu em espécie R$ 42 mil.

Coriolano Sales (PFL-BA) - O deputado recebeu R$ 172.438,00 do esquema. A maior parte do valor, R$ 120 mil, não foi repassado em dinheiro. O deputado recebeu uma 'máquina de jornal' que, segundo a CPI, está em poder do parlamentar.

Coronel Alves (PL-AP) - O deputado recebeu R$ 25 mil do esquema em dinheiro. O deputado também recebeu um ônibus da Planam que estaria registrado no nome dele.

Edir de Oliveira (PTB-RS) - O deputado recebeu R$ 30 mil do esquema. O deputado entrou em contato com prefeitos para acertar detalhes do direcionamento das emendas.

Edna Macedo (PTB-SP) - A deputada recebeu R$ 60 mil do esquema. A maior parte do dinheiro - R$ 50 mil - foi em espécie; o restante depositado na conta do filho da deputada.

Eduardo Seabra (PTB-AP) - O deputado recebeu R$ 44 mil do esquema por empresas apresentadas e liberadas. Os contatos eram feitos com um assessor do deputado.

Elaine Costa (PTB-RJ) - A deputada recebeu R$ 440.212,00 do esquema por emendas apresentadas e liberadas. O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin denunciou que vendeu um veículo para a APAE de São Gonçalo, reduto eleitoral da deputada, entre 2005 e 2006, com recursos de emenda da deputada, mas a a entidade não recebeu o veículo.

Enivaldo Ribeiro (PP-PB) - O deputado recebeu R$ 48 mil do esquema por emendas apresentadas e liberadas. R$ 20 mil foram depositados na própria conta do deputado; o restante na de um assessor.

Érico Ribeiro (PP-RS) - O deputado recebeu R$ 10 mil do esquema. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor. O deputado recebeu o dinheiro de antecipação, mas a emenda dele não chegou a ser liberada. O deputado não devolveu o valor para a quadrilha.

Nilton Capixaba (PTB-RO) - O deputado recebeu do esquema mais de R$ 1 milhão. O relatório parcial da CPI apresenta duas tabelas de valores que teriam sido repassados para o deputado. A primeira soma R$ 646.600,00 e a segunda, R$ 413.827,50. A CPI identificou depósito na conta do deputado, de assessores e familiares.

João Caldas (PL-AL) - O deputado recebeu R$ 70 da Planam pela apresentação e liberação de emendas para o grupo. João Caldas também se reuniu com prefeitos para tratar do direcionamento das licitações para beneficiar a Planam. Os valores foram repassados em cheque entregues ao próprio deputado.

Lino Rossi (PP-MT) - O deputado recebeu R$ 3,04 milhões do esquema da Planam. Rossi é apontado como quem ajudava a Planam a cooptar parlamentares para entrar no esquema. O dinheiro foi depositado em contas bancárias. Nos anos de 2000 a 2003 todas as emendas individuais do deputado foram destinadas à compra de ambulâncias.

Fernando Gonçalves (PTB-RJ) - O deputado recebeu R$ 411.500,00 do esquema. A maior parte do dinheiro foi entregue ao deputado no gabinete dele em Brasília. Fernando Gonçalves é suplente do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado pelo seu envolvimento com o escândalo do mensalão. O deputado Fernando Gonçalves ajudou as prefeituras no direcionamento das licitações.

Heleno Silva (PL-SE) - O deputado recebeu R$ 50 mil do esquema. O dinheiro foi entregue em várias parcelas no gabinete do parlamentar. Há recibos da Planam comprovando o recebimento. Luiz Antonio Trevisan Vedoin contou no depoimento à Justiça de Mato Grosso que o valor pago foi de adiantamento por emendas que seriam apresentadas, mas não chegaram a ser liberadas. Vedoin disse que o deputado fugia dele no Congresso por causa da promessa não cumprida.

Ildeo Araújo (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 19.200,00 do esquema. O dinheiro foi depositado na conta de um assessor do parlamentar. Luiz Antonio Vedoin disse no depoimento à Justiça que como foi eleito por apenas 200 votos, no rastro do deputado Enéas Carneiro (PRONA-SP), Ildeo disse a ele que não tinha compromisso com o mandato e 'literalmente vendeu a emenda'. Em 2005, o deputado pediu R$ 50 mil antecipado, mas não recebeu.

Professor Irapuan Teixeira (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 111.500,00 do esquema. Parte do valor foi entregue pessoalmente ao parlamentar. R$ 80 mil teriam sido transferidos para a conta dele. O próprio deputado fez contato com a instituição para a qual destinou emenda para direcionar a licitação para a Planam.

Íris Simões (PTB-PR) - O deputado recebeu R$ 251.490,00 do esquema. A maior parte do dinheiro foi depositada na conta de uma assessora do deputado. O sócio da Planam Luiz Antonio Trevisan Vedoin disse que do valor repassado, de R$ 80 mil a R$ 90 mil foram de adiantamento de emendas que acabaram não sendo liberadas.

Isaías Silvestre (PSB-MG) - O deputado recebeu R$ 82 mil do esquema. O dinheiro foi repassado em espécie.

João Batista (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 22 mil do esquema. O dinheiro foi repassado para contas do deputado ou da esposa dele.

João Correia (PMDB-AC) - O deputado recebeu R$ 12 mil do esquema por ter apresentado emenda para a compra de ambulância. O valor da propina seria de R$ 24 mil, mas somente metade foi repassado porque o esquema foi descoberto.

João Grandão (PT-MS) - O deputado recebeu R$ 25 mil do esquema. O petista também teria atuado para que as prefeituras indicadas para o recebimento das emendas fraudassem as licitações para contemplar o esquema da Planam.

João Magalhães (PMDB-MG) - O deputado recebeu R$ 42 mil em espécie, de propina, num hotel em Brasília do grupo Planam.

João Mendes de Jesus (PSB-RJ) - O deputado recebeu R$ 157 mil do esquema. O deputado teria recebido propina não só por emendas para ambulâncias, mas também por ter destinado recursos para a compra de ônibus do programa de Inclusão Digital, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Jonival Lucas (PTB-BA) - O deputado recebeu R$ 7.300,00 do esquema. O valor é referente a 10% da emenda apresentada pelo parlamentar para a compra de ambulância. O próprio deputado entrou em contato com o prefeito para acertar detalhes da licitação beneficiando a Planam.

Jorge Pinheiro (PL-DF) - O deputado recebeu R$ 75 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil foram depositados na conta de um assessor e o restante pagos em espécie ao próprio deputado.

José Divino (PMR-RJ) - O deputado recebeu R$ 60 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil foram entregues ao próprio deputado no gabinete em Brasília. O restante foi depositado na conta pessoal do deputado.

José Militão (PTB-MG) - O deputado recebeu R$ 10 mil. O dinheiro foi depositado na conta de assessores. No depoimento à Justiça, Luiz Antonio Vedoin disse que o valor era destinado ao parlamentar.

Júnior Betão (PL-AC) - O deputado recebeu R$ 170 mil do esquema. O petista queria receber R$ 230 mil, mas não conseguiu um acordo com os donos da Planam. O dinheiro foi entregue em espécie para o sogro do deputado, num hotel de Brasília.

Laura Carneira (PFL-RJ) - O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin disse no depoimento à Justiça de Cuiabá que não efetivou pagamento de qualquer comissão à parlamentar. A pefelista foi incluída na lista porque assessores e prefeitos ligados a ela foram flagrados em conversa telefônica dizendo que R$ 80 mil deveriam ser repassados à 'mulher'. Especula-se que a 'mulher' seria Laura Carneiro.

Marcelino Fraga (PMDB-ES) - O deputado recebeu R$ 32.600,00 de propina da Planam por apresentar emendas para ambulâncias e ônibus do programa de Inclusão Digital. Um assessor do deputado também teria recebido outros R$ 10 mil. O relatório não esclarece se esse valor também foi repassado ao peemedebista.

Marcondes Gadelha (PSB-PB) - O deputado recebeu R$ 15 mil pela apresentação de emendas para ambulâncias. O prefeito aliado de Gadelha recebeu R$ 14 mil de propina. O valor destinado ao deputado pode ter sido maior, pois o relatório cita pagamento a um assessor de Gadelha, mas não indica o valor.

Marcos Abramo (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 54 mil do esquema. O dinheiro foi repassado em espécie para o parlamentar num flat em Brasília. Segundo Luiz Antonio Vedoin há testemunhas. O próprio deputado fez o contato com entidades e o prefeito de Poá para direcionar a licitação das emendas.

Marcos de Jesus (PFL-PE) - O deputado recebeu R$ 24 mil do esquema. O pagamento foi efetuado em duas parcelas: R$ 12 mil em cheque e o restante em espécie. O valor foi entregue ao deputado no gabinete dele em Brasília.

Neuton Lima (PTB-SP) - O deputado recebeu R$ 152 mil do esquema. A maior parte dos recursos foram transferidos para contas do deputado ou pessoas próximas. O deputado também recebeu um microônibus no valor de R$ 67 mil.

Ney Suassuna (PMDB-PB) - O senador recebeu R$ 222,5 mil do esquema. O dinheiro foi entregue em espécie para assessores do senador e também via transferência bancária. Luiz Vedoin disse que nunca conversou pessoalmente com o senador.

Osmânio Pereira (PTB-MG) - O deputado recebeu entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, em espécie, mas Luiz Antônio Vedoin, que tratava das emendas diretamente com o deputado, não soube precisar a quantia. O valor foi de adiantamento por uma emenda apresentada, mas que não chegou a ser liberada.

Pastor Amarildo (PSC-TO) - O deputado recebeu R$ 90 mil do esquema. Do total, R$ 40 mil é referente ao valor de um micro-ônibus que foi repassado ao deputado. Outros R$ 50 mil foram pagos a uma mulher que não foi identificada pelo dono da Planam. Luiz Vedoin disse apenas que foi o deputado quem mandou fazer o depósito na conta dela.

Paulo Baltazar (PSB-RJ) - O deputado recebeu do esquema R$ 63.500,00. O valor foi depositado na conta de assessores do deputado.

Pedro Henry (PP-MT) - O deputado recebeu do esquema R$ 140 mil. O dinheiro foi repassado por cheque na conta de assessores do parlamentar. O deputado também ganhou uma caminhonete Blazer DLX, no valor de R$ 48 mil.

Raimundo Santos (PL-PA) - O deputado recebeu R$ 47 mil do esquema. O dinheiro foi repassado na conta de um assessor que trabalha no gabinete do deputado em Brasília. Os assessores do parlamentar também teriam entrado em contato com prefeitos para tratar das licitações que eram fraudadas para beneficiar a Planam.

Reginaldo Germano (PP-BA) - O deputado recebeu R$ 129 mil do esquema. Do total, R$ 50 mil foram repassados em dinheiro vivo para o parlamentar; o restante foi depositado na conta pessoal e de assessores do deputado.

Reinaldo Betão (PL-RJ) - O deputado recebeu um carro do esquema no valor de R$ 40 mil. A quadrilha repassou para Betão um Fiat Fiorino O KM. O carro já estaria no nome do deputado.

Reinaldo Gripp (PL-RJ) - O deputado recebeu R$197 mil do esquema. O deputado chegou a receber um cheque no valor de R$ 100 mil, mas o valor foi resgatado porque a emenda não chegou a ser liberada.

Ricarte de Freitas (PTB-MT) - O deputado recebeu R$ 953.456,60. O valor foi repassado em várias parcelas em contas bancárias de assessores. O dinheiro foi usado para pagamento de factoring, compra de passagens aéreas e compra de veículo.

Josué Bengston (PTB-PA) - O deputado recebeu R$ 93.992 mil do esquema. O valor foi repassado em várias parcelas por meio de depósito em contas. O relatório não indica se o deputado recebeu o valor na própria conta ou na de assessores.

Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) - O genro da senadora recebeu R$ 35 mil do esquema. A CPI considerou que o dinheiro foi para a senadora. A conversa entre o genro e a família Vedoin era que ela necessitava do recurso para pagar dívida de campanha. A senadora em troca do dinheiro apresentou uma emenda de R$ 700 mil para ambulância. As emendas foram liberadas.

Vanderlei Assis (PP-SP) - O deputado recebeu R$ 60.000,00 do esquema. Um assessor do deputado também foi beneficiado com R$ 2.500,00. O dinheiro para o parlamentar foi repassado por meio da conta corrente de assessores e também em pessoalmente.

Vieira Reis (PSB-RJ) - O deputado recebeu R$ 66.500,00 mil do esquema. O valor foi depositado em contas via transferência bancária. Não está especificado se na conta do próprio parlamentar ou na de assessores.

Bispo Wanderval Santos (PL-SP) - O deputado recebeu R$ 50 mil do esquema como parte do pagamento de uma BMW. Ele também recebeu em espécie mais R$ 19.272,96 em dinheiro vivo no gabinete.

Wellington Fagundes (PL-MT) - O deputado recebeu R$ 100 mil em espécie do esquema. Segundo os donos da Planam o dinheiro foi repassado em várias parcelas.

Wellington Roberto (PL-PB) - O deputado recebeu R$ 9.500,00 em dinheiro repassado a um assessor. O pagamento foi feito no gabinete do deputado

Robério Nunes (PFL-BA) - O deputado recebeu R$ 10 mil na conta de uma pessoa indicada pelo parlamentar. Outros R$ 15 mil foram pagos diretamente ao parlamentar em dinheiro vivo.

Ricardo Rique (PL-PB) - O deputado recebeu R$ 34 mil, parte em espécie e a outra em depósito nas contas de assessores.

Maurício Rabelo (PL-TO) - O deputado recebeu R$ 100 mil do esquema. Todo dinheiro - pago em parcelas - foi repassado em espécie para o parlamentar. A Planam tem recibos dos pagamentos.

Senador Magno Malta (PL-ES) - O senador recebeu do esquema um carro Fiat Ducat no valor de R$ 50 mil. O pagamento foi referente a uma emenda apresentada pelo senador para a compra de ambulância. A emenda, no entanto, não foi aprovada, mas o senador ficou com o carro.

Paulo Gouvêa (PL-RS) - O deputado recebeu R$ 30 mil do esquema. O valor foi depositado na conta de um assessor do deputado Valdeci Paiva e repassado para Paulo Gouvêa. O deputado também atuava cooptando outros parlamentares para o esquema.

Paulo Feijó (PSDB-RJ) - O deputado recebeu R$ 182.840,00. O dinheiro foi depositado em contas de assessores e familiares. O deputado também recebeu em espécie no gabinete em Brasília.

Helena