sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
VIVA PEDRO
Homenagem dos militantes do MST ao Pedro de todos, por seus 80 anos de coerência e exemplo de vida
PEDRO NOSSO
Ademar Bogo
(Bahia, 16 de fevereiro de 2008)
Pedro: pedra
Pedro: terra
Pedro: água, árvore, Amazônia.
Pedro: povo
Pedro: Pátria latina
Pedro: ensina
Pedro aprende:
Não se vende!
Não se rende
Não se prende...
Pedro: nosso
Pedro: pastor
Pedro: amor, humildade, solidariedade.
Pedro: servidor
Pedro: animador
Pedro: comunhão
Pedro: coração
Atento
Sentimento
Movimento.
Pedro: irmão
Pedro: guerreiro
Pedro: hospitaleiro, selva, celeiro.
Pedro: indígena
Pedro: camponês
Pedro: fez
Pedro: faz
A luta
Na disputa
Pela paz.
Pedro: agente
Pedro: valente
Pedro: ardente, confidente, continente.
Pedro: tudo, sobre tudo, além de tudo.
Pedro; terno
Pedro: eterno:
Camarada!
Camarada!
Camarada!
O Presidente da Educação: Escolas de tecnologia de ponta chegam em Quixadá
A licitação já está em curso. R$ 1,2 milhão já foram liberados para a construção, além de R$ 600 mil para comprar equipamentos.
Até 2011, a UFC abrirá mais cinco cursos em Quixadá:
- Engenharia de Software.
- Tecnologia da Informação
- Análise e Desenvolvimento de Sistema;
- Redes de Computadores;
- Jogos Digitais;
A UFC em Quixadá já oferece o curso de Sistemas de Informação, em instalações provisórias no Centro de Ensino e Tecnológico e Aperfeiçoamento Profissional (Cestap), na CE-013, na estrada do Cedro.
A Escola-Modelo José Bonifácio de Sousa, localizada no bairro Campo Novo (um dos bairros mais carentes de Quixadá), foi a primeira visita do Presidente na cidade, para inaugurar um laboratório de Informática com micro-computadores ligados à Intenet, e anunciou a liberação de R$ 164 mil para a construção da quadra poliesportiva.
Esta escola foi construída noa no passado, com recursos do governo Federal no valor de R$ 755 mil. Tem quasse 900 alunos do Ensino Fundamental.
O)s alunos, crianças, correram para abraçar o Presidente. Os fotógrafos pediram: “vira presidente!” (para as câmaras), brincando, Lula respondeu : “tou virando”.
Meus queridos leitores
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“Se ele quiser ser político, renuncie lá e se candidate a um cargo para falar as bobagens que quiser, a hora que quiser. Mas não ficar se metendo na política do Poder Executivo”."De repente, alguém fala: "Olha, se entrarem na Justiça, eu vou analisar". Na verdade, ele deu a senha para o PFL e para o PSDB", disse Lula.
“Não existe crise de poderes nesse país, até porque cada poder tem autonomia suficiente e nós aprendemos que a sustentabilidade da democracia está no fato de você respeitar a autonomia de cada um. Agora, da mesma forma que como ser humano e brasileiro as pessoas dão palpite sobre as coisas, o presidente da República pode dar palpite e julgar o palpite dos outros. Afinal de contas, aí está um debate político” ´Presidente Lula em Aracaju
O futuro presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, também ministro do STF, preferiu não entrar na polêmica. Para ele, o dircurso de Lula foi dirigido a Marco Aurélio, não a todo o Judiciário. "As generalizações são sempre perigosas.
O PIG soltou seus cães. Passe raiva com a Dona Lúcia Hippolito
"Seria bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas deles, o Legislativo apenas nas coisas deles e o Executivo apenas nas coisas deles. Nós iríamos criar a harmonia estabelecida na Constituição". Foi o que disse o presidente Lula em Aracaju, depois de ironizar a oposição pela entrada na Justiça contra o Territórios da Cidadania, que alega que o programa é eleitoreiro.
"Acho que Sua Excelência ( Lula) não se deu conta do nível de desinformação, não sabe que numa democracia os poderes vigiam uns aos outros, é peso e contrapeso", diz Lucia Hippolito. "Os três poderes são independentes, harmônicos, mas se vigiam exatamente para impedir a tirania de um sobre o outro."
Nelson Canesin
Frases do ano
Lula em Quixadá (CE), :"Eu acho que é importante o povo saber que tem setores da oposição que estão entrando na Justiça para evitar que se faça política que deveriam ter feito quando governaram o Brasil. Vou continuar fazendo porque fui eleito para governar o país".
Recado para o primo do Collor
Lula em Aracaju:"Seria tão bom se o poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas deles, o Legislativo [metesse o nariz] apenas nas coisas deles, e o Executivo [metesse o nariz] apenas nas coisas deles. Nós iríamos criar a harmonia estabelecida na Constituição",
No discurso Lula disse:"Este país vai virar um canteiro de obras". "Já disse para minha assessoria: a partir de agora são dois dias [da semana] em Brasília e o resto andando pelo país, para que a gente possa ver as coisas acontecerem."
Elle está bravo
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, reagiu com irritação à decisão da Comissão Mista de Orçamento de cortar pela metade a verba para a construção da nova sede do tribunal. Com a decisão, a obra da nova sede do TSE perdeu R$ 40 milhões dos R$ 80 milhões previstos para este ano. “Não me cabe atitude alguma a não ser acatar a deliberação de nossos representantes, deputados e senadores. Se resolveram, numa opção política, diminuir o orçamento da Justiça Eleitoral, que se aguardem conseqüências quanto ao funcionamento da própria máquina, de imediato e projetado no tempo”, ameaçou Marco Aurélio.
Comentario do Nelson Canesin
O presidente Lula lançou o programa "Territórios da Cidadania" na segunda-feira e no dia seguinte o ministro Marco Aurélio estava nos jornalões do PIG dizendo que considerava o plano eleitoreiro mas que "só iria se manifestar" se houvesse uma representação contra o programa. Primeiro, já havia se manifestado, segundo, deu a dica para a oposição entrar rapidinho com uma representação. Ontem em Quixadá, falando para 5 mil pessoas Lula bateu merecidamente na oposição e no ministro, disse que se o ministro quizer fazer política que deixe o cargo e se filie a algum partido político e que a oposição mostrou que não gosta mesmo de pobre. Tiraram 40 bilhões da saúde com o fim da CPMF e agora querem, na justiça, derrubar um programa que beneficia os lugares com o menor IDH do Brasil. Parabéns presidente Lula!! Para quem não conhece o programa, acesse http://www.territoriosdacidadania.gov.br/
E tem mais...quando era ministro do TSE em 2006, quando as urnas que restavam para serem apuradas já garantiam a reeleição de Lula, o ministro Marco Aurélio declarou que matematicamente o candidato Alkmin não podia mais vencer. Ele não disse em momento nenhum que declarava eleito o presidente Lula.
Valor Econônico mente sobre privatização
O jornal Valor Econônico, pulicou ontem uma matéria, na qual, segundo o jornalista Cristiano Romero, o governo federal estava elaborando um plano para a Infraero, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estudava a privatização da estatal, que administra 67 aeroportos no país. Ainda segundo o jornal, numa reunião recente, em Brasília, com a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, empresários interessados em investir na Infraero explicaram que, dado o histórico de corrupção da companhia e a interferência política em sua administração, apenas a venda do controle despertaria o interesse do setor privado. Dilma, segundo contava o jornal Valor, teria, então, autorizado o BNDES a estudar a privatização da Infraero. Mentiu o jornal e mentiu o jornalista.
Diante de uma matéria grande e mentirosa de ontem, hoje, o jornal, publicou essa notinha de desmentido: “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou uma nota ontem na qual afirma que a privatização da Empresa Brasileira de Administração Aeroportuária (Infraero) não está sendo cogitada pelo governo. Assinada pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a nota confirma que o banco está estudando a abertura de capital da Infraero a pedido do governo federal, que manteria o controle da companhia, permanecendo como acionista majoritário. A estatal controla 67 aeroportos no país e tem cerca de 11 mil funcionários próprios e 14 mil terceirizados”.
Ontem no Estadão, a notinha era essa: “Coutinho diz que "em relação ao texto publicado hoje no jornal Valor Econômico, sobre a Infraero, venho a público esclarecer que não se cogita a privatização da empresa". Segundo ele, o BNDES, a pedido do governo, estuda a abertura do capital da Infraero, mantendo o Estado como acionista majoritário e o controle público sobre a companhia”.
"As mudanças que estão sendo analisadas têm o objetivo de profissionalizar a gestão (da Infraero) e abrir o seu capital na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) no nível II de governança (corporativa)". Ele conclui que "as especulações sobre a privatização da companhia carecem, portanto, de qualquer fundamento". Para você entender a história da privatização do setor aéreo, leia aqui
PIB cresce com reforma
O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas em um país, deve ser elevado no Brasil com a implementação da reforma tributária. Em análise prospectiva para os próximos 20 anos, o governo prevê que a economia do País pode crescer em média 0,5 ponto percentual ao ano com a adição das medidas propostas. De acordo com projeções do Ministério da Fazenda, a reforma pode aumentar o PIB em até 12,2% em 20 anos. O governo avalia que as hipóteses de crescimento são conservadoras e podem ter efeito por duas décadas. A previsão é de que as medidas propostas beneficiem empresas, trabalhadores, estados e municípios.
Saúde da Família
O Programa Saúde da Família, do governo federal, vai cobrir o atendimento médico de 150 milhões de brasileiros até 2010, anunciou ontem o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Atualmente, mais de 27 mil equipes do programa atuam em 5,1 mil municípios. A intenção, segundo o ministro, é chegar a 40 mil equipes atendendo até 2010. "Na prática significaria que todos os brasileiros que não dispõem de planos e convênios de saúde estariam cobertos pela estratégia", disse. Segundo ele, o desafio agora é chegar aos municípios com mais de 500 mil habitantes.
Em ano eleitoral, prefeito do PSDB distribui cesta básica para o elitorado. Vai tomar providência Marco Aurélio?
O sol ainda não havia nascido em Tailândia (a 218 km de Belém, PA), mas a desempregada Luizangela Nunes, 28, já estava em frente à fazenda onde mora o prefeito Paulo Jasper (eleito pelo PSDB ), a seis quilômetros da cidade. Ex-cozinheira de uma serraria suspeita de manter estoques ilegais de madeira, Luizangela Nunes queria garantir uma das 5.000 cestas básicas que seriam doadas pelo prefeito da cidade.
Em frente à fazenda, a primeira-dama Higia Frota, comandava pessoalmente a distribuição. Pedia calma às pessoas e pressa à organização. Às 9h10, mandou abrir as portas do caminhão que trazia os alimentos.
No auge da ação, o prefeito surgiu a bordo de uma van. O veículo parou em frente ao caminhão, e Macarrão, como é conhecido, saiu de braços erguidos, saudando a multidão, que gritava seu apelido.
O prefeito, que foi reeleito, e a primeira-dama não deram entrevistas. O secretário de Administração, Cristóvão Pinto, não soube dizer quanto foi gasto. Disse que ação aconteceu na frente da casa do prefeito porque o local é "muito visitado pela população e tinha mais estrutura". Leia aqui
E o Marco Aurélio de Mello não se promunciou . Afinal, o prefeito é do partido dele.
Brasil nunca empregou tanto em um início de ano
Das 21,3 milhões de pessoas ocupadas no país, 51,1% ou o equivalente a 10,866 milhões de brasileiros têm carteira assinada. Esse é o maior número de trabalhadores formalizados já apurado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) desde março de 2002, quando a série começou a ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro ano de governo do Presidente Lula , 42,4% dos ocupados eram formalizados.
Esse fenômeno é também conseqüência da estabilidade econômica e da maior confiança dos empresários de que o país continuará crescendo no longo prazo.O resultado está em linha com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)”, afirma o coordenador da PME, Cimar Azeredo. O Caged, que é divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho, tem uma metodologia diferente da utilizada pelo IBGE, porém, também vem apontando sucessivos recordes na criação de postos de trabalho formais.
Somente na iniciativa privada, o emprego formal registrou uma expansão de 8,7% em janeiro na comparação com janeiro de 2006, atingindo 43,8% da população ocupada. Já no serviço militar ou funcionalismo público estatutário, a alta chegou a 1,4%, representando 7,3% do total das pessoas com emprego. O percentual de trabalhadores com carteira assinada vem subindo há sete meses consecutivos. É a maior participação no total do mercado em toda a série histórica, afirmou Cimar Azeredo.
Com o aumento da formalização, a taxa de desemprego no país caiu de 9,3% em janeiro de 2007 para 8,0% no mês passado — segunda menor taxa já registrada pela PME desde 2002, perdendo apenas para dezembro de 2007 (7,4%). Isso aconteceu porque o ritmo do crescimento do número de pessoas ocupadas (3,6%) é bem superior ao da População Economicamente Ativa (2,2%). Na avaliação de Azeredo, o país está criando novos postos de trabalho com mais qualidade e melhores salários. O rendimento real médio dos ocupados foi de R$ 1.172,50 no mês passado, o que representa uma elevação de 3,4% em relação a janeiro de 2007.
A pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Maria Andreia Parente Lameiros, concorda com Azeredo. O maior número de contratações formais tem ocorrido, principalmente, na indústria e comércio. No caso da indústria, explica Maria Andreia, os segmentos que apresentaram uma expansão menor foram o de vestuário e têxtil, que sofrem com a valorização do real frente ao dólar e com a competitividade voraz dos produtos importados. “Mas o crescimento do emprego formal na indústria é generalizado”, ressalta a pesquisadora.
A economista da consultoria Tendências, Cláudia Oshiro, destaca que o aumento da quantidade de empregos com carteira assinada está relacionado ao otimismo dos empresários de que a economia continuará em expansão. “Isso faz com que ele opte por arcar com todos os custos contratuais, que são altos”, frisa Cláudia. Ela acrescenta que o posto de trabalho formal traz a sensação de segurança, o que estimula o consumo e, conseqüentemente, a ampliação do Produto Interno Bruto (PIB).
O menor nível para janeiro
O país iniciou o ano com a menor taxa de desemprego já registrada em um mês de janeiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa representou 8% da População Economicamente Ativa (PEA), a segunda mais baixa da série histórica iniciada em março de 2002, perdendo apenas para dezembro de 2007 (7,4%). Em janeiro do ano passado, o desemprego era de 9,3%. A pesquisa analisa dados das seis maiores regiões metropolitanas do país — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.
O coordenador da PME, Cimar Azeredo, explica que, somente no mês passado, 120 mil pessoas foram demitidas, o que refletiu automaticamente na ligeira elevação do desemprego. A maior parte das dispensas foi promovida no comércio, que normalmente contrata milhares de temporários para atender o movimento adicional de final de ano e, passada a febre pelo consumo, realiza demissões. “Esse aumento já era esperado e é explicado pela dispensa de temporários”, afirma. “O resultado para o primeiro mês do ano foi muito favorável”, acrescenta.
A PME mostra que a PEA contava com 23,1 milhões de pessoas em janeiro, sendo que 21,26 milhões estão ocupadas e 1,84 milhão estão desocupados. O contingente de desempregados cresceu 7,5% de dezembro para o mês passado. Em relação a janeiro de 2007, houve queda de 12,1%. Na comparação anual, houve quedas em Recife (13,6%), Salvador (15,4%), Belo Horizonte (18,0%), São Paulo (12,8%) e Porto Alegre (20,4%).
Com informações do Correio Braziliense
Ato público hoje (29) contra privataria da CESP e defesa das políticas públicas
Exigirá o fim das privatizações, e defenderá as políticas públicas.
Em manifesto, haverá protestos contra:
- Privatização da Cesp: estão entregando o patrimônio paulista prontinho de mão beijada, barato, para ser explorado com aumento futuro das tarifas, o que esfolará o bolso do cidadão e emperrará o desenvolvimento paulista.
- Corrupção dos tucanos: José Serra está sendo acusado de emitir notas frias durante a campanha à presidência da República.
- O uso abusivo do SERRAcard, sem transparência, ocultando possíveis atos de corrupção.
- O abafamento das CPI's na Assembléia Paulista.
- Educação: São Paulo investe apenas 3,5 do PIB do Estado no setor
- Saúde: O governo aposta na terceirização dos serviços e na transferência de responsabilidade do Estado para empresas privadas. A conseqüência é um serviço precário, onde se prioriza os atendimentos mais lucrativos em detrimento das reais necessidade da população.
- Transportes: O setor de transportes, especialmente o Metrô, também tem sofrido com a falta de investimento público, com a tercerização de mão-de-obra e com a privatização da Linha 4. Conseqüências: sucateamento do serviço, especialmente da manutenção preventiva, com constantes acidentes (....) As rodovias paulistas também estão entregues à iniciativa privada a um custo alto para o usuário
- Além das universidades públicas
- Segurança
- Nossa Caixa, Nosso banco
- Escolas técnicas
- Questão agrária
- Criminalização dos movimentos sociais
Fonte: CUT/SP.
Ato contra corrupção demo-tucana ganha as ruas de SP
Acontece que abafaram uma quantidade grande demais de escândalos, que não estão mais cabendo na panela. A panela de pressão começa a explodir.
Quarta-feira (27) houve manifestação contra as CPIs abafadas de José Serra e Geraldo Alckmin, contra os gastos sem transparência no SERRAcard, contra a privatarias da CESP, e muitos outros escândalos.
A bancada de Deputados Estaduais do PT, do PSOL e um deputado do PV, reagiram convocando a população contra o rolo compressor de José Serra na Assembléia Paulista, que impede qualquer investigação de corrupção com dinheiro público.
Participaram do ato mais de duzentas pessoas, entre lideranças sindicais e de movimentos sociais.
Comparecerem diretores da CUT-SP, dos sindicatos dos bancários, metroviários, condutores, metalúrgicos, dos trabalhadores da saúde (Sindsaúde), energia (Sinergia), da CDHU e dos professores (APEOESP).
Os movimentos de moradia, mulheres, negros, de pessoas com deficiência, economia solidária e de combate ao racismo também estiveram presentes.
Representando dezenas de entidades, o diretor da CUT-SP, Daniel Reis, defendeu a união de todos para defender o patrimônio e dinheiro público do Estado de São Paulo.
"Precisamos, por exemplo, discutir o Rodoanel, mas não apenas os pedágios que restringem o acesso às rodovias e estrangulam o crescimento paulista pelos custos que o transporte representa. Também queremos tratar dos gastos desproporcionais ao tamanho da construção do Trecho Sul da rodovia".
Ele também lembrou da invasão das Organizações Sociais (OSs), que exercem a função do Estado na área de saúde. “Elas prestam serviço, mas não prestam contas. Precisamos de um investigação profunda sobre o assunto, queremos CPI Já”, destacou.
Trabalhadores perguntam:
Quais Deputados que apenas diz amém a Serra?
O diretor do sindicato dos bancários e funcionário da Nossa Caixa, Sabóia, defendeu a implantação de uma CPI na Nossa Caixa, que apure a sua relação com a Associação Nacional de Bancos – Asbace. A associação assinou contrato de R$ 671 milhões, sem licitação, com o Banco Nossa Caixa, em 2003. “Trata-se de um contrato nebuloso, de valor altíssimo e que permite até quarteirização de serviços. É um verdadeiro absurdo”, afirmou o sindicalista.
A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região-CUT/SP, Raquel Kacelnikas, também destacou duas ações que envolvem a Nossa Caixa, o último banco de fomento do desenvolvimento no Estado. “O PSDB fez com que a Nossa Caixa gastasse R$ 2 bilhões para comprar a folha de pagamento dos servidores, ou seja, para adquirir o que já era dela. Além disso, Serra retirou dois bilhões da conta do governo e utilizou apenas 300 milhões. Se iria utilizar apenas parte do valor, porque sacou uma quanta tão grande? Para onde foi a quantia restante?”, alertou.
Raquel lembrou ainda que, em recente reunião com a CUT-SP, José Serra disse que não iria vender o banco ‘agora’, mas reformularia o quadro de funcionários. “Em abril podemos ter mais demissões para diminuir o prejuízo causado pelo governador. Com o enxugamento do número de trabalhadores, a instituição perde capacidade de atendimento, passa imagem de ineficiente e fica pronta para os argumentos tucanos sobre a necessidade de privatizar”.
Secretária do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo-CUT/SP, Marlene Furino, lembrou que também no caso do Metrô – motivo de manchetes recentes graças às denúncias de compras superfaturadas – a gestão José Serra utiliza a artimanha de jogar a responsabilidade sobre qualquer deficiência no colo dos trabalhadores, os principais responsáveis pela reconhecida excelência desse setor. “Nos últimos dois anos, a Companhia do Metrô carrega demissões arbitrárias e sete mortes que ainda não foram apuradas e deveriam ser alvo de CPI. Queremos que os parlamentares apurem o que acontece com o orçamento público e avaliem o impacto das terceirizações na qualidade da prestação do serviço. Porém, parece que boa parte dos deputados não tem compromisso com o povo. Nós devemos divulgar quem diz amém a Serra”, disse.
O líder da Bancada, deputado Simão Pedro, protestou: “o que acontece no parlamento paulista é uma vergonha. Os deputados da base governista se negam a assinar os pedidos de CPIs para investigar o governo Serra. A Assembléia tem 94 deputados e 71 deles se recusam a cumprir o seu papel de fiscalizar os atos do Executivo”.
O deputado Enio Tatto, líder das Minorias, enfatizou que não adianta só deputados ficarem lutando dentro da Assembléia. “É preciso ir às ruas, mobilizar a população e mostrar tudo o que realmente acontece dentro da Assembléia. A população precisa pressionar o deputados e o governo pelas investigações sérias contra todas as irregularidades tucanas”, completou Tatto.
Os deputados Cido Sério, Zico Prado, Marcos Martins, Hamilton Pereira e Mário Reali também destacaram a importância do ato fora dos muros da Assembléia, e mostrar ao povo paulista a realidade enfrentada pela oposição junto aos deputados que protegem o governo Serra, ao impedir as investigações. Eles lembraram as CPIs que precisam ser instaladas urgentemente e não conseguem as assinaturas: CDHU; máfia caça-níqueis; estatísticas criminais; baixo desempenho escolar; cartões corporativos; Ongs no governo Alckmin; das rodovias; dos Imóveis do Estado; Ipesp; fraude na licitação do Metrô.
Participaram do ato os deputados petistas: Simão Pedro, Enio Tatto, Cido Sério, Hamilton Pereira, Zico Prado, Marcos Martins, Rui Falcão, Roberto Felício, Mário Reali, Maria Lúcia Prandi, Ana do Carmo; além dos deputados Major Olímpio (PV) e Carlos Gianazzi (PSOL).
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Você pode ajudar!
A Revista Carta Maior acaba de ser adicionada no site do IG, para concorrer ao prêmio Ibest na categoria Cidadania-Política. Para que ela venha a figurar entre os melhores, visto que lá tem gente muito séria trabalhando em oposição ao PIG, a revista precisa do seu voto. Você que já votou no nosso blog, pode voltar e votar agora na Carta Maior clicando aqui neste link .E, novamente nós caimos de posição. Para quem ainda não votou no nosso blog, Os Amigos do Presidente Lula, é só clicar aqui e votar.
Do jeito que o patrão gosta
Na sua ânsia oposicionista, o senhor Clóvis Rossi, mete os pés pelas mãos. Em artigo publicado na “Falha” de hoje, chamado “O Estado caixa-preta”, o servil articulista do jornalão do PIG sugere que a arrecadação recorde de janeiro é sinal de que existe excesso de impostos e que o fim do CPMF não bastou. Para quem tem um espaço privilegiado como ele bastaria verificar alguns fatores bem primários e que não necessitam de conhecimentos econômicos para perceber: a) o desemprego vem diminuindo (8% hoje); b) 90% dos acordos salariais estão acima da inflação (dados do Dieese), ou seja, mais renda, mais consumo; c) O Brasil vem batendo sucessivos recordes de venda; c) aumento dos lucros das empresas; d) aumento na venda de carros; e) mais eficácia no controle da arrecadação, diminuindo a sonegação e consequentemente aumentando a receita.
O servil articulista deveria saber que se todos os indicadores do Brasil estão melhorando, por que a arrecadação deveria ficar estagnada ou recuar? Será que tanto empenho é para agradar os donos do jornalão do PIG ou para agradar sua esposa, presidente do PSDB mulher? Mas não é apenas o senhor Clóvis Rossi que sugere isso, o PIG de forma geral tem batido nesta tecla, até mesmo nas suas charges. Pensam que a gente não pensa?
Nelson Canesin
Nelson Canesin – sociólogo – de São Paulo/SP, é da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, e foi convidado para escrever especialmente para este blog.
Desemprego é o menor dos últimos 10 anos
Aliada ao incremento do mínimo, outra boa notícia diz respeito ao nível de ocupação no mercado de trabalho, que nos últimos 12 meses aumentou 4,3%, no conjunto das regiões acompanhadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) - que engloba as áreas metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O estudo feito pelo Dieese em conjunto com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e divulgado ontem em São Paulo mostra que no último ano foram criados 704 mil postos de trabalhos, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (572 mil). Isso reduziu o contingente de desempregados em 133 mil pessoas.
O nível de ocupação cresceu em todas as regiões pesquisadas, embora com intensidades diferenciadas, sendo mais forte em Salvador (7,5%), seguido pelo Distrito Federal (6,6%), Recife (5,4%), Porto Alegre (5,4%), Belo Horizonte (4,9%) e por último São Paulo (3,0%).
Em janeiro de 2008, a taxa de desemprego permaneceu estável, na comparação com dezembro último, em 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA) nas seis regiões. Esta foi a menor taxa desde 1998. No ano passado a variação havia atingido 15,3%. No período, o número de desempregados somou 2,803 milhões, 6 mil a mais que em dezembro último. Esse resultado é conseqüência do corte de 26 mil vagas e da saída de 20 mil pessoas do mercado de trabalho. Segundo Patrícia Lino da Costa, economista do Dieese, apesar dos indicadores de recuperação do emprego, as pessoas estão conseguindo novos trabalhos, porém, isso não significa melhores salários. "Ainda existem 1,4 milhão desempregados no País o que torna o mercado ofertado e não ajuda a elevar os ganhos".
Entre dezembro de 2006 e de 2007, o rendimento médio real dos ocupados no conjunto das regiões metropolitanas praticamente não se alterou (-0,1%). Entre as regiões, a maioria apresentou crescimento, sendo 9,6% no Distrito Federal, 4,6% em Salvador, 3,4% em Porto Alegre e 1,6% em Belo Horizonte. O rendimento ficou estável em Recife, mas caiu em São Paulo (3,0%), o que pesou na conta geral.
Os novos postos foram criados em todos os setores analisados, sendo 428 mil em serviços (5%), 164 mil na construção civil (20,2%), 65 mil no comércio (2,4%) e 42 mil na indústria (1,6%). De acordo com Alexandre Loloian, analista da Fundação Seade, a demanda no setor de construção está intensificando as buscas por profissionais na área. "Os dados também refletem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)".
Hipocrisia e demagogia tucana
Indicada pelo PSDB para presidir a CPI dos Cartões, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) já avisa que, se depender dela, as investigações começarão pelas recentes denúncias do governo Lula e não como quer os parlamentares petista, começar com o ex-presidente Fernando Henrique. Segundo a senadora, ela vai colocar tudo o que aconteceu às claras para que a sociedade tome conhecimento, do mau uso do dinheiro público.
No entanto, não era assim que a senadora pensava em 2001 quando era deputada federal. Naquele ano, quando a oposição do governo Fernando Henrique Cardoso colhia assinatura para a requerimento de instalação da CPI da Corrupção, Marisa Serrano não assinou.(veja aqui a lista dos deputados e senadores que não assinaram e que assinaram)
CPI da Corrupção .Governo FHC foi pródigo em obstruir CPIs
Em 2001, Fernando Henrique Cardoso jogou pesado contra a criação de uma CPI para investigar denúncias de corrupção no governo de FHC. Aliados foram ameaçados com o corte de verbas e de cargos na administração pública. Uma tropa de choque foi articulada para evitar a chamada CPI da Corrupção. Para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Corregedoria-Geral da União, órgão que, na gestão tucana, especializou-se em abafar denúncias. Eduardo Jorge: Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações
Num esforço para barrar a CPI da Corrupção, Fernando Henrique liberou em 2001, R$ 11,1 milhões para atender a emendas de parlamentares. A maior delas, de R$ 1,1 milhão, é para obras de infra-estrutura em Teresina, Piauí, que não viam a cor do dinheiro federal desde 1999. A manobra do Governo começou numa reunião do presidente Fernando Henrique Cardoso com 12 ministros, nove com mandato parlamentar. (leia)
O PIG ataca descaradamente
Teve uma época que a mídia tentava esconder sua posição política colocando uma posição diferente daquela que defendiam em seus jornais, rádios ou tvs. Mas durante o governo Lula, especialmente após a metade do primeiro mandado e desde a posse do segundo mandato, o PIG tem agido descaradamente em favor de seus candidatos. Perderam a eleição e ainda não aceitaram.
Um exemplo recente foram as denúncias em relação aos tais cartões corporativos do governo federal, bastou o “estadão” levantar algumas curiosidades que pinçou na internet, onde estão descritos os gastos, que podem ser vistos não apenas pelo TCU mas por qualquer cidadão, que o PIG, de forma geral, deu em destaques.
Jornais, rádios e tvs não tinham outro assunto. Julgaram e condenaram o governo federal de forma mesquinha, escondendo que governos e municípios também dispõem de sistemas semelhantes de gastos, mas sem disponibilizar na internet, como faz o governo Lula.
Como se não bastasse, os jornais Folha de São Paulo o Estadão, que tinham informações sobre os gastos dos cartões de débito do governo Serra (maiores que do governo federal) não publicaram nada. Sentaram em cima das informações que tinham recebido da liderança do PT e nada publicaram em seus jornalões.
Quando a notícia sobre os cartões tucanos ganhou dimensão através da internet, a Folha e o Estadão tiveram que publicar, mesmo assim de forma tímida, com manchetes minuciosamente estudadas para não atingir os tucanos. Mas foi por apenas um ou dois dias, depois a notícia desapareceu dos jornais.
O PIG então saiu na defesa intransigente de que a CPI dos cartões corporativos deveria ter alguém da oposição na relatoria ou presidência, mesmo que regimentalmente isso não fosse possível. Se o PMDB cedeu a presidência ao PSDB na CPI foi, entre outras coisas, pela pressão do PIG.
Mas por que o PIG, que além da CPI em Brasília queria cargos para a oposição não agiu do mesmo modo em relação ao governo Serra em São Paulo? O governo tucano paulista não apenas impediu a instalação da CPI no estado como também não permitiu que a oposição ao menos convocasse o secretário da fazenda estadual para prestar esclarecimentos aos deputados.
Será que o PIG pensa que o povo brasileiro é idiota e que não vê essas coisas? Será que acham que ninguém percebe isso? Por que será que a Globo perde audiência? Que as revistas do PIG perdem assinantes, enquanto Carta Capital registra crescimento. Por que será que os blogues na internet passaram a ser a grande fonte de informação das pessoas?
E a revista Veja? Essa então não merece nem comentários pois até os direitistas assumidos, mas com alguma lucidez, deixaram de ler esse lixo. Que o diga Luis Nassif!
De todas as análises que tenho lido a respeito da atuação do PIG em perfeita sintonia com os Demos-tucanos, duas considero fundamentais para compreensão, uma delas é o excelente texto da filósofa Marilena Chauí, “A invenção da crise” que poder ser acessado aqui neste link
O outro é o artigo do professor Emir Sader, “É o Estado, estúpido”, neste link onde dessa discussão ganha outro viés e a concepção de estado passa a ser o verdadeiro pano de fundo desta disputa ideológica
Por Nelson Canesin – sociólogo – São Paulo/SP
Nelson Canesin é da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, e foi convidado para escrever especialmente para este blog.
Reforma tributária
O governo irá encaminhar hoje ao Congresso a nova proposta de reforma tributária, pela qual o sistema de arrecadação dos impostos deverá ser simplificado. No entanto, o Presidente Lula admitiu ontem que o ano eleitoral pode dificultar a tramitação da reforma no Legislativo e fez um apelo para que os parlamentares aprovem o projeto. “Nós temos um ano político. Vocês conhecem o Congresso Nacional, sabem que a partir de junho está todo mundo na rua fazendo campanha. Se a política tributária merece a pressa que todo mundo diz que ela merece, eu penso que eles poderiam discutir e votar este ano ainda”, disse o presidente aos jornalistas, antes de participar da cerimônia de apresentação do projeto a empresários no Palácio do Planalto.
Segundo Lula, se o governo pudesse, faria a reforma por decreto. “Como não pode, nós temos de mandar para as instâncias democráticas aprovarem. E o Congresso Nacional é o lugar para votar a reforma tributária”, afirmou. “Eu estou convencido de que se todos os políticos quiserem fazer valer os discursos que fizeram durante toda a vida e os discursos que fizeram durante a última campanha, todos eles irão fazer propostas de mudanças, aperfeiçoamentos, mas irão votar a reforma tributária”, acrescentou.
Depois, em discurso de encerramento do encontro, Lula pediu aos empresários que participem do processo de discussão da reforma com os congressistas. “Vamos fazer dessa proposta uma profissão de fé e vamos para dentro do Congresso conversar com os nossos deputados, com os nossos senadores. Quem vai ganhar com isso não é o Guido Mantega, que também não é candidato a nada, quem vai ganhar não é o Presidente Lula, que não é candidato a nada. Quem vai ganhar com isso é uma coisa maior do que nós chamada Brasil”, declarou Lula, acrescentando que o objetivo da proposta é que seja atingida “a plenitude de um país que respeita o seu povo e garante oportunidade para todos”.
“Picuinhas”
O Presidente afirmou que “discutir as picuinhas desse país” é algo que só pode interessar “a alguém que está pensando apenas na próxima eleição”.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também admitiu que o ano de eleições municipais pode prejudicar a tramitação do projeto. “O ano eleitoral sempre atrapalha um pouquinho porque, a partir de uma certa data, os parlamentares estarão interessados em suas campanhas, mas temos o ano inteiro pela frente.
Na última segunda-feira, o ministro Guido recebeu o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que manifestou seu apoio à reforma tributária. O governador de São Paulo afirmou ontem que a reforma não deve ser encarada “como um assunto do governo, mas como um assunto do país”.
As medidas
O projeto que o governo enviará hoje ao Congresso já sofreu modificações esta semana, após ter sido debatido com empresários, sindicalistas e governadores:
Novo ICMS
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços estadual passará a ser cobrado no estado de destino do produto e não mais no de origem. Para garantir a eficiência na fiscalização da transação comercial, no entanto, o governo decidiu acatar sugestão de alguns governadores de que seja cobrada uma alíquota de 2% ainda na origem. O tributo será renovado em um prazo que começa dois anos após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e vai até 2016
IVA federal
O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal unificará outros cinco tributos: a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), o Programa de Integração Social (PIS), o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
Salário-educação
O imposto, cuja alíquota é de 2,5%, deixa de incidir sobre a folha de pagamento, desonerando as empresas. A medida foi elogiada pelos empresários, mas preocupou os sindicalistas, que querem garantias de que a desoneração da folha de fato irá contribuir com a geração de novos empregos
Novo mínimo vai injetar R$ 21 bi na economia
O novo valor de R$ 412,40 do salário mínimo, que passa a valer neste sábado e significa um aumento de 8,52% sobre o atual de R$ 380, deve injetar em torno de R$ 21 bilhões na economia brasileira nos próximos 12 meses, considerando-se cerca de 45 milhões de pessoas que têm remuneração atrelada ao mínimo, segundo informou o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio. O ganho de 3,7% acima da inflação é superior ao que muitas categorias estão conseguindo em suas negociações", afirma Lúcio.
Outra boa notícia diz respeito ao nível de ocupação no mercado de trabalho, que nos últimos 12 meses aumentou 4,3%, no conjunto das regiões acompanhadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) - que engloba as áreas metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O estudo feito pelo Dieese em conjunto com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e divulgado ontem em São Paulo mostra que no último ano foram criados 704 mil postos de trabalhos, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (572 mil). Isso reduziu o contingente de desempregados em 133 mil pessoas.
O nível de ocupação cresceu em todas as regiões pesquisadas
Os recursos para o aumento do salário estão garantidos na proposta orçamentária deste ano.No projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional a previsão era de R$ 407,41, mas com a definição da reestimativa de receitas e da inflação do ano passado, o valor poderá ser reajustado para R$ 412,42. O Executivo deve encaminhar ao Congresso medida provisória reajustando o mínimo, já que o projeto de lei para isso ainda não foi aprovado pela Câmara dos Deputados e nem pelo Senado.
Outro estímulo para a economia vem dos números relativos ao desemprego, que em janeiro permaneceu estável em relação a dezembro de 2007, em 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA), segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pelo Dieese e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e divulgada ontem em São Paulo.
No próximo sábado, o salário mínimo passa a valer R$ 412,40, 8,52% a mais que os R$ 380 pagos no último ano. O novo patamar deve injetar cerca de R$ 21 bilhões na economia brasileira nos próximos 12 meses, considerando-se algo em torno de 45 milhões de pessoas que têm remuneração atrelada ao mínimo, informou o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.
O ganho 3,7% acima da inflação é superior ao que muitas categorias estão conseguindo em suas negociações", afirma Lúcio.
PAC alavanca recursos para infra-estrutura
Pela primeira vez na história, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor de infra-estrutura superaram o valor destinado à indústria. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o banco de fomento liberou R$ 25,8 bilhões para infra-estrutura, alta de 62% em relação ao período anterior.
Por sua vez, os desembolsos para a indústria somaram R$ 25,77 bilhões nos últimos 12 meses, uma queda de 12% em relação ao mesmo período anterior. As aprovações, que totalizaram R$ 37,6 bilhões, diminuíram 9%.Segundo nota divulgada ontem pelo BNDES, o resultado já reflete o impacto dos financiamentos concedidos aos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que receberam R$ 5,0 bilhões no período analisado.
O apoio ao setor representou 39,9% dos recursos desembolsados pelo banco nos últimos 12 meses, de R$ 64,6 bilhões. Em 2003, infra-estrutura equivalia a 29% das liberações do banco, subiu para 36% em 2004, mas voltou a se retrair, para 31%, em 2006.
Segundo o BNDES, a performance da infra-estrutura refletiu, em boa medida, o crescimento de 102% das liberações para investimentos em energia elétrica, de R$ 6,5 bilhões. O valor foi equivalente a 10% dos desembolsos do banco nos últimos 12 meses, participação superior aos 7% registrados no mesmo período anterior (fevereiro de 2006/janeiro 2007). As aprovações para o setor de infra-estrutura, , de R$ 43,3 bilhões, cresceram 74% nos últimos 12 meses e responderam por 46% do valor total aprovado no período, de R$ 95,5 bilhões, liderando a demanda setorial por recursos no banco.
Desse total, energia elétrica participou com projetos aprovados de R$ 12,5 bilhões entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, equivalentes a uma alta de 206% em relação ao mesmo período anterior. Tais investimentos, como por exemplo o das hidrelétricas de Estreito, de Foz do Chapecó e de Simplício, viabilizarão aumento da capacidade instalada no País de 2,9 mil megawatts (MW).
O segmento de transporte terrestre também teve peso relevante no resultado final da infra-estrutura. Entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, o banco liberou para o setor R$ 11,8 bilhões e aprovou R$ 15 bilhões, ambos com alta de 67% em relação ao mesmo período anterior.
O desempenho da área industrial continuou afetado pela redução dos financiamentos às exportações, que influenciou o resultado final. O resultado da indústria torna-se positivo ao excluir as operações de comércio exterior. Por esse critério, os desembolsos cresceram 15,8% (R$ 18,8 bilhões) e as aprovações aumentaram 29,6%, somando R$ 30,5 bilhões.
Para a Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), os números divulgados pelo BNDES "mostram que os investimentos em andamento em setores como energia, transporte e telecomunicações vão impulsionar favoravelmente o crescimento da economia nos próximos anos".
Em nota, o presidente da entidade, Paulo Godoy, lembra que o BNDES já tomou diversas medidas para fomentar o crescimento da economia por meio do investimento em infra-estrutura.
Superávit primário é de R$ 18,7 bilhões e já é o melhor janeiro de toda a série histórica
O superávit primário do setor público somou R$ 18,7 bilhões em janeiro, o melhor resultado para esse mês desde 1991. Foi puxado pela atividade econômica aquecida e pela contenção das despesas em razão da não aprovação do orçamento de 2008 da União. O montante reverte o déficit de R$ 11,78 bilhões em dezembro. No período de 12 meses encerrado em janeiro passado o superávit ficou em R$ 106,8 bilhões, 4,15% do PIB - a meta é 3,8%. A dívida líquida do setor público somou R$ 1,14 trilhão em janeiro, 42,1% do PIB, abaixo do R$ 1,5 trilhão em dezembro, 42,8% do PIB. "O governo conseguiu obter um resultado fiscal positivo mesmo sem a CPMF"
A força da atividade econômica, que permite o aumento da arrecadação de tributos e o orçamento de 2008 da União ainda não aprovado, que conteve as despesas no início do ano, contribuíram para que o superávit primário do setor público alcançasse em janeiro o melhor resultado para o mês desde 1991, início da série do Banco Central.
A economia do governo feita para o pagamento de juros da dívida pública atingiu R$ 18,7 bilhões, o equivalente a 8,37% do PIB, revertendo o déficit de R$ 11,7 bilhões de dezembro, quando as despesas expandem-se pela sazonalidade do período, como o pagamento do décimo terceiro para servidores públicos, dentre outros. O superávit primário cresceu 58,42% em relação aos R$ 13,457 bilhões de igual mês de 2007, quando representou 6,68% do PIB.
O resultado revela que o governo conseguiu um resultado fiscal positivo, mesmo sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), conforme lembrou o sócio da OF Consultoria Econômica, Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central. "Estamos em um ciclo de prosperidade econômica e a questão fiscal está equilibrada", diz. "Está mais claro que o governo pode enfrentar as despesas sem a receita da CPMF.
O governo fez um forte aperto, o que ele chamou de "exagerado" para atingir o superávit de R$ 18,7 bilhões. "Economizou o suficiente para pagar o juro mensal e ainda assim teve sobras para a amortização do principal da dívida", diz.
Em janeiro, o resultado nominal - receitas menos despesas, incluindo os gastos com juros - teve superávit de R$ 5,5 bilhões. Trata-se do primeiro superávit para meses de janeiro, do primeiro desde junho de 2007 (R$ 677 milhões) e o melhor janeiro de toda a série histórica. Em dezembro, o resultado tinha ficado negativo em R$ 24 bilhões, e em janeiro de 2007 com déficit de R$ 470 milhões.
Os juros nominais atingiram R$ 13,131 bilhões no mês passado, o menor para os meses de janeiro desde 1991. E apresentam uma proporção do PIB negativa de 5,89%, ante 6,91% em janeiro de 2007 (R$ 13,927 bilhões). A dívida líquida do setor público somou R$ 1,14 trilhão em janeiro, 42,1% do PIB. O valor ficou abaixo do R$ 1,5 trilhão de dezembro, correspondente a 42,8% do PIB.
O chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes, atribuiu a melhora da questão fiscal brasileira à força da atividade econômica, que vem gerando arrecadação "expressiva", e àcontribuição do governo central, cujas contas ficaram positivas em R$ 16,7 bilhões, o melhor resultado mensal desde 1991. Soma-se a isso, a não aprovação do orçamento de 2008 da União, que contribuiu para a contenção dos dispêndios. "Isso foi decisivo para o resultado", disse.
O Tesouro Nacional divulgou ontem que o resultado primário do governo central (União, Previdência e Banco Central) ficou superavitário em R$ 15,4 bilhões, ou 6,89% do PIB mensal. A cifra ficou cima dos R$ 11,6 bilhões de igual mês de 2007. Lopes diz, entretanto, que nos próximos meses os resultados tendem a ser menores, assim que o orçamento da União for aprovado, "quando despesas e receitas terão uma outra dinâmica".
A seqüência de queda da taxa Selic por um longo período de tempo deve refletir no pagamento do juro este ano. Os juros devem cair para 5%, ante 6,25% no ano passado. Ou seja, o juro mais baixo deve reduzir as despesas do governo para a rolagem da dívida. A queda do juro ainda não se refletiu em parte do juro da dívida, porque boa parte dos papéis emitidos nos últimos dois anos pelo Tesouro ainda não surtiu o efeito da queda da Selic, o que deve ocorrer este ano.
Nos últimos 12 meses, o governo economizou R$ 158,7 bilhões para o pagamento do juro da dívida, o equivalente a 6,17% do PIB.O BC mudou o conceito de dívida bruta do governo. Foram excluídas da metodologia os títulos de emissão do Tesouro Nacional da carteira do Banco Central e incluídas as operações já compromissadas (no mercado). A medida é retroativa a dezembro de 2006. Com a mudança, a dívida bruta como proporção do PIB em 2007 cai de 63,8%, no conceito antigo, para 57,4% no novo conceito.
Brasil vai acelerar acordo com asiáticos
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deu início à ofensiva para tentar agilizar as negociações para a assinatura de um acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), bloco formado por Cingapura, Indonésia, Brunei, Mianmar, Cambodia, Filipinas, Laos, Tailândia, Malásia e Vietnã. Ontem, propôs às autoridades vietnamitas a realização de uma reunião ministerial ainda neste ano, no Brasil, para que as discussões ganhem musculatura. A mesma proposta será feita hoje para o governo de Cingapura.
A viagem faz parte da estratégia do Itamaraty de intensificar a presença do Brasil na Ásia e os laços com os países da Asean. Amorim, que é o primeiro chanceler brasileiro a visitar o Vietnã, fica até amanhã na região. De manhã, o chanceler reuniu-se com o presidente vietnamita, Nguyen Minh Triet, que convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para visitar seu país, o que deve ocorrer em meados do ano. Já Amorim convidou o anfitrião para viajar ao Brasil. A missão deve ser agendada para o fim do ano.
À tarde, foi realizado um encontro entre 20 empresários brasileiros e 100 homens de negócio do Vietnã. Na agenda do seminário, as oportunidades de negócio no país asiático. Segundo o Itamaraty, os setores mais promissores para o empresariado nacional no Vietnã são infra-estrutura, agronegócio, softwares e aviação civil.
Amorim assinou com o ministro da Indústria e Comércio do Vietnã, Vu Huy Hoang, memorando de entendimento para a cooperação na área de etanol. As autoridades vietnamitas também demandaram ao ministro brasileiro projetos conjuntos para o cultivo e industrialização de café e para o desenvolvimento do futebol. Atualmente, mais de 20 jogadores brasileiros atuam naquele país. Foi criada uma comissão bilateral conjunta para a identificação e o acompanhamento de áreas potenciais para a cooperação entre os dois países.
O presidente e os ministros do Vietnã pediram ainda para ter acesso à experiência do Brasil na atuação na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Vietnã aderiu ao organismo no fim de 2006. Amorim ofereceu duas vagas a diplomatas do país asiático no Instituto Rio Branco do Itamaraty e chamou o Vietnã para participar do G-20, grupo de países em desenvolvimento que têm interesses na agricultura e atuam em conjunto nas negociações para a liberalização comercial ocorridas no âmbito da OMC. O intercâmbio comercial entre Brasil e Vietnã cresceu cerca de sete vezes entre 2003 e 2007, passando para US$ 323 milhões. O superávit brasileiro somou US$ 109 milhões no ano passado. Os dois países estabeleceram a meta de obter uma corrente comercial de US$ 1 bilhão até 2010.
Principal centro financeiro, dona do mais importante porto da Ásia e produtora de alta tecnologia, Cingapura é o principal parceiro comercial do Brasil entre os países da Asean. O comércio bilateral cresceu 350% durante o governo Lula, de US$ 750 milhões para US$ 2,6 bilhões. Em 2007, o saldo comercial brasileiro totalizou US$ 170 milhões.
César Maia gastou só metade da verba destinada ao combate a dengue. Cadê o resto do dinheiro Cesar?
O surto da dengue em diversos bairros do Rio - que deve fazer a doença chegar hoje a 9 mil casos registrados este ano - tem origem nas planilhas orçamentárias da prefeitura. Um levantamento da Controladoria-Geral do Município mostra que há tempos o combate ao Aedes aegypti deixou de ser prioridade da Secretaria de Saúde. No ano passado, a pasta pretendia investir R$ 13,7 milhões em programas de vigilância epidemiológica. Gastou apenas R$ 6,7 milhões - 49,3% do que havia planejado.
A negligência apontada nas cifras faz a capital liderar o ranking estadual de óbitos por dengue. Das 16 mortes confirmadas até ontem, 12 foram no Rio. A prefeitura confirma surto da doença em 15 bairros, divididos nas zonas Central e Portuária (Catumbi, Cidade Nova, Santo Cristo e Saúde), Norte (Benfica, Bonsucesso, Jacaré, Jardim América, Vista Alegre e Ramos) e Oeste (Anil, Camorim, Cidade de Deus, Curicica e Gardênia Azul). A relação de outras 26 mortes com a doença ainda está sendo investigada pelo Estado.
Preocupado com o crescimento das infestações, o Conselho Municipal de Saúde - órgão não vinculado à prefeitura - cobrou da secretaria a instalação de centros de tratamento de dengue espalhados pela cidade. A pasta descartou a iniciativa. Tampouco concordou em separar leitos nos hospitais para os pacientes da doença, medida que divide os especialistas consultados pelo Jornal do Brasil.
Embora seja contra espaços diferenciados para as vítimas do Aedes, o entomologista Anthony Érico, da Fiocruz, alerta que o cenário atual de contágio pode desencadear uma epidemia a médio prazo.
Desde o fim do ano passado, o vírus do tipo 2, que provocou uma epidemia nos anos 90, está sendo reintroduzido no Rio - ressalta. - Os cariocas que, em 2002, enfrentaram o tipo 3 não estão imunes a esta nova forma de contágio.
Érico considera que os investimentos ínfimos da prefeitura no ano passado deixaram muitos planos pela metade. A princípio, o poder público parece querer se redimir. A previsão orçamentária para gastos com vigilância epidemiológica este ano é de R$ 15,1 milhões - 20% em gastos com pessoal.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, também critica a falta de recursos destinados pela prefeitura a epidemias.
A disponibilidade orçamentária para programas de saúde tem sido muito tímida - denuncia. - Gastar apenas metade de uma quantia já pequena provoca uma repercussão social gravíssima, como é o caso do quadro atual da dengue.
A expansão da doença fez a iniciativa privada entrar em campo. Dezenas de dedetizadoras lançam hoje o programa Unidos contra a Dengue. Estas empresas, quando chamadas para um serviço, farão gratuitamente o combate ao Aedes aegypti na casa do freguês.
Não é uma crítica velada ou aberta às autoridades públicas, que já declararam inúmeras vezes a dificuldade em combater a dengue - pondera Claudio Salem, diretor administrativo da Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas.
A galopada do Aedes cidade afora também repercute na Assembléia Legislativa, onde espera-se que seja votado, ainda esta semana, o projeto de lei enviado pelo governador Sérgio Cabral que permite medidas mais enérgicas dos agentes mata-mosquitos. Se encontrarem uma casa ou empresa fechada na terceira vez em que tentarem fazer vistoria, os funcionários poderão arrombar o local atrás de focos de dengue.(Com informações do JB)
Demos fecham acordo até na Cadeia
A base de apoio ao prefeito César Maia, dos demos, na Câmara de Vereadores do Rio, fechou um inusitado acordo político, cujas conversas passaram até pela Cadeia.
Reelegeu, dia 26 último, o veredeador Jerominho (da ala do PMDB aliada aos Demos) para a Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura da Câmara do Rio.
O vereador não pôde comparecer porque encontra-se PRESO desde o dia 26 de dezembro, acusado de formação de quadrilha por envolvimento com crime organizado.
Para a mesma comissão, como parte do acordo, foi eleito outro vereador dos Demos: Nadinho de Rio das Pedras, também acusado de envolvimento com o crime organizado. Este pôde comparecer pois encontra-se solto por habeas-corpus.
O líder do governo César Maia na câmara, Vereador Paulo Cerri (Demos), explicou: "O Jerominho foi escolhido para a comissão porque, do ponto de vista legal e regimental, não havia o que impedisse".
Depois disso, ainda tivemos que ouvir em recente programa eleitoral gratuíto dos Demos, o presidente do partido Rodrigo Maia (filho do prefeito), dizer na maior cara-de-pau:
"Trabalhamos pela ética e questão moral"
Carta aberta da Representante do Movimento Popular de Saúde do Centro
Em 25 de Janeiro, dois jornais publicaram uma nota a respeito da posse dos conselheiros eleitos para o Conselho Municipal de Saúde, do município de São Paulo. Estas notas não tiveram um caráter informativo, mas debochado e discriminatório, como se o Conselho fosse subordinado à Secretaria de Saúde e estivesse sujeito aos desmandos dos vários Secretários que por ali passaram e vão passar. O Jornal da Tarde publicou que houve, no dia 24 de janeiro, uma cerimônia simbólica de posse e que os novos conselheiros assumiram de “mentirinha”. De “mentirinha” tem sido a postura dos meios de comunicação quando falam em justiça e direitos, mas não divulgam matérias sobre os papéis importantes que têm tido os diversos Conselhos nas decisões tomadas nas diversas cidades do País, com relação às políticas públicas.
Quem conhece mais os problemas das cidades que o povo que ali vive? Os Conselhos são formados por pessoas do povo, eleitas por este povo, que buscam ajudar os governantes (que são transitórios) a acharem soluções, ao mesmo tempo em que fiscalizam se estes governantes estão aplicando adequadamente as verbas recebidas e que são recolhidas do povo, através de impostos.
Ainda sobre a matéria ou nota do Jornal da Tarde, podemos perceber que não houve a identificação do repórter responsável, o que leva a crer que se tratou de uma matéria paga, enviada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde. Matéria paga com o dinheiro do contribuinte e que traz uma desinformação a quem pagou por ela.
O Secretário Januário Montone destituiu os representantes de usuários de saúde para o Conselho Municipal eleitos por voto popular. Destituiu, sem ter o poder para isto e tal atitude, pode ser interpretada como de profundo desprezo pelas escolhas e decisões dos usuários de saúde que no dia da eleição foram depositar sua confiança em alguém que pudesse expressar seus anseios quanto à situação da saúde que anda de mal a pior, com denúncias de filas, mau atendimento, falta de remédios, falta de médicos e etc, etc, A grande mentira é aquela contada de que a saúde está melhorando. O JT, fala ainda que somos contra as AMAS e as OS.
O Conselho Municipal só cumpre as deliberações das Conferências Municipais, Estaduais e Nacionais de Saúde, que se posicionaram contra esta forma de privatização. Somos contra a falta de discussão e clareza como estão sendo feitos os acordos entre o Poder Público e os parceiros, sem uma análise profunda das conseqüências que acarretarão numa sociedade tão prejudicada pelos atos deste governo que quer fazer da saúde um trampolim político. As Conferências de Saúde se manifestaram contra as privatizações e isto tem que ser cumprido.
Como estão as AMAS? Os pacientes ali atendidos conseguem internação nos Hospitais Públicos? O transporte destes pacientes aos Hospitais tem sido rápido? Há acompanhamento dos casos, ou são mandados de volta às UBS?
Acordem! É como comprar os quadros antes de construir as paredes de uma casa.
Por sua vez, o Diário de São Paulo fala de Conselho Inimigo e Queda de braço. Este jornal foi procurado na época da eleição do Conselho que pediu uma ampla divulgação, importantíssima para o controle social, que não houve. Como não deve também conhecer a história do Conselho Municipal de Saúde, suas lutas e conquistas, fala em round, brigas. E, de forma desrespeitosa, fala que o Conselho foi ejetado do 2º para o 4º andar da Secretaria. É muito triste a forma como fomos expostos. É muito triste ser recebido na Secretaria, após a nossa posse LEGAL, LEGÍTIMA e INDISCUTÍVEL, por funcionários confusos e temerosos que pediram a presença de mais 4 seguranças além do que estava de plantão, um para cada canto do saguão do elevador. A comissão formada para conversar com o Sr. Secretário era composta em sua maioria por pessoas acima de 50 anos, cada uma com uma história de luta pelo SUS.
O que causa espanto é que dois jornais, tidos como populares e que foram diversas vezes procurados por membros do Conselho, só mostraram um lado da questão, talvez por não conhecerem e nem quererem conhecer a formação e caráter deste grupo, que foi eleito no final do ano de 2007, aliás, um ano muito difícil para todos, usuários e trabalhadores de Saúde. Podemos dizer que foi difícil também para o Governo, que não consegue acertar os rumos, trocando Secretários, exonerando gestores e coordenadores. Inaugura AMAS que se apresentam bem equipadas e agradáveis aos nossos olhos, mas sem resolutividade. Entregam equipamentos públicos e verbas aos parceiros, mas não fiscalizam. Querem sorrateiramente acabar com o funcionalismo público, como se fosse uma doença, ao invés de investir em capacitação e planos de carreira. Os governos passam e nós, usuários e trabalhadores, ficamos aqui respondendo pelas atitudes desregradas e eleitoreiras destes Senhores de Engenho na Casa Grande e Senzala.
Fui eleita em 2003 para o Conselho Gestor da Coordenadoria de Saúde da Sé, segmento de usuários (para os anos de 2004 e 2005). Em 2005 fui reeleita (para os anos de 2006 e 2007). Desde então perdemos nosso espaço de reunião que acontecia em uma sala da Coordenadoria de Educação. Ao chegarmos para nossa reunião mensal, os portões estavam fechados. Graças a alguns funcionários públicos, que reconhecem nosso trabalho, passamos a nos reunir onde funciona o SAE-DST AIDS, na Rua Albuquerque Lins, depois na UBS Santa Cecília, e só nos últimos meses de 2007 recebemos uma sala, na UBS da Frederico Alvarenga.
Lembro-me que logo no início deste governo, houve comentários de que os Conselhos de Coordenadoria iriam acabar. Formamos uma comissão e pedimos uma reunião com o Subprefeito Dr. Andréa Matarazzo e fomos recebidos pelo Dr. Daniel. Entregamos a ele uma carta onde nos apresentávamos e solicitávamos explicações quanto ao papel do Controle Social nesta gestão. Ele perguntou-nos o que é o CONTROLE SOCIAL, indicando não reconhecer a legitimidade dos Conselhos. Nossa carta nunca foi respondida.
A todos vocês que compareceram no dia da eleição e a todos vocês que acompanham meu trabalho, quero dizer que não houve nenhuma denúncia de irregularidades quanto ao resultado da minha escolha como Conselheira Municipal de Saúde e de Everson Duarte como suplente. Todo processo correu de forma legal e por isso não podemos aceitar sermos classificados num contexto de ilegitimidade, pelo Presidente do Conselho Municipal de Saúde que não assumiu até hoje sua cadeira, mas tomou nossa sala, no 2º andar da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Despertar é preciso
“Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada...
Na segunda noite, já não se escondem, pisam nas flores, matam nosso cão e não dizemos nada...
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.”
Vladimir V. Maiakovski
Poeta Russo
Carmen Angela de Aquino Mascarenhas
Conselheira Municipal de Saúde
Representante do Movimento Popular de Saúde do Centro
Incompetente ou negligente?
Na capital da São Paulo e região ninguém contrai Febre Amarela, se não viajar para fora dali.
Quanto houve o "alerta amarelo", uma campanha do PIG de vacinação em massa, o secretário de saúde de São Paulo, Januário Montone (um homem ligado a José Serra - na foto ao lado de Kassab), foi no mínimo negligente.
Para quem mora na cidade de São Paulo, somente quem viaja para regiões endêmicas ou de transição deveria vacinar. Outros não deveriam ter se vacinado, porque além de desnecessária, algumas raras pessoas sofrem efeitos colaterais.
O Ministro da Saúde fez um pronunciamento na TV esclarecendo.
O secretário de saúde da prefeitura de São Paulo, também deveria ter feito uma campanha esclarecedora, sobretudo nos postos de saúde SOB SEU COMANDO, onde era oferecida a vacina.
Januário Montone ficou calado.
Ou é incompetente para ocupar o cargo, pois o programa de monitoração e controle Nacional da Febre Amarela é amplamente conhecido pelas autoridades de saúde há muito tempo, e implementado junto às prefeituras há anos.
Ou foi negligente. Não sabemos se foi negligente de propósito, para faturar politicamente uma possível crise fabricada no noticiário para desgastar o governo federal.
Por conta dessa negligência, uma senhora de 79 anos faleceu devido a efeitos adversos da vacina (causa já comprovada).
Outro caso de óbito, da enfermeira Marizete Borges de Abreu, 43 anos, ainda está em investigação, para confirmar, mas pelos sintomas, tudo indica que também foi decorrente da vacinação contra-inicada.
Nenhuma das duas iria viajar para fora de São Paulo.
Seja por incopetência ou negligência, um prefeito sério já teria demitido este secretário.
Porém o prefeito de São Paulo é Gilberto Kassab. O último cidadão que reclamou em um posto de saúde, foi escorraçado aos gritos pelo prefeito.
Estas senhoras, infelizmente, sequer podem reclamar mais. Mas alguém tem que se responsabilizar perante as famílias das vítimas, pelo descaso no atendimento dos postos de saúde.
A ficha do secretário sde saúde é a seguinte:
Ex-presidente do Fundo Nacional de Saúde, Januário Montone, 49 anos, trabalhou com José Serra no Ministério da Saúde e foi o primeiro diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Associou o Brasil ao Fundo Rotativo de Imunobiológicos da Organização Pan-americana de Saúde - OPAS, e iniciou a integração da Funasa ao Sistema Único de Saúde - SUS, acelerando o processo de descentralização das unidades de saúde e saneamento.
Com essa bagagem de conhecimento no Ministério da Saúde, não dava para ser omisso diante de uma campanha alarmista promivida pelo PIG.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
O PIG tratou o "porrada" de Lula com cinismo e a Anistia Internacional elogiou
A Anistia Internacional saudou na quarta-feira a condenação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva da "porrada" como forma de tratar detentos. A organização também pediu um esforço do governo brasileiro para erradicar a tortura no país.
De acordo com organismos de defesa dos direitos humanos, como a Anistia e o Human Rights Watch, a tortura policial segue sendo amplamente praticada no Brasil como forma de punição, intimidação e extorsão, principalmente nos presídios. Lula disse na terça-feira, em discurso no Rio de Janeiro, que "se porrada educasse, bandido sairia da cadeia santo".
O presidente deu a declaração após apontar que autoridades e empresários devem dar oportunidades à população, para evitar a criação de quadrilhas de narcotraficantes que dominam várias favelas do Rio de Janeiro.
"Não vamos combater a criminalidade com violência, vamos combater com oportunidades", disse Lula.
"A Anistia Internacional recebe com entusiasmo o reconhecimento do presidente Lula de que a ampla prática de espancamentos e torturas, que têm caracterizado o sistema penintenciário brasileiro, não é a solução para os graves problemas de segurança pública enfrentados pelo país", disse a organização em comunicado. A Anistia afirmou ainda que, após as declarações de Lula, espera que os esforços do governo no combate à tortura "prenunciem uma nova era" para sua erradicação no país.
Com informações de Nelson Canesin
Criminalidade diminui no Brasil, diz jornal americano Christian Science
"A criminalidade caiu no Brasil nos últimos anos, graças ao fortalecimento da economia, presença policial mais forte e restrições a armas e álcool", afirma o jornal americano Christian Science Monitor, na edição desta quarta-feira."A criminalidade caiu no Brasil nos últimos anos, graças ao fortalecimento da economia, presença policial mais forte e restrições a armas e álcool", afirma o jornal americano Christian Science Monitor, na edição desta quarta-feira.
O jornal cita o caso de Vila Boa, uma cidade de 4,3 mil habitantes em Goiás, considerada uma das mais violentas do País entre 2002 e 2004, que caiu para 298º no ranking Mapa da Violência nos três anos seguintes graças às ações do prefeito Waldir Gualberto de Brito. Segundo o jornal, o prefeito adotou medidas para melhorar a qualidade de vida das pessoas, investindo em programas públicos e sociais para combater as causas do crime.
Mas o CSM destaca que os esforços do prefeito não são a única força por trás da transformação, que viu o número de homicídios cair para um entre 2005 e 2007, em comparação com 11 nos três anos anteriores. "Fatores externos ajudaram imensamente. Muitas das famílias mais pobres da cidade recebem uma renda regular através do Bolsa Família, um programa do governo que paga aos pais para manter os filhos na escola", explica o CSM.
"A afiliação do prefeito ao PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ter ajudado a garantir fundos federais para seus programas públicos, algo reconhecido pelo próprio Brito". Além disso, diz o jornal, a abertura de uma usina de cana-de-açúcar nos arredores abriu centenas de postos de trabalho, injetando dinheiro na economia local. Mas o CSM afirma que esta tendência também está sendo notada no resto do Brasil, e cita que a legislação restringindo o comércio de armas, adotada em 2003, teria tido algum efeito.
Outras medidas citadas são a proibição de venda de bebidas alcoólicas em algumas cidades depois da meia-noite, em dias de semana, e o aumento do policiamento nas ruas. "No Rio de Janeiro, a taxa de homicídio caiu de 46,1 em 100 mil, em 2002, para 39,5 em 100 mil, em 2006, segundo dados da polícia, que costumam ser mais conservadores. No Recife, a cidade grande mais violenta do Brasil, a taxa caiu de 58,9 por 100 mil, em 2001, para 53,9 por 100 mil no ano passado, segundo a polícia. No Estado de São Paulo, o número de homicídios caiu de 12.800 em 1999 para 4.800 em 2007."
No entanto, segundo a reportagem, especialistas alertam que ainda é cedo para dizer se a tendência vai continuar. "O Brasil tem 14 milhões de armas sem licença, segundo dados do governo". Mas ainda assim, diz o CSM, a tendência é animadora.
Com informações da BBC Brasil
SE A FIESP É SÓCIA FIQUE FORA. É SEDE SUNTUOSA
A notícia não foi o presidente. Foi Natalino, que segundo o JORNAL NACIONAL, responde a processo por denúncias de corrupção, relembrando reportagem do FANTÁSTICO sobre o assunto. Não disse que Natalino pertence ao partido DEMocrata, que é oposição ao governo federal e no caso, é ligado ao prefeito do Rio César Maia. Estava ali no afã de aparecer, só isso. A agenda positiva. Foi escondida.
No curso do dia o presidente cumpriu extensa agenda no Rio.
Visitou o canteiro de obras da siderúrgica ThyssenKrupp CSA, investimento de 8 bilhões. Inaugurou a nova fábrica da Michelin para máquinas de mineração e terraplanagem, investimento de 200 milhões de dólares e participou da solenidade de premiação dos três mil vencedores da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Participaram dessa olimpíada 17, 3 milhões de estudantes brasileiros, alunos inscritos e 38,5 mil escolas, com participação de 98% dos municípios do País.
A agenda positiva. Foi escondida.
O risco de enfrentar esse tipo de problema foi escolhido pelo próprio Lula ao aceitar as regras de um jogo viciado desde o momento que o baralho foi posto sobre a mesa.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é um dos instrumentos do governo Lula para gerar índices positivos de desenvolvimento, mas sempre dentro do modelo. Apesar disso incomoda a oposição. Ao gerar empregos permite que um maior número de pessoas se integre ao que os economistas chamem de mercado formal e aumentem a “massa salarial”, gerando mais consumo (explicação de um técnico).
Democracia no Brasil não é bem um substantivo, pelo menos em sua essência. Não há poder popular. O controle do Estado permanece em mãos do latifúndio, das grandes empresas, dos bancos e o que Lula faz é apenas e tão somente abrir uns orifícios nesse muro que separa exploradores de explorados.
Não deixa de ter significado, à medida que abre alguma perspectiva de aumentar e arrebentar esses orifícios, transformando-os numa avalancha de conquistas populares, como a reforma agrária, a reforma urbana, um novo modelo político, econômico e social que reflita não a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), símbolo das oligarquias brasileiras urbanas e sócia das oligarquias rurais, sobretudo num mundo em que a tecnologia, controlada pelos senhores do mundo, é o principal chicote dessa gente.
Todo esse conjunto de fatos coloca a esquerda, qualquer que seja o seu matiz, mas esquerda, num dilema complicado. Defender uma institucionalidade que é podre, representada pelo governo Lula e ao mesmo tempo buscar mudar essas regras, o modelo.
Permanece o desafio da formação e da organização. Está para ser vencido o maior de todos os poderes dos donos, o da Comunicação (o exemplo do JORNAL NACIONAL citado acima é perfeito sobre as intenções reais desses senhores) e os avanços a conta gotas no governo Lula encerram outro desafio para as forças populares. O do tenebroso mundo eleitoral. De chicanas, de malas e pastas sujas e repletas de dinheiro.
É um mero instrumento da luta popular. Neste momento poderoso, pois a volta do tucanato DEMocrata vai significar a volta dos tempos FHC.
FIESP poderia, tranquilamente, ser entendida e compreendida como sinônimo de força escravagista, sem pátria e sem escrúpulos. Tanto oferece yuppies como banguelas, dependendo da situação.A pretender o PAC os moradores de uma favela do Rio mostram apenas que querem ar para poder respirar. Eles jogam com isso, eles sabem disso. E querem cortar esse ar.
O uso de cartões corporativos no governo José Serra, em franca campanha presidencial foi muito maior e mais desgovernado que no governo Lula. Ao contrário de Lula que colocou os dados à disposição dos brasileiros, os tucanos escondem e negam o que já é público. A mídia esconde, lógico.O que eles querem é a chave do cofre e arrematar a venda do Brasil, transformando-a na maior e mais produtiva fazenda do latifúndio neoliberal.
O acordo celebrado como o governo da França para transferência de tecnologia na construção dos submarinos nucleares brasileiros teve o aval de Washington. Poderíamos ter desenvolvido esses mesmo submarinos com tecnologia brasileira, mas todo um cerco se fecha, como no caso do reaparelhamento da Força Aérea Brasileira. A França hoje, como a Espanha, é braço do capitalismo internacional dirigido a partir de Wall Street. Não falo na Inglaterra, pois a ilha foi anexada, é “estado” dos EUA.
É um dilema para as forças populares. Olhar Lula e seus movimentos de pêndulo, ora lá, ora cá e vencer o desafio da organização popular na busca de outro modelo.
Laerte Braga
CPI do Grampo investiga se Lula foi alvo de escuta telefônica em 2006
Acredite meus queridos leitores, embora poucos saibam, existe em Brasilia a CPI dos grampos. A CPI do Grampo da Câmara dos Deputados investiga se o Presidente Lula foi alvo de escuta telefônica ilegal em 2006, no Rio, quando se hospedou no Hotel Glória. A suspeita foi levantada por um ex-funcionário da Telemar, José Luiz da França Neto, que depôs à comissão na semana passada. Neto disse aos deputados que um técnico de empresa terceirizada teria encontrado indícios de violação da linha telefônica instalada para uso do Presidente. O crime teria sido detectado no momento de retirada das linhas, depois que Lula deixou o hotel.
O ex-funcionário da Telemar, que coordenava um grupo de fiscalização, atualmente está aposentado. Ele disse que anotou as informações relativas ao suposto grampo presidencial num caderno que guardava na empresa. Segundo ele, porém, as folhas com essas e outras anotações sobre casos de escuta ilegal teriam sido arrancadas.
- Não tenho como provar (o grampo). Tenho como afirmar que sumiu (o caderno) - afirmou Neto.
Itagiba é cauteloso ao falar do suposto grampo
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), espera obter mais informações hoje, quando está marcado o depoimento do gerente de Operações Especiais da Oi Fixo (ex-Telemar), Arthur Madureira de Pinho. Segundo o deputado, Pinho foi chefe de Neto.
Cauteloso, por ora Itagiba evita afirmar que Lula tenha sido alvo de grampo ilegal, ponderando que é preciso aprofundar a investigação.
- Tenho uma informação prestada na CPI de que ele foi - disse Itagiba ontem.
O funcionário aposentado era técnico de rede de acesso da Telemar no Rio. De 1999 a 2005, ele chefiou uma equipe da empresa encarregada de executar e fiscalizar escutas telefônicas realizadas por ordem judicial. Neto disse que localizou três centrais clandestinas de grampos nesse período. O próprio Itagiba, ex-secretário de Segurança Pública do Rio e ex-superintendente da Polícia Federal no estado, teria sido uma das vítimas, segundo o ex-funcionário.
- A CPI deve fazer uma grande radiografia do problema no país e propor legislação que normatize melhor o grampo - afirmou o deputado.
CPI foi criada após suspeita de grampo no STF
A CPI foi criada em dezembro, após a divulgação de que telefones de ministros do Supremo Tribunal Federal teriam sido grampeados. O prazo de funcionamento da comissão vai até junho. Amanhã será ouvido o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Segurança das Comunicações (Cepesc) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Otávio Carlos Cunha da Silva.
Financial Times fala o que o PIG esconde
Consumo interno é o novo motor do Brasil, diz ' Financial Times'
"O aumento das reservas e o investimento estrangeiro ajudam a garantir que as exportações não sejam o único motor da economia" do Brasil, diz uma análise publicada hoje pelo jornal britânico Financial Times.
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"O aumento da taxa de crescimento do Brasil nos últimos anos - de uma taxa média de 2,5% nas duas décadas até 2003 para mais de 5% no ano passado - se deu graças às exportações", diz o artigo do FT, intitulado "Demanda doméstica alimenta crescimento do Brasil".
Mas "o aumento de empregos e salários, crédito barato e taxas de investimento mais altas tornaram a economia doméstica o novo motor de crescimento da economia do Brasil", diz o principal jornal de economia e finanças da Europa.
"A previsão de queda no superávit da balança comercial de US$ 40 bilhões para cerca de US$ 33 bilhões deveria ser motivo de preocupação", diz o jornal.
Mas "a queda do superávit vai ser causada não pela redução das exportações, que continuam a subir, mas pelo aumento ainda mais rápido das importações", um sinal de força da demanda doméstica, o "novo motor do crescimento".
O jornal destaca que, apesar do atual déficit em conta corrente, "a conta de capital - que cobre investimentos estrangeiros diretos, portfólio de investimentos e dívidas - está fortemente no azul".
"Será que o Brasil pode mudar facilmente da dependência de exportações e um portfólio de investimentos estrangeiros para a dependência da demanda doméstica e investimento estrangeiro direto? A maioria dos economistas não vê por que não."
O artigo ainda comenta que a previsão de crescimento do Brasil, de pouco mais de 4,5% neste ano, ainda é muito mais baixa do que a dos outros países do grupo conhecido como BRICsic - Brasil, China, Índia e Rússia -, e que este crescimento poderia ser mais alto se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levasse adiante "as esperadas reformas fiscais".
"Mas com o avanço do crescimento nos últimos anos tendo feito de Lula o líder mais popular do Brasil de que se tem lembrança, a maioria dos brasileiros, provavelmente, vai continuar feliz", conclui o jornal britânico Financial Times.
Salário mínimo passará de R$ 380 para R$ 412,40 a partir de sábado
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou ontem que o novo salário mínimo passará de R$ 380 para R$ 412,40, a partir de primeiro de março. Os valores foram negociados com as centrais sindicais, quando o governo encaminhou um projeto de lei ao Congresso, mudando a data de reajuste, que anteriormente era em primeiro de maio, Dia do Trabalhador. O próximo aumento do salário mínimo sofrerá alterações, passando a ser feito em fevereiro de 2009 e em janeiro nos dois anos posteriores.
“Nós estamos nos comprometendo a, anualmente, corrigir o salário mínimo com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a variação da inflação”, disse Paulo Bernardo, em entrevista a uma emissora de rádio de São Paulo. Conforme o projeto encaminhado pelo Executivo, que propõe diretrizes para uma política de valorização de 2008 a 2023, o reajuste será dado com base no crescimento da economia do país nos dois anos anteriores, conforme explicou o ministro.
O acordo entre o governo e as centrais sindicais aconteceu em dezembro de 2006, quando ficou definido o plano de valorização. Os dois lados firmaram um protocolo de intenções relatadas ao Presidente Lula. “Refletem, desse modo, consenso resultante do esforço de conciliar a melhoria das condições de vida da população e os efeitos dinamizadores da economia daí resultantes com as limitações impostas pelo Orçamento da União”, justificaram os ministros da área econômica na exposição de motivos encaminhada ao Palácio do Planalto. O projeto do governo foi enviado ao Congresso no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e já foi aprovado na Câmara, faltando ser analisado no Senado, onde se encontra.
Tradicionalmente, o reajuste do salário mínimo no Brasil era feito todo primeiro dia de maio, mas no ano passado se deu no primeiro dia de abril, quando saiu de R$ 350 para R$ 380, e foi baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Hoje, pelo menos 25 milhões de trabalhadores formais e informais recebem salário mínimo.
Brasil ensina arte do carro pequeno aos EUA
Em meio a uma crise financeira no país de origem, a Ford decidiu transportar o conhecimento da sua engenharia brasileira na criação dos automóveis pequenos para os Estados Unidos, um país em que seus habitantes sempre valorizaram os carrões e que agora se vêem obrigados a rever conceitos por conta da alta do petróleo e da pressão ambientalista.Leia mais aqui
País faz contra proposta para parceria estratégica com UE
O Presidente Lula apresentará esta semana à União Européia (UE) sua contraproposta para delinear a parceria estratégica oferecida por Bruxelas ao país em 2007. Na visão brasileira, três temas são prioritários num plano de ação para elevar a relação bilateral: a cooperação nas áreas de biocombustíveis, de mudanças climáticas e de ciências e tecnologia. Refletindo o atual contencioso da carne bovina, bloqueada no mercado europeu, o Brasil também quer ampliar o mecanismo sobre condições sanitárias e fitossanitárias, para prevenir problemas que afetem grande parte do comércio bilateral.Leia mais aqui
O A.I. 5 do Kassab
A Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo, em decisão autoritária e extemporânea (lembrando os piores dias da ditadura), publicou 17 de janeiro, no D.O. do Município, na página 26, declaração de nulidade da escolha dos Conselheiros Municipais de Saúde do Município de são Paulo.
No texto, o Secretário considera o processo de escolha dos conselheiros nulo em ração (sic) da nulidade ABSOLUTA advinda dos vícios apontados pela Assessoria Jurídica...
O Secretário e seu chefe, o Kassab, se esquecem que o Conselho é Órgão do Controle Social do SUS e constitucionalmente autônomo do Estado. Jamais um simples ato administrativo, ainda mais orientado pelo jurídico da própria Secretaria, pode por fim ao Conselho pela destituição sumária de seus membros. Curiosamente o Secretário se esquece que 25% desses membros são escolhidos pelo próprio executivo, seguindo o principio do tripartismo que inclui usuários, trabalhadores e gestores. Cabe perguntar: estes também foram eleitos de maneira absolutamente viciosa?
Ainda hoje as entidades representativas dos usuários e dos trabalhadores estarão se reunindo para defender o SUS e o direito da sociedade exercer o controle social das políticas de saúde do município. Tal ato desvairado da Prefeitura de São Paulo coloca em risco o próprio SUS na cidade, na medida que diversas verbas de fundos da saúde tem o repasse condicionado à aprovação do Conselho. O desvario parece inspirado no PAS do Maluf/Pitta, e não deve ser coincidência o Kassab ter sido o homem forte do governo do Sr. Pitta, de tão infeliz lembrança.
Para nós do SinPsi, tal ato autoritário só é compreendido se considerarmos que o Conselho tem sido uma pedra no sapato dessa administração que, em matéria de políticas de saúde, combina inoperância com desmandos, bastando observar a processo de privatização em que AMAs e OSs capturam o que é público para submete-lo à lógica do lucro, disfarçada pelo discurso da eficiência.
P.A.S. NUNCA MAIS
AUTORITARISMO NUNCA MAIS
VIVA O SUS
VIVA O CONTROLE SOCIAL
SinPsi- Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo
VIDA LONGA AOS QUE LUTAM !
Saudações Cid@d@s
T@rcísio
Com PAC, BID pode dobrar crédito ao Brasil
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) começa a preparar a estratégia a ser seguida pela instituição no Brasil entre 2008-2011. Pela primeira vez, o trabalho será liderado pela equipe do banco no país. Antes o planejamento era feito diretamente por Washington, onde está a sede do BID. O documento servirá de base para o plano operativo do banco nos próximos anos e terá como um dos eixos centrais o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Leia mais