Aliada ao incremento do mínimo, outra boa notícia diz respeito ao nível de ocupação no mercado de trabalho, que nos últimos 12 meses aumentou 4,3%, no conjunto das regiões acompanhadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) - que engloba as áreas metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O estudo feito pelo Dieese em conjunto com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e divulgado ontem em São Paulo mostra que no último ano foram criados 704 mil postos de trabalhos, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (572 mil). Isso reduziu o contingente de desempregados em 133 mil pessoas.
O nível de ocupação cresceu em todas as regiões pesquisadas, embora com intensidades diferenciadas, sendo mais forte em Salvador (7,5%), seguido pelo Distrito Federal (6,6%), Recife (5,4%), Porto Alegre (5,4%), Belo Horizonte (4,9%) e por último São Paulo (3,0%).
Em janeiro de 2008, a taxa de desemprego permaneceu estável, na comparação com dezembro último, em 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA) nas seis regiões. Esta foi a menor taxa desde 1998. No ano passado a variação havia atingido 15,3%. No período, o número de desempregados somou 2,803 milhões, 6 mil a mais que em dezembro último. Esse resultado é conseqüência do corte de 26 mil vagas e da saída de 20 mil pessoas do mercado de trabalho. Segundo Patrícia Lino da Costa, economista do Dieese, apesar dos indicadores de recuperação do emprego, as pessoas estão conseguindo novos trabalhos, porém, isso não significa melhores salários. "Ainda existem 1,4 milhão desempregados no País o que torna o mercado ofertado e não ajuda a elevar os ganhos".
Entre dezembro de 2006 e de 2007, o rendimento médio real dos ocupados no conjunto das regiões metropolitanas praticamente não se alterou (-0,1%). Entre as regiões, a maioria apresentou crescimento, sendo 9,6% no Distrito Federal, 4,6% em Salvador, 3,4% em Porto Alegre e 1,6% em Belo Horizonte. O rendimento ficou estável em Recife, mas caiu em São Paulo (3,0%), o que pesou na conta geral.
Os novos postos foram criados em todos os setores analisados, sendo 428 mil em serviços (5%), 164 mil na construção civil (20,2%), 65 mil no comércio (2,4%) e 42 mil na indústria (1,6%). De acordo com Alexandre Loloian, analista da Fundação Seade, a demanda no setor de construção está intensificando as buscas por profissionais na área. "Os dados também refletem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)".
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