Consumo interno é o novo motor do Brasil, diz ' Financial Times'
"O aumento das reservas e o investimento estrangeiro ajudam a garantir que as exportações não sejam o único motor da economia" do Brasil, diz uma análise publicada hoje pelo jornal britânico Financial Times.
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"O aumento da taxa de crescimento do Brasil nos últimos anos - de uma taxa média de 2,5% nas duas décadas até 2003 para mais de 5% no ano passado - se deu graças às exportações", diz o artigo do FT, intitulado "Demanda doméstica alimenta crescimento do Brasil".
Mas "o aumento de empregos e salários, crédito barato e taxas de investimento mais altas tornaram a economia doméstica o novo motor de crescimento da economia do Brasil", diz o principal jornal de economia e finanças da Europa.
"A previsão de queda no superávit da balança comercial de US$ 40 bilhões para cerca de US$ 33 bilhões deveria ser motivo de preocupação", diz o jornal.
Mas "a queda do superávit vai ser causada não pela redução das exportações, que continuam a subir, mas pelo aumento ainda mais rápido das importações", um sinal de força da demanda doméstica, o "novo motor do crescimento".
O jornal destaca que, apesar do atual déficit em conta corrente, "a conta de capital - que cobre investimentos estrangeiros diretos, portfólio de investimentos e dívidas - está fortemente no azul".
"Será que o Brasil pode mudar facilmente da dependência de exportações e um portfólio de investimentos estrangeiros para a dependência da demanda doméstica e investimento estrangeiro direto? A maioria dos economistas não vê por que não."
O artigo ainda comenta que a previsão de crescimento do Brasil, de pouco mais de 4,5% neste ano, ainda é muito mais baixa do que a dos outros países do grupo conhecido como BRICsic - Brasil, China, Índia e Rússia -, e que este crescimento poderia ser mais alto se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levasse adiante "as esperadas reformas fiscais".
"Mas com o avanço do crescimento nos últimos anos tendo feito de Lula o líder mais popular do Brasil de que se tem lembrança, a maioria dos brasileiros, provavelmente, vai continuar feliz", conclui o jornal britânico Financial Times.
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