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domingo, 31 de dezembro de 2006

Eu e vocês em 2007!








Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra
A paz na Terra, amor, o sal da...
Terra, és o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã
Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois
Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor

Feliz Ano Novo ! Feliz Ano Novo para todos vocês meus queridos amigos e amigas...Eu amo cada um de vocês. E mesmo sem conhece-los estão no meu coração...Beijos! Beijos! Beijos!









Helena

Estou convicto hoje que sem o Lula nós teríamos conflitos sociais muito violentos no Brasil


ENTREVISTA / CLÁUDIO LEMBO para os assinantes da Folha de São Paulo(aqui).
Magnifíca, vale a pena ler.


Cláudio Lembo diz estar convicto de que, sem Lula, o país viveria "conflitos sociais muito violentos". Na véspera de se despedir dos Bandeirantes, o governador afirma que pilotou um fusca velho, volta a criticar a "minoria branca" e diz que recebeu apelos para que a polícia executasse criminosos do PCC -o que, frisou, não ocorreu. Segundo ele, na oposição há pessoas de esquerda, mas no poder "todos são conservadores".

FOLHA - Governador, um balanço do governo...
CLÁUDIO LEMBO - Não tem muito balanço a fazer.

FOLHA - Na crise do PCC, o senhor responsabilizou a "minoria branca" e disse que, em seu governo falaria tudo, "doa a quem doer".
LEMBO - E falei.

FOLHA - O senhor estava preparado para aquela crise?
LEMBO - Quando cheguei ao governo, a idéia que dava é que SP estava numa situação excepcionalmente boa, financeiramente, socialmente. Cheguei a dar uma entrevista dizendo que estava recebendo uma Maserati, e que eu era um franciscano descalço que não saberia como usar esse veículo tão poderoso. E aí eu constatei que não tinha uma Maserati nas mãos, mas sim um Fusca 68, com o motor meio fundido. Não tinha dinheiro, não tinha gasolina. O motorzinho estava mal. Os presídios estavam explosivos. Aí eu caí na real. Na verdade eu tinha uma situação patética.

FOLHA - Muitos paulistas acreditam que ocupam uma Maserati, em contraponto aos grotões miseráveis do Norte e do Nordeste.
LEMBO - Aqui é muito pior que o Nordeste. No Nordeste, a pessoa tem o sitiozinho dela. Aqui, nas áreas de maior miserabilidade, as pessoas não têm nada. Eu acho que SP tem que ser objeto de análise muito cuidadosa do governante futuro e dos paulistas. O Estado representa 45% da economia brasileira. Porém no ventre de SP existe muita desigualdade e miserabilidade. Locais como Alphaville têm renda per capita de 15 mil dólares/ano; municípios como Ferraz de Vasconcelos, 300 dólares/ano. São 1.600.000 em favelas, sem teto, sem nada.

FOLHA - Há riscos de um novo ataque do PCC?
LEMBO - Os americanos conhecem o 11 de setembro [dia do ataque ao World Trade Center, em 2001], os espanhóis conhecem o 11 de março [ataque terrorista a trens, com 191 mortos, em 2004]. E nós conhecemos o 12 de maio [de 2006, dia inicial dos ataques do PCC]. Não podemos esquecer. E eu tenho sentido que a sociedade já jogou aquele episódio para debaixo do tapete. É um grande equívoco. Hoje os serviços de inteligência estão integrados, os presídios estão disciplinados. Porém podem acontecer coisas violentas novamente. Os recentes ataques no Rio de Janeiro mostraram isso. É um alerta para os 27 novos governadores: ou se integram os Estados, o governo federal e os países limítrofes, ou o galho vai ser maior.

FOLHA - São Paulo não tem condições de equacionar o problema?
LEMBO - O país teria que buscar apoio internacional, de um fundo internacional de apoio a cidades do terceiro mundo. SP ainda tem alguma condição de investimento. Nada excepcional, mas tem -outros Estados estão em situação patética. SP tem também capacidade de alavancar empréstimos. Mas daí tem os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Então é um tal de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. O Poder Judiciário precisaria começar a aplicar penas alternativas.

FOLHA - Por quê?
LEMBO - São 140 mil presos, um número imenso, trágico. Nós estamos querendo adotar o modelo americano e não temos capacidade financeira para sustentá-lo. Isso cria um caos financeiro para o Estado. E nem sei se é bom copiar os EUA. O que tem de gente presa lá é uma loucura. Então, não poderia encarcerar tanta gente no Brasil. Mas o Judiciário não tem cultura da pena alternativa. É a visão brasileira: prende, bate!

FOLHA - O senhor responsabilizou a "minoria branca", e no entanto as pessoas, especialmente as da classe média, argumentam que já pagam impostos, fazem a sua parte.
LEMBO - Não é só a classe média que paga imposto. O alto capital financeiro e industrial também paga. Porém o país tem situações tão graves que eles deveriam ser mais nítidos e claros no apoio à busca de um equilíbrio social. As fundações, por exemplo, são sempre familiares. É só você pegar as fundações existentes em SP, culturais, sociais. Todas têm estrutura familiar. É uma coisa interessantíssima do Brasil: todos só pensam na sua família. As fundações vivem do imposto do governo e ao mesmo tempo só servem a si próprias. Enquanto as fundações americanas apóiam as universidades, no Brasil todos querem tirar uma casquinha. Sempre.

FOLHA - O senhor poderia dar exemplos que vivenciou?
LEMBO - Governar é ouvir pedidos. Desde a Colônia é assim: as corporações estão sempre de chapéu na mão em torno do rei. As que têm mais capacidade de coerção, levam mais. Ou tentam. Na crise do PCC, figuras da minoria branca queriam a lei de talião. Queriam que se matassem todos, para preservar a eles, da minoria branca. Isso foi o que me irritou mais. Nós estávamos num momento extremamente difícil e tínhamos que mostrar que o Estado pode vencer dentro da lei. Telefonaram, e uns poucos vieram aqui.

FOLHA - Quem?
LEMBO - Prefiro não citar. Seria injusto. Eu iria esquecer algum e esse algum seria privilegiado.

FOLHA - Havia pânico?
LEMBO - O pânico foi geral. Nunca vi uma sociedade em pânico, sobretudo as suas lideranças, como naquele momento.

FOLHA - Mas elas pediam que se matasse de que forma?
LEMBO - Que a polícia fosse para as ruas, à noite, fazer execuções.

FOLHA - Mas isso não aconteceu?
LEMBO - Não, não houve.

FOLHA - Mais de cem pessoas foram mortas pela polícia. Houve mortes com características de execução.
LEMBO - Pode haver um caso ou outro, mas para cada caso houve o devido processo legal, que está em curso. Não vi violência maior da polícia. Vi o combate à criminalidade.

FOLHA - Como seus amigos da "minoria branca" reagiram quando disse que ela era "perversa" e "má"?
LEMBO - Houve uma pessoa que telefonou para oferecer padre e psicólogo. Infelizmente, nem o padre se ofereceu nem o psicólogo apareceu. Parece gozação. Mas é absolutamente real. Nem respondi. Imagine fazer terapia no meio do tiroteio do PCC! Já pensou? Parava para fazer análise, e São Paulo à mercê da bandidagem. Muito bem, né?

FOLHA - Na crise, o senhor disse que procurou estudos mais aprofundados sobre o PCC e não encontrou.
LEMBO - Esse é um grande defeito da nossa universidade. Ela fica estudando coisas absolutamente platônicas, românticas, estuda Antônio Conselheiro e não estuda a realidade social das grandes cidades brasileiras. Por que nenhum sociólogo foi entrevistar os presos para entender a origem e a motivação para o crime? A universidade virou novamente uma estrutura elitista isolada da sociedade.

FOLHA - Qual é a sua expectativa em relação ao governo José Serra?
LEMBO - Ele já foi exigido em postos importantes, tem conhecimento da administração pública. Mas acho que ele não deve ter ilusões. Deve saber da gravidade que é isso tudo.

FOLHA - E em relação ao Lula?
LEMBO - Estou convicto hoje de que sem o Lula nós teríamos conflitos sociais muito violentos no Brasil. Ele nasceu na sociedade mais pobre, tem empatia e raiz social profunda. Está procurando afastar as grandes diferenças sociais e, assim, consolidando a democracia.

FOLHA - Alguns definem o governo Lula como um dos mais corruptos...
LEMBO - O PT foi muito pouco cuidadoso com o dinheiro público, portou-se mal. Mas o Lula, pessoalmente, não. O PT trouxe para a política atores novos, o que é muito bom. Hoje o Congresso Nacional tem uma representação popular efetiva. Antes era só a minoria branca. Agora, a representação popular tem um risco: quem nunca comeu melado, quando come se suja, né? A elite sempre se lambuzou, viveu das benesses do Estado. Mas eram mais "cuidadosos". Agora chegou a vez de todos. Mas precisa pôr ordem nisso. É preciso ter ética, senão a sociedade fica muito frágil.

FOLHA - O presidente Lula diz que uma pessoa idosa, com mais de 60, que é de esquerda, tem problemas, bem como um jovem de direita.
LEMBO - Direita eu nunca fui. Fui sempre um conservador. Mas não burro. Vejo o que está aí. Vivemos uma situação social próxima de um vulcão.

FOLHA - E o Lula?
LEMBO - Nunca foi de esquerda. Não existe região de SP mais pequeno-burguesa que o ABCD, que teve fábricas, indústrias e uma classe média originada dos italianos, com pequenas chácaras. É uma região de pequenos-burgueses e portanto o presidente Lula é um pequeno-burguês.

FOLHA - E o Serra, que tem origem de esquerda -e mais de 60 anos?
LEMBO - Ele é um italianinho típico da Mooca, né? Ele tem essa qualidade de ser um homem, no fundo, conservador. É muito família, né? O Brasil é conservador, reacionário. As pessoas são de esquerda quando estão na oposição. No poder, são todos conservadores.

FOLHA - O senhor teve atritos com o PFL. Continuará no partido?
LEMBO - Continuo. O PFL disse que me esperaria na curva quando eu deixasse o governo. Estou nela, pronto a responder aos processos inquisitoriais. Mas não creio que isso aconteça. Eu vou ser um mero cidadão e eles vão me esquecer. Mas eu não vou esquecê-los.

FOLHA - O senhor acredita em uma reestruturação partidária?
LEMBO - O quadro partidário está razoavelmente consolidado. O PMDB é um partido de raiz popular, que representa particularmente as classes médias rurais. O PFL tem que ser um partido de representação das classes médias urbanas. O PT seria o povão, mas o Lula é que consegue trazer voto. Sem o Lula, o PT se desfaz. Pode ser que um dia descubra novamente uma vocação. E o PSDB tem uma forte tendência de virar a UDN. Agora, alguns elementos do PSDB estão com uma inveja tão grande do presidente Lula...

FOLHA - O Serra?
LEMBO - Não creio.

FOLHA - O Alckmin?
LEMBO - É possível que nesse momento tenha, né?

FOLHA - E o Fernando Henrique Cardoso?
LEMBO - Suas entrevistas mostram um certo desamor ao Lula, e desamor e inveja são coisas comuns.

FOLHA - O sr. deu entrevistas quase diárias aos jornais. Já Lula ficou quatro anos sem dar entrevistas. O Serra falou muito na campanha, e agora tem evitado. Há sempre um batalhão de assessores em torno dos homens públicos. Por quê?
LEMBO - Acho um grande equívoco do político não se oferecer integralmente aos meios de comunicação. O presidente Lula, quando não se expôs à imprensa, equivocou-se, e eu diria mais: governante que não governa a partir dos meios de comunicação está equivocado. A melhor maneira de governar é ler jornal diariamente. Não sinopse, síntese, clipping, mas os grandes jornais do país. É um excepcional instrumento de governabilidade. O jornal mostra situações que os auxiliares querem esconder. Todos os governantes lêem clipping. Todos. Eu cortei. Mas tenho certeza de que, no dia 2 de janeiro, o clipping voltará.

FOLHA - E os marqueteiros?
LEMBO - Todo político fala hoje na pesquisa qualitativa [feita com grupos de eleitores]. Todo governo tem qualitativa. Eu nunca tive, nem qualitativa nem marqueteiro. O Muro de Berlim caiu, a Muralha da China é ente turístico. Porém, entre o governante e o povo hoje tem toda uma estrutura de segurança intelectual. O que torna o governante frágil. Os marqueteiros dizem o que fazer. E ele se torna uma marionete.

FOLHA - Ainda pensa em disputar eleições?
LEMBO - Só se for necessário. Mas sem interesse egoístico, só para a pregação de idéias.

FOLHA - De que mais vai sentir falta ao deixar o Palácio?
LEMBO - De nada. A minha vida sempre tem sido a de fechar a porta, ir embora e não me preocupar. Cada ciclo tem seus valores e suas tragédias. Eu vou-me embora.

sábado, 30 de dezembro de 2006

Chora fracassados... PSDB, PPS,PFL


Os perdedores ainda estão inconformados,tudo é motivo para discussão e falação. Sem ter o que dizer ou fazer resolveram atrazanar a festa do Lula. O motivo as faixas que convidam o povo para festança.Foram colocadas em espaços públicos de Brasília faixas com as inscrições "Lula presidente" e "Tome posse do Brasil". O conteúdo polêmico levou a sigla PSDB, PFL e PPS, a retirá-las menos de 24 horas depois de terem ido às ruas.

O PT, argumenta ter sido mal interpretado. Segundo José Zunga Alves de Lima, da diretoria do partido no Distrito Federal, e membro do comitê da posse, a intenção era se referir ao povo, não ao presidente. A mensagem, para os petistas, era de um "chamamento" da população, para que o povo "tomasse posse" do Brasil. "A intenção não passava nem de longe por isso que estão dizendo", afirmou.

Integrantes de legendas oposicionistas repudiaram o texto, classificando-o de autoritário e inoportuno."É a atuação dos aloprados. É exatamente o que esse pessoal pensa, fazer desse país um quintal exclusivo deles. Parece fogo de artifício soltado fora de época", criticou o senador Heráclito Fortes (PFL-PI). Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), o PT cometeu um "ato falho". "Não é nem anti-republicana. É anti-Lula [a mensagem]", disse.

Além das faixas, o PT distribuiu pela cidade cartazes com a inscrição "2º Governo, um novo começo - Acelerar, Crescer, Incluir". Também foram impressos cerca de 1 milhão de "convites", com a programação da festa da posse. O PT deve divulgar hoje oficialmente os gastos com as festividades. Extra-oficialmente, a estimativa do partido era de que os custos chegariam a R$ 500 mil. O PT organizará parte da festa. O restante está sob responsabilidade do cerimonial do Palácio do Planalto.

Helena

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

mamífero-leiteiro-nazista


Novamente eu volto ao assunto da dona Eliane Catanhêde. Hoje o assunto (clique Eliane Cantanhede - A PF morreu na praia ) A certa altura dona Eliane fala:" Fica difícil, até esquisito, a polícia que grava e prende tudo e todos explicar que não consegue responder a uma pergunta que persegue milhares, talvez milhões de pessoas: afinal, de onde veio o dinheiro da compra do dossiê contra o PSDB? " Concordo com a dona Eliana, a Polícia Federal bobeou, nem ao menos nadou até a Nossa Caixa, errou ao não entrar com tudo no caso da Nossa Caixa . onde seu marido Gilnei Rampazzo, um dos donos da GW, a produtora que cuidou das últimas campanhas eleitorais de Geraldo Alckmin e de José Serra. Rampazzo é sócio de Luiz Gonzales, o marqueteiro escolhido pelo PSDB para coordenar a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. Ele foi acusado pela Folha de S. Paulo de participar de um esquema de desvio de recursos da Nossa Caixa. Dona Eliane Catanhêde e o marido Gilnei que abertamente se assumem tucanos, não vê nada de errado em receber dinheiro de um banco estatal de São Paulo, um estado administrado por um tucano. Notem que é essa a mulher que escreve em sua coluna diária , escândalo e corrupção quando se refere ao PT”. não vê nada de errado nisso, quando o assunto é com com PSDB, chefe do seu maridinho. ?por quê o PSDB pode?


Eliane Cantanhede escreve mal pacas. Ela reclama que foi xingada por um "petista", que a chamou de vaca -nazista. Ora, a mulher tem um espaço grande, todo dia, num jornal de tiragem consideravel. Fala abobrinhas e asneiras, omite informações importantes, exclui de suas análises casos importantes (como o conteúdo do que diz o dossiê, os 400 vestidfos de Lu, as revistas com propagandas políticas, a ocoedade do seu fulho com o xinês...),Parece-me natural que algumas pessoas se sintam revoltadas e percam a paciência. Acho normal isto, e ela deveria achar também. Ela é uma pessoa pública e deve se responsabilizar pelas bobagens que fala.


Valho-me desta citação: “A razão é a imperfeição da inteligência”. São Thomaz de Aquino [Ou seja, a inteligência vem de intus leggere (ser capaz de ler dentro).] Há pessoas analfabetas que são sumamente inteligentes. Inteligir (entender com inteligência) uma situação não depende propriamente de cultura, depende de sensibilidade, de intuição, daquilo que a Bíblia chama de sabedoria. Hoje constatamos que a escola nos torna cultos, mas não nos torna necessariamente inteligentes. A mídia há muito tempo afastou-se do seio da população. Trata a população como "povo" e o povo como "analfabeto", quiz tutelar os caminhos (idéias) da população, pobres e ingênuos bufões. A realidade é a vida, a vida vivida por cada um e por todos e tudo que o rodeia. O global é apenas o imaginário coletivo, ele não esta presente na vida das pessoas. É esse "povo" que faz mudanças não a midia e seus proprietários. Esse povo deixou uma menssagem: "Burros são vocês, pois não sabiam o que nós queriamos".


Helena

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Reinaldo o patife


Eu não sabia direito quem era o tal do Reinaldo Azevedo . Só lembrava que o cara recebia din din dos cofres públicos da No$$a Caixa, a Caixa da No$$a Gente tucana. dinheiro do contribuinte , pago pelo PSDB, para seu Reinaldo escrever um bloquezinho para falar mau do Lula.E agora eis que a Primeira Leitura, revista que abertamente se assume tucana, não vê nada de errado em receber dinheiro de um banco estatal de São Paulo, um estado administrado por um tucano. Esses são os mesmos que falam do “maior escândalo de corrupção da história”. Não vêem nada de errado nisso, por quê? Segundo Azevedo, porque. Até onde Li o cara lembra uma mistura de Olavo de Carvalho com Diego Mainardi, numa versão sub-escolarizada. Um dos momentos mais divertidos que tive ano passado no Brasil foi durante a exibição de um Manhattan Connection, em que Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo comentavam – sem haver assistido – o filme Brokeback Mountain. Repetiam a cantilena da extrema direita americana: trata-se uma “politização” inaceitável do western, da utilização de um gênero para avançar a “agenda gay”, etc. e tal. Foi a cena mais divertida da minha estadia: ver Reinaldo Azevedo, com aquele anelzinho, desmunhecando vigorosamente contra os cowboys gays.
A outra frase elegante, seu Reinaldo Azevedo fala em seu blog:.,"Repito um recado. Eu escolho os meus adversários. Não sou escolhido por eles. Não chuto traseiro de gente oferecida. Não adianta"Viram?. Mas, prestanto atenção na frase do seu Reinaldo vejo que há um errinho onde diz."Não sou escolhido por eles. Não chuto traseiro de gente oferecida"Epa Reinaldo, mas você foi escolhido pelo PSDB para chutar ser traseiro no momento em que não liberaram mais a no$$a grana da No$$a caixa para você Lembra?. Aquela grana que financiava seu Primeira Leitura? Ah, o pessoal da No$$a Caixa, a Caixa da No$$a gente tucana, te escolheu sim! Pra não receber mais a No$$a grana . Isso depois que a Folha de São Paulo descobriu não é mesmo?
Aliás a Folha te perguntou:o sr. poderia explicar por que os apoiadores do PSDB bastião do "Estado democrático de direito" sufocaram nada menos que 69 pedidos de CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo? Nenhuma delas se justiificava segundo o "Estado democrático de direito"? ...Seu Reinaldo você não disse nada e o que disse era mentira:Não, Sr. Reinaldo Azevedo, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) não o acusou de ser financiado com dinheiro do PSDB. Acusou-o de ser financiado com dinheiro público. E o sr. continua sem se explicar

Bom, mas eu estava de bobeira e com muito tempo para perder com nada, resolvi ler seu curriculun de jornalista famoso, ao ponto de sair dinheiro dos cofres públicos para patrocinar seu blog..Nada como a Wikipédia, a enciclopédia livre(aqui). Veja 3 linhas e só? Sendo que a mais espetacular é uma entrevista, onde você entrevista você mesmo.

Ih mas tem mais burrice, veja essa:

Extra! Reinaldo Azevedo descobre que o Brasil é na Islândia
Só 6% são negros no Brasil. 52,1% são brancos. E há 41,4% de mestiços.
Eu não estou inventando. Tirei daqui.
Por onde começar a desconstruir as asneiras dessa turma? E depois não entenderam por que levaram aquela surra nas pesquisas
* Quem compra os jornalistas* O sistema criado pelo PSDB e pelo PFL para a compra de jornalistas éantigo. Seu idealizador foi o falecido ministro Sérgio Motta, o Serjão,responsável por enorme série de falcatruas no reinado de Fernando HenriqueCardoso. Segundo ele, a imprensa "comia na mão se farto fosse o grão". Serjão fez escola, gerando uma série de articuladores de "contratos" com aimprensa. Hoje, alguns militam nas fileiras de José Serra. Outros, no bandodo ex-governador alquimista da Opus Dei.


Helena

Ela disse que era Vaca... o quê mesmo?


Foram poucos os meios de comunicações que tiveram um espacinho para publicar que Lula , vencera o primeiro e o segundo turnos da eleição, ganhou também uma terceira prova de popularidade. Pesquisa CNI/Ibope mostrou que a aprovação de sua gestão chega agora a 71%, índice bastante semelhante ao de março de 2003, quando começou sua gestão (75%). Desde julho, ele também experimenta um crescimento em seu capital de confiança junto ao público. Depois de obter a confiança de 52% da população em julho e 58% em setembro, Lula entrou em dezembro com 68% neste quesito. A nota média de sua gestão foi 7, a maior registrada em seus quatro anos de governo. Lula tem mesmo motivos para rir à toa.... Dona Eliane Cantanhede,(leia aqui Eliane Cantanhede - Opinião dos formadores de opinião )uma tucana fracassada e derrotada junto com seu candidato, resumiu a vitória de Lula assim "4 em dezembro de 2005 e 4,8 em julho passado. Pela primeira vez em quatro anos, a política econômica não liderou as áreas de melhor desempenho. Mesmo assim teve 83% de avaliações positivas, apesar das críticas que se lêem, ouvem e vêem na mídia. Desta vez, o combate à fome e à pobreza ganhou, com 85%"



A Cantanhêde está cantando. Canta Cantanhêde. A palavra Crítica, pressupõe uma análise balanceda de fatores, argumenotos e fatos, não é só ver e elencar fatos negativos. Não sou apologista da violência, embora veja violência desmedida nos ataques ao governo, ao presidente e ao PT. Senhora Cantanhêde, existe a violência simbólica que sempre precede a física. A Cantanhêde não acha desaforo chamar o Presidente do Brasil de bêbado? A liberdade de imprensa existe para isto? A senhora deve lembrar que os profissionais são pessoas como outras quaisquer, de carne e osso e não são imunes às mazelas do resto dos mortais. A liberdade de imprensa não faz os jornalistas fiscalizadores de nada na sociedade, eles não foram eleitos para nada, são empregados de empresas, não são sacerdotes da democracia, não são juízes da opiniõa pública, não são policiais e não têm madato para nada. Em uma sociedade livre são os cidadãos que se auto fiscalizam e exigem os seus direitos. No jornal O GLOBO os incidentes nos aeroportos foram colocados(pelo menos no SITE) ao lado do Presidente Lula e a família que estão descansando. Isto não é manipulação?


A verdade é que a grande imprensa, está perdendo o respeito dos brasileiros. Está muito claro, que a grande imprensa nacional, assumiu uma bandeira, que não é a da imensa maioria do povo brasileiro. Ela se partidarizou demais, tem objetivos muito diferente do nosso. Está mais do que na hora, da grande imprensa baixar a bola, se tornar mais humilde e procurar novos caminhos, enquanto é tempo, porque, o conflito que esta se desenhando, não é com o presidente, é com o povo, e as vezes quando se provoca o povo, as reações podem ser incontrolaveis. Alguns pseudo-jornalistas , devem atentar parar esta fato. Por que esta mesma imprensa (até orgulhosamente) responsável por ter vindo a tona essa lama não teve a mesma conduta com os desmandos e a lama havida no governo FHC? Quer saber mesmo? A grande mídia brasileira (ou quase) foi a maior derrotada nestas eleições. Isto é um fato


PT deveria começar a processar colunistas como a Eliane Cantanhêde toda vez que eles publicarem a palavra "petista" em relação aos e-mails que recebem protestando contra a autoridade que supõem ter. Ao escrever "petistas", fazem supor que o restante da população está satisfeitíssima com suas análises, o que não é verdade. E faz supor que cada mensagem dessas traz consigo a informação, inclusive com o devido registro oficial, de filiação ao PT, o que provavelmente não é verdade. É comoa Regina Duarte ficar dizendo que os petistas foram agressivos com ela quando fez a declaração do medo. Nâo foram os petistas, foram os brasileiros. Ah, esqueci que para Eliana Cantanhêde e "gangue" (para usar uma expressão deles), petistas não são brasileiros. São petistas. Quando querem fomentar uma idéia, dirigem-se aos brasileiros. Quando se sentem ofendidos, atribuem a suposta ofensa a petistas


Helena

Encrenca a vista


Prato cru

Um grupo de deputados conta as horas para a chegada de 2007 e o motivo é simples: vingança. Parte da turma acusada de envolvimento na máfia dos Sanguessugas vai processar o presidente da CPI, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), e seu relator, Amir Lando (PMDB-RO). Eles acusam a dupla de cerceamento ao direito de defesa durante as investigações. Como os dois não terão mandato a partir de fevereiro do próximo ano, terão que responder pelas ações na Justiça comum.

Plano de vôo

Marconi Perillo, senador eleito por Goiás, sonha alto. O tucano comentou com amigos que pretende disputar a presidência nacional do PSDB. Perillo disse que é contrário à antecipação da eleição interna do partido, marcada para novembro do próximo ano. Até lá, o tucano tentará ganhar espaço junto aos colegas, apostando suas fichas na “despaulistização” da legenda para um eventual confronto com Geraldo Alckmin.

Helena

Pequenas notas


A frase que foi pronunciada

“É difícil obter expansão de 5% na média do ano, mas se torna possível se for acelerando em prazo relativamente curto.” Ricardo Carneiro, economista da Unicamp, endossando o desejo do presidente Lula para que o Brasil cresça 5% no menor espaço de tempo possível.

Esperança

Todos que estavam perto riram quando Ulysses Guimarães disse que não existia o menor risco da próxima legislatura na Câmara dos Deputados melhorar. Há mais de 20 anos acontecia aquela conversa. Até hoje a esperança não morreu. Está depositada numa reforma política séria em que os interesses da população brasileira estejam nos votos dos parlamentares.

Incrível

Barco, lancha, calor, status, poder, Brasília. Misture com uísque ou caipirinha e espere um acesso de abuso de autoridade. Foi assim na marina da Asbac, quando uma delegada da Polícia Federal reclamou que a lancha atracada soltava fumaça demais. Os passageiros estavam desembarcando e a lancha iria sair. Resultado: voz de prisão ao condutor e um dia de reclusão na PF.

Helena

Transporte individual


Transportar o cidadão por trens até onde ele possa estacionar seu automóvel bem poderia merecer atenção dos nossos governantes. O Brasil tem regiões de beleza e encanto para o turismo. Estão ligadas ao transporte aéreo, em que se destaca o primor dos modernos aeroportos. Estamos com deficiência na estrutura. Vôos são cancelados, aviões atrasam e motivam tortura e apreensão entre passageiros. Transporte público é um desastre. Levando consigo preocupação sobre o individual que é prioritário, nossos governos têm desdenhado o uso popular de locomoção. Imitação triste aos países ricos, onde as estradas são bem construídas e o pavimento não é motivo de preocupação. A indústria automobilística sufocou a malha ferroviária e aboliu os navios que transportavam o povo ao longo dos 8 mil quilômetros de costa. Faz muitos anos que o Brasil não volta os olhos para o transporte coletivo. Vem daí o desastre das vias de São Paulo, eternamente sufocadas apesar do número de pistas. Uma cidade com a população da Bélgica vive do uso individual do automóvel. Estão falando na criação de marginais sujeitas a pedágio. A cada dia maior número de carros entra em circulação e vai colocando mais longe o conforto que o povo deveria usufruir.

Helena

RETROSPECTIVA 2006: Presidente reeleito


A eleição foi uma epopéia. Dizem que Lula chegou a desistir da reeleição, mas o teste das urnas lhe deu popularidade recorde

De bem com a vida: com Marisa, Lula usou discurso popular e fechou o ano como o Presidente mais popular da história recente Ao apagar das luzes de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou mais um motivo para comemorar. Ele, que vencera o primeiro e o segundo turnos da eleição, ganhou também uma terceira prova de popularidade. Pesquisa CNI/Ibope mostrou que a aprovação de sua gestão chega agora a 71%, índice bastante semelhante ao de março de 2003, quando começou sua gestão (75%). Desde julho, ele também experimenta um crescimento em seu capital de confiança junto ao público. Depois de obter a confiança de 52% da população em julho e 58% em setembro, Lula entrou em dezembro com 68% neste quesito. A nota média de sua gestão foi 7, a maior registrada em seus quatro anos de governo. Lula tem mesmo motivos para rir à toa.

O adversário: Geraldo Alckmin surpreendeu no primeiro turno, mas, isolado, perdeu o discurso e os votos na fase decisiva Ao conseguir a sua reeleição em 29 de outubro,graças a Rede Globo, Folha de São Paulo, Estdão e Veja, Lula pulverizou as teses a respeito da influência dos formadores de opinião sobre a parcela menos politizada da população. Boa parte dos integrantes das classes A e B, escaldados pela sucessão de escândalos que envolveram políticos ligados diretamente a Lula e ao PT, procurou desde o início da campanha eleitoral opções que fizessem frente ao Presidente. No primeiro turno, com um desempenho surpreendente nos momentos finais, o candidato tucano Gerado Alckmin deu mostras de que poderia ser esse homem. A partir deste momento, porém, Lula tomou para si a tarefa de se reeleger. Em lugar de se deprimir, arregaçou as mangas. Agiu em vez de reclamar. Ele pôs de lado os que taxou de “aloprados” do PT, assumiu a articulação política de sua campanha e, ao mesmo tempo, multiplicou em suas andanças pelo País e no horário eleitoral gratuito as mensagens ao feitio popular. Conjugou o uso de ferramentas à mão do poder, como o programa Bolsa Família, com a força de sua imagem pessoal e a pouca capacidade de mobilização dos partidos de oposição.

Mineiro: Aécio escolheu uma reeleição fácil. Pelo Ceará, Ciro Gomes tornou-se o deputado mais votado do País e pode sonhar com 2010 a lógica social-democrata de todos os governos depois da redemocratização do País. Manteve os mesmos princípios de política econômica e fez sua a bandeira da estabilidade. Reforçou as iniciativas que, nos governos anteriores, já eram chamadas de Rede de Proteção Social: as políticas sociais, muitas de caráter assistencialista, que hoje formam o programa Bolsa Família. Com esse conjunto de ações, tirou da oposição muito da sua capacidade de discurso, ou o “verbo”. Só restou ao PSDB e ao PFL bater na questão ética e moral. Mas, com pouca capacidade de mobilização da sociedade, os dois partidos não foram capazes de retomar o poder que perderam para Lula em 2002. Ainda assim, “se não fossem os escândalos”,“Lula teria vencido no primeiro turno com 80% dos votos”.

As circunstâncias políticas ajudaram o Presidente. Ainda em 2005, quando o jogo sucessório começou a se formar, dois de seus potenciais adversários escolheram outros caminhos. O então prefeito de São Paulo, José Serra, não se esforçou para garantir a legenda do PSDB, atento a uma eleição fácil para o governo de São Paulo, o que acabou acontecendo. Em Minas, Aécio Neves rapidamente calculou que seria melhor se reeleger com expressão do que enfrentar Lula. Na brecha deixada pelos nomes mais fortes, Alckmin acreditou ser a alternativa, mas a verdade é que ele fez sua campanha praticamente sozinho, sem seus companheiros de partido.

Lulismo: carisma do presidente definiu reeleição e separou formadores de opinião Se no primeiro turno o vôo solo de Alckmin o levou adiante, no segundo ele recuou. Lula fez, na primeira fase da eleição, 46,6 milhões de votos (48,61%) e Alckmin 39,9 milhões (41,64%). No segundo turno, o Presidente não apenas conquistou a maior parte dos eleitores que antes votaram nos outros candidatos (principalmente Heloisa Helena, do PSol, e Cristovam Buarque, do PDT) como fez boa parte daqueles que antes votaram em Alckmin mudar de idéia. O presidente fez, então, 58,3 milhões de votos (60,83%), ganhando 11,7 milhões de novos eleitores. Ao mesmo tempo, Alckmin perdia 2,4 milhões de votos: no total, obteve 37,5 milhões (39,17%).

Símbolo: Wagner sepultou oligarquia baiana

Antes mesmo do segundo turno, Lula já havia montado um grupo de auxiliares e conselheiros aliados, formado, entre outros, pelo deputado Ciro Gomes, do PSB, o ex-presidente e senador José Sarney e o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do PCdoB. Com o início do segundo turno, o presidente foi intensificando o contato com esse grupo. Convenceu-se, então, que precisaria formalizar uma estrutura de coalizão. Na cabeça de Lula, estava estabelecido um processo de amadurecimento que o levava para o centro. Na verdade, não é exatamente o presidente quem migra para o centro, mas o seu governo, dentro de uma compreensão mais clara de que, numa democracia, sem ter maioria e obrigado a se aliar a partidos e setores da sociedade que são mais conservadores, a opção mais justa é o centro: é ele quem melhor reflete de fato a vontade do eleitorado.

Renovação: Maia deve substituir Bornhausen

Se a vitória de Lula parece ter registrado um momento de desconexão entre as classes mais altas e as mais baixas da sociedade, esse não foi o único recado mandado pelas urnas. Em vários Estados, velhas oligarquias foram convidadas pelos eleitores a pensar na aposentadoria. O caso mais eloqüente deu-se na Bahia. Ainda no primeiro turno, Jaques Wagner, do PT, derrotou o governador Paulo Souto, o nome apadrinhado pelo senador Antônio Carlos Magalhães, absoluto na Bahia há 16 anos. No Maranhão, o clã Sarney foi derrotado por Jackson Lago, do PDT, que derrotou Roseana Sarney na eleição para o governo. No Ceará, no campo da oposição, Ciro Gomes elegeu-se o deputado federal proporcionalmente mais votado do País. Em Santa Catarina, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, despediu-se da vida pública. Para substituir Bornhausen no comando do PFL, o nome mais cotado é o de Rodrigo Maia, filho do prefeito do Rio, César Maia. Parece ter chegado o momento em que, definitivamente, a geração de políticos nascida e formada já na democracia, depois da ditadura militar, chegará ao poder. Para resumir tudo isso, essa eleição não foi ganha por quem ler a Folha, Veja, Estadão, mas sim por quem limpa a bunda com eles

Helena

RETROSPECTIVA 2006A festa da posse


Com menos pompa e sem chefes de Estado, mas com Rolls-Royce e público carregado em ônibus pelo PT, Brasília se prepara para ver Lula subir a rampa pela segunda vez : E para você que quer ir, entre em contato com os organizadores em Brasilia: Comitê de Posse - Presidente Lula

Secretaria Executiva : A ligação é gratuita pelo fone: 0 800 642 13 13

SCS, Quadra 2, Bloco "C", Ed. Toufic, 2º andar

Telefones: (61) 3213-1361 , 3213-1362, 3213-1313

Ou envie seu e-mail para maiores informações : posselula@pt.org.br


O Rolls-Royce 1952, estacionado na garagem do Palácio do Planalto, já está abastecido. Acabou de sair da revisão para, desta vez, não engasgar no meio do caminho, como aconteceu na primeira posse do Presidente Lula , em 1º de janeiro de 2003. A faixa presidencial, de seda e bordada a ouro, será a mesma de quatro anos atrás. Só que a festa não terá tanta pompa como a anterior, a festa será só do povo. A segunda posse de Lula não terá chefes de Estado estrangeiros . O próprio Lula pediu que a celebração fosse eminentemente popular – e a mais franciscana possível. A organização do evento, a cargo dos cerimoniais da Presidência e do PT, levará para Brasília caravanas organizadas por movimentos sociais, como o MST. Até a tarde da quarta-feira 20, já estavam confirmados 180 ônibus de militantes. O partido de Lula pagará até comida. Gastará algo em torno de R$ 1 milhão, . “É preciso conter custos, mas temos que considerar também que esse é o tipo de gasto que temos de ter”, diz o tesoureiro nacional do PT, Paulo Ferreira.

Novo diploma: depois da cerimônia no TSE, Lula terá festa para 50 mil pessoas A Esplanada dos Ministérios vai ser decorada em verde, amarelo e... vermelho. O comitê da posse, montado onde funcionava antes o comitê de campanha, mandou fazer milhares de lenços, também nas cores do Brasil e do partido. O PT vai vender kits com camiseta, boné e broche alusivos à posse de R$ 10 a R$ 15. O material foi criado pelo marqueteiro da campanha, João Santana, e traz slogans como “Segundo governo, um novo começo” e “Brasil, hora de prosseguir”. A festa está programada para começar no início da tarde, com shows populares. Lula chegará pouco antes das 16 horas. Na Catedral de Brasília, entrará no Rolls-Royce com dona Marisa. No carro aberto, seguirá até o Congresso, onde será reempossado. O trajeto será cercado de segurança. Dos dois lados da pista serão instaladas grades duplas. O carro presidencial será acompanhado de batedores motorizados e da guarda montada. Lula, dona Marisa, o vice-presidente, José Alencar, e sua mulher, dona Mariza Gomes da Silva, seguirão direto para o plenário da Câmara dos Deputados. Lá, Lula e Alencar farão o juramento constitucional. O presidente discursará. A cerimônia deve durar uma hora. À saída do Congresso, ao som do Hino Nacional, executado pelo Batalhão da Guarda Presidencial, canhões do Exército farão uma salva de 21 tiros. Lula, já empossado, irá então ao Palácio do Planalto. Subirá pela rampa e, com a faixa no peito, aparecerá no Parlatório, de onde fará um discurso à Nação. A organização da festa calcula que, nesse momento, a Praça dos Três Poderes já estará tomada por populares. Do outro lado da praça, bem em frente ao Supremo Tribunal Federal, estará montado um palco onde se apresentarão os baianos do Olodum e a sambista Lecy Brandão, entre outros artistas. “As pessoas só terão de girar sobre si mesmas para acompanhar o discurso do presidente”, diz o embaixador Ruy Casaes, um dos encarregados do cerimonial.

Novos slogans: o marqueteiro João Santana criou as frases que estarão nas camisetas dos militantes


Lula vestirá um terno escuro Ricardo Almeida, seu estilista predileto. Dona Marisa vai de vestido, mas sem chapéu, assinado pelo paulista Walter Rodrigues. Como o frisson não é o mesmo da primeira posse, e ainda por cima tem a data que dificulta encontrar espaço na agenda de autoridades estrangeiras, optou-se por não convidar outros chefes de Estado. Nem os amigos mais próximos, como Hugo Chávez. Lula receberá os cumprimentos dos colegas sul-americanos em 18 de janeiro, no Rio de Janeiro, num jantar que vai oferecer durante reunião de cúpula do Mercosul. O PT vai aproveitar a segunda posse para fazer propaganda do primeiro mandato de Lula. Convidou beneficiários de programas sociais e o menino baiano Éverton Conceição Santos, oito anos, morador da periferia de Lauro de Freitas que se tornou celebridade como personagem da principal fotografia da campanha de Lula à reeleição. Éverton, filho de mãe desempregada, entrará num avião pela primeira vez para ir à festa da posse.


Helena

RETROSPECTIVA 2006: Vale do Rio Doce: missão mundo


Compra da canadense Inco por US$ 18 bilhões foi o maior negócio já feito no Exterior por uma companhia da América Latina e tornou a empresa a segunda maior mineradora do mundo

Liderança: refinaria Alunorte, no Pará, faz da Vale a maior produtora mundial de alumina
Foi uma lição de capitalismo. A Companhia Vale do Rio Doce terminou 2006 com a maior aquisição já feita por uma empresa brasileira no Exterior. Por US$ 13,4 bilhões, comprou em outubro o controle da mineradora canadense Inco. Se conseguir adquirir 100% das ações, como pretende, o negócio poderá chegar a US$ 18 bilhões, um recorde para empresa com sede na América Latina. Para chegar lá, o presidente da Vale, Roger Agnelli, comandou uma estratégia ofensiva e derrotou dois grandes concorrentes que tentavam comprar a Inco, as gigantes Teck Cominco e Phelps Dodge. Como? No melhor estilo capitalista: ofereceu 100% do pagamento em dinheiro, em vez de troca de ações, freqüentemente usada nessas aquisições.

Além dos acionistas, a Vale teve de convencer as autoridades reguladoras e de mercado de capitais do Canadá e dos Estados Unidos, onde as ações da empresa são negociadas, a aprovar a transação. A Inco tem um papel histórico na mineração canadense e a promessa de manutenção dos empregos locais foi fundamental. Para mostrar cacife, a Vale negociou com bancos internacionais linhas de crédito da ordem de US$ 30 bilhões. Coisa de gente grande. No fundo, a companhia brasileira não tinha alternativa que não fosse crescer no Exterior e, assim, participar de igual para igual no pesado jogo da economia globalizada. “A saída para as empresas brasileiras é ganhar escala e musculatura lá fora”, afirma Agnelli.

Haja musculatura. A compra da Inco fez da Vale a segunda maior mineradora do mundo, atrás apenas da australiana BHP Billiton. A companhia brasileira aumentou seu faturamento anual para US$ 21 bilhões, superior ao de pesos pesados globais como Goodyear e Coca-Cola. A Inco é uma das principais produtoras mundiais de níquel, metal de grande importância industrial e crescente valorização. Mas o negócio vai além de mais um produto na prateleira. Com a aquisição, a Vale ampliou sua presença física de 18 para 40 países. Antes da Inco, 98% dos seus ativos ficavam no Brasil. Depois, essa fatia caiu para 60%.

A tacada de Agnelli o elevou ao time dos superexecutivos globais – foi até sondado para ser ministro do governo Lula. Sozinho, o negócio representou o triplo dos investimentos da empresa desde 2001. No mesmo mês em que arrematou a Inco, a Vale inaugurou o Projeto Brucutu, em Minas Gerais, um investimento de US$ 1,1 bilhão. Assim, 2006 jamais será riscado da história da companhia.

ENFIM, A AUTO-SUFICIÊNCIA

Demorou três décadas para que o Brasil anunciasse sua independência no mercado internacional de petróleo, passando a produzir óleo suficiente para abastecer o consumo interno. Com a entrada em funcionamento da plataforma P-50, em abril, a Petrobras elevou sua produção média para 1,91 milhão de barris por dia, suficiente para cobrir a demanda interna. É um marco histórico: no final dos anos 70, quando a Petrobras começou a perseguir a auto-suficiência, a produção não passava de 200 mil barris. Localizada na bacia de Albacora Leste, no Rio de Janeiro, a P-50 produz 180 mil barris diários e tem capacidade de armazenar 1,6 milhão de barris. Junto com as demais plataformas, estima-se que poderá catapultar a produção nacional para 2,3 milhões de barris diários em quatro anos.


Helena

RETROSPECTIVA 2006: O ministro Palocci e o caseiro


Francenildo denunciou Palocci e teve o sigilo bancário quebrado. O ministro perdeu o cargo e o caseiro não tem mais emprego

O cidadão Francenildo Santos Costa tem sobrevivido graças aos bicos que faz na cidade de São Sebastião, na periferia de Brasília. Ele limpa jardins, lava piscinas, capina lotes. Francenildo entrou para a história da República em março, quando foi à CPI dos Bingos testemunhar contra o então ministro da Fazenda Antônio Palocci. O rapaz era caseiro de uma mansão que ficou conhecida como República de Ribeirão Preto – alugada por antigos amigos de Palocci. A CPI descobriu que naquele imóvel eram feitas transações nem sempre republicanas e o caseiro revelou, com todas as letras, ter visto Palocci entrando e saindo da casa diversas vezes. A reação em cadeia dentro do governo foi a de divulgar o sigilo bancário do caseiro, com o propósito de tentar desacreditá-lo, pois teria recebido dinheiro da oposição para testemunhar contra o ministro. Nada ficou comprovado e Palocci perdeu a condição de czar da economia graças à arbitrariedade cometida contra Francenildo. Caiu o ministro e perdeu o caseiro. Hoje, Francenildo tenta resgatar a convivência com o filho e recompor um casamento estraçalhado. Não conseguiu mais emprego com carteira de trabalho assinada. “Todo mundo tem medo de dar emprego a ele”, diz o advogado Wlicio Chaveiro. Oras, Oras, Francenildo , PFL e PSDB foram úteis á você quando interessavam a eles não? Peça emprego á eles....

Acusador: Francenildo hoje vive de bicos

Antônio Palocci era um ministro bem-sucedido. Era a garantia encarnada da estabilidade econômica. Chegou a ser cotado pelo mercado como um dos sucessores naturais do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e terminou rebaixado a 152 mil votos em São Paulo, o suficiente para levá-lo à Câmara na próxima legislatura. Quanto ao caseiro, o advogado Wlicio acredita que ele ainda sofrerá por um bom tempo com as repercussões do escândalo da mansão. “Vem sempre à tona a versão de que Francenildo recebeu dinheiro da oposição para denunciar o ministro”, reclama. “Eu o aconselhei a estudar, para ver se ele consegue vencer nesta vida.” A verdade; Palocci roubou os cofres públicos? NÃO. Foi péssimo Ministro? NÃO. O mal de Palocci foi ter encontrado um falso-moralista. No final das contas Palocci fez o que todos os homens sem sobrenome Palocci faz.

Helena

RETROSPECTIVA 2006: O fôlego da Bolsa em 2007


30% foi a alta média da Bovespa até 20/12 44.263 pontos foi o recorde do Ibovespa este ano

O mercado de ações está em alta há quatro anos seguidos. E a tendência de valorização continua forte. Até quando?

Você pretende investir em ações em 2007? Se olhar para trás, verá que a Bolsa de Valores foi o melhor negócio do mercado financeiro nos últimos quatro anos. O índice Ibovespa, que reflete o desempenho dos papéis mais negociados, terminou 2002 em 11.268 pontos e chegou ao final de 2006 na casa dos 43.500 pontos. A valorização média da Bolsa no primeiro mandato do presidente Lula foi de 286% até a quarta-feira 20. Para alguns investidores, a festa foi ainda melhor. Quem comprou em ações da Petrobras ganhou 423%. Do Banco Itaú, 405%. Do Bradesco, 491%. Como não dá para voltar no tempo para investir, fica a pergunta: há espaço para se ganhar dinheiro na Bolsa no ano que vem?

Muitos gestores de investimentos acham que as ações terão mais fôlego para crescer em 2007. Há previsões de que o Ibovespa poderá avançar em torno de 20% nos próximos 12 meses. O HSBC Investments aposta que o índice alcançará 51 mil pontos em dezembro próximo. A Corretora Itaú vislumbra 52 mil. Não importa o número exato, mas, sim, a tendência. O risco de se investir em ações é o de sempre: alto. Mas há bons motivos para crer que a expectativa de alta tem grandes chances de se concretizar. Do ponto de vista macroeconômico, pouca coisa deve mudar. “Teremos mais do mesmo”, diz o economista Edmar Bacha. Os juros cairão mais um pouco e o câmbio ficará estável. Nessas condições, a economia deverá crescer moderadamente no próximo ano. Isso, se a conjuntura internacional permanecer favorável e o risco-país continuar baixinho, como se prevê. “Não vejo nenhum cataclisma a caminho”, diz Bacha. Quanto maior a estabilidade, mais as empresas se animam a investir, o que é bom para suas ações.

Oferta e demanda permanecem aquecidas. Os investidores estrangeiros abocanharam mais de 70% dos lançamentos de ações na Bovespa em 2006 e continuam ávidos por bons negócios. Novos papéis devem estrear na Bolsa nos próximos meses. A fila para autorização da Comissão de Valores Mobiliários já tem 17 inscritos. Esse número pode dobrar em 2007. “O mercado quer ações de empresas com boas perspectivas de crescimento, liquidez em Bolsa e práticas de governança corporativa”, afirma Jean-Marc Etlin, vice-presidente do banco de investimentos Itaú BBA. Faça suas apostas.


Helena

RETROSPECTIVA 2006: Bagdá é aqui


Sem culpa: entre as matanças, o governador Lembo chegou a atribuir a culpa pela situação à “burguesia branca” e às “dondocas”(O que convenhamos; ele está certo)

Ataques demonstraram a fragilidade do Estado diante da facção PCC, que movimentou R$ 36 milhões no ano. O terror acabou?

Era uma segunda-feira, 15 de maio, quando São Paulo parou. Parou diante do caos, do terror e do pânico. Parou diante da incompetência do Estado em dar segurança à população. Parou em razão de um banho de sangue sem precedentes, com dezenas de mortes entre bandidos, policiais e cidadãos inocentes. Às oito e meia da noite, depois de boatos de um toque de recolher imposto pelo chamado Primeiro Comando da Capital, o PCC, a quarta maior metrópole do mundo estava vazia. Traumatizada. A população deixara o trabalho por volta da hora do almoço e se trancara em suas casas e apartamentos. Na madrugada anterior, os “soldados” do PCC haviam assassinado nada menos que 42 policiais, a maioria de maneira torpe e covarde.

Filosofia de Lembo: “O problema de violência no Estado só será resolvido quando a minoria branca mudar sua mentalidade” (Vamos lembrar novamente, Cláudio Lembo está certissímo)
Cinqüenta e seis ônibus arderam em chamas. Na madrugada da terça-feira 16, a polícia, depois de praticamente abandonar a cidade à própria sorte, revidou. Até a quinta 18, contavam-se 161 mortes. Emboscadas, tiros pelas costas, execuções sumárias, trocas de balas e, também, legítima defesa – todas essas modalidades de homicídio se somaram no espetáculo sangrento inédito não apenas em São Paulo, mas jamais visto, nessa dimensão, em qualquer outra parte do País. A cidade foi notícia em todo o mundo. A Bagdá dos atentados registrou naquela semana 75 mortes. Em São Paulo, repita-se, foram 161. A moldura dos crimes se deu pelos ônibus incendiados, escolas com aulas suspensas, 22 shoppings fechados às pressas, 17 agências bancárias atacadas e os 73 presídios, com seus 130 mil encarcerados rebelados. O governador Cláudio Lembo, : “Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca perversa. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira”, disse Lembo. Mais uma verdade
Em julho, mais uma semana de pânico. O tal partido do crime executou 106 atos terroristas contra forças policiais, prédios públicos, bancos, lojas de automóveis e shoppings. Nova onda de pavor entre os cidadãos. Os bandidos, mais tarde, se recolheram, mas continuaram a planejar seqüestros, assaltos e roubos a bancos de dentro das cadeias. Agora, quase no final do ano, descobriu-se que os criminosos do PCC se escondem atrás de potentes empresas. Quase 200 dias depois das investidas contra a população, um levantamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão federal de combate à lavagem de dinheiro, revelou que a facção, em vez de estar asfixiada, exibe uma saúde de ferro. Foi apurado em dezembro por técnicos federais e policiais paulistas que o PCC movimentou em 2006 mais de R$ 36 milhões. Escondido por trás de postos de gasolina e revendedoras de carros, o partido do crime conseguiu lavar dinheiro sujo por meio de 260 pessoas, a maioria mulheres, em 232 contas bancárias. Concluiu-se que, direta ou indiretamente, 1.485 pessoas fora dos muros prisionais estão sob o comando do líder Marcos Herbas Camacho. Marcola, como é mais conhecido, continua investindo em mão-de-obra. Ele deu ordens para que seus comandados busquem entre suas irmãs, mulheres e mães o que ele chama de “exército feminino do PCC”. Preso, o monstro está vivo e quer atacar com uma nova cara. Ah e só para lembrar, quando Marcola recebeu os parlamentares na detenção para uma "reunião" Marcola disse com todas as letras." Eu aqui preso, enquanto os verdadeiros ladrões são vocês políticos!.

Helena

REROSPECTIVA 2006: O governador e a fome


Jejum: ex-governador do Rio perdeu quatro quilos. Greve de fome durou 11 dias, mas não proporcionou ganhos políticos

Em protesto inédito, Garotinho surpreende o País e perde candidatura à Presidência

Em plena campanha por sua pré-candidaturaà Presidência da República e com boa posição nas pesquisas eleitorais, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho decidiu entrar em greve de fome. A radical atitude, que durou de 30 de abril a 11 de maio, foi um protesto contra o que chamou de “campanha sórdida e mentirosa” para destruir sua imagem, segundo ele, orquestrada pela mídia. Garotinho alegou, em carta pública, que a imprensa pretendia ridicularizar sua candidatura pelo fato de ele representar o rompimento com um modelo econômico “que traz fome e miséria a milhões de brasileiros”. Para interromper o jejum, Garotinho queria assegurar direito de resposta às denúncias de que foi alvo e a garantia de uma supervisão internacional ao processo político eleitoral brasileiro. A greve de fome, entretanto, foi considerada desastrosa para o candidato, que teve a imagem desgastada e enfrentou o desaquecimento da campanha em torno de seu nome para a sucessão presidencial. Na verdade, o fato acabou dando visibilidade à crise interna no PMDB: ter ou não ter uma candidatura própria à sucessão presidencial?

Enquanto o partido rachava em torno da questão, Garotinho se mantinha recolhido na sede do PMDB, no centro do Rio, onde correligionários e militantes se revezavam em discursos inflamados de apoio ou entoando músicas transformadas em hinos de resistência à ditadura militar, como Para não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré. Sua imagem prostrado no pequeno sofá que lhe servia de cama, sob supervisão médica, foi alvo de críticas da imprensa e de inimigos políticos. O protesto, até então, inédito na política, não foi capaz de mudar os rumos das eleições nem de alterar a intenção do PMDB, que cravou seu apoio ao governo Lula – vitória da corrente liderada pelos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).

O ex-governador só encerrou a greve de fome depois que a Justiça concedeu duas liminares que obrigaram parte da imprensa a conceder a ele direito de resposta. Sua segunda exigência – para que uma instituição estrangeira monitorasse o processo eleitoral – foi assumida pela Fundação Jimmy Carter, mas acabou se tornando inútil aos interesses de Garotinho, a essa altura, fora das disputas. Aos 46 anos, ele sabe que tem tempo para nova tentativa. E já avisou que voltará à batalha.

Helena

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

A Globo é um tumor


A necessidade de controlar os meios de comunicação em todo o mundo nasceu, em Washington, após a derrota militar e política no Vietnã. O processo fez parte da estratégia, em plena guerra fria, de criar a realidade do american way of life como forma de vida perfeita e ideal para as pessoas.

A guerra da propaganda ideológica, até então, andava um tanto solta e o sentimento liberal de liberdade de imprensa existia em boa parte dos veículos de comunicação em países como o Brasil, por exemplo.

Aqui, na América Latina, o impacto da revolução cubana, o fracasso da invasão daquele país, o episódio da Baía do Porcos, acentuou essa necessidade e, em alguns casos, de maneira acelerada.

Foi o caso do Brasil onde o desastre Jânio Quadro ensejara o governo João Goulart e esse se inclinou para posições reformistas e uma política externa de aproximação com o chamado bloco do Leste. Mas, principalmente, abriu espaços para outro processo, o de organização popular através dos movimentos sociais.

Já em 1962 pelas mãos de Carlos Lacerda, de figuras da Igreja Católica e dos setores ultra-conservadores da antiga UDN, o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) tanto promoveram agitações visando desestabilizar o governo Goulart (mesmo sua posse tentou-se impedir), como financiaram campanhas de deputados e senadores, prefeitos e governadores identificados com o modelo norte-americano. Modelo e interesses.

A GLOBO começa a ser parte ativa de toda essa montagem, pois, dentre os compráveis, Roberto Marinho, o todo-poderoso da organização restrita até então a jornais e rádios, era o mais acessível, o amoral, o sem qualquer tipo de escrúpulo.

Foi o capital do grupo estadunidense TIME/LIFE que construiu a GLOBO. E foi com o veneno da amoralidade de Marinho que o grupo foi afastado do que hoje é a mais poderosa máquina de comunicação do Brasil.

Porta-voz da ditadura militar, em todos os sentidos, mesmo longe do "pai", o grupo TIME/LIFE, nunca se afastou dos interesses de Washington. Aliou-se às elites apátridas que saqueiam e exploram o Brasil e os brasileiros, o tipo Aracruz Celulose.

A denúncia do jornalista Rodrigo Vianna falando da cobertura parcial e desonesta do processo eleitoral de 2006 é um dos momentos em que explode a indignação de profissionais sérios, cujas consciências não permitem conviver com a mentira global ou com o jeito William Bonner de ser.

Destituído de qualquer vestígio de caráter.

O documento que Rodrigo Vianna distribuiu e a revista CARTA MAIOR(aqui) publica na íntegra, comprova que nos momentos que antecederam o primeiro turno, nos vimos ludibriados e enganados, como muitos denunciamos, por uma farsa montada nos porões globais.

A cobertura parcial, mentirosa, deliberadamente mentirosa.

É no mínimo chocante, mesmo sabendo que assim o era, sempre foi, perceber o quanto os brasileiros somos iludidos e conduzidos pela hipocrisia dos poderosos, nas imagens limpas/podres da GLOBO, ou nas personagens padrão Miriam Leitão, Alexandre Garcia.

O debate sobre a mídia não vai sair da vontade de um e outro movimento, ou intelectual, uma ou outra denúncia, se toda uma estratégia para enfrentar esse câncer não for adotada e uma luta comum ao movimento popular, em intensidade absoluta, não for organizada e travada.

A GLOBO é um tumor que dilacera a consciência dos brasileiros. Ela e outros.

Estados vão receber R$ 400 mi para ensino médio


Os Estados e o Distrito Federal vão receber do Ministério da Educação R$ 399,9 milhões para o ensino médio da rede pública. O recursos serão aplicados, entre outras coisas, na manutenção de escolas, capacitação de professores e pagamento de tarifas públicas. Três Estados da região Nordeste - Maranhão, Piauí e Bahia -, no entanto, receberão o maior volume dos recursos para suprir as carências regionais.

O Maranhão receberá R$ 42,1 milhões; o Piauí, R$ 40,5 milhões; e a Bahia, R$ 33,5 milhões. Os recursos já foram empenhados e deverão ser depositados até dia 31. Outros 11 Estados - Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Roraima, São Paulo e Sergipe - já estão com o dinheiro nas contas.

De acordo com o secretário de Educação Básica, Francisco das Chagas, esta verba, conhecida como Fundebinho, é um reforço que o governo federal repassa aos Estados enquanto não entra em vigor o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que já foi aprovado pelo Congresso, mas ainda depende de regulamentação para entrar em vigor.

Em 2004, o Fundebinho contemplou apenas os Estados do Nordeste e o Pará. Na ocasião, o ministério repassou R$ 200 milhões. Em 2005, o repasse subiu para R$ 400 milhões e foi estendido para todos os Estados e para o Distrito Federal.


Helena

Nos bastidores da política


Bandinha

Os deputados José Carlos Aleluia(PFL-BA), Raul Jungmann(PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ), com atuação agressiva na Câmara dos Deputados, são os exemplos citados por Fernando Henrique Cardoso quando critica a bancada do PSDB na Câmara. Para o ex-presidente, os tucanos precisam ser mais atuantes e formar uma banda de música com outros partidos de oposição. De preferência com o Paulo Maluf


Desastre

O PSDB está de olho nas prefeituras das grandes cidades nas eleições de 2008, mas a situação do partido é crítica no Norte e Nordeste, principalmente por causa das derrotas do governador do Ceará, Lúcio Alcântara, que tentava a reeleição, e de Almir Gabriel no Pará. Além disso, o senador Tasso Jereissati, atual presidente da legenda, é simpático a uma eventual candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República por causa do Ceará. O sorriso do tucano fica enorme quando fala-se em São Paulo. Os tucanos dizem que Paulista são seus fãs, por mais cagada que eles façam, são perdoados nas urnas. Quer exemplo: Aumento do IPTU, Passagens de ônibus, de trens, de metrô,Rampa anti-Mendingo...etc...


Classe

Foi pacífica a transição de governo na Bahia, onde o governador Paulo Souto pretende prestigiar a festa de posse do eleito Jaques Wagner, com direito ao Hino do Nosso Senhor do Bonfim e tudo. Depois da festa em Salvador, Wagner pretende voar para Brasília para assistir à posse de Lula, com a primeira-dama Fátima a bordo.


Mosca

A líder do PT no Senado, Idely Salvatti (SC), comunicou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que sua bancada tem interesse na presidência da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, hoje sob comando do pefelista Heráclito Fortes (PI). O senador Aloizio Mercadante(SP) é o nome da bancada para a presidência da Comissão, onde o governo andou comendo muita mosca. Por causa de quem mesmo dona Ideli?

No cafezinho

Atalaia
Anthony Garotinho quer esperar o desenrolar da gestão de seu aliado e correligionário, o governador eleito Sérgio Cabral ,para tomar uma atitude em relação ao PMDB. Cresce a pressão para que Cabral se afaste de Garotinho, garantia de sossego no partido e uma forma de não melindrar o Presidente Lula.Não melindrar não seria a palavra exata.Seria não decepcionar mesmo.

Hermanos
O Presidente Lula pretende prestigiar a posse do colega eleito na Nicarágua, Daniel Ortega, dia 10 de janeiro. O Palácio do Planalto estuda ainda a viagem de Lula a Cuba. Lula quer fazer uma visita a Fidel Castro, mas ainda não conseguiu confirmação de que será recebido pelo líder comunista, gravemente enfermo.

Cautela

Senador eleito por Goiás, Marconi Perillo (PSDB) deixou à vontade o governador Alcides Rodrigues (PP) para buscar uma aproximação com o presidente Lula. Perillo também prometeu não fazer “oposição raivosa” ao Palácio do Planalto. Tudo para não prejudicar Rodrigues.Pirillo não vai fazer oposição raivosa? Obaaaa! Então é agora que Pirillo vai explicar a bolsa de estudo meramente política a OVG da sua esposa e as duas faculdades que ele possue,mas tem testa de ferro do PFL no comando.

Gargarejo

A dupla Zezé di Camargo e Luciano continua sendo a preferida dos petistas. O governador do Acre, Jorge Viana, fez questão de convidar os artistas para animar a festa de inauguração de um estádio em Rio Branco. Amigo dos cantores, Viana disse que queria se despedir do governo estadual com música sertaneja. De graça?

Resgate

Com o receio de perder espaço na próxima reforma ministerial, a Executiva do PT assumiu a negociação de cargos junto aos governadores petistas e os aliados eleitos. Candidatos a governador, senador e deputado federal que não tiveram êxito nas urnas têm prioridade na fila de espera.

Helena

Sem rumo


A fogueira de vaidades no PSDB virou um problema maior do que a falta de rumo do partido, que ficou patente no segundo turno das eleições presidenciais. Os tucanos não se entendem em relação à sucessão do senador Tasso Jereissati no comando da legenda. Os dois potenciais candidatos a presidente da República — os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves — travam uma guerra surda pelo controle do partido.

Diante da disputa, os demais líderes apelam para que Fernando Henrique Cardoso assuma o cargo, mas o ex-presidente da República não quer nem ouvir falar nesse assunto, embora seja o maior crítico da falta de norte do partido. Prefere alguém mais novo e com disposição para reorganizar as bases do PSDB e costurar uma frente com o PFL e o PPS para 2010. Sem mandato, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin poderia ser uma alternativa, mas é vetado por Serra, que o considera aliado de Aécio

Helena

Você sabia?


Punição

Juíza Luisa Vieira Trindade, de Belo Horizonte, recebeu denúncia do Ministério Público e instaurou ação penal contra Ricardo Guimarães, Flávio Guimarães, João Batista de Abreu e Marcio Alaor de Araújo, dirigentes do Banco de Minas Gerais, Delúbio Soares, secretário de Finanças do PT, José Genoino, eleito deputado federal por S. Paulo, e Marcos Valério de Souza. O assunto trouxe à tona antiga questão de denúncias que agora chegam à Justiça.

Cofre aberto

Está aberto na Infraero investimento da ordem de R$ 243 milhões para expansão dos aeroportos de Florianópolis, Macapá, Santos Dumont e Goiânia. Há a informação de que R$ 18,8 milhões serão investidos na manutenção e compra de equipamento de informática

Capilares

Ex-seringueiro, Carlos Pinto, 51 anos, guarda em segredo fórmula registrada para evitar calvície. A fórmula inclui combinação de plantas e ervas da Amazônia. O autor promete cura em poucos meses e registrou o produto com o nome de Shampoo Esperança. A notícia foi publicada na coluna de Aziz Ahmed, no Jornal do Comércio.

Expansão

Coca-Cola comprou a Femasa, que era dona da cervejaria Kaiser no Brasil. Ambas anunciam a compra de 100% da Sucos del Valle por US$ 380 milhões. Ficaram com a dívida, e o negócio vai chegar aos USS$ 470 milhões. O projeto é criar nova companhia para operar as ações.

Esportes

Enfrentando dificuldades para a realização do Panamericano, o Brasil se volta ao desejo de patrocinar a Copa do Mundo. A construção do Centro para o Panamericano oferecerá lugares para a Copa. Ocorre que os estádios terão que sofrer modificações. Não se sabe se o país terá dinheiro para tamanho investimento diante de outras necessidades emergentes.

Helena

Abuso na aviação

Sabe-se que o caso da TAM é de aproveitamento da crise. Desde que estourou o escândalo dos vôos no Brasil, a culpa caiu inicialmente sobre os controladores de vôos. Houve declarações do sindicato alçando caminhos da popularidade. Perdeu ponto. O brigadeiro Bueno convocou reservas e os aquartelou na base de Brasília. Por trás, a coisa continuou a piorar. Ontem, no aeroporto, fui informada de que a vice-presidência comercial da TAM, entregue ao funcionário Wagner Ferreira, passou a aceitar todos os pedidos de vôos. A empresa sabia que a procura era grande, mas continuou. A pessoa passava horas na fila e, quando chegava ao despacho, era informada de que o vôo estava lotado. Muita gente com a confirmação da viagem ficou sem informações e sem saber o porquê. Autoridades da Aeronáutica estranharam o procedimento. Mandaram investigar a reserva das companhias e detectaram horrores que aconteciam na TAM. O número de passageiros era muitas vezes superior ao de aviões. Foi então que o presidente Lula autorizou as aeronaves da Aeronáutica a transportarem passageiros da TAM. Agora, a empresa está em palpos de aranha depois da ganância manifestada no setor de reservas.

Helena

Quando a fé vira votos


"Projeto de evangelização para ganhar votos - Eleição 2006 - Autor: bispo Roberto Farias - Igreja Evangélica Santuário dos Milagres". Este enunciado foi encontrado no computador do comitê eleitoral da candidata derrotada a deputada federal Maria Valadão (PSDB), em Goiânia, em apreensão feita a mando da Justiça Eleitoral de Goiás. O projeto revela com detalhes os bastidores do uso da fé como instrumento de fonte de renda e manipulação eleitoral.

Pela evangelização, o bispo Farias recebeu R$15 mil da campanha de Maria Valadão, segundo registros encontrados no computador. Além dele, o padre Vicente Duarte e um homem identificado como pastor Mauro também aparecem na lista de pagamentos de Maria Valadão. Para o procurador eleitoral de Goiás Hélio Telho Filho, o material apreendido no comitê da candidata tucana tem caráter didático.

- Isso mostra como quem tem alguma liderança na sociedade, seja religiosa, política ou classista, possui uma moeda de troca, alguma coisa para vender. Se a liderança é venal, ela vai vender. Como disse um eleitor: "Ele (o pastor) vendeu o meu voto" - diz o procurador.

O "projeto de evangelização" detalha como o bispo Farias pretendia usar a Igreja Evangélica Santuário dos Milagres para ajudar a eleger Maria Valadão e, em troca disso, ganhar dinheiro:

1) Implantação de 20 núcleos familiares de oração, com pelo menos 20 integrantes, que se reuniriam três vezes por semana até a eleição;

2) Distribuição de pão e leite aos domingos para pessoas carentes;

3) Criação de um grupo de dez pessoas que passariam todos os dias por dez igrejas evangélicas pedindo votos;

4) Entrega de sacolas de verduras nas favelas de Goiânia;

5) Entrega de pelo menos oito sopões até a eleição;

6) Criação de uma corrente de 150 membros da Igreja, que teriam a obrigação de conseguir pelo menos dez votos cada um;

7) Disponibilização de 20 pessoas para fazer boca-de-urna;

8) Distribuição de santinhos na madrugada da eleição, entre outras ações (algumas delas proibidas pela legislação eleitoral).

O custo do serviço era de R$20 mil, mas Maria Valadão, mulher do ex-governador biônico de Goiás Ary Valadão, pagou apenas R$15 mil, segundo a contabilidade encontrada em seu comitê.

Os documentos revelam também fortes indícios de caixa dois na campanha de Maria Valadão. Ela declarou ter recebido R$237 mil em doações, mas, segundo uma planilha apreendida, gastou R$531 mil só com apoios políticos e R$1,1 milhão com cabos eleitorais. Se os dados da planilha estiverem corretos, ela gastou seis vezes mais do que declarou.

Os documentos apreendidos pelo Ministério Público Federal mostram que Maria Valadão fez uma campanha ecumênica. O padre Vicente Duarte, do Santuário Padre Cícero, no bairro Urias Magalhães, em Goiânia, também aparece na lista. Uma ficha com seu nome enumera 20 cabos eleitorais, um carro de som que deveria circular pelo bairro três vezes por semana e dois carros de passeio, um ao custo de R$750 e outro de R$1,5 mil. Ao lado da ficha, um cartão do padre informa: "Casamento, batizado, benção de casa, fazenda e orações. Deus seja bem vindo!". Ele confirmou ter feito campanha para a tucana:

- Pedi a meus amigos que votassem nela. Fiz porque a dona Maria é uma pessoa que merece. Não peguei dinheiro, não recebi nada - disse.

Perguntado sobre a ficha com seu nome, cartão e valores, padre Vicente respondeu:

- Isso eu não sei, não. É coisa da contabilidade deles. O cartão eu dou para todo mundo na rua.

Como Maria Valadão não foi eleita, o Ministério Público recomendou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás que envie os documentos para a Polícia Federal, que investigará supostos crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois e compra de votos.

Acusada nega denúncias e se diz surpresa

"Sou católica das antigas, da turma que ganhou com Bento XVI"

Helena.

Retorno difícil


A intenção do deputado federal Ricardo Berzoini (SP) de retornar à presidência nacional do PT encontra resistências na esquerda do partido, especialmente na tendência Democracia Socialista (DS). Na última sexta-feira, após saber que a Polícia Federal (PF) concluiu investigação sem comprovar sua participação na compra de um dossiê contra políticos tucanos, Berzoini saiu a campo para pavimentar sua volta.

Setores do partido, porém, prometem impedir o retorno de Berzoini. “Ele falou que sabia. Ele mesmo disse que algumas pessoas (envolvidas com o caso) estiveram atrás dele para tratar do assunto. O Berzoini deveria ter usado seu papel de dirigente para impedir isso”, disse o secretário-geral do PT, Raul Pont. “O problema foi ele ter se omitido, ter sido conivente com a compra do dossiê, um fato que prejudicou bastante a reeleição do presidente Lula”, atacou o dirigente gaúcho.

Pont afirmou que defenderá a permanência do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia,(E eu também) à frente do partido até julho de 2007, quando será realizado o 3º Congresso da legenda. Em outubro, Berzoini se licenciou das funções de principal dirigente petista e de coordenador nacional da campanha do presidente Lula à reeleição devido a suspeitas de envolvimento com o caso. Desde então, Marco Aurélio ocupa interinamente a presidência do PT. “Em princípio, trabalhamos para que o Marco Aurélio fique até julho”, disse Pont.

No Palácio do Planalto, há ministros com acesso direto ao Presidente Lula que também são contra o retorno de Berzoini. O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, que ocupou a presidência do partido após a saída de José Genoino, no auge do escândalo do mensalão, é um dos quadros petistas que não se sente confortável com o retorno do deputado paulista ao comando do PT. Ele foi um dos ministros que defendeu o afastamento de Berzoini durante as eleições.

Afastamento

Na ocasião, Lula determinou que Berzoini se afastasse da direção partidária e da campanha para não prejudicar a disputa pela reeleição ao Planalto. Favorito para vencer no primeiro turno, Lula foi prejudicado pelo episódio do dossiê em que petistas tentaram comprar provas envolvendo o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), no esquema da máfia das ambulâncias. Então tá.vamos ficar assim.larga o osso seu Berzoini e fique apenas como deputado. Deixa o Marco Aurélio no PT, que além de ser um homem extremamente gentil e educado, ainda é culto e hipper inteligente....Adjetivos que lhes faltam não é vero?

Helena

As mílhas desperdício


A falta de cultura do uso racional de dinheiro público e a inexistência de legislação específica sobre viagens de trabalho de servidores são responsáveis por um desperdício das verbas destinadas a bancar a locomoção dos funcionários públicos. Nos últimos quatro anos, o Distrito Federal (incluindo o governo, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas) deixou de economizar cerca de R$ 10 milhões ao não exigir de funcionários que viajaram com despesas pagas pelo GDF o repasse ao poder público das chamadas milhas — bônus oferecidos pelas companhias aéreas a cada viagem.

Todos os anos, o Executivo reserva uma quantia do Orçamento para as despesas com diárias e trânsito de funcionários públicos, que incluem desde bilhetes aéreos até corridas de táxi. Em 2006, o valor autorizado só para pagar a locomoção de servidores foi de R$ 35,7 milhões. Dados do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Sigo) — que registra os gastos do governo local — informam que até 22 de dezembro foram usados R$ 27,3 milhões com tal finalidade (veja quadro abaixo).

Somente nos últimos quatro anos gastou-se R$ 98,2 milhões em passagens aéreas. Cálculos do Ministério Público Federal e de procuradores junto ao Tribunal de Contas do DF indicam que pelo menos 10% desse total poderia ser economizado pelo poder público se as milhas acumuladas pelos servidores fossem usadas para emitir novas passagens para viagens oficiais. Só o valor que seria poupado este ano, cerca de R$ 2,5 milhões, é maior do que o repasse da União ao DF para custear, por exemplo, o programa de qualificação de jovens para o mercado de trabalho em 2006, de R$ 2,1 milhões.

As principais companhias aéreas desenvolveram na última década um mecanismo para incentivar quem viaja com certa freqüência. Há dois tipos de premiação. Uma modalidade é calculada por trechos viajados e a outra se dá pela soma de quilometragem aérea percorrida. Quando o passageiro acumula determinada quantidade de milhas, pode emitir bilhetes de graça. Nos dois casos, o bônus pode ser usado pelo servidor público para fins particulares, uma vez que as passagens aéreas, apesar de pagas pelo governo, são emitidas em nome do funcionário.

Negociação

Como não há lei que obrigue a devolução de milhas, nenhuma culpa pode ser atribuída ao servidor. As companhias aéreas também não têm o compromisso de direcionar os prêmios resultantes de viagens oficiais para os órgãos públicos. Teria de partir do Estado a iniciativa de negociar com as empresas um sistema que garantisse que os bônus se transformassem em crédito para os cofres públicos.

Só neste ano, a União usou R$ 577,1 milhões em passagens aéreas. Durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva foram gastos R$ 2,5 bilhões. Um economia de 10% sobre esse valor resultaria em reserva de R$ 250 milhões. Em julho de 2004, o Ministério Público Federal recomendou, por meio de um ofício enviado ao Ministério da Defesa, que os benefícios com os programas de premiação das companhias áreas fossem revertidos para o Estado. “O beneficiário destas vantagens deve ser o erário, evitando a apropriação de recursos públicos”, diz o documento, assinado pelo procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza.

Com base nesta avaliação, em agosto do mesmo ano a procuradora Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira, do Ministério Público de Contas do DF, apresentou representação no Tribunal de Contas local sugerindo que o órgão comunicasse ao Poder Executivo a recomendação feita em âmbito federal e o entendimento de que a providência deveria ser estendida às instâncias do GDF.

“Sendo certo que a administração pública deve pautar-se pelo princípio da eficiência, economicidade e moralidade, não é possível que os recursos públicos, já tão minguados, possam sofrer com essa prática, redundando perda para o Estado”, argumenta Cláudia Fernanda na representação. Sem uma lei para amparar a recomendação, porém, nem o governo federal nem o GDF tomaram a iniciativa de economizar com as passagens aéreas.


Projeto proíbe uso particular

O deputado distrital Augusto Carvalho (PPS), que teve como uma das bandeiras do mandato a luta contra o desperdício de dinheiro público em passagens aéreas, conseguiu aprovar por unanimidade no plenário da Casa um projeto de lei que proíbe o servidor público de receber ou utilizar as milhas concedidas pelas companhias. A matéria, votada na semana passada, agora segue para o Executivo e deverá ser sancionada pelo futuro governador do DF.

A justificativa de Augusto Carvalho, que se elegeu deputado federal em outubro, para formular projeto de lei que obriga a devolução dos descontos ao erário é baseada nas avaliações do Ministério Público Federal e de procuradores junto ao Tribunal de Contas do DF. O entendimento é de que a prática gera desperdício para os cofres públicos e, por isso, os dois órgãos recomendam a devolução dos prêmios aos cofres da União e do DF. “É inacreditável que milhões de reais sejam perdidos porque não há uma regulamentação para redirecionar os descontos promovidos pelas companhias aéreas ao poder público”, lamenta o distrital.

Em conversas com o governador eleito José Roberto Arruda na semana passada, Augusto Carvalho conseguiu a sinalização de que o projeto de lei será sancionado ainda no início de governo, tornando-se uma das medidas que deve ser incluída na agenda dos 100 primeiros dias da administração. Uma das bandeiras levantadas pelo pefelista, que assume o GDF na semana que vem, é racionalizar o uso dos recursos públicos. Entre as providências prometidas está o fim do desperdício de verbas, motivo pelo qual Arruda teria demonstrado simpatia pelo projeto de Augusto Carvalho.

Lei federal

De mudança marcada para o Congresso Nacional, Augusto Carvalho planeja estender a lei distrital para obrigar a União a operacionalizar o resgate das milhas. Em 19 de março de 2004, o parlamentar entregou ofício ao chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, em que pede ao presidente da República a publicação de Medida Provisória disciplinando as viagens de servidores públicos. Usou como argumento a necessidade de gerenciamento racional dos recursos destinados a cobrir despesas com passagens e diárias em viagens oficiais. Nos últimos quatro anos, o governo federal usou R$ 4,8 bilhões para bancar viagens de servidores. Entre 1995 e 1998 foram desembolsados R$ 5,8 bilhões.

“Quero insistir na necessidade de que as despesas com locomoção de funcionários ganhem mais racionalidade. Diante da inexistência de obrigação definida pelas autoridades, os servidores públicos costumam usar para fins pessoais as milhas acumuladas em função de missões oficiais”. A providência, no entanto, não teve até agora nenhuma repercussão prática.


Helena

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Eu desejos para todos vocês...








Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
Eque pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
Eque se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

Helena

sábado, 23 de dezembro de 2006

Descobrimos....A culpa é da TAM


A Agência Nacional de Aviação Civil proibiu a TAM de vender bilhetes até domingo para tentar normalizar as operações da companhia. No terceiro dia seguido de caos nos aeroportos, o Governo decidiu transportar passageiros da TAM em aviões da Força Aérea. E eu pergunto, o que eu faço com meu cartão de fidelidade? Com a minha área vip onde tomo o café da manhã? Que coisa feia hein Patricia, imagina a decepção do Senhor Amaro Rolin caso estivesse vivo...

A Agência Nacional de Aviação Civil proibiu a TAM de vender bilhetes até domingo para tentar normalizar as operações da companhia. No terceiro dia seguido de caos nos aeroportos, o Governo decidiu transportar passageiros da TAM em aviões da Força Aérea.

O presidente Lula se queixou. Disse que o caos aéreo já se arrasta há tempo demais e que tem pressa em resolver a crise. Mais uma vez, cobrou das empresas aéreas e da Agência de Aviação Civil, Anac, melhor assistência aos passageiros.

“Tá todo mundo sabendo o que tem que fazer. Eu quero todo mundo nos aeroportos e vou cobrar, todo santo dia vou cobrar da Anac a fiscalização nos aeroportos”, declarou Lula.

Diante do tumulto nos aeroportos, o presidente determinou que a força aérea brasileira montasse um plano de emergência para ajudar as empresas.

A FAB pôs à disposição das companhias aéreas oito aeronaves, quatro Boeings e quatro jatos de fabricação da Embraer. Segundo a aeronáutica, os aviões estão prontos para decolar, prioritariamente, dos aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro,
Congonhas, em São Paulo, e Cumbica, em Guarulhos.

O primeiro avião preparado para decolar foi o “Sucatinha”, que era usado pelo presidente Lula, de Brasília para Belo Horizonte. Com 40 passageiros da TAM, a companhia que registra os maiores transtornos.

A empresa disse que vai pagar os custos das viagens com os aviões da FAB. Por determinação da Anac, está suspensa a venda de passagens pela TAM até domingo.

“Nós estamos monitorando junto com a Anac esta situação de venda de passagens e nós somos responsáveise temos plena consciência que só vamos vender quando tiver espaço.”, afirma o diretor da TAM, Paulo Castelo Branco.

A Anac também fez uma intervenção branca na TAM. A empresa vai ser monitorada até que os horários de vôos sejam regularizados. Técnicos vão identificar a causa do problema que desde quarta-feira provoca confusão nos aeroportos.


Helena

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Privilegios para eles...e nós que se .....


Cerca de dez deputados do Nordeste que ficaram em Brasília para concluir a votação do Orçamento 2007 terão o privilégio de voltar para casa nesta sexta-feira (22) em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).Tiveram a semana inteira para fazer a tal votação, mas deixaram para o fim de semana.

Os aviões foram requisitados pela Câmara para levar de volta a seus estados parlamentares que participarão das votações finais da Comissão de Orçamento e no plenário do Congresso. A votação deveria ocorrer na quinta-feira (21), mas foi adiada para sexta para ajustes no texto, que normalmente é votado simbolicamente, por acordo.

A maior parte dos parlamentares já deixou Brasília. Um grupo que apresentou emendas, entretanto, decidiu acompanhar as discussões até o fim. Como alguns perderam vôos, recorreram ao presidente da Comissão, Gilmar Machado (PT-MG), autor do pedido à FAB.

Segundo ele, a Força Aérea vai colocar pelo menos dois aviões à disposição, que farão escalas nas cidades dos deputados. Machado ressaltou que o procedimento não é ilegal, já que integrantes do Executivo e do Judiciário também usam aviões da FAB e a "Câmara vai pagar a viagem".

Muito bonito em seu Gilmar Machado? . Esse bando de ladrões, que trabalham de terça a quinta, não faz nada a não ser legislar em causa própria, e ainda ganha o privilegio de voar pela FABI? E nós povão teremos o mesmo direito de viajar no avião da FABI?. O Artigo 7o. da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz:""Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação." Isso é verdade ou é mentira?

Helena

Rodízio de pizza no escândalo das sanguessugas


O Conselho de Ética da Câmara se reuniu hoje pela última vez na atual legislatura e absolveu mais sete deputados acusados de envolvimento com a Máfia das Sanguessugas.O balanço final mostra que só um dos quase 70 deputados acusados ainda corre algum risco de punição na Câmara. Esvaziada, a sessão do Conselho de Ética começou debaixo de muito choro. Lágrimas da deputada Laura Carneiro, do PFL, do Rio, a primeira absolvida do dia. Lágrimas do líder do partido que estava na platéia.

Dos 11 parlamentares julgados hoje, o conselho inocentou sete. Quatro foram reeleitos e vão voltar no próximo ano sem nenhuma acusação. Os conselheiros só pediram a cassação do mandato de quatro deputados, como nenhum foi reeleito, não serão julgados em plenário. Por isso terão os direitos políticos mantidos. Dos 69 deputados acusados, 68 conseguiram escapar de punição da Câmara. Apenas o deputado João Magalhães do PMDB de Minas Gerais ainda corre o risco de ser punido. Ele foi reeleito e o processo dele não ficou pronto a tempo de ser julgado hoje. Vai continuar na próxima legislatura. Outros 54 processos também não foram concluídos, mas serão arquivados porque os deputados não conseguiram a reeleição.

O presidente do Conselho culpou a CPI das Sanguessugas. “Eles não deveriam ter mandado com tanta pressa sem análise. Cabe a CPI analisar todos os processos. Nós não temos instrumentos pra isso”, acredita o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética.

Já o relator da CPI devolveu a responsabilidade ao Conselho de Ética. “Nós mandamos todas as provas colhidas e todos os fatos para serem analisados e julgados. Esse é o papel do Conselho de Ética, eu não faço crítica”, disse o senador Amir Lando (PMDB-RO), relator da CPI das Sanguessugas.

Helena