Sem culpa: entre as matanças, o governador Lembo chegou a atribuir a culpa pela situação à “burguesia branca” e às “dondocas”(O que convenhamos; ele está certo)
Ataques demonstraram a fragilidade do Estado diante da facção PCC, que movimentou R$ 36 milhões no ano. O terror acabou?
Era uma segunda-feira, 15 de maio, quando São Paulo parou. Parou diante do caos, do terror e do pânico. Parou diante da incompetência do Estado em dar segurança à população. Parou em razão de um banho de sangue sem precedentes, com dezenas de mortes entre bandidos, policiais e cidadãos inocentes. Às oito e meia da noite, depois de boatos de um toque de recolher imposto pelo chamado Primeiro Comando da Capital, o PCC, a quarta maior metrópole do mundo estava vazia. Traumatizada. A população deixara o trabalho por volta da hora do almoço e se trancara em suas casas e apartamentos. Na madrugada anterior, os “soldados” do PCC haviam assassinado nada menos que 42 policiais, a maioria de maneira torpe e covarde.
Filosofia de Lembo: “O problema de violência no Estado só será resolvido quando a minoria branca mudar sua mentalidade” (Vamos lembrar novamente, Cláudio Lembo está certissímo)
Cinqüenta e seis ônibus arderam em chamas. Na madrugada da terça-feira 16, a polícia, depois de praticamente abandonar a cidade à própria sorte, revidou. Até a quinta 18, contavam-se 161 mortes. Emboscadas, tiros pelas costas, execuções sumárias, trocas de balas e, também, legítima defesa – todas essas modalidades de homicídio se somaram no espetáculo sangrento inédito não apenas em São Paulo, mas jamais visto, nessa dimensão, em qualquer outra parte do País. A cidade foi notícia em todo o mundo. A Bagdá dos atentados registrou naquela semana 75 mortes. Em São Paulo, repita-se, foram 161. A moldura dos crimes se deu pelos ônibus incendiados, escolas com aulas suspensas, 22 shoppings fechados às pressas, 17 agências bancárias atacadas e os 73 presídios, com seus 130 mil encarcerados rebelados. O governador Cláudio Lembo, : “Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca perversa. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira”, disse Lembo. Mais uma verdade
Em julho, mais uma semana de pânico. O tal partido do crime executou 106 atos terroristas contra forças policiais, prédios públicos, bancos, lojas de automóveis e shoppings. Nova onda de pavor entre os cidadãos. Os bandidos, mais tarde, se recolheram, mas continuaram a planejar seqüestros, assaltos e roubos a bancos de dentro das cadeias. Agora, quase no final do ano, descobriu-se que os criminosos do PCC se escondem atrás de potentes empresas. Quase 200 dias depois das investidas contra a população, um levantamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão federal de combate à lavagem de dinheiro, revelou que a facção, em vez de estar asfixiada, exibe uma saúde de ferro. Foi apurado em dezembro por técnicos federais e policiais paulistas que o PCC movimentou em 2006 mais de R$ 36 milhões. Escondido por trás de postos de gasolina e revendedoras de carros, o partido do crime conseguiu lavar dinheiro sujo por meio de 260 pessoas, a maioria mulheres, em 232 contas bancárias. Concluiu-se que, direta ou indiretamente, 1.485 pessoas fora dos muros prisionais estão sob o comando do líder Marcos Herbas Camacho. Marcola, como é mais conhecido, continua investindo em mão-de-obra. Ele deu ordens para que seus comandados busquem entre suas irmãs, mulheres e mães o que ele chama de “exército feminino do PCC”. Preso, o monstro está vivo e quer atacar com uma nova cara. Ah e só para lembrar, quando Marcola recebeu os parlamentares na detenção para uma "reunião" Marcola disse com todas as letras." Eu aqui preso, enquanto os verdadeiros ladrões são vocês políticos!.
Helena
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração