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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Escreva para o Lula

Imagem criada por; Marcio Palma
Salvador - BA

A agenda de viagens nacionais e internacionais de Lula está suspensa até o final de janeiro de 2012, para que ele  se concentre no tratamento médico para curar o câncer. O tratamento iniciou nesta segunda feira (31)

O Instituto do Lula www.icidadania.org criou um email especialmente para receber a sua mensagem

Os nossos queridos leitores, amigos do Presidente Lula, que quiserem, deve enviar mensagens para Lula no e-mail  saudelula@icidadania.org

Minas usa dinheiro público em época eleitoral

Relatório técnico da Justiça Eleitoral de Minas mostra que, desde 2006, ocorreu um aumento no número de convênios assinados entre governo estadual e prefeituras nos anos em que houve eleição.

O governo atual, contudo, ressalta que a legislação eleitoral tem sido respeitada. Em 2006, ano em que o hoje senador Aécio Neves (PSDB) foi reeleito governador mineiro, foram assinados 4.359 convênios. No ano seguinte, em que não houve eleição, foram 2.887 (-34%). As informações são do jornal Folha de São Paulo

O número de acordos voltou a subir com força em 2008, ano de eleições municipais. Já em 2009, o total de repasses recuou novamente. Na eleição do ano passado, quando o tucano Antonio Anastasia foi reeleito governador do Estado, os convênios cresceram 26,8%, atingindo a marca de 4.764.

O relatório é parte de um processo de investigação na Justiça Eleitoral pedido pelo ex-ministro Hélio Costa (PMDB), candidato derrotado ao governo em 2010.Costa acusa Anastasia de abuso de poder econômico e político, o que o governador de Minas nega. Do total de convênios firmados em 2010, 75% foram assinados entre 1º de junho e 2 de julho, data limite fixada pela legislação eleitoral para a assinatura de convênios em anos de eleição.

Os valores transferidos pelo Estado para as prefeituras em 2010 tiveram um aumento de 170% em relação aos repasses do ano anterior, alcançando R$ 954 milhões.
A Folha comparou os montantes repassados com a receita total do Estado. Nos anos de disputa eleitoral, o peso dos repasses na arrecadação aumenta.

A Justiça, porém, observa que não houve desrespeito aos prazos fixados pela lei. "Verificou-se que, nas datas compreendidas entre 03/07 a 03/10/2010, nenhum novo convênio foi firmado", diz o texto. Os técnicos do TRE registraram que os R$ 38,5 milhões transferidos nesse período "já constavam dos cronogramas dos convênios ou termos aditivos firmados e publicados antes do período".

Por esse motivo, não fizeram nenhum questionamento sobre essas transferências, especificamente. No entanto, mesmo quando esses recursos não são computados, nota-se aumento no volume total de repasses no ano.

Os dados que permitiram ao setor técnico da Justiça fazer o relatório foram colhidos no Siafi-MG (Sistema Integrado de Administração Financeira do Estado). O desembargador Brandão Teixeira, relator do processo, determinou o acesso ao sistema.O relator do processo enviará os dados para análise da Procuradoria Eleitoral. Depois, emitirá seu parecer.

Tucana chamada para entrevistar Haddad, foi desconvidada na última hora

A tucanada chamou as pressas para entrevistar Haddad hoje no "Roda Viva", Maria Helena Castro, tucana de carteirinha, até filiada ao PSDB....Mas...alguma coisa acabou não dando certo, foi posteriormente desconvidada pela TV Cultura. A emissora disse à tucana, presidente do Inep na gestão FHC e secretária da Educação no governo de José Serra, que optou por ter apenas jornalistas na bancada.

Dilma cria 'SPC' para ONG's e suspende repasses por 30 dias

A presidenta Dilma assinou decreto com as seguintes medidas disciplinares nos convênios do governo federal com ONG's:

-  todos os ministérios e demais órgãos farão um pente fino em irregularidades, em todos os convênios, num prazo de 30 dias;

- durante esse período ficam suspensos todos os pagamentos (exceto poucas exceções essenciais, como repasses do SUS, programas de proteção à pessoas ameaçadas, ou entidades com tradição de regularidade há mais de 5 anos);

- as ONG's só poderão voltar a receber repasses, se comprovada a regularidade.

- As ONG's irregulares continuarão suspensas, mas terão mais 60 dias limpar suas fichas, ou seja, sanar irregularidades amigavelmente, inclusive devolvendo dinheiro já recebido e não usado para os devidos fins, se for o caso.

- Depois desse prazo, as entidades que continuarem irregulares serão cobradas administrativamente e, se preciso, na justiça, e entrarão em uma nova "lista suja", criada pela CGU (Controladoria Geral da União), de ONG's impedidas. Trata-se de uma espécie de SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), só que voltado para ONG's que não cumpriram suas obrigações e ficarão impedidas de receber verbas federais e de celebrar convênios.

- Os ministros e chefes dos órgãos federais serão os responsáveis pelo cumprimento deste decreto em seus respectivos órgãos;

Isso sim é uma medida estruturante, saneadora e preventiva à corrupção, nada tendo a ver com derrubada de ministros inocentes, por denuncismo forjado na imprensa oposicionista.

Segue a íntegra do decreto:

domingo, 30 de outubro de 2011

Olê, Olê, Olá Lula, Lula!.... Força Guerreiro!


O  Lula é fotografado na janela do seu apartamento, em São Bernardo do Campo, com o neto, Pedro, no colo. As viagens de Lula foram canceladas até janeiro do ano que vem em função do câncer na laringe que ele começa a tratar nesta semana

Corinthians faz homenagem a Lula no Pacaembu


O Corinthians homenageou, na tarde deste domingo, antes da partida com o Avaí, o ex-presidente Lula.  que é é corinthiano.Os jogadores entraram no gramado do Pacaembu carregando a faixa com a frase #forçaLULA. Nas arquibancadas, a torcida também exibiu uma bandeira com a imagem do ex-presidente.
Torcida do Corinthians com bandeira para Lula
Lula foi um importante aliado do Corinthians para que o clube conseguisse emplacar o seu estádio em Itaquera, que está em fase de obras, como palco sede paulista e palco de abertura da Copa do Mundo de 2014.

Dr. Gurgel tratou ministro preto e pobre de forma diferenciada

Ex-ministro Orlando Silva: preto, pobre, comunista, lulista e dilmista, foi mandado direto para o STF "para averiguação".
(Foto de arquivo do encontro com representantes da CUFA - Central Única das Favelas).

Quando o ex-ministro Antônio Palocci foi acusado na imprensa, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, o tratou como se deve tratar a todos os cidadãos: com a devida presunção de inocência.

Não pediu abertura de inquérito no STF imediatamente, como fez com Orlando Silva, tratado como não se deve: com presunção de culpa.

Palocci tornou-se um membro da rica elite paulistana, é branco, e sua consultoria presta serviços ao capitalismo da nata de banqueiros e industriais paulistas (e esse é seu único "crime" provado até agora, de natureza política e não criminal, no episódio da consultoria).

Orlando Silva tem um patrimônio compatível com seu padrão de renda, de classe média (podemos dizer pobre, para os padrões de políticos brasileiros que ocuparam altos cargos),  é negro, socialista, e as denúncias não envolvem grandes bancos nem grandes empresas.

Não vou fazer o que fizeram com Orlando Silva, e não vou enxovalhar a honra do Dr. Gurgel, acusando-o de cometer erros de propósito, por desonestidade. Acredito, de fato, que comete erros, mais por sensibilidade à pressões políticas e ao volume da pressão da imprensa.

Mas quer queira, quer não, essa atitude diferenciada no trato entre os dois ministros, tem em sua raiz o mesmo ranço daqueles policiais mal-treinados para prender preto e pobre apenas "para averiguação".

Também seria demais fazer ilações sobre racismo contra o Dr. Gurgel, pois, justiça seja feita, ele mesmo fez uma bela defesa da política de cotas raciais no STF, contra a ação impetrada pelo DEM (que queria acabar com as cotas).

Mas não custa nada sugerir ao Procurador-Geral refletir um pouco sobre aquela pergunta feita naquela propaganda: "Onde você guarda seu racismo?"

A propaganda e a pergunta não é dirigida à racistas, e sim a quem não é racista, mas acaba reproduzindo, até sem querer, hábitos culturais enraizados na sociedade pela herança da discriminação racial velada no Brasil.

Em tempo: o Dr. Gurgel mandará abrir inquérito no fôro privilegiado do STF para investigar o senador Aécio Neves (PSDB/SP), branco, milionário e capitalista neoliberal,  com base nas investigações do promotor Eduardo Nepomuceno de Sousa, do Ministério Público de Minas Gerais, sobre os contratos com artistas e participação na campanha eleitoral?

Promotoria investiga Aécio, Anastasia e Lacerda por contratarem "casting" de artistas que os apoiaram

O promotor Eduardo Nepomuceno de Sousa, do Ministério Público de Minas Gerais, abriu investigação na quarta-feira sobre a contratação sem licitação, e patrocínio financeiro, para cantores, pelos governos tucanos de Minas (Aécio Neves sucedido por Anastasia) e pela prefeitura de Belo Horizonte (prefeito Marcio Lacerda/PSB, aliado de Aécio).

Alguns destes contratados apareceram no horário eleitoral das eleições-2010 apoiando o governador Anastasia (PSDB/MG).

A banda Jota Quest, o cantor Milton Nascimento e a cantora Ivete Sangalo estão entre os investigados.

Jota Quest:



Na campanha eleitoral de 2010 o vocalista Rogério Flausino, apareceu no programa eleitoral de Anastasia cantando, em apoio.


A Empresa Municipal de Turismo (Belotur) firmou, sem licitação, com a Própolis Brócolis Produções, contrato para financiar a “Turnê Jota Quest 15 anos”, no valor de R$ 300 mil. A vigência da parceria, conforme a publicação, é de cento e vinte dias, a partir do dia 24 de abril de 2011. A turnê acontece em todo o Brasil, e não apenas em Minas Gerais.

Logo depois que terminou a vigência do primeiro repasse, a banda mineira foi novamente beneficiada. No dia 14 de outubro passado, o diário oficial publicou mais uma vez a concessão de auxílio financeiro para o Jota Quest, desta vez no valor de R$ 100 mil, para a mesma turnê. A parceria também envolve a Brócolis Própolis Produções e tem prazo de vigência de 120 dias.

Em maio do ano eleitoral, o Jota Quest participou do show de inauguração do Circuito Cultural Praça da Liberdade, do governo estadual. O governo informou que empresas privadas patrocinaram, mas nem as empresas nem o governo informaram se os recursos foram obtidos com a lei de incentivo à cultura de Minas (o que torna a fonte do dinheiro público, via abatimento nos impostos a recolher).

A assessoria da banda respondeu: "A banda Jota Quest participou de edital da Belotur, a qual visava divulgar o nome da cidade de Belo Horizonte em todo território nacional, com forte apelo turístico ao evento que ocorre em 24 capitais, cumprindo todas as exigências obrigatórias prevista em lei".

Ivete Sangalo

A cantora não participou da campanha eleitoral. Mas a promotoria vê patrocínio indevido da Prefeitura de Belo Horizonte em turnês nacionais e até internacionais, como “Ivete Sangalo no Madison Square Garden” (EUA).

O repasse de dinheiro público de Belo Horizonte para a baiana Ivete já havia chamado a atenção do Ministério Público em 2009, que instaurou um inquérito envolvendo o então diretor da Belotur Júlio Pires. Para o evento “Axé Brasil”, a prefeitura da capital destinou R$ 453 mil.

O promotor Eduardo Nepomuceno considerou o repasse “ilegal e imoral” e pede em processo judicial ressarcimento público. A ação em fase final pode ser julgada ainda neste ano.

Milton Nascimento




A promotoria investiga a mais recente turnê de Milton pelo País, que conta com R$ 300 mil em recursos patrocinados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a estatal mineira de energia.

Outra verba polêmica são R$ 552 mil para a Associação dos Amigos do Museu Clube da Esquina, no primeiro semestre deste ano, destinadas por Anastasia.

O montante representa 29% de recursos do governo mineiro para incentivo de atividades culturais.

A associação é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Ocip), cuja meta é divulgar a produção artística do grupo musical Clube da Esquina, do qual Milton fez parte. O cantor não está diretamente ligado à direção da Ocip.

Nesta quinta-feira, o governo de Minas enviou email ao iG sobre os recursos: "os repasses de recursos para a Associação dos Amigos do Clube na Esquina referem-se, na realidade, a recursos destinados ao programa Música Minas, uma parceria da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais com o Fórum da Música, que congrega sete das mais expressivas entidades representativas dos músicos mineiros".

Em abril de 2010, poucos meses antes das eleições, Milton foi a principal estrela da inauguração da Cidade Administrativa Tancredo Neves, nova sede do governo mineiro. A inauguração foi um dos últimos atos de Aécio como governador. Ele deixou o cargo para se candidatar, com sucesso, ao Senado.

Menos de um mêsdepois, também em maio do ano eleitoral, Milton foi novamente o principal nome da inauguração do Circuito Cultural Praça da Liberdade, mesmo evento citado acima onde também participou o Jota Quest.

Segundo a assessoria de Milton. “Milton apenas participou de um vídeo da última campanha, não tem nada a ver com apoio eterno e permanente. A relação deles é somente cordial, e não tem nada a ver com política”, respondeu a assessoria de comunicação do cantor. O governo de Minas e as estatais justificam a presença dele nos shows porque Milton é um dos artistas que melhor representam o Estado.

Aos artistas e aos tucanos, resta convencer o Ministério Público e o povo mineiro de que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. (com informações do iG)

D. Mariza, cuida bem dele porque Lula é nosso amigo.




Essas notícias, quando chegam, sempre dá um baque na gente, num primeiro momento. O presidente Lula é tão amigo de tantos brasileiros que, mesmo para quem nunca o viu pessoalmente, o sentimento é como se fosse alguém quase da família que ficou importante e mora distante.

Os médicos já disseram que tem tratamento, tem cura, graças a Deus! E pelo visto não é nada tão grave assim. Então é só questão de tempo: enfrentar o tratamento e se curar. A presidenta Dilma passou por isso há pouco tempo, e está aí, forte e firme, e trabalhando como uma leoa, com todos os percalços, para acabar a obra de tornar o Brasil um país rico, sem miséria e justo.

Lula tem uma companheira maravilhosa de todas as horas, D. Mariza, que vai cuidar bem dele, como sempre cuidou, e não vai deixar ele fazer muita travessura, como viajar demais pelo mundo, até que os médicos liberem para fazer tudo de novo. E pelo que dizem, será a tempo do desfile na Gaviões da Fiel, no carnaval, em sua homenagem.

O duro é a recomendação médica de não poder conversar muito, por hora. O que todo político mais gosta é de uma boa conversa. Mas tudo bem, daqui a pouco estará liberado.

A gente, brasileiros do povão, que tem Lula como um amigo, só temos que oferecer toda a força, solidariedade, carinho, preces e fé.

Temos certeza que, mais uma vez, a esperança vai vencer o medo. Que Lula, como sertanejo forte, é um brasileiro que não desiste nunca, muito menos de continuar trabalhando para melhorar o Brasil e a vida dos brasileiros.

Lula, conte com a gente para o que der e vier. Nos dias em que estiver no "estaleiro", continuaremos, como sempre, defendendo sua política que é também a nossa, seu legado (que também é de todos os brasileiros), a sequência de suas políticas sociais e econômicas que não podem parar de avançar, continuaremos defendendo o governo Dilma (até de seus próprios erros, se for preciso), e não vamos deixar sem resposta nenhuma ofensa, nenhum ataque, nenhuma injustiça.

A gente só exige uma coisa: sua volta, sarado, para vermos Lula-lá de novo, com a força do povo, como o líder necessário que é para o Brasil de todos, independente de cargos que ocupa, porque até o seu vulto, mesmo após o término de seu governo, é fator de estabilidade social, institucional e garantia de preservar as conquistas dos mais pobres e dos trabalhadores. E é fonte de inspiração e de pressão sobre políticos (até os conservadores) nos estados e prefeituras, para terem que fazer governos mais inclusivos para todos.

É também o líder mundial necessário para ajudar a construir um planeta melhor. Toda a América Latina e África não podem prescindir das articulações de Lula. Os próprios países ricos só terão a ganhar com mais justiça social e equilíbrio no mundo, e os 99% de seus povos já estão percebendo que um outro mundo é possível.

Um beijo da Helena, um abraço do Zé Augusto, e de todas as amigas e amigos do Presidente Lula.

sábado, 29 de outubro de 2011

#ForçaLula O Brasil está torcendo por você!

"Lula é o melhor presidente que o Brasil já teve ate hoje. Ele vai ficar bom! #ForçaLula"

O ex-presidente Lula realizou exames neste sábado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após queixas de dores de garganta, e foi diagnosticado um cancer localizado de laringe. Segundo boletim médico divulgado pela instituição, após avaliação multidisciplinar, foi definido tratamento inicial com quimioterapia, que será iniciado nos próximos dias.

O boletim informa ainda que Lula está bem e deverá realizar o tratamento em caráter ambulatorial. A equipe médica que assiste o ex-presidente é coordenada por Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, Gilberto Castro e Rubens V. de Brito Neto.

Ontem, o Instituto Lula havia divulgado que o ex-presidente iria ao Hospital Sírio-Libanês apenas para prestar exames de rotina. Hoje, a assessoria do instituto confirmou que ele investigava causas das dores de garganta e que segue no hospital, mas deve deixar o local ainda neste sábado. Na quinta-feira, Lula completou 66 anos de idade.

Nota

A assessoria de imprensa do ex-presidente Lula divulgou há pouco uma nota oficial informando que Lula deu entrada ontem no hospital Sírio-Libanês para exames, após se queixar de dores na garganta. Segundo nota do hospital divulgada hoje de manhã, os exames diagnosticaram um tumor localizado na laringe. O ex-presidente receberá tratamento quimioterápico de caráter ambulatorial a partir de segunda-feira. Lula deve deixar o hospital ainda hoje, segundo a nota divulgada pelo assessor José Chrispiniano, do Instituto Lula.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

G1 afirma que Folha ocultou por 16 meses flagrante da corrupção tucana de R$ 327 milhões

Clique na imagem para ampliar

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/10/mp-quer-afastar-presidente-do-metro-de-sp-apos-irregularidade-em-licitacao.html

O Ministério Público de São Paulo pedirá à justiça o afastamento do presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, por superfaturamento de R$ 327 milhões em uma licitação de um lote de obras.

O metrô de São Paulo é uma estatal do governo paulista, há anos sob governos tucanos, atualmente nas mãos de Geraldo Alckmin (PSDB/SP).

A investigação do Ministério Público está na fase final, e um parecer técnico feito por uma perita avaliou o processo de licitação e conclui: "caso tivessem sido consideradas as propostas relativas aos menores preços, a economia do Metrô teria sido de R$ 326.915.754,40. Isso porque o Metrô não optou pelos preços menores oferecidos por uma construtora, que já tinha vencido uma das licitações".

Cronologia da corrupção tucana:

- Janeiro de 2009: um documento é registrado em cartório constando quem seriam os vencedores da licitação  para concorrência dos lotes 3 a 8, com conhecimento do jornal Folha de São Paulo (PIG/SP), segundo informa o portal G1 da TV Globo. O governador tucano era José Serra (PSDB/SP) nesta época.

- Junho de 2009: o Metrô anunciou o vencedor do primeiro lote e as obras foram iniciadas; O governador tucano era Alberto Goldman

- Outubro de 2010: o jornalão divulgou o documento registrado em janeiro de 2009. Goldman, constrangido, suspendeu as obras e pediu uma investigação.

- Junho de 2011: as obras foram retomadas e os contratos, mantidos. O governador tucano é Geraldo Alckmin.

Por que a Folha demorou 1 ano e 4 meses para divulgar?

A corrupção parece não ser apenas do Metrô, e joga a própria Folha no rol de suspeitos. O G1 diz que o jornal sabia desde janeiro de 2009. Então que interesses escusos levaram a não publicar logo após o resultado da licitação em junho de 2009?

Porque só publicar em outubro de 2010?

O silêncio do jornal por longos 16 meses é algo inexplicável.

Algum interesse financeiro?

Algum interesse no calendário eleitoral?

Maria do Rosário repudia racismo de Arnaldo Jabor contra Orlando Silva #ArnaldoJaborRacista


Jabor destila racismo contra Orlando e é rechaçado no Twitter

Em comentário na Rádio CBN, na última quinta (27), o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor destilou todo o seu preconceito e anticomunismo ao comemorar a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte. "Finalmente, o Orlando Silva caiu do galho”, disse Jabor, ao iniciar sua fala na rádio. Além de associar, indiretamente, o ex-ministro a um “macaco”, o que se segue é uma saraivada de xingamentos gratuitos e raivosos contra Orlando, o PCdoB e a UNE. As declarações geraram reação nas mídias sociais.

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2011/10/27/FINALMENTE-ORLANDO-SILVA-CAI-DO-GALHO.htm
Com a hastag #ArnaldoJaborRacista, os internautas cobravam um processo contra Jabor por racismo.

"Espero uma atitude imediata da justiça pq no Brasil Racismo é crime inafiançável #ArnaldoJaborRacista", postou a tuiteira @Marianna_UFRN .

O presidente da Ubes, Yann Evanovick, também rebateu, em sua conta no twitter @YannUbes: "Jabor no Brasil de hoje representa o que tem de pior na sociedade. Isso é para os que acreditam que no Brasil não tem mais racismo. #vergonha".

Até a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, criticou o comentarista no microblog. "Quero repudiar veementemente a declaração racista do Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva. Isso é inaceitável!", escreveu.

A entidade do movimento negro Unegro anunciou que lançará manifesto de repúdio às declarações de Arnaldo Jabor e exigindo sua imediata demissão, além de uma investigação do Ministério Público por crime de racismo. (Com informações do Portal Vermelho).

PIG avança no cerco: escândalo morto, escândalo posto

Sexta-feira, dia da nomeação do novo ministro, sua imagem já começa a ser desconstruída, inclusive pautada pelo mesmo PM milionário. Ainda falta a revista Veja e, quem sabe, a repercussão no Jornal Nacional.

Na guerra da comunicação sobre a chamada faxina, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) avança no cerco ao governo Dilma, não interessa o que a Presidenta faça.

Escândalo morto, com a demissão de Orlando Silva, já procuram forjar escândalo posto com Aldo Rebelo.

Nós aqui sempre defendemos que a verdadeira faxina na corrupção deve ser feita continuamente, como rotina e com rigor, como faz a CGU, a Polícia Federal, o Ministério Público. E todas as repartições de governo devem ser cada vez mais aperfeiçoadas para agir com o mesmo rigor destes órgãos. Honestidade não é mais do que obrigação, e nem deveria ser visto como diferencial político, pois se tivéssemos um sistema jurídico rigoroso, os desonestos ficariam automaticamente banidos da política e dos cargos públicos.

No caso do Ministério dos Esportes, a política que parecia mais correta era apenas separar o joio do trigo, preservando os honestos, consertando o que estava errado, e divulgar à exaustão tanto os acertos, como as medidas exemplares tomadas para punir os desonestos e para prevenir a repetição de erros.

Orlando Silva era parte do trigo (pelo menos até agora convenceu, como poucos políticos, de que é inocente, e de que as políticas que desenvolveu apenas tiveram seus riscos inerentes de fraudes e ataque de picaretas, mas foram bem intencionadas e estruturantes. Boa parte deram bons resultados, e os fraudadores e picaretas estavam sendo punidos à medida que eram identificados).

É correto radicalizar os controles que estavam e estão sendo feitos no ministério do esporte (e é bom fazer o mesmo em todos os ministérios, para não se tornarem a bola da vez): cancelar convênios duvidosos, fazer um pente fino em todos eles, auditar, avaliar resultados (mesmo dos convênios honestos, se estão atendendo aos objetivos previstos), reaver dinheiro público desviado, punir fraudadores, expurgar picaretas, melhorar controles e procedimentos preventivos.

Mas tudo isso poderia ser feito sem a troca do ministro, tornando essa batalha mais árdua para o próprio governo no curto prazo, porém com resultados melhores no médio e longo prazo da guerra política.

Politicamente, a demissão do ministro foi como ceder uma fortaleza em uma guerra. O adversário captura o território e avança. Manter Orlando Silva, ainda que sob intenso tiroteiro, manteria o adversário preso naquela batalha, e também sofrendo desgaste, tanto na perda de munição, como na fadiga, até sofrer baixas na credibilidade a cada inocência provada, e a cada punição exemplar exibida pelo governo (inclusive fazendo o PM milionário - protegido da oposição e da imprensa - devolver os R$ 4 milhões que deve aos cofres públicos).

O objetivo de uma guerra é ir vencendo cada fortaleza ou linha de resistência até cercar o quartel-general inimigo, para exigir a rendição ou conquistá-lo à força. O jogo político da oposição no Brasil não é muito diferente, desde 2003.

A má notícia é que o PIG avançou e ficou mais forte em sua sina golpista. Além disso, a militância que deu suporte à Lula durante o mensalão, o "caos-aéreo", e à Dilma quando era ministra e candidata, está com a "moral da tropa" baixa, no momento, ao ver ministros inocentes caírem sem provas e com relativa facilidade.

As condições objetivas para uma boa notícia existem, mas está por vir, e só virá se o governo reagir com firmeza em sua comunicação, não com os veículos de imprensa intermediando a informação, mas diretamente com o povão, mesmo que seja através dos veículos de imprensa, mas usando a própria voz, como bem soube fazer Lula, e a própria Dilma quando era candidata.

Nem precisa expor a Presidenta a um interrogatório diário de jornalistas para discutir factóides e declarações de meliantes arregimentados pela imprensa para inventar denúncias, mas é preciso que ferramentas como o blog do Planalto se tornem fontes de informação para impedir que palavras falsas sejam colocadas na boca da Presidenta por "fontes do Planalto".

E é preciso também liberar mais os ministros e políticos governistas para falarem mais, dar mais entrevistas, fazer o contraponto, dar respostas do governo para os fatos noticiados. Ou seja: atuarem também como líderes políticos que são, e ocupar espaço que está vazio, deixando ser ocupado apenas pela mediocridade de gente como ACM Neto (DEMos/BA).

O governo ainda tem muitas fortalezas e as forças da oposição e do PIG ainda são limitadas. Mas é preciso mudar a tática urgente senão, de vitória em vitória do golpismo, acaba por levar o governo a perder a vantagem e entrar na zona de desestabilização pela oposição.

Todo cidadão brasileiro quer respostas firmes no combate à corrupção, e é dever do governo apresentá-las. Gostemos ou não da "faxina" virar assunto prioritário que despolitiza o verdadeiro debate político, o fato está consumado. Já virou pauta obrigatória nacional e internacional, e não há agenda positiva que fará a imprensa oposicionista desviar dessa pauta, onde ela está ganhando todas.

Na guerra da comunicação da faxina, pouco está interessando as atitudes enérgicas que o governo toma contra os casos de corrupção, porque tudo isso sai deturpado ao bel-prazer da mensagem que a imprensa oposicionista quer passar.

De nada adianta atitudes austeras e desejáveis, caso o governo não falar à exaustão, alto e em bom som o que está fazendo, com sua própria voz.

O "informante" Fernando Rodrigues ganhou bolsa em Harvard em 2007

O jornalista Fernando Rodrigues, do grupo Folha de São Paulo/UOL (PIG/SP), apontado em documentos vazados do Wikileaks como "informante" da embaixada dos EUA, ganhou bolsa de estudos por 1 ano (iniciada em agosto de 2007) na Universidade de Harvard, através da Nieman Foundation, daquele país.

Passadas as eleições de 2006, consumada a derrota do candidato apoiado pelo grupo Folha (Alckmin perdeu para Lula), Rodrigues escreveu que passaria por um período de "aggiornamento" (atualização, adaptação à nova realidade) nos EUA, e voltaria em agosto de 2008, "pronto para a cobertura das eleições municipais" (nas palavras dele).

http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2007-08-12_2007-08-18.html#2007_08-13_07_05_02-9961110-0

http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2007-08-12_2007-08-18.html
É público e notório, por mais que dissimulem, que bolsas e incentivos deste tipo concedidas pelos EUA visam formar líderes na mídia brasileira, simpáticos e afinados com os interesses econômicos e geopolíticos estadunidenses.

É impensável esse tipo de bolsa para formar líderes cubanos que defenderão a revolução castrista, ou para adeptos de Hugo Chavez, de Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, ou do "lulopetismo" (como gostam de dizer).

Essa mesma velha imprensa, que pinça até mesmo qualquer coincidência 100% legal na vida pessoal ou profissional de um ministro para fazer ilações pesadas sobre sua integridade moral, exigindo o imediato afastamento para "provar a inocência", o que tem a dizer sobre essas relações carnais de seus jornalistas com governos e corporações estadunidenses?

Escândalo das emendas: PSDB ‘enterra’investigação

Por 5 votos a 2, a base governista na Assembleia Legislativa enterrou ontem as investigações no Conselho de Ética sobre o suposto esquema de vendas de emendas parlamentares denunciado pelo petebista Roque Barbiere. Agora, para que as investigações prossigam na Casa, resta à oposição tentar emplacar a CPI, faltam duas assinaturas.

Votaram contra o requerimento de autoria de Campos Machado, pedindo que os trabalhos fossem encerrados e as informações coletadas enviadas ao Ministério Público Estadual (MPE), os petistas Marco Aurélio de Souza e Luiz Cláuido Marcolino. O presidente da comissão, Hélio Nishimoto (PSDB), não votou e o verde Dilmo dos Santos não compareceu.


Nem o fato de Roque Barbiere (PTB), em discurso no plenário, ter citado um nome, do deputado Dilmo do Santos (PV), que supostamente comercializa emendas, conseguiu reverter a manobra da base governista.

Os integrantes da comissão ainda votaram a prorrogação dos trabalhos por mais 15 dias para que o relatório final seja votado. Entretanto, ainda falta definir quem será o relator, uma vez que o deputado designado para o cargo, José Bittencourt, migrou do PDT para o novo PSD.

O próprio autor do requerimento que deu fim ao Conselho de Ética, Campos Machado (PTB), não soube informar qual o conteúdo do relatório final a ser enviado ao MPE. “Se não tem, não tem nada, é outro problema”, afirmou Machado, antes de acusar os jornalistas de formularem perguntas “vergonhosas” e “cretinas”.

“O resumo do Conselho de Ética é ‘tutti buona gente’ e o resumo da sociedade em relação a não apuração é ‘tutti ladrone’, disparou o líder da Minoria na Casa, deputado João Paulo Rillo (PT), após classificar como “margherita/quatro queijos” o relatório que será encaminhado ao MPE. “Peço ao relator que não se esqueça do orégano”, completa.

O líder da bancada tucana, deputado Orlando Morando, sustenta que o “Conselho não tinha muito mais o que fazer”, mas lembra que ele pode ser acionado novamente caso o deputado Roque Barbiere cite nomes ao MPE.

CPI?

O Conselho de Ética – cujo objetivo seria investigar as denúncias de Roque Barbiere encerrou seus trabalhos tendo ouvido apenas uma pessoa, o deputado Major Olímpio.

Ao longo de um mês, dos 20 requerimentos apresentados ao Conselho, apenas três, relativos a convites, foram aprovados. Entre os convidados, apenas Major Olímpio foi pessoalmente dar explicações, o próprio Barbiere e o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), enviaram por escrito suas declarações.

Enterrado os trabalhos do Conselho de Ética, a oposição, liderada pela bancada petista, mira as duas assinaturas que faltam para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Como o JT antecipou na edição de ontem, o pivô do escândalo das emendas, deputado Roque Barbiere (PTB), assinou o pedido.

Para tentar pressionar os deputados da base a assinarem o pedido, a bancada petista e movimentos sociais organizaram uma manifestação em frente a Assembleia Legislativa. Cerca de 350 manifestantes pediram a instalação da CPI. Mesmo assim, até o final desta edição, os petistas ainda não haviam conquistado mais assinaturas.Do JT

Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA

Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA.

Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo.

Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.

De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa (o que não ocorreu). (Com informações do Portal 247)

Leia também:
- Wikileaks aponta Wiliam Waack como inflitrado na TV pelo governo dos EUA

OCDE elogia combate à corrupção e transparência do governo brasileiro

Isso sim é compromisso com combater a corrupção de fato, sem factóides:

O ministro Jorge Hage, da CGU (Controladoria Geral da União) divulgou nesta quinta-feira o relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que avaliou os controles do governo brasileiro no combate à corrupção.

O relatório foi feito a pedido do governo brasileiro, e o Brasil é o primeiro país membro do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a fazê-lo.

Segundo o estudo, na última década o Brasil progrediu imensamente na luta contra a má conduta no setor público.

O secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, destacou durante a apresentação do documento que “o Brasil tem demonstrado comprometimento com a reforma do setor público para prevenir a corrupção”. Segundo ele, “há muito ainda a ser feito, mas isso não deve ofuscar o enorme progresso já alcançado. A disposição do Brasil de ser analisado por seus pares, em uma questão sistêmica tão importante quanto a da integridade pública, destaca seus crescente papel nos debates e processos decisórios internacionais”.

A OCDE é uma organização internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia de mercado, sediada em Paris. Os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e definir políticas com o objetivo de maximizar o crescimento econômico e o desenvolvimento dos países membros.

Irregularidades em ONG's e Prefeituras e impunidade para quem tem bons advogados

De acordo com o ministro, as irregularidades estavam ocorrendo porque não havia tradição alguma de convênios com ONGs, nem com prefeituras, “nem com nada no Brasil, até oito anos atrás. “Operações, controladoria, Polícia Federal, é coisa nova. Decreto dando transparência aos convênios é coisa que entrou em vigor em janeiro deste ano. Portal da Transparência, dando conhecimento ao mundo inteiro dos gastos com dinheiro público, é coisa de cinco anos para cá. Nada disso existia, e as instituições vêm criando esses instrumentos e se fortalecendo, aprendendo a trabalhar juntas: controladoria, polícia, Ministério Público, coisa que nunca tinham sido feito antes”.

Hage também reclamou da impunidade quando o processo vai para a justiça: "E o nosso país ainda sofre com as dificuldades do seu sistema processual-judicial para conseguir punir de forma mais rápida e efetiva os culpados pela corrupção”, disse.

Mas, segundo Hage, com exceção do sistema processual-judicial, os avanços têm sido notórios e devem continuar: “Todos os avanços que temos alcançado não autorizam a reduzir nossos esforços. A luta contra a corrupção não tem fim, E ainda há, com certeza, muitos desafios a serem vencidos”.

(Com informações da Agência Brasil e CGU).

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ao completar 66, Lula agradece aos internautas pelos parabéns



Em vídeo, o ex-presidente agradeceu aos milhares de internautas que o parabenizaram por meio das redes sociais. O aniversário de Lula chegou a ser um dos assuntos mais comentados do dia no Twitter brasileiro.

Nelson Breve na presidência da EBC/TV Brasil

Boa escolha! Defensor do bom jornalismo, ponderado e hábil junto ao PIG, bom executivo, dinâmico e atuante quando estava responsável pela boa comunicação governamental. Há luz no fim do túnel.

Deu no Estadão:

A presidente Dilma Rousseff deverá anunciar no início da semana a escolha do ex-secretário de Imprensa da Presidência Nelson Breve para o cargo de presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em substituição à jornalista Tereza Cruvinel. A EBC foi criada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva como empresa pública de comunicação, em substituição à estatal Radiobrás.

Wikileaks aponta Wiliam Waack como inflitrado na TV pelo governo dos EUA

"Bill" Waack escalado para entrevistar Hillary Clinton. O Departamento de estado dos EUA apóia a TV Globo ter jornalistas com "Bill" Waack, propagadores das políticas estadunidenses.
Do Portal R7:

O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como um infiltrado na TV para defender os interesses do departamento de estado do governo estadunidense, segundo post do blog Brasil que Vai - citando documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses.

De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa estadunidense”.

- Por essa razão é que se sentiu à vontade de protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.

O post informa que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses estadunidense, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” - no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência estadunidense de inteligência] nas instituições do país”.

Aldo Rebelo é o novo Ministro do Esporte. Mas quem cuidará da faxina no golpismo?


Até na TeleSur de Hugo Chavez, uma das principais pautas sobre o Brasil é corrupção.

Aldo Rebelo (PCdoB) é o novo Ministro do Esporte. Um excelente nome, sem dúvida.

Mas do que adianta ser um excelente nome,  se, daqui a 3 meses, a revista Veja retirar algum meliante da cadeia para inventar que entregou um pacote de dinheiro na garagem para um motorista do ministro, como fizeram com Orlando Silva?

A escolha de Aldo Rebelo esfria o noticiário denuncista da hora sobre o ministério do esporte, mas não resolve o golpismo em curso de derrubar qualquer ministro em série, com reporcagens trapaceiras, para colar a imagem de corrupção no governo (só o federal, pois as denúncias federais também funcionam como cortina de fumaça para proteger a corrupção tucana nos estados e prefeituras), para rachar a base governista, para impor uma outra CPI do fim-do-mundo, para conspirar, e para dar o golpe em seguida, que pode ser só o "sangramento" eleitoral até 2014, ou mesmo ser no tapetão, antes disso, se os golpistas conseguirem criar "correlação de forças" favorável ao golpismo.

O PIG (Partido de Imprensa Golpista) já fala até "nos próximos da fila". O jornal Estadão faz até enquete com os leitores:



Enfim, ou o governo toma as rédeas de sua própria comunicação, ou a imagem do governo será desconstruída ao bel-prazer da oposição.

O governo, ao emudecer ou divulgar suas declarações, atitudes, atos e contraponto, com excessiva discrição, será pautado diariamente nas manchetes com escândalos forjados e boataria palaciana falsa, plantada pela oposição e pelos ficcionistas do PIG, com prejuízos até para a imagem internacional do Brasil, retratado apenas como se fosse um país tomado por escândalos de corrupção.

Se nada for feito, as manchetes continuarão sendo:

- "fontes do planalto" colocando palavras na boca da Presidenta, que ela nunca disse.

- bandidos inventando denúncias sobre falsos fatos que nunca existiram.

- picuinhas de rotina administrativa amplificadas como se fossem denúncias graves;

- dossiês sobre a vida privada de ministros, tratando coisas lícitas e normais como se fossem ilícitas e escandalosas;

E a pauta sobre o governo não sairá da faxina-crise-cai ministro, faxina-crise-cai ministro, faxina-crise-cai ministro...

Barbiere assina pedido de CPI sobre emendas na Assembleia

O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Enio Tatto, comemorou a 30ª assinatura no pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de suposta venda de emendas parlamentares. O último signatário foi o próprio deputado Roque Barbiere (PTB), autor das denúncias sobre o suposto esquema.

"Com esta assinatura, só faltam mais duas para que o pedido da CPI possa ser protocolado", explicou Tatto. Pelo regimento da Alesp, para que uma CPI possa ser instalada são necessárias 32 assinaturas, ou seja, um terço dos deputados da Casa.

Às 14h, movimentos sociais haviam marcado um ato em frente à Assembleia para sensibilizar os deputados da base governista a assinarem o pedido da CPI. Para o líder do PT, "a CPI é o único instrumento que pode de fato investigar as denúncias, com o poder de convocar pessoas para prestar depoimento".


Nomes aos bois

O deputado Roque Barbiere (PTB), apontou na noite de terça-feira, em discurso no plenário, o primeiro nome de um colega que seria suspeito de integrar o esquema. Trata-se de Dilmo dos Santos (PV), um dos membros do Conselho de Ética. Conforme o petebista, o parlamentar fez sete indicações negociadas para cidades do interior.

"A imprensa, sem que eu desse um nome, já podia investigar. Por exemplo, essa eu já assumo, o membro do Conselho de Ética José Dilmo mandou para a minha região sete emendas para fazer barracões, todas de R$ 150 mil, para caracterizar a carta-convite. Logicamente, só foi por isso", disse Barbiere. "A imprensa, não foi o deputado Roque Barbiere, foi a Lourdes (SP) entrevistar o prefeito Franklin.

Perguntaram para que serviria o barracão. Ele disse que não sabia. Foram entrevistar o João, presidente da Câmara. Ele também disse que não sabia. O que significa? Que esse prefeito não correu atrás desta verba, ela foi oferecida a ele por alguém", disse. Os barracões aos quais se referia são galpões multiuso indicados por Dilmo para cidades do interior. O único que o deputado verde admite ter saído de emenda da sua cota é o da cidade de Lourdes. Os outros, diz, foram indicações que fez ao governo, fora de sua cota. O pivô das acusações ainda levantou suspeitas sobre a forma de contratação das empresas que, segundo ele, executam as obras. "Coincidentemente, três cartas-convite foram apresentadas pelo mesmo engenheiro. Isso é normal? Não é normal." Barbiere voltou a sustentar que levará nomes e testemunhas ao Ministério Público e agradeceu o Conselho de Ética por tê-lo "convidado" a dar explicações.

PM milionário João Dias dispensou os seviços de ACM Neto e Duarte Nogueira


Reunião do PM milionário João Dias e a sua bancada de apoio do PSDB, DEMos e PPS, no dia 19.
O toma-lá-dá-cá com a bancada demo-tucana funcionou: deram apoio político ao PM para deixá-lo embolsar R$ 4 milhões e escapar ileso, em troca de derrubar o ministro que exige reaver os R$ 4 milhões aos cofres públicos.


O policial militar (PM) milionário João Dias dispensou os serviços de ACM Neto (DEMos/BA) e Duarte Nogueira (PSDB/SP), depois de conseguir o apoio político deles para não devolver aos cofres públicos os R$ 4 milhões que o ex-ministro Orlando Silva estava cobrando.

Ontem, quarta-feira, João Dias fugiu de depor na audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na Câmara dos Deputados.

Minutos antes da sessão, enviou uma carta dizendo que os “últimos acontecimentos esvaziaram o propósito" do depoimento, referindo-se a conspiração entre ele a oposição para derrubar o ministro que lhe cobrava a devolução de R$ 4 milhões aos cofres públicos. O PM milionário disse que, de agora em diante, só fala na justiça.

O desaparecido Célio Soares Pereira, suposto ex-assessor do governo de José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), já havia avisado com antecedência que não iria à Câmara. Assim ele não produz provas contra si mesmo, quando tiver que negar o que disse à revista Veja, nas barras dos tribunais.

Os deputados do PCdoB, que estavam municiados de documentos para desmascarar o PM milionário, vaiaram quando foi anunciada a ausência.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou: “Esse cidadão faz denúncias vazias, sem provas, e se comprometeu a vir a Câmara dar esclarecimentos. A omissão dele hoje prova que as denúncias são vazias. Isso é um verdadeiro circo”, disse a parlamentar.

O líder do PCdoB, deputado Osmar Júnior (PI), reforçou: “João Dias não está aqui porque ele não tem como provar o que diz, assim como não teve nenhum documento para entregar à Polícia Federal”, afirmou.

Cadê a faxina no mensalão do Alckmin?


Estevão é condenado a devolver R$ 203 mi

O ex-senador Luiz Estevão, o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e três empresários foram condenados na 12ª Vara Federal Cível em São Paulo pelos prejuízos causados ao patrimônio público durante as obras do Tribunal Regional do Trabalho paulista (TRT-SP) entre 1992 e 1998. Além de determinar a devolução de R$ 203 milhões aos cofres do governo, a decisão da juíza Elizabeth Leão suspendeu os direitos políticos dos condenados por dez anos e proibiu que eles façam negócios com o poder público. Como a sentença — resultado de duas ações civis públicas movidas pelo Ministério Público Federal — é de primeiro grau, cabem recursos.

Segundo Estevão, a sentença abrirá a possibilidade de desbloqueio de parte dos bens que hoje estão confiscados pela Justiça. "Como só existia até então a decisão do Tribunal de Contas da União, determinando a devolução de R$ 169,5 milhões, eu não podia pedir qualquer desbloqueio. Mas agora, com essa sentença reafirmando o que o TCU já havia dito, em 1999, poderei pedir", afirma. "Quanto aos direitos políticos, não me atinge, pois há tempos decidi não retornar à carreira política", assegura Estevão. O ex-senador ressalta já ter devolvido R$ 58 milhões por meio da Advocacia-Geral da União.

Na lista de citados na sentença, também está a mulher do ex-senador, Cleucy Meireles de Oliveira, além dos empresários Fábio Monteiro de Barros e Antonio Carlos da Gama e Silva. A magistrada ressaltou o modus operandi do grupo. "Indubitável que Nicolau dos Santos Neto, aliado de Fábio Monteiro de Barros Filho, José Eduardo Teixeira Ferraz e Luiz Estevão de Oliveira Neto mantiveram em erro a entidade pública, dando a aparência de realização de atos regulares no que concerne à contratação e realização da obra do Fórum Trabalhista, mas que escondiam, na verdade, a finalidade de obtenção de vantagens ilícitas", afirma. O valor inserido na decisão — R$ 203 milhões — será reanalisado no momento da liquidação, esclarece a Justiça Federal.

Parabéns pelo aniversário, Presidente Lula

Lula recebe mais um prêmio no México, na quarta-feira (26/10/2011)

Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

(*) Hoje (27) é o aniversário do presidente Lula.

Venceu o bandido e a imprensa

No jornal Nacional:“A presença de Vossa Excelência aqui é uma afronta ao povo brasileiro. O Brasil não quer Vossa Excelência cuidando da Lei Geral da Copa, e sim o quer distante do Ministério dos Esportes”, afirmou o deputado ACM Neto (DEM-BA), líder do partido.



No dia seguinte:Abandono

Na reunião que selou a saída do ministro, Dilma reclamou da apatia dos aliados na sessão da véspera na Câmara. "Como pode o ACM Neto falar aquilo e ninguém reagir?", disse a presidente.

TSE cassa propaganda partidária do PSDB e multa José Serra


Por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à perda do próximo programa nacional da legenda e de 12,3 minutos de inserções ao longo da programação das emissoras de televisão, porque entendeu que a propaganda veiculada pela sigla no primeiro semestre de 2010 foi utilizada indevidamente para promoção da candidatura de José Serra à Presidência da República. Além disso, o Tribunal aplicou multas que somam R$ 50 mil para o PSDB e R$ 20 mil para José Serra.

Foram cassados o programa nacional em bloco do PSDB, que seria veiculado no primeiro semestre de 2012, além dos 12,3 minutos de inserções nacionais do partido, ainda neste ano ou no primeiro semestre de 2012.

Relatora de quatro representações apresentadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o PSDB e José Serra, a ministra Nancy Andrighi afirmou em todas elas que houve o desvirtuamento da finalidade da propaganda partidária e a clara promoção da imagem do então pré-candidato ao cargo de presidente, o que caracteriza a propaganda antecipada proibida pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97).

O artigo 36 da Lei das Eleições só permite a propaganda após o dia 5 de julho do ano da eleição. A violação do disposto deste artigo sujeita à multa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil ou ao equivalente ao custo da propaganda se este for maior.

Voto

Segundo a ministra Nancy Andrighi, as inserções nacionais e o programa em bloco do PSDB, ao mostrarem imagens de José Serra acompanhadas de falas que o promovem como a pessoa mais apta a ocupar cargo público, no caso a Presidência, extrapolaram o artigo 45 da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95).

Esse artigo estabelece que a propaganda partidária gratuita só pode ser usada pela legenda para difundir os programas partidários, transmitir mensagens aos filiados, divulgar a posição do partido sobre temas político-comunitários e promover a participação política feminina.

A ministra Nancy Andrighi afirmou que as inserções do PSDB e o bloco nacional partidário da legenda tiveram como objetivo enaltecer a imagem de José Serra enquanto pré-candidato do partido. Ela lembrou ainda que as inserções e a propaganda nacional do PSDB ora mencionaram as supostas obras realizadas por José Serra enquanto governador de São Paulo ou diziam que ele era um político que “tinha história” para mostrar.

Ao estabelecer os valores das multas nas representações, a ministra Nancy Andrighi disse que definiu a gradação de R$ 5 mil, R$ 7,5 mil, 12,5 mil, e 25 mil das quatro multas aplicadas ao PSDB e as quatro multas de R$ 5 mil impostas a José Serra em razão da reiterada conduta praticada pelos acusados na divulgação de propaganda eleitoral extemporânea. A ministra votou ainda pelo envio dos autos das representações à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGR) para as providências que o órgão achar cabíveis.

Na época em que o PT entrou com representações, o corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior, concedeu liminares ao partido para que o PSDB retirasse do ar e não mais transmitisse as inserções objeto de questionamento.
 Processos relacionados:
141041
145375
147451
156289


No site do TSE

A guerra da faxina: quem não se comunica, se trumbica



Balanço de realizações do Ministério do Esporte em 2010, ao fim de 7 anos no governo Lula, repleto de realizações: inclusão social, ressocialização de detentos pelo trabalho, desenvolvimento do atletismo, realização do PAN, conquista da Copa-2014 e das Olimpíadas-2016. 
Hoje há até quem pergunte para que serve o ministério, por perder a guerra da comunicação.

"... as guerras não se evitam e, quando adiadas, trazem vantagem ao inimigo ... não se deve jamais deixar uma desordem prosperar para evitar a guerra ..." - Maquiavel

A Presidenta Dilma assumiu o governo num ambiente de cessar-fogo pós-eleitoral por parte da imprensa demo-tucana. Ela respondeu acenando a bandeira branca, e promovendo a distensão.

Nos primeiros meses, a estratégia estava correta. A imprensa estava adiando a guerra, e isso trazia uma vantagem para a Presidenta, que foi bem explorada para se fortalecer e enfraquecer a oposição.

A partir de maio, a imprensa demo-tucana declarou a guerra da faxina. Abriu fogo contra Palocci para derrubá-lo, sem provas, e desde então, não parou mais.

Agora, é o governo Dilma quem está tentando adiar a guerra da faxina, na comunicação, e dando enorme vantagem aos opositores dos partidos e da imprensa.

Numa democracia, é impossível enfrentar a imprensa quando ela está com a razão em uma denúncia verdadeira (até Nixon caiu com o caso Watergate), mas quando a imprensa não está com a razão, não é tão difícil enfrentar, mesmo com as limitações impostas pelo quadro de oligopólio da mídia e da ausência de lei que garanta direito de resposta.

É só a área de comunicação fazer o contraponto de forma contundente e persistente, forçar o debate para se fazer ouvido, mostrando o outro lado dos fatos, explorar as contradições e falsidades das próprias denúncias, e até saber usar as crises como chamariz para atrair as atenções para a agenda positiva.

Quando começará a ser feito? Adiar a guerra que já está em curso, é exercício de auto-enganação, e caminhar para a derrota.

Em tempo: Duvido que a Presidenta tenha acreditado na "lua-de-mel" com a imprensa, com a história que ela tem. Ela vivenciou as conspirações da imprensa contra o PDT de Brizola, de Alceu Colares, contra o PT gaúcho desde Olívio Dutra, contra o presidente Lula, e contra ela mesma como ministra.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Inversão de valores venceu: Orlando Silva sai por excesso de honestidade

Atualização: Eis o vídeo da entrevista coletiva de Orlando Silva após deixar o cargo:



O ex-ministro Orlando Silva sai do ministério do esporte de cabeça erguida, porque não se submeteu às chantagens, enfrentou a onda de denúncias e detratores como poucos políticos já fizeram antes, e mostrou uma resistência difícil de se ver. Sua única derrota foi na batalha da comunicação. A versão prevaleceu sobre o fato.

Ficarei muito surpreso se encontrarem alguma coisa real contra ele (podem encontrar de outras pessoas do ministério do esporte, mas sem haver má-fé dele).

Se ele fosse corrupto, com a verba que teve nas mãos, teria dado algum jeitinho de aliviar e se acertar com o PM João Dias, na calada da noite. Preferiu fazer a coisa certa, e partiu para o enfrentamento.

Cargo de ministro é assim mesmo, e do mesmo jeito que é nomeado, sair também faz parte, e seu próprio partido, PCdoB, achou que ele perdeu condições políticas para ficar no cargo.

A questão é saber se, politicamente, essa decisão foi de fato acertada, principalmente para o governo Dilma.

Sem provas, ainda havia gordura para queimar, mantendo o ministro no cargo. Cedendo com essa relativa facilidade, qualquer outro ministro poderá ser a bola vez: basta encontrar qualquer fraude CONTRA o ministério e negociar com o fraudador para fazer uma entrevista inventando uma denúncia falsa contra o ministro. Depois bombardeia-se diariamente com manchetes fantasiosas, transformando honestidade em suspeita qualquer coisa da vida particular ou pública do ministro.

Outra coisa instigante é saber: como pode um ministro desagradar a tantos interesses ao mesmo tempo, a ponto de ficar quase isolado?

A FIFA, a CBF e Ricardo Teixeira comemoraram sua queda.

Jornalistas da TV Record, inimigos de Teixeira, comemoram sua queda.

A TV Globo, aliados de Teixeira, conspirou junto à Veja, para derrubá-lo.

Como explicar tantos interesses antagônicos se unirem contra o mesmo ministro?

Só tenho uma explicação: excesso de honestidade! Falta de "jogo de cintura" para escolher a quem agradar e a quem desagradar. Conclusão: ainda há muito trabalho a fazer para o Brasil ser uma república, na acepção da palavra.

Quando o combate à corrupção se vira contra quem tem fome e tem pressa.

Até médicos concursados se recusam ir para os bolsões de miséria. Quanto mais fiscais do TCU irem amassar barro nestes lugares. Então, como começar a fazer políticas públicas chegarem a estes locais, senão recorrendo às únicas organizações que existem lá, ainda que precárias e com maior risco sobre o uso de verbas?

Na teoria, ONG's (Organizações não governamentais) não deveriam receber verbas de governos, já que são "não governamentais".

A idéia de repassar verbas de governo para ONG's tem até fundo neoliberal. É usada para transferir atividades de estado para entidades privadas. A ditadura queria privatizar a educação superior transformando Universidades federais em fundações privadas. O Telecurso criado na ditadura poderia ser feito pelo MEC, por Universidades, mas foi aparelhado pela TV Globo, e entregue à Fundação Roberto Marinho (privada). O governo FHC era entusiasta de transferir para ONG's as políticas sociais, "enxugando" o Estado.

Portanto, o ideal é que verbas governamentais sejam aplicadas nas estruturas de governo, compostas por funcionários de carreira, concursados, e sob controle dos órgãos de fiscalização.

Mas a teoria, na prática, é outra. Esse ideal funciona bem onde o estado está presente, consolidado, e capaz de prestar atendimento universal, a toda a população.

No Brasil, o estado foi construído durante 500 anos para atender aos interesses da elite, em primeiro lugar. Um enorme contingente da população só aparecia como estatística nos gabinetes governamentais. Havia um ou outro estudo bem intencionado, mas que não eram tirados do papel. Não havia políticas públicas que chegassem aos excluídos. O fato é irrefutável, comprovado pela desigualdade social construída ao longo dos anos, e pelos bolsões de miséria, inclusive no entorno de cidades ricas.

A chegada de um governo popular ao poder, em 2003, mudou o rumo, mas a guinada até fazer os gabinetes funcionarem a contento para a população excluída, levava tempo para ser implantada, porque envolve mudança de pensamento, de cultura, de procedimentos enraizados, e até de acesso a lugares, como territórios conflagrados pelo narcotráfico, ou sem nenhum órgão governamental presente ali.

Tem lugares na periferia das cidades que o estado não estava lá (peça a um fiscal do TCU para amassar barro nestas áreas, para ver se entra lá). Só Igrejas e ONG`s chegavam lá, com todos os defeitos e precariedade que possam ter.

Se o Estado demorasse mais a chegar lá, sem recorrer à ONG's, milhares de jovens já teriam sido perdidos para o tráfico nestes últimos 9 anos.

Nesse contexto, vale aquela frase do Betinho: "Quem tem fome, tem pressa."

O custo das perdas através dos desvios de verbas (que devem ser punidas exemplarmente, para recuperar o dinheiro que não chegou ao povo, e para não estimular a impunidade), são pequenos perante os benefícios alcançados.

Afinal, é muito mais barato gastar com esporte, cultura, educação e lazer para não deixar um jovem entrar no crack, do que tirá-lo do vício. É muito mais barato incluir socialmente um jovem do que manter um futuro presidiário.

Assim, o governo Lula acertou em ousar, no sentido de depositar um voto de confiança em movimentos sociais, em organizações sociais precárias, como pequenas ONG's, às vezes mal estruturadas, quando elas eram a única alternativa possível, para iniciar programas como o Segundo tempo do ministério do Esporte, o PRONASCI do Ministério da Justiça, os pontos de cultura do Ministério da Cultura, etc.

Para cada real investido em para erradicação da extrema pobreza, em gabinetes burocráticos sem tecnologia social desenvolvida, nas sedes de suntuosas repartições públicas, poucos centavos chegavam à ponta, por mais que a contabilidade feche com louvor, computando o custo que vai do cafezinho, ao motorista, à conta de luz do ar-condicionado, custos com auditores, consultores, material gráfico, estudos, publicidade, viagens, diárias, etc, etc, etc.

Para cada real investido numa associação popular já organizada onde a extrema pobreza está, muito mais dessa verba chega à ponta, por mais que seja mal-estruturada em termos administrativos.

O programa de cisternas de captação de chuva no Nordeste andou muito mais rápido, e foi muito mais barato, recorrendo também a ONG`s do que se ficasse dependendo apenas do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).

Depois que se consegue virar o jogo e tirar os bolsões da miséria, mesmo com os todos os erros existentes, para serem consertados ou punidos (no caso de picaretagem), é fácil atirar pedras e só falar em "falta de controle", "desvios", etc.

Também é fácil, hoje, chamar de "aparelhamento", empreendedores sociais filiados a partidos de esquerda, vindos de movimentos sociais, que foram os únicos que se engajaram em amassar barro quando ninguém queria ir aos bolsões de miséria. Há aí a necessidade de separar o que é aparelhamento e o que é engajamento.

Não se faz mudanças, sem começá-las, e todo começo de coisas novas, às vezes beira até o caos.

Fazer coisas que nunca existiram, exige desenvolver curva de aprendizado com erros e acertos.

O combate à extrema pobreza no Brasil com políticas públicas ousadas é novidade recente. Vem aprimorando a cada dia, a cada conquista, a cada correção de rumo, a cada aprendizado com acertos e erros. E os acertos são muito maiores do que os erros como provam os resultados de redução da pobreza.

Neste contexto, avaliar o desempenho de um Ministério, não pode ser a partir apenas dos casos que deram errado, explorados com oportunismo oposicionista como se fossem generalizados.

Um bom programa e um ministério, não podem ser demonizados por causa de meia dúzia de pessoas que se locupletaram, e estão sendo cobradas a devolver o dinheiro. Fraudes existem em todos os lugares. O importante é combatê-las com rigor e aprender como evitá-las, e isso o ministério do Esporte parece ter feito e continua fazendo.

É preciso, também, colocar na balança as centenas de casos que deram certo, e evoluir a partir destas experiências acertadas, desenvolvendo mais e melhores controles. E isso também vem sendo feito, a partir da experiência.

A elite não demoniza o Banco Central e o sistema bancário quando um banco privado quebra por fraude em balanço. Responsabiliza quem é responsável: os gestores do banco, e os auditores que referendaram a fraude. Com o Ministério do Esporte, é preciso agir com a mesma justiça, separando os fraudadores dos que combateram as fraudes.