O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Enio Tatto, comemorou a 30ª assinatura no pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de suposta venda de emendas parlamentares. O último signatário foi o próprio deputado Roque Barbiere (PTB), autor das denúncias sobre o suposto esquema.
"Com esta assinatura, só faltam mais duas para que o pedido da CPI possa ser protocolado", explicou Tatto. Pelo regimento da Alesp, para que uma CPI possa ser instalada são necessárias 32 assinaturas, ou seja, um terço dos deputados da Casa.
Às 14h, movimentos sociais haviam marcado um ato em frente à Assembleia para sensibilizar os deputados da base governista a assinarem o pedido da CPI. Para o líder do PT, "a CPI é o único instrumento que pode de fato investigar as denúncias, com o poder de convocar pessoas para prestar depoimento".
Nomes aos bois
O deputado Roque Barbiere (PTB), apontou na noite de terça-feira, em discurso no plenário, o primeiro nome de um colega que seria suspeito de integrar o esquema. Trata-se de Dilmo dos Santos (PV), um dos membros do Conselho de Ética. Conforme o petebista, o parlamentar fez sete indicações negociadas para cidades do interior.
"A imprensa, sem que eu desse um nome, já podia investigar. Por exemplo, essa eu já assumo, o membro do Conselho de Ética José Dilmo mandou para a minha região sete emendas para fazer barracões, todas de R$ 150 mil, para caracterizar a carta-convite. Logicamente, só foi por isso", disse Barbiere. "A imprensa, não foi o deputado Roque Barbiere, foi a Lourdes (SP) entrevistar o prefeito Franklin.
Perguntaram para que serviria o barracão. Ele disse que não sabia. Foram entrevistar o João, presidente da Câmara. Ele também disse que não sabia. O que significa? Que esse prefeito não correu atrás desta verba, ela foi oferecida a ele por alguém", disse. Os barracões aos quais se referia são galpões multiuso indicados por Dilmo para cidades do interior. O único que o deputado verde admite ter saído de emenda da sua cota é o da cidade de Lourdes. Os outros, diz, foram indicações que fez ao governo, fora de sua cota. O pivô das acusações ainda levantou suspeitas sobre a forma de contratação das empresas que, segundo ele, executam as obras. "Coincidentemente, três cartas-convite foram apresentadas pelo mesmo engenheiro. Isso é normal? Não é normal." Barbiere voltou a sustentar que levará nomes e testemunhas ao Ministério Público e agradeceu o Conselho de Ética por tê-lo "convidado" a dar explicações.
1 Comentários:
A imprensa não tem o menor interesse neste assunto. Por que será? Agora, se o governo de São Paulo fosse do PT pronto. O bombardeio já teria derrubado meio mundo. Até quando vamos suportar isso? Por que não organizamos um faxina na imprensa golpista e partidária?
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