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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dilma ataca demagogia em debate sobre saúde


A presidente Dilma Rousseff classificou como "demagogo" quem propõe melhorias na saúde sem indicar a fonte dos recursos para esses investimentos. Sem citar nomes, ela afirmou que "mente" para a população quem defende um avanço na área sem a injeção de verbas. Segundo a presidente, o governo tem que oferecer um serviço "de qualidade", mas, para isso, é preciso "investir muito" na área.

Na sua fala em Belo Horizonte, antes de viajar para o interior do Estado - Dilma foi incisiva: "O Brasil tem um sistema de saúde universal, gratuito e tem que ser de qualidade. Nenhum país do mundo resolveu essa equação sem investir muito. Quem falar que resolve isso sem dinheiro é demagogo. Mente para o povo". E completou lembrando que "para o Brasil virar um país desenvolvido, nós temos de ter a responsabilidade de dizer a verdade para o povo". "Precisa de mais dinheiro? Eu acho que precisa para a saúde".

Ela avaliou ainda que a emenda 29, que regulamenta os gastos dos três níveis de governo no setor, não é garantia de serviço de melhor qualidade - sua aprovação apenas "mantém o atual padrão" no setor. A emenda 29 "resolve algumas coisas. Ela permite que você restrinja o que é saúde. Não vai botar mais que saneamento é saúde", declarou. Dilma evitou criticar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Por que é que o povo brasileiro tem essa bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a saúde. Foi para fazer outras coisas", ressaltou a presidente.

Jogos de azar

O governo, no entanto, começou ontem a sinalizar limites ao negar a possibilidade de legalizar jogos de azar, como bingos e cassinos, para injetar dinheiro na saúde. "Da parte do governo, não há qualquer apoio a jogos", disse Ideli Salvatti, ministra de Relações Institucionais.

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