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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PMDB ensina senadores do PT como enquadrar oposição no Senado

O jornal Estadão publica hoje a notícia "Sai acordo entre PT e oposição pelo fim da crise", com os trechos principais:

"... a oposição fechou ontem um acordo com os líderes da base aliada do governo. Pelo acordo, a oposição encerrou a guerra dos discursos no plenário, o que devolve a Sarney as condições políticas para presidir a Casa.

O acordo prevê também que todas as questões jurídicas e disputas políticas em torno das representações contra Sarney e o líder dos tucanos, Arthur Virgílio (AM), ficam circunscritas ao Conselho de Ética. Não há mais espaço político para fazer acusações a Sarney no plenário - o que minava a autoridade do presidente da Casa. Quem for derrotado no Conselho de Ética também não vai recorrer ao plenário.

"Ninguém pode cobrar de ninguém um acordo de mérito, mas podemos definir um acerto de procedimento e encerrar tudo no Conselho de Ética, sem contaminar o plenário", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao explicar o entendimento.

Faz parte do papel da oposição produzir crises e radicalizar mais do que os governistas.

Mas também faz parte do enredo, a base governista exercer seu poder de maioria para conter a oposição. O PMDB exerceu esse poder. Deixou a oposição atuar até certo ponto, sem radicalizar. Quando a oposição foi longe demais, radicalizaram também.

Os senadores do PT cometeram o maior erro político, quando transformaram uma briga interna na base governista com o PMDB, em alinhamento com a oposição.

A regra é simples: quer brigar com o PMDB dentro da base governista? Ok. Mas é imperativo brigar MAIS AINDA com a oposição, para não haver desequilíbrio de forças. Daí que, para brigar com Sarney, era preciso arrolar Perillo, Heráclito Arthur Virgílio, etc na briga, e não tratá-los como aliados, quando eram algozes, não só de Sarney, como dos senadores do PT. Simples assim.

Depois da confusão armada, o PMDB encaminhou a solução óbvia, que nós aqui no blog, longe dos gabinetes, sabíamos na ponta da língua desde o começo, e avisamos em 3 notas, desde 4 de julho, que reproduzimos o trecho a seguir:

Sábado, 4 de julho de 2009
Lula deu a fórmula de governar e combater a corrupção ao mesmo tempo. Porque os senadores do PT não copiam?

Basta a bancada do PT usar as excelentes cartas que tem nas mãos e argumentar:

10) O fórum apropriado para discutir a ética de senadores é no Conselho de ética, e não em intermináveis pronunciamentos no plenário, palco das discussões nacionais e políticas públicas. O PT defende que a bancada que entender que algum senador faltou com decoro e ética, que apresente representação ao conselho de ética, e julgue a questão ali, em vez de pré-julgar e pedir afastamento antes de qualquer coisa.


Segunda-feira, 6 de Julho de 2009
Os senadores do PT não podem se tornar os novos aloprados

Desvios de conduta de Senadores, corrupção, seja de quem for, que sejam encaminhados para as instâncias competentes, para o Ministério Público, e para o conselho de ética do Senado. A presidência do senado é um cargo POLÍTICO, e não meramente administrativo.

É esse discurso POLÍTICO com "P" maiúsculo da defesa dos avanços do governo do PT (de Lula) na trincheira do Senado, que Suplicy (e os demais senadores do PT) precisam fazer, em contraponto.

Não reduzir o mandato ao discurso rastaquera do "eu sou ético"... ou "eu não fui enquadrado", etc...


Sexta-feira, 24 de Julho de 2009
A saída honrosa, ainda possível (???), dos Senadores do PT

Os problemas éticos do Senado, o lugar certo para discutir é o conselho de ética, e não o plenário. Lá acusa quem quer, e o acusado se defende. No planário deve-se discutir problemas nacionais.

Como pau que bate em Chico também bate em Francisco, quem denuncia hoje ao conselho de ética, acaba sendo o denunciado de amanhã.


Agora, a crise foi reduzida ao devido lugar, ap Conselho de Ética, onde os julgamentos são POLÍTICOS. Esperamos que a bancada de Senadores do PT não se alopre de novo, que não se alinhe à oposição.

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