Brasil conseguiu uma vitória no combate à fome no país, diminuindo de 12% para 8% o índice de pessoas desnutridas. A análise está no relatório “O estado da insegurança alimentar 2006" divulgado recentemente pela Agência das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). O documento comprova que o número de pessoas desnutridas no país reduziu de 18,5 milhões entre 1990 e 1992 para 14,4 milhões entre 2001 e 2003. Mas no restante do mundo a realidade não é a mesma.
O combate e a erradicação da fome no mundo é uma das propostas da Cúpula Mundial de Alimentação, uma aliança internacional dos países com o objetivo de acelerar as ações de redução da fome no mundo. Em 1996, esta aliança colocou como meta a redução pela metade do número de pessoas que passam fome no mundo até 2015. Essa população é de 800 milhões. Porém o relatório produzido pela FAO denuncia um progresso mínimo nestas metas. Existem ainda cerca de 854 milhões de desnutridos em todo o mundo. A África do Sul é o país que mais sofre com este problema.
Com a redução da meta de desnutrição, o Brasil é colocado no grupo de países latino-americanos na direção certa para cumprir este desafio. Cuba, Guiana e Peru são os países que já atingiram a meta. A FAO acredita que para que esse objetivo seja alcançado em nível global, seria preciso que 28,5 milhões de pessoas saíssem da condição de famintas, por ano. Mas esse número só vem diminuindo em seis milhões. Na América Latina, a redução é ainda mais lenta desde 1996. Cerca de um milhão de pessoas deixam de passar fome por ano. Para superar esse número reduzido, o programa de alimentos e agricultura da ONU estima ser necessário um investimento adicional de US$ 24 bilhões( equivalente a R$ 51 bilhões de reais) em agricultura.
Helena
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