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quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Embromation: Meu amor. Querida. Minha flor!


Heloísa Helena não foi melhor que Geraldo Alckmin. Mostrou-se nervosa e impaciente em algumas ocasiões. Foi de profundo mal gosto e grosseria Heloisa Helena lembrar Fátima Bernardes que sabe mais de Reforma Agrária que a Jornalista Global, fato este que arrancou risos de William Bonner. Sabe o que isso me remete? Concluo que Heloisa Helena é o tipo de pessoa que não aceita argumentações, que não aceita questionamentos. Ela é do tipo que imagina saber mais que todos e não enxerga os dois lados de uma moeda. Se a senadora HH usou de prepotência e arrogância para uma jornalista em rede nacional, imagine o que ela faria em um gabinete presidêncial. Por outro lado a tônica da entrevista foi básicamente de respostas longas, adoção de termos como "minha flor", "querida" e "meu amor" para interromper as perguntas dos entrevistadores e retomar suas explanações. Essa foi a marca da senadora Heloísa Helena ontem, no segundo dia da série de entrevistas do Jornal Nacional, da Rede Globo, com os candidatos à Presidência da República.Só Heloisa Helena falou, não deixou que os apresentadores fizessem perguntas.

A todo momento, Heloísa Helena intercalava o recurso de se postar como mãe, de origem pobre e nordestina, com ataques ao governo federal ou aos políticos em geral e lançar algumas propostas - sempre pontuadas com exemplos carregados de emoção, tentando sensibilizar aqueles que assistiam.A candidata aproveitou para rebaixar a imagem de radical e pintar outra, de pessoa tranqüila, preparada para governar e que respeitará a legislação. Explicou que as propostas mais agressivas do PSOL não passam de "objetivos estratégicos do partido", "algo que se pensa em implantar em 30 anos, 40 anos". HH foi preparada, e com uma intenção muito clara: Não deixar que os entrevistadores a entrevistassem. Foi esperta, não tiro seus méritos. Usou o Jornal Nacional como anexo da propaganda partidária 'gratuita', já que seu tempo será reduzidíssimo.

Ao final, resumiu sua mensagem de governo:

— Um governo que possa acolher as crianças e a juventude do mesmo jeito que eu, como mãe, acalento meus próprios filhos.

Hoje será a vez de Cristovam Buarque, que corre sérios riscos de ser fulminado.Cristovam não tem profundidade e sequer inteligência para usar espaço que recebe. Usa de clichês e nunca muda o discurso. O que podemos esperar dele na prensa do JN?.

Na quinta-feira (10) será a vez de Lula. Lula tem que estar preparado para isso. E já arrisco as perguntas em questão:
- Presidente, o senhor sabia do mensalão?
- O senhor é mesmo de esquerda ou nunca foi?
- Como o senhor viu a ação de um militante do PT ao invadir o Congresso?
- O senhor defende mesmo a promulgação de uma Assembléia Constituinte exclusiva para fazer a reforma política?.
- Por que o senhor não dá aos aposentados o índice de reajuste aprovado pelo Congresso?.E assim vai... Lula tirará de letra estas questões, mas o casal vai apertar.... Ah isso vai!


Helena

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