Maria Teresa Jucá, ou, agora, Teresa Surita
(PMDB), a irmã do apresentador Emílio Surita (Pânico – Rádio Jovem
Pan e TV Bandeirantes) e ex-esposa do Senador por Roraima Romero Jucá. Prefeita
atual de Boa Vista – tentando seu 5º mandato – começou sua carreira política
como primeira-dama do então Governador do Estado e Coordenadora de Ação Social
do Governo do Estado de Roraima (1989-1990), foi condenada à perda do mandato
em processo por improbidade administrativa
.A decisão da juíza Luzia Farias da
Silva de Mendonça, da 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima, foi proferida na
semana passada (15) e também condena a gestora à suspensão dos direitos
políticos por seis anos. Teresa é candidata à reeleição.
Ao entrar com a ação na Justiça, o MPF alegou que das quatro
plataformas previstas no projeto inicial da obra, apenas duas foram
efetivamente construídas. No mesmo projeto inicial, segundo o MPF, o valor total da obra
de 13.050m² era de R$ 4.335.798,83. No entanto, apenas 7.215m² foram
construídos totalizando um gasto de R$ 3.959.355,38.
De acordo com o MPF, as alterações no tamanho da obra e no gasto
não tiveram anuência dos órgãos competentes, que deveriam ter autorizado a
mudança na execução e no dinheiro aplicado na construção. Na decisão, a juíza considera que tanto a prefeita quando o
ex-secretário de obras "demonstraram desleixo e inabilidade para o
exercício de atividades que envolvam o interesse da coletividade".Conforme a sentença, Teresa e Nélio Borges também são condenados
a pagar R$ 800 mil em multa em conjunto com a empresa Sergen, ficando proibidos
de contratar com o poder público. Eles deverão ressarcir o erário em R$ 853
mil. A empresa responsável pela obra recebe as mesmas condenações e também é
obrigada a pagar R$ 853 mil ao erário.
Contra a prefeita Teresa Jucá consta a condenação diante do
processo nº 2005.42.00.002589-5 e nº 2589-34.2005.4.01.4200, trata-se de
uma AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, que iniciou em 2005, na 1ª VARA
FEDERAL, com o Juiz Federal Helder Girão Barreto e esta há mais de dois anos
parado em grau de recurso no TCUA Tomada de Contas Especial investigou a Transferência de Recursos
da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) para a Prefeitura de Boa Vista (PMBV). A
investigação do Ministério Público provou que houve corrupção, desvio de
dinheiro publico e movimentação de recursos com documentação Falsa e
Desvio de Finalidade.
Teresa Jucá não conseguiu explicar como gastou CR$ 7.425.000,00
(sete milhões, quatrocentos e vinte e cinco mil cruzeiros reais), que deveriam
ter sido usados para reaparelhar o serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).
Esse convênio foi assinado em 1994. Esse processo, além de ter gerado a
condenação no TCU, também foi julgado no Tribunal Regional Federal (TRF) da
Primeira Região. Teresa Jucá recebeu uma segunda condenação, mas o processo
esta há dois anos parado com o relator, em grau de recurso.
Além dos processos que geraram condenação,
Teresa Jucá responde a outros nove processos, dos quais dois foram arquivados.
Na medida em que o poder de seu ex-marido crescia em Brasília, diminuía o ritmo
da análise dos processos nos diversos órgãos . Veja o processo aqui no site do TCU
Teresa passou pelo Partido Democrático Social (PDS, 1990-1993) –
antigo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), da situação, na Ditadura, e atual
Partido Progressista (PP) -, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB,
1993-2003), Partido Popular Socialista (PPS, 2003-2006) e Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB, desde 2006).
Foi eleita deputada federal por
Roraima em 1990 (PDS, 1991-1992) e 2010 (PMDB, 2011-2012). Teresa conseguiu ser eleita prefeita da cidade por quatro vezes:
1993-1996, 2001-2004, 2005-2006 (se licenciou do cargo para tentar uma vaga no
Senado, mas foi derrotada por Mozarildo Cavalcanti) e 2013-2016. Está na
disputa pela sua segunda reeleição (5ª no geral) Teresa foi condenada em primeira instância por desvios de
recursos públicos de obras de asfaltamento de ruas da cidade.
Os irmãos Nei
Afonso Borges (sócio da NAB Engenharia Ltda) e Nélio Afonso Borges (secretário
de obras) também sofreram a condenação. Segundo o Ministério Público Federal,
no convênio entre o Ministério das Cidades (onde a prefeita já trabalhou) e a
prefeitura, teria havido favorecimento e superfaturamento de preços.Jucá também está encrencadoRomeiro Juca é alvo de quatro investigações. No Inquérito 3989, da Lava Jato, Jucá
responde pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção
passiva. Também é investigado nos inquéritos 3297, 2116, 2963 por crimes eleitorais, de
responsabilidade e contra a ordem tributária, apropriação indébita
previdenciária e falsidade ideológica.
Um dos inqueritos diz respeito à origem e ao destino de R$ 100
mil jogados para fora de um carro por um de seus auxiliares momentos antes de
ser abordado pela polícia. O ato ocorreu durante a campanha eleitoral de 2010.
O assessor disse que o dinheiro seria usado na campanha de Jucá.
1 Comentários:
O que dirá o santo Emílio Zurita dessa condenação?
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