País deve ser considerado campeão da felicidade em 2015, diz FGV
A crise europeia não afetou o bolso e nem a renda das famílias brasileiras, de acordo com a pesquisa "De volta ao país do futuro: Projeções, crise europeia e a nova classe média", divulgada ontem pelo economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Neri. O estudo mostra que o crescimento da renda familiar per capita foi, na média, de 2,7% em 12 meses, terminados em janeiro de 2012. No mesmo período a pobreza no Brasil caiu 7,9%, o que Neri considera um ritmo três vezes mais veloz que o apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como meta do milênio. O Gini -que mede o grau de desigualdade segundo a renda domiciliar per capita, onde quanto mais próximo do nível 1, maior a desigualdade - também teve queda de 2,1%, o que Neri aponta como uma taxa quase duas vezes mais acelerada que na última década, o que consolida a queda dos índices de pobreza.
"A desigualdade chegou ao menor nível da série histórica, desde 1960. Era de 0,596 em 2001 e está em 0,519 em 2012.
Mas é preciso alertar que ainda estamos entre os 12 países do mundo com o maior índice de desigualdade", diz Neri Ainda segundo a pesquisa, agora é a vez da classe AB registrar crescimento maior nos próximos anos. "A classe que mais vai crescer será a AB. No período de 2003 a 2011 houve um aumento de nove milhões de pessoas e até 2014, serão mais sete milhões. Podemos dizer que teremos uma nova classe AB porque, proporcionalmente, será a que vai crescer 29,3% em três anos enquanto a classe C crescerá 11,3%", diz. A pesquisa mostra que, no período de 2003 a 2014, 52,1 milhões de pessoas vão ingressar na classe C e 15,7 milhões passarão a fazer parte da classs AB (veja pirâmide ao lado).
Campeão de felicidade Com mais pessoas com acesso ao crédito, redução de pobreza e aumento da renda, o Brasil é considerado pela pesquisa como o campeão mundial de Felicidade Futura no ano de 2015. O título, na verdade, como aponta o levantamento, leva o país ao tetracampeonato mundial, se forem levados em conta os resultados das quatro pesquisas do CPS/FGV.
O Índice de Felicidade Futura considera atributos que se adequam ao Brasil, por ser o país do futuro e ser um país jovem.Ofato de a nova classe média ter maiores perspectivas de melhoria de condição de vida, também ajuda a elevar os índices de felicidade futura no Brasil. "É a quarta vez que fazemos a pesquisa e pela quarta vez o Brasil aparece como campeão em felicidade futura. A pesquisa também mostra que as brasileiras são mais felizes do que todas as mulheres do mundo", diz Neri.
As mulheres são vistas no Brasil, segundo a pesquisa, como mais felizes que os homens. No momento presente elas registram nota 5,35 contra 5,31 dos homens. Pensando na felicidade futura, a nota sobe para 6,74 das mulheres e fica em 6,69 para os homens. "As mulheres alcançaram os homens em educação e escolaridade." E.R.
As mulheres são vistas no Brasil, segundo a pesquisa, como mais felizes que os homens para construção de duas hidrelétricas binacionais no Rio Uruguai, que terão investimentos de US$ 4,2 bilhões e US$ 4,8 bilhões.
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