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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Barraco na oposição


Os tucanos ligados ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) classificaram de "ridículas" e "despropositadas" as declarações do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que considerou adesismo do senador ao governo da presidente Dilma Rousseff o fato de recomendar a união das oposições em torno da presidente, evitando que fique refém dos partidos da aliança.

Freire referia-se ao evento de segunda-feira em Belo Horizonte em que Aécio e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defenderam que a oposição se unisse para evitar que Dilma ficasse refém de "interesses menos nobres" de parlamentares da base aliada.

Na tarde de ontem, o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-SP), ex-secretário de Saúde nos dois mandatos de Aécio, reagiu às declarações de Freire. "Causou surpresa, incômodo e indignação no meio aecista a postura do presidente do PPS. Em uma atitude do tipo "não li, não gostei" e de forma deselegante e quase desrespeitosa, semeou interpretações absurdas sobre um suposto adesismo", disse Pestana.

"O senador, na palestra a empresários, fez críticas contundentes à falta de norte estratégico do governo"Além disso, segundo o deputado tucano, Aécio "fez um diagnóstico firme sobre a crise ética e as limitações da suposta faxina". "Colocou-se, assim como FGC, em uma clara perspectiva de oposição, balizando claramente qual deve ser o papel da oposição e do PSDB como principal partido de oposição. Mas não uma oposição burra e acima dos interesses nacionais", declarou.

Apontou, por fim, que Freire teve um "mal momento" quanto a suas declarações, em que usou "palavras inadequadas". "Ele disse que nos expomos ao ridículo. Ridículo é soltar opiniões precipitadas sem sequer telefonar ao Aécio ou ao FHC para saber qual a visão que defenderam. É isso que divide e desarma a oposição e deixa ridículo um aliado do PSDB e presidente de partido. Bastava um telefonema para evitar esse pronunciamento desastrado", concluiu.

Ontem o senador mineiro defendeu a legitimidade da CPI da Corrupção e disse que, mesmo se a instalação se der com os votos do PSDB o partido deve ajudar àqueles que, dentro do governo quiserem, efetivamente fazer a faxina. "Não é de interesse do PSDB atentar contra a governabilidade do país".

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