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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Lula e Dilma inauguram obra de Aeroporto em Roraima. Dois dias antes, Folha tentou fabricar escândalo.
Ninguém entendeu muito bem uma reportagem fora de hora, sem pé, nem cabeça, estampada na capa da Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo), no sábado, "vazando" uma operação da Policia Federal, onde o interesse da notícia era avisar os supostos bandidos do colarinho branco, e não servir ao interesse do leitor, nem da sociedade.
Pois é só ligar os pontinhos para entender.
A reportagem falava sobre fraudes em licitações de Aeroportos sob administração do Infraero.
Hoje, dois dias depois, o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff estiveram em Roraima inaugurando o novo terminal de passageiros do Aeroporto de Boavista, sob administração do Infraero.
Além de avisar a suposta bandidagem para se cuidarem, a idéia da Folha era criar um factóide, um novo escândalo, com o objetivo de ligar ao nome de Lula e Dilma, que nada tem a ver com o assunto. Pelo contrário, é neste governo em que a Polícia Federal não olha coloração partidária quando se trata de crimes, e é neste governo onde doadores de campanha, em vez de conseguir salvo conduto na PF, são mais investigados ainda.
Detalhe: No que diz respeito ao Infraero, essas denúncias são antigas, já foram investigadas nas duas CPI's do "caosaéreo". A Polícia Federal aprofunda as investigações justamente naquilo que as CPI's e a imprensa abafam: a corrupção na ponta das empreiteiras. Muitos donos destas empresas são amigos dos barões da imprensa, e a "reportagem" da Folha ajuda-os a se livrarem do encalço da PF.
Folha, um jornal de rabo preso com a corrupção do colarinho branco
A notícia da Folha não teve o efeito desejado. Em vez disso, a "reporcagem" foi percebida pela população como um repeteco daquilo que a Folha fez na operação Satiagraha: atrapalha a ação da polícia e beneficia os "bandidos" do colarinho branco.
A assessoria da Polícia Federal lamentou a divulgação e disse que o vazamento prejudica os trabalhos da polícia. Há uma suspeita de que os advogados dos investigados obtiveram a notícia da operação pela própria característica do andamento do processo, com a publicação no Diário de Justiça de algumas decisões judiciais (o que tornou parte das informações públicas).
Porém, a Folha deu informações que subsidiam os advogados de defesa das empreiteiras, para pedir habeas-corpus preventivo e para pedir acesso às investigações sigilosas antes da hora, da mesma forma que fez a favor de Daniel Dantas, quando a Folha publicou detalhes da Satiagraha, enquanto a operação ainda era totalmente sigilosa.
A "reporcagem" é da mesma Andrea Michael (é a repórter da Folha que mais cobre a Polícia Federal), que também vazou a Satiagraha.
Para lembrar a condenação moral que o juiz De Sanctis sentenciou a conduta de Andrea Michael caso da Satiagraha, apesar de aliviar o pedido de prisão dela, leia esta nota aqui no arquivo do blog.
Agora é outra operação e outro juiz, mas o caso de Andrea Michael é de reincidência em abuso da liberdade de imprensa, em favor da criminalidade.
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