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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Quércia quer ir para o Senado, coligado à Serra


Enquanto a população brasileira anseia por uma faxina de verdade nos maus costumes do Senado, o "bastião da moralidade" da política paulista Orestes Quércia, já está em campanha para o Senado em 2010.

Em visita à lideranças locais do PMDB de Sorocaba, interior de São Paulo, reafirmou que irá concorrer a uma vaga no Senado.

Quércia criticou o governo Lula e reforçou seu apoio à candidatura de José Serra (PSDB) à presidência.

"Nós do PMDB de São Paulo vamos apoiar o Serra no ano que vem", disse, em tom de campanha.

É assim que demo-tucanos querem moralizar o Senado?

"Quércia só não foi cassado por corrupção na ditadura porque votava com o governo militar..."

Em 1974, Quércia foi eleito Senador, exercendo o mandato até 1982.

Vigorava o AI-5 e era usado tanto para cassar por ideologia, por ameaça ao poder político, como por corrupção. Mas cassações por corrupção também eram seletivas. Corruptos que colaboravam com o governo eram poupados.

Página 847 do livro "Sociedade brasileira", de Rubim Santos Leão de Aquino:


Em 1993, o ex-ditador Geisel, em um depoimento, confirmou as declarações de Armando Falcão de ter interferido, quando ministro da Justiça de Geisel, para evitar que Orestes Quércia, fosse investigado por uma CPI em processo por enriquecimento ilícito e sonegação fiscal.

Na ocasião, o senador Wilson Campos (PMDB-PE), que teve o mandato de senador cassado pelo ex-presidente Ernesto Geisel em decorrência do mesmo processo, também confirmou as acusações de Falcão contra Quércia.

Segundo o Jornal da Tarde publicou na época, o relatório final da comissão sobre o processo em que Quércia figurava como indiciado deixava claro que havia um acordo político para salvá-lo, apesar da discordância da comissão.

Em processo movido por Quércia contra o diretor responsável do Jornal da Tarde, que veiculara a acusação, Falcão afirmou em juízo, como testemunha de defesa do jornalista, que Quércia só se salvara da cassação política e do seqüestro de bens porque "era peça importante na política do governo Geisel".

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