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terça-feira, 16 de junho de 2009

Atos secretos foram usados para proteger investigados pela PF


Os atos secretos do Senado foram usados para blindar e esconder movimentações de assessores parlamentares presos pela Polícia Federal nos últimos anos. É o caso, por exemplo, de José Roberto Parquier, preso pela PF em maio de 2006 na Operação Castores, que desmontou uma quadrilha acusada de corrupção em estatais do setor elétrico. Na época, Parquier era assessor do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Mesmo depois da operação, ele permaneceu por mais dois anos no Senado, recebendo R$ 7,6 mil de salário. Sua demissão, quando trabalhava com Raupp na liderança do PMDB, se deu em 15 de maio de 2008, por meio de ato secreto - somente agora revelado. O documento foi assinado pelo hoje diretor-geral, na época diretor adjunto, José Alexandre Gazineo. Em outro caso, de 2 de dezembro passado, o Senado publicou a exoneração de Antônio José Costa Guimarães, acusado pelo Ministério Público Federal no escândalo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que envolveu também o hoje deputado Jader Barbalho (PMDB-PA).


Relembre: Rombo transamazônico na Sudam

O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. Na época o PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.

Senado lança campanha positiva na TV

Em meio a uma série de denúncias e escândalos, o Senado Federal vai lançar nesta quarta-feira, 17, às 11h30, a campanha "O Congresso faz parte da sua história", que será veiculada na TV Senado e emissoras públicas e busca valorizar o trabalho do Congresso Nacional junto à população. Ao estadao.com.br, a secretária de Comunicação Social da Casa, Ana Lúcia Novelli, afirmou que o lançamento da campanha no momento em que o Senado é alvo de investigações é apenas uma "coincidência".A campanha usará testemunhos de pessoas do cotidiano e não contará com a participação de parlamentares.

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