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sábado, 16 de maio de 2009

O motivo da CPI. Chantagear Lula


Os meus queridos leitores, que acompanham o blog diariamente leu quando eu disse aqui, que essa CPI, nada mais é que, uma cortina de fumaça para desviar atenção da corrupção da governadora Yeda. O Correio Braziliense confirma o que escrevi e ainda dá outras informações.

Acertar as contas com o PT. Essa foi a intenção do PSDB ao insistir na instalação da CPI da Petrobras no Senado. Com o apoio de governistas insatisfeitos com o Palácio do Planalto, os tucanos abraçaram a ideia da comissão para retaliar os petistas, que apresentaram um pedido de CPI na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a fim de apurar denúncias de caixa 2 na campanha da governadora tucana Yeda Crusius. Além disso, agiram para pressionar o governo a compensar os estados pela redução nos repasses da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), reivindicação que tem como porta-voz o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência da República.

“Uma das razões para a CPI da Petrobras foi, tranquilamente, a tunga de milhões no Aécio”, disse o senador Arthur Virgílio (AM), líder da bancada tucana no Senado. Segundo Virgílio, a queda na transferência da contribuição para Minas Gerais foi fundamental, por exemplo, para o colega Eduardo Azeredo (MG) cerrar fileiras em favor da comissão. “Tem alguém insatisfeito. Só isso justifica uma CPI contra a maior empresa brasileira”, diz um ministro. O problema para o governo é que o coro dos descontentes não está restrito aos oposicionistas. Deputados e senadores do PMDB estão em pé de guerra com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, devido às demissões de afilhados do partido na Infraero. Também reclamam das negociações em curso com o PT sobre eventual aliança em 2010.

A hora do troco

Indignados com a redução do repasse da Cide ao governo mineiro e ataques a Yeda Crusius, tucanos aproveitam revolta de peemedebistas na base aliada para emplacar a CPI da Petrobras

Para peemedebistas, os petistas não estão abrindo mão das candidaturas nos estados.Ontem, enquanto o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, operava a fim de impedir a instalação da CPI, o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), cumpria agenda em seu estado. Na verdade, o PMDB saiu de cena desde a véspera, quando foi selado o acordo que adiaria a leitura do requerimento da CPI. A ausência de Jucá chamou a atenção porque é notória a falta de trânsito de Múcio para negociar com os senadores.

Ontem, antes de embarcar para uma viagem ao exterior e deixar a presidência interina com o vice José Alencar, Lula iniciou a ofensiva pública contra os tucanos. "Não é uma CPI do Congresso, é uma CPI muito mais do PSDB. Acho estranho que um partido que já governou este país por oito anos e tem governadores nos estados mais importantes tome uma atitude irresponsável como essa. Irresponsável porque parece briga de adolescente", disse o presidente.

A Petrobras é responsável pela maior fatia de investimento público no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será protagonista na exploração do petróleo descoberto na camada do pré-sal.

Na visita à China na próxima semana, a Petrobras deve fechar um contrato de US$ 10 bilhões com os asiáticos. A ministra Dilma disse que a investigação parlamentar pode prejudicar os investimentos da empresa e até o combate à pobreza no país. "Se você é um investidor, o que acha de uma empresa na CPI?", perguntou a ministra. "A Petrobras, para nós, pode ser um instrumento de combate à pobreza, porque acabamos de descobrir a camada de exploração do pré-sal. Vamos acabar de qualquer jeito com a pobreza, e o petróleo pode antecipar isso", acrescentou.

Lula

O Presidente Lula disse, na Base Aérea de Brasília, pouco antes de embarcar para a Arábia Saudita.

No momento que ele viaja pelo mundo na busca de dinheiro para a exploração da camada do pré-sal, não é bom que seja instalada uma CPI para investigar a estatal. "Alguém levantar uma CPI agora é ser pouco patriota", afirmou.

E disse ainda: "Até ontem o grande tema deles (PSDB) era caderneta de poupança. Como a decisão tomada (pelo governo) protege 99% dos poupadores, eles se voltaram contra a Petrobras. Estão brincando com o sentimento do povo. Eles sabem da gravidade da crise", disse o Presidente.

No mercado financeiro, a reação foi negativa. As ações da companhia puxaram para baixo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).(leia)

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