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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Hillary vem ao Brasil para preparar visita de Obama


No site Yahoo News, o anúncio de que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, deve visitar Brasília no fim do mês, "sinal de maior atenção dos EUA à maior economia da América Latina". Uma semana depois, seu marido, Bill Clinton, fala em São Paulo sobre etanol.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pode fazer sua primeira visita oficial ao Brasil no final deste mês. A data provável da chegada de Hillary é 27 de maio, segundo disseram ao fontes envolvidas na preparação da viagem. A secretária passaria dois ou três dias no País. O roteiro em negociação prevê visitas a Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e, possivelmente, Manaus. Um dado curioso é que, se as datas forem confirmadas, Hillary chegará ao Brasil um dia após encontro do Presidente Lula com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um dos mais renhidos opositores da política externa dos Estados Unidos na América Latina.

Há pelo menos dez dias, funcionários do serviço diplomático americano negociam com o Itamaraty as datas e a agenda da viagem de Hillary. Por razões de segurança, as tratativas têm sido mantidas em sigilo. O objetivo principal da visita de Hillary é preparar a primeira viagem do presidente Barack Obama ao Brasil. No encontro que teve com Lula em Washington, em março, Obama prometeu retribuir a visita em breve. A viagem poderá ocorrer entre julho e agosto.

Hillary deverá tratar também de assuntos que nos últimos meses têm sido recorrentes na agenda diplomática dos dois países, como segurança, combate ao narcotráfico e, na área militar, da insatisfação da Casa Branca com a crescente influência da Rússia na região. Nos últimos meses, os russos têm negociado cooperações militares com vários países sul-americanos, dentre eles Bolívia, Equador e a própria Venezuela de Chávez.

Os diplomatas que negociam a viagem tentam chegar a um acordo que permita compatibilizar a agenda da secretária com a de Lula e do chanceler brasileiro, Celso Amorim. Desde o início das conversas, a ideia dos diplomatas americanos é marcar a viagem para o final deste mês. Para a semana da visita, a agenda de Lula já estava em parte comprometida por encontros com chamada esquerda latino-americana: Lula receberá Chávez no Brasil e, depois, irá a El Salvador para a posse do presidente eleito Maurício Funes, casado com uma brasileira que atua como representante do PT na América Central.

Na fila, Hillary entrou atrás de Chávez, que já tinha uma reunião bilateral com Lula agendada para os dias 25 e 26. O encontro será em Salvador, a pedido do venezuelano, que recebeu o governador petista Jaques Wagner há pouco mais de um mês em Caracas e lhe prometeu que, quando viesse ao Brasil, iria à Bahia.

A embaixada americana em Brasília já pôs seu staff de sobreaviso para trabalhar nos preparativos. Aguarda apenas o sinal verde de Washington, o que poderá acontecer nos próximos dias. Além do circuito oficial, que inclui reuniões políticas com Lula e Amorim, Hillary poderá estender o roteiro até Manaus. Na capital do Amazonas, ela doaria mosquiteiros para comunidades ribeirinhas da Amazônia. A Usaid, agência americana para desenvolvimento internacional, tem um acordo com o Brasil para combate à malária.(Veja aqui no Yahoo em Inglês)

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