No último dia 9 a ABIN emitiu nota oficial, reiterando a legalidade da atuação da Agência na operação Satiagraha, contestando citações do relatório do delegado Amaro.
Com isso a atual diretoria da Agência foi fiel a tudo o que disse Paulo Lacerda, e está contribuindo com o lado bom da justiça para assegurar a legalidade e êxito da operação Satiagraha, desmentindo boatos que diziam o contrário.
Segue a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA
09/04/09
Em relação ao Relatório do Inquérito 2-4447/2008-SR/DPF/SP do Departamento de Polícia Federal, assinado pelo DPF Amaro Vieira Ferreira e divulgado nesta quinta-feira, por meio de diversos blogs e jornais, a Agência Brasileira de Inteligência reitera a legalidade da cooperação entre órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), conforme disposto pela Lei nº 9.883/99 e ratificada em recente decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Em razão disso, a Abin considera inapropriado o emprego de adjetivação negativa à cooperação ocorrida entre os órgãos no âmbito de Sisbin, sobretudo quando se observa que o rol de indiciados não inclui servidores desta Agência.
A Abin também rejeita a possibilidade de que vazamentos sejam atribuídos a seus
servidores, sem que para isso a autoridade policial tenha conseguido obter um sólido
conjunto probatório material, baseando, aparentemente, suas ilações no sentido de
exculpar alguns e tecer juízos acerca de servidores da Abin.
No documento trazido a público nesta quinta-feira, são relacionados ainda os nomes de
dezenas de servidores da Abin. Cumpre lembrar que a revelação da identidade de
integrantes de um serviço de Inteligência pode importar grave prejuízo ao exercício de atividades operacionais, além de, não raras vezes, resultar em ameaça à vida e à
integridade física dos servidores e respectivas famílias, razão pela qual o Art.9º da Lei 9.883/99 estabelece que “Os atos da Abin, cuja publicidade possa comprometer o êxito de suas atividades sigilosas, deverão ser publicados em extrato”.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
(061) 3445-8301/8406
acom@abin.gov.br
Comentário meu:
Há poucos meses atrás uma reputação foi assassinada.
O diretor-geral da ABIN que sucedeu Paulo Lacerda, foi acusado de ser colocado no cargo para "proteger" Dantas, e "melar" a Satiagraha.
A Folha de São Paulo levantou a bola para assassinar a reputação de Wilson Trezza, pelo fato dele ter trabalhado pouco mais de um ano (2002 até Fev/2003) na Seguridade da Fundação Brtprev, dos funcionários da Brasil Telecom, quando Daniel Dantas detinha o controle da Brasil Telecom.
Paulo Henrique Amorim cortou a bola levantada pela folha, e dedicou-se o assassinar a reputação de Trezza, fazendo ilações e ironias como se ele fosse um membro de organização criminosa comandada por Daniel Dantas.
Infelizmente aqueles que pregaram a pessoa na cruz (Folha de São Paulo e Paulo Henrique Amorim), não tiveram a dignidade de tirá-las da cruz, quando os fatos os desmentem.
Paulo Henrique Amorim não concedeu à Wilson Trezza o benefício da dúvida, que o leitor do conversa afiada, tem que conceder todos os dias, uma vez que, se Wilson Trezza trabalhou para o fundo de pensão da Brasil Telecom, o jornalista também já foi fruncionário graúdo das Organizações Globo, a ponto de conversar diretamente com o poderoso chefão Roberto Marinho, na época áurea do Império Global, quando ACM era ministro das comunicações.
Repito aqui um trecho da nota "Wilson Trezza é factóide do factóide" que publicamos em 4 de Setembro de 2008:
Trezza ocupou alto posto na ABIN subordinado ao próprio Paulo Lacerda, foi responsável pelo setor que controla as informações dos cartões corporativos da ABIN, e negou o fornecimento destas informações sigilosas à CPI dos cartões, quando a tucanada conspiradora toda estava ávida para cooptar há um bom tempo alguém que vazasse.
A ABIN conhece e analisa como ninguém o currículo e antecedentes de seus membros, sobretudo de cargos mais altos. Sabiam de seus antecedentes e se não o vetaram, é porque não encontraram problemas.
Não se trata de colocar a mão no fogo por alguém que nunca ouvimos falar até hoje, mas eu me preocuparia mais com sua passagem pelo SNI entre 1981 e 1985, nos últimos anos do regime militar. Nem todo mundo que atuou no SNI fez operações de repressão ilegais, e provavelmente Trezza não fez para estar onde está hoje.
Mas faria mais sentido a Folha de São Paulo levantar a atuação dele no SNI.
Aliás, a Folha deve ter levantado, apenas não publicou porque não achou nada que se "encaixe" no teste de hipótese que interessa ao PIC/PIG: desgastar o governo Lula.
O governo Lula é perseguido constantemente por denúncias vazias com fins eleitoreiros para favorecer a candidatura de José Serra, de Aécio Neves, ou de qualquer outro que a elite achar útil para bater Dilma (como aconteceu com Collor em 1989).
Por isso não podemos perder a capacidade crítica nem por um minuto. Precisamos ser bastantes exigentes e criteriosos na apuração de críticas contra o governo. Boa informação baseada em fatos comprováreis, é a nossa arma contra a guerra suja da contra-informação.
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