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domingo, 2 de novembro de 2008

Oposição quer saber como governo manterá PAC intacto. Qual o interesse deles?


Depois de terem ouvido os esclarecimentos do ministro Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, parlamentares da oposição querem agora convocar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para ir à Câmara explicar como o governo vai conseguir manter o montante de recursos previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) diante da crise internacional

Os deputados também querem saber sobre a informação de que o governo já teria uma estratégia para resguardar o PAC da crise e para não comprometer nenhum centavo da verba prevista para o programa, que é considerado o carro-chefe do Planalto nas eleições de 2010.

Para esclarecer como será feita a conta do governo de forma a garantir liquidez no mercado, obras do PAC e crédito para investimento, o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja, já apresentou requerimento à Comissão de Finanças pedindo a convocação da ministra.

"O governo tem que dizer como vai administrar os recursos e como vai garantir que nenhuma área sofra com a falta de investimentos", afirma Coruja. O deputado diz que a oposição não defende que se cortem recursos do PAC.

"Nós do PPS defendemos que não deve ser cortado nenhum recurso para o PAC, porque o País precisa de investimentos para não sofrer uma recessão", avalia.

O líder do DEM, Aantônio Carlos Magalhães Neto, também defende a convocação da ministra. "É oportuno, porque pode ser que com a crise o governo tenha que rever seus planos de investimentos. O governo tem que explicar de onde virá o dinheiro", defende.

A base aliada garante que a ministra não vai se opor a comparecer, mas o presidente da Comissão de Finanças, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), já negocia com o líder do PPS uma alteração no requerimento de convocação para que a ministra seja convidada e não convocada a comparecer.

"Sempre tentamos evitar a convocação, porque é um pedido constitucional, mas é também um ato extremo e geralmente é feito quando a pessoa se recusa a comparecer. A ministra sempre teve boa vontade e vai aparecer", disse o deputado, que também vai negociar com a ministra qual será a melhor data para que ela vá à Câmara.

Eugênio também vai tentar realizar uma audiência conjunta com outras comissões que são relacionadas ao PAC como a de assuntos econômicos, infra-estrutura e transportes.

"Ela (Dilma) vem, mas temos que entender que ela é muito demandada, não é assim, 'ela vem amanhã aqui'. Isso requer uma negociação com a própria ministra, e eu vou ajudar", afirma.

O requerimento de convocação da ministra ainda precisa ser votado e aprovado na Comissão de Finanças. O requerimento entra na pauta de votações na próxima quarta-feira e, segundo o presidente da Comissão, se houver quórum, ele deverá ser transformado em requerimento de convite e votado no mesmo dia, já que a base aliada não tentará impedir a vinda da ministra ao Congresso. Depois que você ler me conta qual o interesse da oposição no PAC. Eles estão de olho nos gordos repasse do governo federal para as cidades administradas pela oposição

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