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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um não presta. O outro, não vale nada


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defenderam ontem em entrevista conjunta à radio Band News a permanência da reeleição. A posição de Kassab vai de encontro a uma articulação das cúpulas do PSDB e do DEM para acabar com a possibilidade de recondução no Executivo. Tramita na Câmara uma emenda constitucional do deputado Jutahy Júnior (BA), um dos tucanos mais identificados com o governador paulista José Serra (PSDB), extinguindo o direito .

"Sou a favor da reeleição. Acho positivo e saudável, desde que por um mandato. Dentro da aliança entre PSDB e DEM, defenderei sua manutenção", afirmou Kassab, reeleito no último domingo. "Comungo da posição de Kassab de apoio à reeleição. É um instituto que se consolidou no Brasil", disse Paes.

O fim da reeleição, conjugado ao aumento do mandato presidencial de quatro para cinco anos, foi proposto por tucanos como uma maneira de viabilizar um acordo interno. Por esta tese, sem a possibilidade de recondução, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB) desistiria de lutar contra Serra pela candidatura presidencial dentro do partido e se tornaria vice na chapa. O DEM abriria mão de figurar na composição que disputaria a eleição. Em 2015, Aécio seria o candidato a presidente, apoiado pela aliança.

Durante a entrevista conjunta, Kassab minimizou a importância dos repasses do governo federal na boa avaliação de sua administração, que alavancou sua candidatura no processo eleitoral.

"Os repasses do governo federal são importantes, mas não são o carro chefe. Aqui em São Paulo, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só temos o programa de habitação em áreas de mananciais. De R$ 1,3 bilhão de investimentos, a parte federal é de 20% e a União ainda não compareceu", disse. disse Kassab

Lula já desconfiava que os tucanos estão boicotando o PAC em São Paulo.Membros do comitê gestor do PAC colocam na conta dos tucanos José Serra e Aécio Neves o andamento insatisfatório de obras de urbanização e saneamento em SP e Minas. Alegam que houve má vontade na contrapartida financeira estadual e na realização dos projetos.

Já Eduardo Paes reconheceu que os investimentos federais no Rio são muito mais elevados. Paes citou obras em Pavão/Pavãozinho, Rocinha, Manguinhos e Complexo do Alemão. " São investimentos de quase R$ 2 bilhões e impactam muito na economia da cidade", disse. Tanto Kassab quanto Paes desconversaram sobre os possíveis efeitos da crise econômica global nas finanças dos municípios.

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