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sábado, 18 de outubro de 2008

Serra lembra ação de militares


Em encontro ontem com taxistas, Marta falou sobre a "irresponsabilidade", de Serra a "incapacidade para a negociação" e tenta tirar proveito eleitoral do episódio assim como ocorreu em 1989, no seqüestro do empresário Abílio Diniz. Para o leitor que não leu, aqui no dia 17 uma matéria escrita por Zé Augusto trata desse tema.

"Quando houve o seqüestro de Abílio Diniz, puseram camisetas do PT nos seqüestradores, e o Lula perdeu a eleição. E agora, quando estamos na véspera de uma eleição, fico pasma de o governador fazer acusações desse porte. É muito sério o que ele fez", disse Marta.Logo após o confronto das polícias anteontem, Serra deu entrevistas dizendo que PT, CUT e Força Sindical insuflaram a manifestação da Polícia Civil por motivação eleitoral.

Vice na chapa da petista, Aldo Rebelo (PC do B) associou o discurso de Serra ao dos governos militares. "Não defendo armas, quebra de autoridade, mas a atitude de Serra não honrou a tradição democrática de um homem que já fez muita passeata na rua. Ele usa agora o mesmo discurso de governos de quando ele, Serra, era líder estudantil, deputado, e apoiava campanhas salariais", disse.

O porta voz dos tucanos, o jornal Folha de S.Paulo, diz que, O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso corroborou a tese levantada por Serra. "Havia pessoas ligadas às eleições de alguma maneira estimulando uma coisa que acho que elas deveriam acalmar", afirmou.

Sobre as críticas do vice de Marta, Serra disse: "Não acredito que o Aldo tenha dito isso. Se disse, perdeu ótima oportunidade de não dizer besteira".

O tema dominou boa parte das falas do encontro, ontem, do chefe-de-gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, com líderes religiosos católicos. Foi lançado um manifesto pró-Marta, que pede voto na candidata "em favor dos mais pobres" e diz: "É dever de todo cristão, olhando o fio da história que nos corta, dar um basta definitivo a resquícios da ditadura." São 500 mil cópias.

"Não é possível que um governante, diante do fracasso de uma negociação, se apresse em atribuir a culpa a um partido, a lideranças sindicais, sem ter o mínimo de bom senso para avaliar onde fracassou", afirmou.

"Como petista, me senti ofendido, pois essa não é a verdade dos fatos. Como membro do governo federal, lamento que o governador não retribua a generosidade com que o presidente o trata", disse Carvalho. Parlamentares afirmaram que tanto Serra como Kassab "criminalizam os movimentos sindicais e sociais".

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