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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Serra culpa PT, CUT e Força Sindical por confronto entre polícias, diz jornal


O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), acusou a manifestação dos policiais civis de ter cunho "político-eleitoral" em entrevista à TV Bandeirantes. Ele disse que estão tirando "proveito eleitoral" e nominalmente associou a CUT e a Força Sindical ao PT e ao PDT e disse que deputados participaram da manifestação com interesse eleitoral. "Isso foi claramente articulado, instrumentalizado, com essa perspectiva político-eleitoral", acusou o governador. Ele justificou a ação da Polícia Militar e disse que eles tentavam dissuadir os manifestantes e "evitar o uso da força". A Polícia Militar usou bombas de gás e atirou contra os manifestantes que tentavam chegar ao Palácio dos Bandeirantes, no início da tarde desta quinta-feira. O presidente do PT em São Paulo, José Américo Dias, disse ao estadao que o governo de José Serra tenta de forma "oportunista" jogar nas "costas do PT um problema que é dele".

Serra não teve tato político para evitar conflito, diz líder do PT

"Tem até líder do PT da Assembléia Legislativa querendo tirar casquinha", acusou Serra, sem citar nomes. Serra apóia o candidato do DEM, o atual prefeito Gilberto Kassab, que está 12 pontos porcentuais à frente da adversária do PT, Marta Suplicy, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem. "Tem política no meio desse assunto", criticou, e emendou: "Puseram armas e interesses políticos no meio." Serra afirmou ainda que os manifestantes são "minoria" e que nem todos eram policiais. Segundo o governador, havia entre 1200 e 3500 manifestantes próximos ao Palácio. "Arma é para defender o povo e não pode ser usada em manifestação de categoria", afirmou. "Isso não é o que a população espera da Polícia", disse.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força Sindical, divulgou nota no fim da tarde desta quinta-feira, 16, repudiando o confronto entre a Polícia Militar e Polícia Civil na capital paulista. No comunicado, a Força Sindical destaca: "É intolerável que um governador eleito democraticamente utilize métodos truculentos contra servidores em luta. Demandamos que o governo do Estado retome o caminho da negociação e atenda as justas reivindicações dos policiais civis, pois valorizar a função e a carreira do policial é parte fundamental de uma política de segurança pública democrática e eficiente."

Negociação

Na semana passada, a categoria suspendeu a greve por 48 horas, na tentativa de dialogar com o governo. "Mas não recebemos nenhuma proposta concreta. O governo continua intransigente", diz Sérgio Marcos Roque, presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo.


Confronto

O confronto começou quando a PM barrou a passagem de uma passeata dos policiais civis rumo ao Palácio do Bandeirantes, sede do governo estadual. Houve tiroteio e pelo menos 22 pessoas saíram feridas, entre elas o coronel Antão, um dos negociadores da greve, que foi levado ao Hospital Albert Einstein. O deputado estadual Roberto Felício (PT) informou que diferentemente do oficial, os manifestantes teriam se exaltado quando receberam a notícia que não seriam recebidos pelo governador José Serra para negociar a greve.

Veja o que disse José Serra para a Globo: Serra minimiza protesto e atribui confronto de policiais a motivação eleitoral

O governador José Serra (PSDB) afirmou durante entrevista ao "SPTV", da TV Globo, que o confronto entre policiais civis em greve e a Polícia Militar, ocorrido na tarde desta quinta-feira nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes --sede do governo do Estado--, foi um ato realizado pela minoria da Polícia Civil e que teve motivação político-eleitoral. Leia mais

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