Deve ter sido um desgosto para a Folha partido de coligação de Gilberto Kassab(DEM, ter que dar sua opinião sobre o debate de ontem. publicou o jornal: "Aparentando maior nervosismo e lapsos de memória em alguns momentos, Kassab explorou a ligação do PT com o mensalão, as taxas criadas e as finanças da gestão da adversária (2001-2004).
Se Marta Suplicy se deixou abalar no debate anterior, na Record, ontem foi a vez de Gilberto Kassab. Embora tenha começado com agressividade acima do recomendável, a ex-prefeita se estabilizou e atravessou o programa com aparente firmeza de argumentos. Com um questionamento constante, bate-estaca, mas que não feria o espectador.
Feriu o adversário. O prefeito abriu com a estratégia que usou ao longo de toda a campanha, de transformar Marta em governo e assim reativar a memória negativa do paulistano. Para tanto, recorreu ao próprio vice de Marta. Ela reagiu agressiva, mas também em sua estratégia costumeira, ao menos neste segundo turno, de associar Kassab com Celso Pitta.
Por qualquer razão, talvez por instrução de marqueteiro para se conter, talvez pelo impacto da propaganda com o "vagabundo", Kassab tremeu. Repetia as frases feitas, "cidade quebrada", "cidade falida", "Paris", mas não soava especialmente atento ao que ele mesmo falava. Deixou que Marta tomasse a iniciativa, no primeiro e depois no correr dos outros três blocos. Nem as questões generalistas tiradas do nada pelo âncora conseguiam conter a ex-prefeita, que seguia deixando marcas no adversário.
Depois de não pouca confusão, o documento de despejo repisado por ela deixou nele uma imagem de insensibilidade e até desconhecimento. Sobre educação, "Kassab, você nunca entendeu os CEUs". Sobre trânsito, "você não fez um corredor de ônibus". Pior, "quando é que vai começar o pedágio?". Sentia-se tão à vontade que tentou até "esclarecer" os túneis que ela fez.
Não faltaram acenos da ex-prefeita ao eleitorado feminino, aproveitando a desatenção kassabista. Ele falou em creches como tema "delicado", ela reagiu que "creche é um assunto concreto para a mulher, isso é que você não entende". Poderia ter evitado, porém, o aparente esforço para chorar, ao descrever a visita à favela. Aliás, até falou, "foi lá que eu chorei".
Sobre quem venceu ou perdeu, é certo que Gilberto Kassab entrou para evitar qualquer risco de desastre, algo que pudesse ameaçar sua imensa vantagem, segundo a Folha, isso ele conseguiu. Mas não saiu engrandecido do debate, pelo contrário.
De seu lado, Marta muito provavelmente entrou para iniciar uma recuperação de sua imagem com vistas ao futuro. E saiu maior, uma personagem mais leve e aberta, menos arrogante. Reafirmou também a opção pelos pobres, que havia desaparecido na campanha.
Da parte da Globo, o formato do programa não trouxe inovação e o âncora Chico Pinheiro, apresentador do "SPTV" marcado por confrontos com a petista, só existiu para abrir e fechar o programa. Poderia não ter falado "Geraldo Kassab". Como na Record, também na Globo os dois candidatos, treinados que são, mal precisaram de cortes. A exemplo dos bordões que repetiam sem parar, também um relógio parecia ter-se instalado neles.
Segundo a Folha, um dos momentos mais tensos ocorreu quando Marta lembrou episódio que resultou em julho na prisão de Georges Marcelo Eivazian, militante do DEM, partido do prefeito, sob acusação de chefiar quadrilha que achacaria ambulantes ilegais do Brás, Mooca e Tatuapé.
"É auxiliar seu, foi candidato a deputado pelo PFL/DEM. (...) Esse cidadão tá preso há três meses. É a máfia dos fiscais voltando em São Paulo?", perguntou Marta.
Frase
"Respeitar as pessoas não é com você mesmo(...) Estamos falando de gente, de seres humanos"
"Segurança é muito mais do que só luz. E a Secretaria da Segurança que você extinguiu?"
"Governar não é "estar fazendo" é fazer (...) A realidade é que você não fez"
"A cidade estava contaminada pelo vírus da corrupção da gestão Pitta da qual o senhor foi secretário" [Marta Suplicy] (Folha)
Se Marta Suplicy se deixou abalar no debate anterior, na Record, ontem foi a vez de Gilberto Kassab. Embora tenha começado com agressividade acima do recomendável, a ex-prefeita se estabilizou e atravessou o programa com aparente firmeza de argumentos. Com um questionamento constante, bate-estaca, mas que não feria o espectador.
Feriu o adversário. O prefeito abriu com a estratégia que usou ao longo de toda a campanha, de transformar Marta em governo e assim reativar a memória negativa do paulistano. Para tanto, recorreu ao próprio vice de Marta. Ela reagiu agressiva, mas também em sua estratégia costumeira, ao menos neste segundo turno, de associar Kassab com Celso Pitta.
Por qualquer razão, talvez por instrução de marqueteiro para se conter, talvez pelo impacto da propaganda com o "vagabundo", Kassab tremeu. Repetia as frases feitas, "cidade quebrada", "cidade falida", "Paris", mas não soava especialmente atento ao que ele mesmo falava. Deixou que Marta tomasse a iniciativa, no primeiro e depois no correr dos outros três blocos. Nem as questões generalistas tiradas do nada pelo âncora conseguiam conter a ex-prefeita, que seguia deixando marcas no adversário.
Depois de não pouca confusão, o documento de despejo repisado por ela deixou nele uma imagem de insensibilidade e até desconhecimento. Sobre educação, "Kassab, você nunca entendeu os CEUs". Sobre trânsito, "você não fez um corredor de ônibus". Pior, "quando é que vai começar o pedágio?". Sentia-se tão à vontade que tentou até "esclarecer" os túneis que ela fez.
Não faltaram acenos da ex-prefeita ao eleitorado feminino, aproveitando a desatenção kassabista. Ele falou em creches como tema "delicado", ela reagiu que "creche é um assunto concreto para a mulher, isso é que você não entende". Poderia ter evitado, porém, o aparente esforço para chorar, ao descrever a visita à favela. Aliás, até falou, "foi lá que eu chorei".
Sobre quem venceu ou perdeu, é certo que Gilberto Kassab entrou para evitar qualquer risco de desastre, algo que pudesse ameaçar sua imensa vantagem, segundo a Folha, isso ele conseguiu. Mas não saiu engrandecido do debate, pelo contrário.
De seu lado, Marta muito provavelmente entrou para iniciar uma recuperação de sua imagem com vistas ao futuro. E saiu maior, uma personagem mais leve e aberta, menos arrogante. Reafirmou também a opção pelos pobres, que havia desaparecido na campanha.
Da parte da Globo, o formato do programa não trouxe inovação e o âncora Chico Pinheiro, apresentador do "SPTV" marcado por confrontos com a petista, só existiu para abrir e fechar o programa. Poderia não ter falado "Geraldo Kassab". Como na Record, também na Globo os dois candidatos, treinados que são, mal precisaram de cortes. A exemplo dos bordões que repetiam sem parar, também um relógio parecia ter-se instalado neles.
Segundo a Folha, um dos momentos mais tensos ocorreu quando Marta lembrou episódio que resultou em julho na prisão de Georges Marcelo Eivazian, militante do DEM, partido do prefeito, sob acusação de chefiar quadrilha que achacaria ambulantes ilegais do Brás, Mooca e Tatuapé.
"É auxiliar seu, foi candidato a deputado pelo PFL/DEM. (...) Esse cidadão tá preso há três meses. É a máfia dos fiscais voltando em São Paulo?", perguntou Marta.
Frase
"Respeitar as pessoas não é com você mesmo(...) Estamos falando de gente, de seres humanos"
"Segurança é muito mais do que só luz. E a Secretaria da Segurança que você extinguiu?"
"Governar não é "estar fazendo" é fazer (...) A realidade é que você não fez"
"A cidade estava contaminada pelo vírus da corrupção da gestão Pitta da qual o senhor foi secretário" [Marta Suplicy] (Folha)
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