O psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg, autor, entre outros, de "Monólogo a Dois" (Centro de Estudos da Mentalidade, 2002) e "Cultura e Agressividade" (Landy, 2004), Ele argumenta que é possível fazer uma "análise psicológica" da conduta de Gilberto Kassab oponente que veste "o papel de bom menino" e que tem seu "traço de regressão infantil" tão bem representado pelo abobalhado "kassabinho", bonequinho criado pelo marketing político.
"O Gilberto Kassab tenta fazer o papel de bom menino, e nesse papel ele fica bem ajustado. Até essa falta de casamento vai bem com essa imagem, sabe?. "O kassabinho tem um traço de regressão infantil que eu vejo no Kassab." diz o psicólogo
Kassab teria sua percepção por diferentes públicos menos condicionada que a de Marta, ele diz, por "projetar a imagem de uma tela semi-vazia": "Ele é do PFL (também conhecido como DEM) mas também do PSDB". "E seu partido, como praticamente não existe em São Paulo, permite que dele se diga o que quer que seja. Na Bahia, o PFL-DEM é uma identidade precisa; em São Paulo, não."
A imagem de "tela semi-vazia" de Kassab também serve para o filósofo explicar sua capacidade de destinatário dos votos tucanos: "Kassab herda bem um patrimônio tucano, o da sensatez que não entusiasma. No esgotamento de Geraldo Alckmin, que mostrava uma contradição entre a auto-imagem zen e a prática real do ataque ininterrupto aos adversários, Kassab expressa bem a idéia de que um governo pode ser bom porque seria neutro, limpo ("Cidade Limpa'), como se fosse possível governar sem tomar decisões. Marta se expõe mais e por isso se arrisca".
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