Governador, que fazia campanha para o candidato tucano Caio Coube, foi seguido por manifestantes com apitos e cornetas Após Serra deixar o local, houve início de tumulto e gás de pimenta foi jogado; Segurança Pública não soube informar quem jogou o gás
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), enfrentou ontem um protesto de policiais civis em Bauru (343 km de SP) e teve que interromper, ainda no início, uma caminhada em apoio ao candidato tucano à prefeitura da cidade. Policiais civis estão em greve desde 16 de setembro.Eles prometem para segunda-feira um grande ato em São Paulo.
Um dos manifestantes chegou, ontem, a colocar o dedo em riste no rosto do governador. O protesto ocorreu no final da tarde de ontem. Quando Serra caminhava com o candidato tucano Caio Coube, foi seguido por cerca de 80 manifestantes com apitos e cornetas.
José Serra diz que vai dar reajustes salariais de 6,5%, em janeiro e em 2010. Os policiais querem 15% de reajuste imediato, mais duas parcelas anuais de 12% e aumento nas incorporações.
Gás de pimenta
Após Serra deixar o local, houve início de tumulto entre simpatizantes de Coube e os policiais. O empurra-empurra só terminou quando foi jogado gás de pimenta. A Secretaria da Segurança Pública não soube informar quem jogou o gás. A assessoria informou que Serra só deixou a caminhada porque tinha outros compromissos e não viu o tumulto. O manifestante mais "hostil", segundo assessores, pedia para o governador "aceitar Jesus".
Segundo o delegado sindical Márcio Cunha, a "manifestação pacífica" contou com policiais em férias e alguns sindicalistas. De acordo com ele, o governador, logo no primeiro quarteirão de caminhada, ficou incomodado com a pressão dos manifestantes e foi embora sem cumprir a programação. Nesse momento, os tucanos, que na cidade enfrentam o peemedebista Rodrigo Agostinho, teriam ficado irritados com os policiais porque perderam a chance de ganhar votos com a presença do governador.
O delegado Cunha nega que os policiais civis tenham jogado gás de pimenta porque "macula o movimento de greve". Segundo Cunha, o ato ocorreu "sem ofensas", mas irá apurar "algum fato isolado". (Folha)
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