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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Morales é obrigado a pousar no Brasil


O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi forçado na quarta-feira a utilizar um aeroporto em um município de Rondônia para fugir de grupos radicais opositores, em um novo episódio do conflito político boliviano, informaram fontes do governo.

Grupos de choque ligados aos governadores que se opõem a Morales tomaram os aeroportos das cidades amazônicas de Riberalta e Guayaramerín, a cerca de mil quilômetros de La Paz, impedindo o reabastecimento do helicóptero que Morales usava para voltar a La Paz, segundo as fontes.

O presidente boliviano, que viajava à região, vizinha ao Brasil, para assinar um contrato de estudo de um grande projeto hidrelétrico, teve que ir por terra até a cidade de Guajará-Mirim, em Rondônia, onde entrou em um avião militar boliviano quase à meia-noite.

A prefeitura de Guajará-Mirim confirmou o vôo. A cidade fronteiriça, a 347 km de Porto Velho, tem um aeroporto com destacamento da Aeronáutica, pista asfaltada, mas sem torre de controle de vôo.

"Foi a melhor solução ir por terra até Guajará-Mirim, porque ali havia um aeroporto que dava todas as seguranças técnicas", disse o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Carlos Villegas, que acompanhava Morales.

Os ativistas da região boliviana chegaram inclusive a apedrejar o helicóptero presidencial, mas Morales não estava a bordo no momento, segundo Villegas.

Os grupos opositores já impediram Morales de chegar a outras três cidades. Para viajar pela Bolívia, o presidente usa tanto pequenos aviões militares quanto helicópteros concedidos por Hugo Chávez, presidente da Venezuela.

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