O Banco Central encontrou em uma Avaliação de Controles Internos e Compliance (Acic) no Banco Opportunity, de Daniel Dantas, indiciado pelo Ministério Público por gestão fraudulenta e formação de quadrilha, uma conta suspeita. Ronaldo Adler, personagem do chamado esquema do propinoduto, tinha um saldo de aplicações de mais de R$ 5,5 milhões em 2002 - sem comprovação de patrimônio e com renda incompatível.
Acusado de abrir contas na Suíça para a máfia dos fiscais do Rio de Janeiro, Adler foi condenado a 6 anos e meio de prisão por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas recorre em liberdade. O Banco Central afirma no relatório da Acic - incluído nos autos da Operação Satiagraha da Polícia Federal - que buscou relacionar nomes incluídos em escândalos a operações irregulares para chegar à movimentação financeira de Adler, que "chamou a atenção". "O elevado volume de aplicações, aliado às referências do caso em que esteve envolvido, remete-nos à necessidade de se investigar a origem dos recursos por ele (Adler) mantidos na instituição, bem como as providências adotadas por esta última em relação ao cliente, em virtude da repercussão do caso, e de sua condenação na esfera criminal", explica o BC.
Adler era executivo da Coplac Consultoria, Planejamento e Promoções Ltda., empresa que representava o Discount Bank and Trust Company (DBTC), atual Union Bancaire Privée, da Suíça. Por intermédio dele, foram depositados US$ 33,4 milhões em contas no DBTC que tinham como beneficiários Rodrigo Silveirinha, então subsecretário de Administração Tributária do Estado do Rio na gestão Anthony Garotinho, e mais 13 condenados à prisão por fraudes contra o fisco fluminense. O processo corre em segredo de Justiça.
A responsável pela área de Cadastro do Opportunity, Cíntia Sant?Ana de Oliveira, foi entrevistada pelos técnicos do BC e informou que "não realiza consulta à mídia sobre envolvimento de clientes do Banco Opportunity em CPIs, operações da Polícia Federal ou do Ministério Público". Já o diretor Itamar Benigno Filho, indiciado com Dantas, afirmou que o sistema de prevenção à lavagem de dinheiro do banco nunca foi acionado.
O Banco Opportunity não se manifesta a respeito das operações de "supostos clientes", alegando sigilo bancário. Afirma ainda que cumpre as normas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na análise de cadastros e "atende a todas as demandas desses órgãos reguladores". Porém, a instituição está sendo processada pelo BC e já teve quatro de seus principais executivos punidos pela CVM exatamente por descumprir normas. No caso da CVM, o banco recorre da decisão.
Contactado pelo Estado, Adler confirmou a aplicação, mas disse ser "inverídico" o valor de R$ 5,5 milhões. "As aplicações datam de até 1990. E não movimentei R$ 5,5 milhões. Os valores estão errados."Adler não quis, contudo, revelar o montante aplicado no Opportunity: "É uma pergunta de foro íntimo."
Sobre a condenação, ele se defendeu. "Vou ganhar e ter reconhecimento legal", prometeu. "Não me locupletei, não me beneficiei, não fiz parte de gangue. Já possuía bens havia muitos anos."
Acusado de abrir contas na Suíça para a máfia dos fiscais do Rio de Janeiro, Adler foi condenado a 6 anos e meio de prisão por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas recorre em liberdade. O Banco Central afirma no relatório da Acic - incluído nos autos da Operação Satiagraha da Polícia Federal - que buscou relacionar nomes incluídos em escândalos a operações irregulares para chegar à movimentação financeira de Adler, que "chamou a atenção". "O elevado volume de aplicações, aliado às referências do caso em que esteve envolvido, remete-nos à necessidade de se investigar a origem dos recursos por ele (Adler) mantidos na instituição, bem como as providências adotadas por esta última em relação ao cliente, em virtude da repercussão do caso, e de sua condenação na esfera criminal", explica o BC.
Adler era executivo da Coplac Consultoria, Planejamento e Promoções Ltda., empresa que representava o Discount Bank and Trust Company (DBTC), atual Union Bancaire Privée, da Suíça. Por intermédio dele, foram depositados US$ 33,4 milhões em contas no DBTC que tinham como beneficiários Rodrigo Silveirinha, então subsecretário de Administração Tributária do Estado do Rio na gestão Anthony Garotinho, e mais 13 condenados à prisão por fraudes contra o fisco fluminense. O processo corre em segredo de Justiça.
A responsável pela área de Cadastro do Opportunity, Cíntia Sant?Ana de Oliveira, foi entrevistada pelos técnicos do BC e informou que "não realiza consulta à mídia sobre envolvimento de clientes do Banco Opportunity em CPIs, operações da Polícia Federal ou do Ministério Público". Já o diretor Itamar Benigno Filho, indiciado com Dantas, afirmou que o sistema de prevenção à lavagem de dinheiro do banco nunca foi acionado.
O Banco Opportunity não se manifesta a respeito das operações de "supostos clientes", alegando sigilo bancário. Afirma ainda que cumpre as normas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na análise de cadastros e "atende a todas as demandas desses órgãos reguladores". Porém, a instituição está sendo processada pelo BC e já teve quatro de seus principais executivos punidos pela CVM exatamente por descumprir normas. No caso da CVM, o banco recorre da decisão.
Contactado pelo Estado, Adler confirmou a aplicação, mas disse ser "inverídico" o valor de R$ 5,5 milhões. "As aplicações datam de até 1990. E não movimentei R$ 5,5 milhões. Os valores estão errados."Adler não quis, contudo, revelar o montante aplicado no Opportunity: "É uma pergunta de foro íntimo."
Sobre a condenação, ele se defendeu. "Vou ganhar e ter reconhecimento legal", prometeu. "Não me locupletei, não me beneficiei, não fiz parte de gangue. Já possuía bens havia muitos anos."
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração