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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Prisão de cônsul em Joinville deixa políticos em polvorosa

A operação "Cartada Final" da Polícia Federal desbaratou uma organização criminosa sediada em Joinville/SC, com extensões em outras cidades de Santa Catarina, e nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Segundo a apuração da PF o chefe do grupo seria o Cônsul Honorário da Espanha em Santa Catarina, Antônio Escorza Antonanzas, preso na operação junto com a esposa e filho.

Houve 19 prisões, mas a PF não divulgou a lista.

A operação gerou clima de apreensão na classe política de Joinville, cidade sob comando demo-tucano do prefeito Marcos Tebaldi (PSDB).

Marcos Tebalti tem diversos escândalos em sua administração.

O Ministério Público Estadual de Santa Catarina o denunciou pelo desvio de R$ 100 mil, que seriam destinados para a promoção do 15º Congresso Nacional de Vereadores, evento realizado entre 10 e 15 de março de 2002. Um cheque de R$ 35 mil depositado na conta do prefeito tucano seria propina.

Seu secretário de Saúde Norival Silva (PSDB), homem de confiança do prefeito, já foi preso preventivamente por indícios de negociar pagamentos de medicamentos em troca de comissão; favorecimento em processos licitatórios; fraude; peculato e formação de quadrilha. (O Blog noticiou aqui)

Outro caso, condenado pela justiça, foi a construção de quadras poliesportivas que caracterizem "tucanos gigantes", que o blog noticiou aqui.

Antônio Escorza Antonanzas, imigrou da Espanha para o Joinville há 32 anos, e tornou-se influente empresário. Abriu uma indústria de fliperamas que depois passou a fabricar caça-níqueis ilegalmente. Entre seus empreendimentos há Shopping Center, e muitos imóveis. Por isso tem muitas conexões com políticos e autoridades locais.

A organização criminosa comercializava, mediante venda e aluguel, produtos contrabandeados utilizados em máquinas caça-níqueis. A quadrilha atua, há anos, em vários estados do Brasil, além de fabricar, vender e exportar as máquinas para o México, República Dominicana, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai e Espanha.


Milhares de reais eram arrecadados semanalmente, e o dinheiro era ocultado do sistema financeiro através de depósito e saques sem comprovação de origem.

Foram identificadas inúmeras empresas fictícias abertas por "laranjas" do chefe da organização, visando realizar a blindagem patrimonial. Desde o início das atividades, a quadrilha já adquiriu quase uma centena de imóveis em Joinville/SC, Balneário Camboriú/SC e outras cidades.

A investigação identificou também, que policiais eram corrompidos pela organização para que não atuassem na repressão a exploração de máquinas caça-níqueis pertencentes ao grupo. Na Bahia, foram cumpridos 08 mandados de busca e apreensão em Salvador e 01 na cidade de Lauro de Freitas.

Os crimes praticados pela quadrilha seriam: comercialização de produto contrabandeado, evasão de divisas, sonegação fiscal, falsidade ideológica, corrupção ativa, indução do Banco Central a erro e lavagem de dinheiro.

Até o momento foram efetuadas 17 prisões sendo uma em Lages, três em Recife e uma em Salvador e o restante na região de Joinville. Dois alvos se encontram no exterior, Das prisões 04 são preventivas e 15 temporárias. Das preventivas são: a do Cônsul, do filho dele, de um advogado e um que está no exterior.

O Cônsul e a esposa foram autuados em flagrante por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Durante as buscas foram localizados documentos de contas do Cônsul no exterior e na bolsa da esposa apreendidos 43 mil reais, 27 mil dólares e 7 mil euros, que ela alega serem do Cônsul.

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