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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Produção das regiões cresceu mais do que a média nacional

A produção industrial registrou crescimento de 1,3% em março de 2008, comparado com igual período no ano passado, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado reflete uma diminuição de ritmo em relação aos meses anteriores.

Segundo o economista André Macedo, do IBGE, o fato de março ter contado dois dias úteis a menos em relação a fevereiro, e a greve dos auditores fiscais, que afeta as empresas que dependem de insumos importados, foram os fatores responsáveis pela desaceleração. Apesar da queda na velocidade de crescimento, a variação de janeiro a março ficou em 6,3%. O índice acumulado em doze meses manteve o resultado positivo e fechou com um crescimento de 6,6%.

No fechamento do primeiro trimestre de 2008, confrontado com igual período em 2007, todos os locais pesquisados pelo IBGE apresentaram expansão e aumentos superiores aos 6,3% registrados no total do País.Isto ocorreu com Espírito Santo (14,4%), Pernambuco (13,7%), Amazonas (11,7%), Paraná (10,2%), Goiás (9,3%), São Paulo (9,0%), Pará (7,8%) e Minas Gerais (7,3%). Na análise do IBGE, estes dados mostram que os pilares que sustentam a produção nacional rebatem no desempenho desses locais.

De uma forma geral, os estados que mais se destacam contam com segmentos de maior dinamismo como bens de consumo duráveis (automóveis e celulares), bens de capital ligados à indústria elétrica, de transportes e agricultura, e locais voltados para as commodities de exportação, como minério de ferro, açúcar, petróleo, entre outros produtos.

O IBGE registrou crescimento em 8 das 14 áreas pesquisadas, no comparativo mês a mês, considerando março de 2008 em relação ao mesmo mês de 2007. O estado que apresentou o maior resultado foi o Ceará, com incremento de 7,5% em março, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Ceará

Segundo Macedo, a indústria cearense apresenta resultados positivos em diversos segmentos e isto explica a arrancada verificada no mês analisado. "O setor de alimentos tem um peso significativo e tem pressionado o indicador do Ceará", afirma Macedo.

A produção de castanha de caju, item importante da pauta de exportações cearense contribuiu para o desempenho. Além deste componente, os resultados favoráveis dos produtores têxteis, produtos químicos, tintas e vernizes explicam a magnitude do crescimento da indústria no Ceará.

Os estados do Espírito Santo (3,3%), Pernambuco (2,9%), São Paulo (1,9%), Paraná (1,1%), Minas Gerais (0,8%) e Santa Catarina (0,4%), completam o quadro de elevação dos níveis de produção industrial de março, medido pela pesquisa do IBGE.

Dinamismo paulista

Macedo considera que o crescimento de 1,9% de São Paulo "é um resultado bastante expressivo porque está acima da média nacional que é de 0,4%", comenta. A indústria paulista representa 40% da estrutura industrial brasileira e conta com setores que mostram maior dinamismo como os das montadoras, bens de capital e eletroeletrônicos.
"O comportamento da indústria de São Paulo acompanha a média nacional e está superior em março. Esse resultado se deve à recuperação da indústria farmacêutica, que em fevereiro realizou uma parada para manutenção", diz Macedo.

Santa Catarina

O estado de Santa Catarina ficou com uma expansão positiva de 0,6% – bem próxima da média nacional de 0,4% – em razão das férias coletivas concedidas pelas indústrias em fevereiro e março que refletiram nas atividades dos produtores de derivados de carne bovina e aves e no segmento de refrigeração e compressores.

Amazonas

O mês em questão não foi bom para a indústria amazonense, conforme os dados apurados pelo IBGE. A produção industrial do Amazonas caiu 7,6% em março deste ano, comparada com o mesmo mês de 2007. "A greve da Receita Federal afeta a indústria eletroeletrônica e isso explica o forte recuo nessa passagem de fevereiro para março", comenta o economista.

Pará e Bahia

Os estados do Pará, com queda de 5,5%, e a Bahia (menos 4,4% em março) vêm de uma seqüência de altas nos meses anteriores. A indústria paraense cresceu 2,8% em dezembro, 1,7% em março e 2,3% em fevereiro. A base de comparação elevada também ocorre em relação à indústria da Bahia, que vem de cinco meses positivos consecutivos, analisa o economista do IBGE.

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