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terça-feira, 8 de abril de 2008

Mais uma!


O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), leu, o requerimento de instalação da nova CPI dos Cartões Corporativos no Senado no início da sessão de hoje. O senador disse que não conseguiu impedir a oposição de criar uma CPI para investigar uso de cartões corporativos do governo federal somente na Casa.

A oposição comemora, no entato, o governo terá sete dos 11 votos da comissão. Proporção é semelhante à da dos Cartões na câmara, ou seja, trocaram seis, por meia dúzia.

A base aliada do presidente Lula poderá formar uma maioria de oito a três dentro dessa comissão, proporção semelhante à da CPI mista, onde o Palácio do Planalto tem atropelado seus adversários com 16 votos contra oito. Ou seja, não há qualquer garantia de que uma investigação composta exclusivamente por senadores sobre o uso dos cartões corporativos será bem-sucedida

Para que a CPI seja instalada, os líderes partidários têm agora que indicar os integrantes da comissão. A expectativa é a de que a base aliada indique parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto para a composição da comissão, e não dissidentes, como espera a oposição.

A base aliada do governo vai reivindicar a presidência e a relatoria da CPI dos Cartões do Senado. O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que "A base do governo vai colocar o presidente e o relator na comissão porque, a oposição rompeu o acordo de criação da CPI mista --que entregava a presidência da comissão para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) em troca da instalação de uma única CPI.

Independentemente da disputa, Garibaldi disse que está preocupado com os desdobramentos das atividades nas duas CPIs, uma vez que os governistas prometem esvaziar a comissão exclusiva do Senado e os oposicionistas pretendem fazer o mesmo na CPI do Congresso.

A estratégia da oposição, na nova CPI, é recorrer ao plenário do Senado para a aprovação de requerimentos rejeitados pela comissão --já que no plenário DEM e PSDB têm o apoio de parlamentares da base aliada conhecidos pela tradicional 'dissidência' ao Palácio do Planalto.

Das 32 assinaturas do requerimento que solicita a criação da CPI do Senado, nove são de parlamentares que integram a base aliada do governo. A maioria deles, porém, é conhecida pela 'dissidência' às orientações do governo. Por este motivo, a oposição não acredita que haverá uma retirada em massa das assinaturas.


Mista (Congresso)

24 Integrantes
Base do governo: 16 parlamentares
Oposição: 8
Presidente: Marisa Serrano (PSDB-MS)
Relator: Luiz Sérgio (PT-RJ)
Duração: 90 dias

CPI do Senado

11 integrantes
Base do governo: 8 (3 do PMDB, 3 do bloco PT/PR/PSB/PCdoB/PP/PRB, um do PTB e um do PDT)
Oposição: 3 (DEM e PSDB)
Presidência e relatoria: uma vaga com o governo e outra com a oposição
Duração: 180 dias

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