A coluna da tucana Eliane Cantanhede na Folha, sob o título "Baixou a polícia", está um primor.
A tucana amarelou como não se via deste o alarmismo da febre amarela levou pessoas à morte.
A coluna poderia resumir-se numa frase, no popular, que confessa tudo:
O governo "deu mole", a gente inventou uma crise, mas era só brincadeirinha, a gente estava só testando hipóteses.
Mas essa frase é insuficiente para descrever a súbita palidez amarela de Cantanhede, a mesma do malandro metido a valente, que passa a falar fino quando levado para a delegacia.
Cantanhede escreve:
"Quando surgiu a história do dossiê, Dilma Rousseff e Franklin Martins deveriam ter ido direto ao ponto: existe, está sendo coletado a partir do dia tal, pela equipe tal, abrangendo o período tal. Não é por nada. Só para a necessidade de a CPI pedir os dados ao Planalto."
Ora, Dilma disse tudo isso o tempo todo. O PIG é que insistiu em deturpar suas palavras, querendo pendurá-la no pau-de-arara para arrancar dela o que ela não fez.
Ou induzí-la a erro: ela mostrar informações sigilosas para contradizer a Folha.
A colunista tucana continua:
"A gritaria continuaria um pouco, com a imprensa cobrando e condenando o uso da máquina do Estado para constranger adversários políticos. Mas a novela do dossiê, sem novos capítulos, tenderia a perder audiência."
Ora, ora, dossiê virou "uso da máquina do Estado", e "chantagear" virou "constranger".
E dona Cantanhete confessa que o "dossiê" é um novelão em busca de audiência.
A tucana prossegue:
"... Dilma Rousseff e Franklin Martins, porém, têm vocação para a guerra..."
Hahahaha ... não dá nem pra comentar, de tanto rir. A imprensa acusando dia sim e outro também com especulações, enquanto Dilma manteve-se responsavelmente cuidadosa.
"O que se resolveria com a comunicação virou caso de polícia."
Ué? A Folha acusou crimes, chantagem, conspiração contra a oposição. Cunhou a expressão Dilmagate. Agora que apareceu o Álvaro Dias encalacrado com a Folha e a Veja, com a FENAPEF, defende que isso se resolva com comunicação governamental?
Dona Cantanhede, abafar escândalos na imprensa com verbas governamentais de comunicação é coisa dos governos demo-tucanos de São Paulo e da época de FHC.
Dilma Rousseff é mineira de nascença. Os mineiros costumam dar um boi para não entrar em uma briga, mas dão uma boiada para não sair. Agora aguentem.
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